Doria contrata membro do MBL e vai a lançamento de livro de Kim Kataguiri

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução

Jornal GGN – O prefeito de São Paulo e um dos possíveis presidenciáveis em 2018, João Doria (PSDB), vem se aproximando de movimentos como o MBL e de suas figuras e lideranças, como Kim Kataguiri.

Os acenos que vem dando é de aproximar este setor de sua gestão e talvez de sua campanha: desde a contratação de um integrante do MBL que apagou pichações feitas por manifestantes no muro da casa de Doria, até a presença do tucano responsável por comandar a capital mais importante do país no lançamento do livro de Kataguiri.
 
Cauê Del Valle, 23, coordenador nacional do MBL, foi contratado a uma subprefeitura de São Paulo, a de Pinheiros, na zona oeste da cidade. Ele foi um dos membros que foi até a casa de Doria, nos Jardins, para repintar o muro pichado em ato.
 
Agora, além do cargo, que o prefeito nega ter relação com o gesto de “gentileza” de apagar as pichações, Doria resolveu marcar presença no lançamento do livro de Kim Kataguiri.
 
Por Fernando Brito
 
 
Do Tijolaço

A Folha dá “uma força” ao lançamento do livro de Kim Kataguiri, que qual ao menos o título expressa uma realidade: “Quem é esse moleque para estar na Folha”.

Como o “moleque” vem do próprio autor, não devo me preocupar com a acepções extra-juvenis da palavra, em registradas no Houaiss e, embora nada honrosas, certamente adequadas.

Fui, por curiosidade jornalística, verificar a afluência do grande evento, capaz de atrair uma “estrela” do port de João Doria Júnior, recém-chegado de sua “dancinha” no Rock in Rio.

Nos vídeos do MBL vê-se um convescote, talvez, de uma 50 pessoas, no evento, embora se fale que Kim levou três horas autografando os exemplares.

O de Doria com um desmanchado “”para o futuro presidente da República”.

A rigor, são dois “filhos da mídia”, aos quais se aplica bem a pergunta feita no título do livro.

As idéias que defendem (melhor dizendo, repetem), próprias de fanáticos insensíveis – desmontar o Estado e seus serviços públicos, entregar na mão da “caridade” e dos negócios privados as rédeas do desenvolvimento social, retornar o país a um status colonial – não têm um pingo de modernidade. São próprias do século 19, por mais que sejam escritas no Facebook ou no Instagram.

Ambos agarraram-se às elites empresariais para tornarem-se conhecidos, desfilando sua mediocridade que só não é pequena na modalidade “celebrizadora” de “causar”.

Aí, vale tudo, seja exibir a bunda ou usar roupa de gari, para ser “jovem” ou “popular”.

São atores que surgem como derivações de personagens.

Dispa-se-lhe dos papéis que interpretam e você encontrará o nada.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

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  1. A aproximação é a continuação

    A aproximação é a continuação do serviço sujo feito naquelas manifestações que culminaram no golpe.

    PMDB, PSDB, quetais, tem militância de rua?

    Não tem.

    Esse ainda é o grande lado dos partidos de esquerda, até mesmo os mais nanicos (por isso, muito se estranha dessa capacidade de desmobilização – ! – que a própria esquerda alcançou).

    O MBL fala de Estado mínimo, pró-mercado, mas não pensa duas vezes em se aproximar do poder político.

  2. Se eu fosse

    Se eu fosse crente eu diria:

    Misericórdia!!!!

    Se eu fosse o painho eu diria:

    Afff!!!

    Se eu fosse parente do Rui Barbosa eu diria algo como

    “De tanto ver trinfar nulidades a gente  chega a rir-se da honra, a desprezar as virtudes

    e a sentir vergonha de  ser honesto.”

    Mas como sou uma pessoa debochada eu só posso dizer:

    Har!Har!Har!He!He!He!He!, que casal lindo!

  3. Mas assim é fácil…

    Os protogolpistas do MBL justificam a ocupação de cargos públicos sem concurso (que eles chamavam de “loteamento”) com a justificativa de que seus membros foram nomeados por “critério técnico” (http://folha.com/no1921494).

    É sempre assim, os outros estão loteando e aparelhando. Eles não, eles são “critério técnico”.

    Assim é fácil ser neoliberal, contando com a propaganda da grande mídia pra tudo que se faz e ganhando nomeações no governo dos amigos…

  4. é bom que apareçam e abertamente

    não sou uma vítima, pois até me divirto nas poucas coisas que leio neste blog.Acho bom a direita e assemelhados aparecerem claramente. Uns raros participantes, alguns ultra esporádicos (Romulus, inteligente e bem humorado) sabem que esquerda é pra ampliar, e não segregar. Debate entre iguais não é debate, é igrejinha, panela. Fico imaginando os eventuais visitantes in-visíveis que vêm e não voltam nunca mais. O que vejo de progressista que nem sabe o que é ser progressista, ou esquerdista q ficou no século XiX e ainda zombam de um reles Nickname.É de chorar ou rir. Perde o GGN com essas “esquerdas”.Tão con-victos q erram de longe minha tentativa de contribuição,certamente me acham de direita.Se levam muito a sério,demais.

      1. revoada do troll demente

        Quem se acha está no seu epitáfio.

        Quem não acha espelho em casa está evidente no texto.

        Quem é troll não consegue esconder.

        Quem é etc.

  5. Vai começar a campanha: Doria

    Vai começar a campanha: Doria pra Presidencia, Kataguri pra ABL.

    Se um Kim do Globo é imortal, porque o da Folha não pode?

  6. Modernidade
    Não gosto da velha política que o psdb faz, e que o pt também fez. Não se esqueçam que o pt ajudou a destruir o Brasil. Precisamos de um presidente honesto, e que nao faça a velha política. Fora psdb, pmdb, pt, fora corruptos.

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