DF: Ministério Público questiona fiscalizações de medidas contra COVID-19 na Copa América

Brasília recebe cerimônia de abertura e mais sete partidas da Copa América do dia 13 de junho à 9 de julho. MP quer garantir medidas que impeçam disseminação da COVID-19

Foto: Governo do Distrito Federal

da Sputnik Brasil

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu mais informações aos órgãos responsáveis sobre a realização de jogos da Copa América no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. O governo local e o consórcio Arena BSB – administrador do estádio – foram acionados para informar quais medidas serão tomadas para evitar a disseminação do coronavírus durante o evento.

A capital federal recebe a abertura e outras sete partidas da competição a partir do dia 13 de junho. Especialistas afirmam que a o evento traz riscos de importação de novas variantes e aumento da taxa de contágio no país. O torneiro foi transferido para o Brasil depois que Colômbia e Argentina cancelaram a realização dos jogos por conta de protestos e pelo avanço da pandemia.

O MPDFT solicitou à Secretaria de Proteção à Ordem Urbanística do DF (DF Legal) que sejam feitas ações de fiscalização dentro e fora do estádio e que, em caso de descumprimento dos protocolos, sejam aplicadas as sanções previstas em lei. O órgão pediu ainda “informações detalhadas sobre as tratativas para a realização do evento, em especial as medidas a serem adotadas pela arena e pelo governo distrital visando à prevenção da transmissão do vírus e a não aglomeração de pessoas nas proximidades do Estádio Nacional Mané Garrincha”.

Para a Polícia Militar, o Ministério Público pediu informações sobre o plano de ação referente à segurança, transporte e contingências para o evento. Por fim, solicitou à secretaria de Governo do DF que acompanhe a realização do torneio junto aos demais órgãos. 

“Nos parece claro que devem ser cumpridos protocolos rígidos com relação aos controles sanitários. Esse controle deve ser prévio com relação às delegações e autoridades integrantes desta competição”, disse o procurador José Eduardo Sabo ao G1.

“Portanto, a Secretaria de Governo, a Polícia Militar do DF e a própria Arena BSB deverão ter uma especial cautela neste momento. Inclusive o DF Legal deve acompanhar e fiscalizar todas as etapas desta competição. Antes dos jogos, durante e depois”, detalhou. 

A realização do torneio é vista como controversa por autoridades da Saúde. Brasília registra média móvel de 25 mortes e 938 casos de novas infecções pela COVID-19 por dia. Na manhã deste sábado (5), a ocupação de leitos de UTI por pacientes com a doença estava em 89,67%. 

Redação

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