Sobre pesquisas, pesquisadores e financiamentos

Por Roberto Grun

Olha, tem algumas coisas que devem ser esclarecidas. A 1ª delas é que pesquisadores com deslocamento internacional na profissão sabem muito bem que no Brasil temos uma liberdade de pesquisa invejável mesmo para o pessoal do I Mundo. Quem define a maior parte do destino das verbas para a pesquisa são os próprios colégios de pesquisadores. A grita parte de um diagnóstico equivocado e em geral é a bronca daqueles que são menos favorecidos pelo próprio julgamento dos colegas. 

Outra coisa é que no Brasil, como no resto do mundo, há e haverá sempre tecnocratas que têm um entendimento muito superficial de como funciona  a ciência imaginando que podem “dar um melhor destino” para as verbas empregadas nela. Precisamos ficar atentos a isso, mas de maneira nenhuma confundir as bolas.

A outra coisa é que transformar ciência em tecnologia é um processo lento e principalmente cultural, que passa pela não evidente confiança dos agentes econômicos na capacidade do universo científico local dar respostas satisfatórias aos seus problemas e o rebate disso no universo acadêmico que perde qq estímulo de trabalhar junto do empresarial. Acho até q o atual governo está fazendo bastante para diminuir o estranhamento. Mas esperar respostas para amanhã é sonho de uma noite de verão.

Luis Nassif

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