
As autorizações para recolhimento e condução de crianças e adolescentes sem ordem judicial ou flagrante de ato infracional, como vem ocorrendo em cidades como o Rio de Janeiro, foram alvo de críticas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Citando a Convenção sobre os Direitos da Criança (CRC), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Constituição Federal de 1988, a Unicef lembra que a medida – que atinge principalmente meninas e meninos, em especial negros e periféricos – viola direitos e não reduz a violência.Embora ressalte que a adoção de medidas preventivas contra o crime e a responsabilização de seus autores sejam necessárias e planejadas para a segurança de todos, a Unicef lembra que tais medidas “não podem ter como base a violação de direitos de crianças e adolescentes negros e periféricos, que estão exercendo seu direito de ir e vir, como os demais moradores e turistas que transitam pelas cidades”.
“É importante lembrar que, no Brasil, crianças e adolescentes negros – aqueles que mais são alvo de apreensões – são os que vivenciam de forma mais acentuada a violência, inclusive letal, e as privações de direitos, em mais uma manifestação do racismo e da discriminação a que eles estão historicamente sujeitos”, destaca a Unicef.

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