Estudo diz que “filho favorito” da mãe pode mudar com o tempo

Jornal GGN – Um estudo da Universidade de Purdue revelou que o filho favorito de uma mãe pode mudar ao longo do tempo, principalmente em função de semelhanças nos valores e crenças pessoais entre ele, quando adulto, e ela, mais velha. A conclusão é da pesquisa comandada por Jill Suitor, professor de sociologia, que estuda as relações entre pais e filhos adultos há quase 30 anos. O resultado da pesquisa foi divulgada na publicação Journal of Marriage and Family.

“Um dos maiores indicadores de que as mães mantiveram sua predileção pelos filhos se devia à semelhança entre ambos”, explica Megan Gilligan, pesquisadora também envolvida no estudo. “As mães eram suscetíveis a continuar a preferir as crianças que eram parecidas com elas em suas crenças e valores, bem como a preferir as que cuidavam delas antes”, diz.

A pesquisa levou em conta informações coletadas durante sete anos com 406 mães com idades entre 65 e 75 anos, e foi financiada pelo Instituto Nacional sobre o Envelhecimento. Outro fator que contribui para o favoritismo entre filhos é o sexo: pesquisas anteriores já haviam comprovado conexão maior entre mãe e filha e mais próximo e mais solidário, entre pai e filho.

A independência financeira do filho, seu papel como cônjuge, emprego estável e bom comportamento também são aspectos que influenciaram a escolha do filho favorito, segundo o estudo. No entanto, esses aspectos ainda eram menos decisivos do que os valores pessoais, de acordo com Suitor. Os pesquisadores só não conseguiram entender a mudança do “filho favorito” quando, no período da pesquisa, eles passaram a ter comportamentos de risco (como uso de drogas), mas o abandonaram.

De acordo com o estudo, as mães passaram a ter outro filho como o favorito mesmo quando os primeiros abandonaram os vícios. “Essa é uma mudança interessante porque no caso de um filho envolvido em comportamentos desviantes há sete anos, mesmo que tenha parado, era ainda mais provável que a mãe escolhesse outro favorito entre os irmãos que nunca tiveram envolvimento em comportamentos desviantes”, diz.

Com informações do Phys.org

Redação

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