O “exército islâmico” dos Estados Unidos, por Fernando Brito

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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saudita

Sugestão de Notívago

do Tijolaço

O “exército islâmico” dos Estados Unidos, por Fernando Brito

Recebo, do meu velho professor Nílson Lage, um interessante resumo das práticas do governo da Arábia Saudita, maior aliado (militar, inclusive) dos EUA no Oriente Médio.

Apenas sete pontos, que não causam escândalo na mídia mundial.

Todos práticas oficiais do Rei Abdullah, pranteado pelo Ocidente como grande governante.

1. Nada de eleições, nada de partidos, nada de oposição.

2. Decapitação, amputação de membros ou chicoteamento público de acusados de crimes, “infiéis” ou opositores políticos e religiosos.

3. Nepotismo oficial, com bons empregos e renda  garantidos para os 7.000 parentes da dinastia Saud.

4.O poder passa de pai para filho ou de irmão para irmão e as brigas de família levaram até a uma revolta de sobrinho e um assassinato real “familiar”.

5. A tortura é legal, na polícia e na Justiça. Tanto que, em 2013, um homem foi condenado a ficar paraplégico como punição.

6. As mulheres não têm direitos, até pouco tempo eram “legalmente” espancadas e até dirigir um automóvel lhes é proibido.

7. Financia, nas palavras de ninguém menos que Hillary Clinton, o terrorismo internacional: “Al Qaeda,  Taleban,  LeT [o grupo Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão] e outros grupos terroristas”, disse ela.

Alguma diferença com o “Estado Islâmico” que os EUA e a Europa bombardeiam, literalmente, nas areias da Síria?

Só o fato de serem os melhores amigos dos EUA.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

11 Comentários

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  1.  
    Estado Islâmico, Estados

     

    Estado Islâmico, Estados Unidos, Estado de Israel. Qual destes, mais assassinou crianças na última década?

     

    Orlando

  2. hipocrisia

    Hipocrisia nas atitudes do grande irmão do norte ? Para mim isso é novidade. Apoiar um regime altamente corrupto ? Para evitar a tal teoria do dominó ? Alguém lembra ? E este jogo confuso no Oriente Médio ? Se procurarem coerência vão se cansar, apesar da tentativa de sacralização do american way of life de nossa mídia cartelizada e dos nossos tradicionais asskissers.

  3. Aproveitando o item 3

    Copiando comentário do Trunfin em outro post:

    Já que na verdade estamos tratando do erário, há várias forma de tungá-lo legalmente: Senador eleito por Minas, Antonio Anastasia (PSDB) foi remunerado com um valor bruto de R$ 86.169,80 do cargo de pesquisador em ciência e tecnologia da Fundação João Pinheiro (FJP), instituto de pesquisas do governo estadual; a remuneração é referente ao período entre abril e dezembro de 2014, em que o tucano renunciou ao governo estadual para concorrer a uma vaga ao Senado; as assessorias do FJP e do tucano negam irregularidades.

    E casos como estes pululam.

  4. A violência sexual contra as

    A violência sexual contra as mulheres é comum já q para se reconhecer o estupro é necessário o testemunho de três homens muçulmanos. 

  5. Cuidado com o discurso de “terra arrasada”

    Acho excelente que a verdade venha à tona, doa a quem doer. 

    Que a política externa estadunidense é seletiva e faz vista grossa, isto não é novidade. 

    O que não podemos fazer é, com base nestes equívocos injustificáveis estadunidenses, não condenar o que de errado possa também estar sendo feito pelo Estado Islâmico (ISIL ou ISIS), pela Al Qaeda, Boko Haram, etc. 

    São dois problemas diferentes e incomunicáveis entre si. Todos devem ser condenados. 

  6. Teocracia feudal

     Pouco se fala no Ocidente que a Arabia Saudita é uma monarquia absoluta teocrática, na qual o Rei, alem do poder temporal, tambem possui o poder espiritual ( é tanto um Sheik quanto um Kalifa ), pois como “Guardião dos Locais Sagrados “, teoricamente detem o comando espiritual de todos os muçulmanos sunitas, portanto como funesta consequencia deste titulo, somado ao dinheiro da familia Saud, a fé mais retrograda do islamismo – wahabismo – é a que mais espalha mesquitas pelo mundo ( Obs.: Nem toda mesquita sunita é wahabita, como a “do Brasil” em São Paulo, os wahabitas em São Paulo ainda não tem mesquitas, somente “casas de reunião” ou ” madafas” estritamente masculinas, e em sua maioria com fiéis oriundos da Africa, seus imãs são financiados por fundos sauditas).

      Um pouco mais de Arabia Saudita:

    1. Restrições a estrangeiros “não muçulmanos”: São aceitos – desde que seu passaporte não tenha visto israelense -, em Jeddah ( Porto do Mar Vermelho ), Ryad ( Capital ), no caso de militares ou contratadores de defesa, mais duas cidades estão “liberadas” – mediante autorização: Dharham e KKMC ( King Khaled Military City ), já Meca e Medina são vedadas para visita de qualquer não muçulmano.

     1.1. Somente residem em areas especificas das cidades – condominios fechados vigiados pela “policia religiosa e de costumes”, até a placa do carro é “diferente” – caso vc. seja contratado, esteja lá trabalhando, tipo: futebolistas, médico cubano ( tem de monte ), banqueiro, contratador de defesa, seu passaporte fica “depositado” com o contratante saudita.

     2. Troncos e tribos: O país é fundado em bases tribais, ainda por elas fortemente influenciado, 5 “troncos principais” que originam, de 25 a 30 tribos, o Saud ( a “Casa Real” ) é composta de 2 “troncos”, que casam entre si, portanto a estimativa de 7.000 membros na elite real é crivel ( os Shabah, Emires do Kuwait são de uma tribo próxima aos Saud, quase “primos”). Mesmo entre sauditas de nascimento e genealogia ve-se que é uma sociedade de “castas”, sem mobilidade social – independente do dinheiro – pois exise uma hierarquia entre clãs e tribos – Casa Real – Religiosos – Comerciantes – Beduinos.

     3. ” Os Pretorianos ” : Ou os “White Guards” ou “Guarda Nacional Saudita”, fortemente armada, equipada e treinada, composta somente por oriundos das tribos tributarias da Casa de Saud ( Nejd), são subordinadas diretamente ao Rei, uns 10.000 homens.

     3. ” Parlamento saudita “: Tremendo papo-furado criado por exigência americana, nos anos 80, visando dar um “cheirinho democrata”, no absolutismo saudita, que “caiu” para um “Conselho Consultivo”, sendo composta de religiosos wahabitas e “representates eleitos” – indicados para eleição se forem oriundos do tronco Saud, ou de tribos a ele tributárias.

    1. Menos, a China é bastante amiga dos Saud

         A China montou para os sauditas a Royal Saudi Strategic Missile Force (RSSMF), fornecendo a eles, acredita-se a partir de 1990, misseis Superficie-Superficie de médio alcance ( 2.600 Km) do tipo DF-3/ CSS-2 (Nato), e mais recentemente, em 2007 (?), os mais precisos DF-5/CSS-5 (Nato) 1.700 Km alcance.

          Ano passado, 2014 , ambos os sistemas foram apresentados em um desfile militar em Ryad.

         É bom não esquecer, nunca, que os sauditas e kuwaitianos, financiaram  com fundos a “perder de vista”, o desenvolvimento da “Bomba atomica islamica” pelo Paquistão.

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