Em meio à polêmica, Sony decide pelo lançamento de “A Entrevista”

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sugerido por Nonato Amorim

 

 

Sony recua e decide lançar filme polêmico sobre Coreia do Norte

Da AFP (via swissinfo.ch)

 

A Sony anunciou, nesta terça-feira, que lançará nos Estados Unidos o filme “A Entrevista”, uma paródia sobre a Coreia do Norte, que havia sido cancelada após ameaças de “hackers”.

A Casa Branca elogiou a decisão da Sony.

O filme será lançado no dia de Natal “em um certo número de cinemas”, disse o presidente da companhia, Michael Lynton, enquanto a Sony Pictures busca “mais plataformas e mais salas para alcançar o maior público possível”.

“Nunca desistimos de lançar ‘A Entrevista'”, destacou Lynton, que se disse “orgulhoso” de que os estúdios de cinema “tenham feito frente aos que tentaram reprimir a liberdade de expressão”.

O presidente americano, Barack Obama, aplaudiu a decisão, após ter considerado um “erro” a suspensão do lançamento, uma posição adotada na semana passada pelos estúdios de Hollywood.

Até agora, apenas duas salas – uma em Atlanta (Geórgia, sudeste) e outra em Austin (Texas, sul) – confirmaram, em suas contas no Twitter, que exibirão o filme polêmico, que trata de uma operação fictícia da CIA para assassinar Kim, aproveitando a permissão concedida a dois jornalistas (interpretados por Seth Rogen e James Franco) para entrevistá-lo.

Citando uma fonte, o jornal The New York Times assegurou que “A Entrevista” será exibido entre 200 e 300 salas em todo o país, um número substancialmente pequeno diante das quase três mil que tinham previsto colocá-lo em cartaz.

“Esperamos que este seja apenas o primeiro passo para difundir o filme”, acrescentou o presidente da Sony Pictures, que reconheceu, em entrevista na sexta-feira passada à CNN, não ter tido apoio da indústria.

De acordo com a imprensa americana, a Sony Pictures está tentando lançar o longa no formato Vídeo sob Demanda (VOD, na sigla em inglês).

Um dos coprotagonistas, Seth Rogen, que também é diretor e roteirista do filme, reagiu à notícia com entusiasmo. “O povo falou, a liberdade prevaleceu! A Sony não se rendeu!”, postou no Twitter.

Seu colega de elenco e amigo pessoal, James Franco, publicou uma foto dele e de Rogen no Instagram com a legenda: “Vitória! O povo e o presidente falaram!”, em alusão a Obama.

– Começou o contra-ataque? –

Obama comemorou a retificação da Sony, ao afirmar que “permitirá ao público que forme sua própria opinião sobre o filme”.

“Nosso país acredita na liberdade de expressão e no direito à livre manifestação artística”, reforçou o porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz.

Enquanto isso, a Coreia do Norte tem sofrido cortes em sua conexão de internet, gerando as primeiras especulações sobre um eventual contra-ataque americano.

Nesta terça-feira, a conectividade do país comunista sofreu uma breve interrupção, depois de ter ficado fora do ar durante nove horas e 31 minutos na segunda-feira.

As causas precisas da falha na Coreia do Norte, onde o acesso à internet já é muito limitado, ainda não foram confirmadas, mas especialistas afirmaram que o tipo de problema se assemelha ao causado por um ataque de “negação de serviço” (denial of service, ou DoS, em inglês).

Washington acusa Pyongyang de estar por trás do roubo de informação digital dos estúdios de Hollywood, e Obama prometeu responder “proporcionalmente” ao ataque.

Os “hackers” lançaram ameaças a todas as pessoas que se atrevessem a assistir ao filme, evocando os ataques do 11 de Setembro.

Em resposta, há apenas seis dias, os estúdios Sony Pictures anunciaram que não lhes restava outro remédio a não ser retirar o filme dos canais de distribuição, diante da negativa dos principais cinemas do país de exibi-lo.

A resolução da Sony pareceu uma hesitação, após sofrer, ao mesmo tempo, o vazamento de centenas de e-mails internos e de dados confidenciais de 47 mil funcionários em um ciberataque em 24 de novembro.

Vários especialistas estimaram em até US$ 500 milhões o impacto do ataque, reivindicado por um grupo autodenominado Guardiães da Paz, ou GOP (do inglês “Guardians of Peace”).

Pyongyang negou categoricamente estar por trás do ataque à Sony, embora o tenha qualificado de “ato legítimo”, porque o filme é “ato de terror sem sentido”.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

7 Comentários

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    1. Com um garoto propaganda e

      Com um garoto propaganda e tanto, o Obama. E de graça. O que vai gerar um fenômeno interessantíssimo. Para cobrir os prejuízos dos ciberataques, o filme terar que gerar muito lucro. O que só acontecerá se a polêmica se intensificar. Se houver mais ataques. Havendo mais ataques aumenterão os prejuízos da Sony. Irá num crescendo que a unica saída financeira será o filme causar uma guerra entre os EUA e a Coreia do Norte.

      “Voce não pode perder o filme que causou uma guerra” 

  1. Bem feito para a SONY, para

    Bem feito para a SONY, para que mexer com um hospicio? Com tanto assunto no mundo vão fuçar com essas malucos de pedra, o Pais onde só é permitido cortar o cabelo segundo o padrão do Estado e onde quem tem uma galinha é considerado rico burguês. Enquanto isso a altura dos sul coreanos é 7 cm dos do norte, por causa da alimentação.

    Se a comida do sul já é para estomagos fortes, imagine como deve ser a comida do norte.

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