A aposta furada no choque na economia

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Não devem ser levadas a sério as declarações dos economistas de Marina Silva – Eduardo Gianetti e Alexandre Rands – a respeito de um provável choque fiscal, em caso de vitória.

Não que eles não sejam sérios: apenas não são do ramo, como outros economistas que passaram pelo governo, caso de Arminio Fraga, da equipe de Aécio Neves, ou Nelson Barbosa, que serviu o governo Dilma, ou mesmo André Lara Rezende, do grupo de Marina.

Gianetti é especializado numa espécie de filosofia da economia. Dentre seus atributos intelectuais, não consta o do conhecimento macroeconômico. Dentre os profissionais, nenhuma experiência, por mínima que seja, com políticas econômicas. Rands tem algum conhecimento de desenvolvimento regional, é oriundo do grupo de Eduardo Campos, e sua entonação ultraliberal parece muito mais voltada para conquistar espaço no barco de Marina.

***

Choques são apropriados apenas em momentos de descontrole econômico – como era o ambiente econômico pré-Real. Em ambiente de relativa estabilidade, a ideia do choque, da bala de prata só comove neófitos sem visão estruturada da economia.

A política econômica visa diversos objetivos, muitas vezes conflitantes entre si. Choque significa jogar toda a força da política econômica em um dos objetivos, deixando de lado os demais.

***

O que ocorreria se toda prioridade fosse apenas em um objetivo:

Controle da inflação: com choque fiscal, afetaria crescimento, emprego e renda.

Contas externas: com desvalorização drástica do câmbio, afetaria inflação, crescimento, emprego e renda.

Equilíbrio fiscal: com choque radical, afetaria crescimento, emprego e renda.

Crescimento do PIB: com política fiscal e creditícia soltas, afetaria a inflação e  as contas externas.

Emprego e renda, com ganhos de salário muito acima da produtividade: afetaria inflação e contas externas.

***

O diagnóstico dos dois economistas é que as expectativas de inflação estão desalinhadas devido aos problemas fiscais e ao represamento de tarifas.

O caminho, então, seria um choque de preços – câmbio, tarifas etc. Em um primeiro momento, esse choque colocaria mais lenha na inflação. Em cima da inflação de custos haveria a chamada inflação inercial (dos contratos indexados) e os movimentos defensivos de todos os demais setores da economia.

***

O passo seguinte seria um choque de demanda.

O choque de tarifas foi sobre preços básicos da economia, que impactam todos os setores – combustíveis, energia elétrica, câmbio. Há diversos preços que não são controlados pela demanda de curto prazo – caso de aluguéis indexados, preços de setores cartelizados, produtos comercializáveis (com cotação internacional) etc. Assim, todo o peso do ajuste teria que recair sobre o segmento de preços livres.

***

Aí o Eduardo Gianetti seria colocado em plena Avenida Paulista, com um quadro-negro, explicando a manifestantes alucinados, que perderam emprego ou renda, os poderes curativos da recessão. Nem a Bíblia salvaria Marina das nuvens de gafanhoto devastando sua plantação política.

Por tudo isso, aposte que, seja quem for o vencedor, haverá uma caminhada para a normalidade sem gestos heróicos nem pacotes.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

109 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Choque? marina quer matar o trabalhador eletrocutado!

    As propostas de marina são um neoliberalismo completamente desvairado… que consegue ser pior que a catástrofe fhc.

    marina é a candidata da direita mais reacionária e irresponsável que existe. 

     

    marina atirou no lixo sua história… e deu um tapa na cara dos trabalhadores pobres!

     

    1. Concordo,…Marina é a nova direita brasileira

      Um retrato de Marina, pela imprensa francesa:

       o título deixa bem claro: “Marina,  a nova direita brasileira.”

      E a direita, no Brasil, não pode nem ser confundida com o conservadorismo austero porém nacionalista da direita europeia ou norte-americana. A direita brasileira é a pior direita do mundo, porque além de ser antipovo, é também entreguista, antinacional, antidemocrática e golpista.

       

      http://www.ocafezinho.com/2014/09/28/imprensa-francesa-desmascara-marina/

      1. Nem tanto

        L’Humanité foi durante muito tempo o jornal oficial do Partido Comunista francês, e hoje conta com uma tiragem baixíssima e uma representatividade muito limitada na França.

        Independente das críticas válidas ou não sobre a Marina, um artigo em L’Humanité não tem muito impacto, a não ser sobre os militantes, e não representa a visão da imprensa francesa.

        1. Sim Nicolas, mas nem tanto

          Nicolas, respeito sua opinião mas permita-me discordar. Também tive essa dúvida mas terminei conluir que, se parte da imprensa francesa pode ter outro ponto de vista, isso não quer dizer que o L´Humanité não faça parte da imprensa francesa, bem mais diversificada do que a nossa que tem formato de monopólio e por isso só entendemos por imprensa brasileira quando sai nas Globos, Vejas, Folhas e Estadões. Penso o contrário: Carta Capital, Caros Amigos, Revista Piaui e até o Paquim são imprensa brasileira, pq não

           

    2. NÃO COM MARINA

      Prezado Fabio, fique tranquilho, o trabalhador não será eletrocutado por Marina, porque ela não ganha essa eleição. Essa eleição o PT já vem a muito tempo ganhando, com suas bolças, tetas, devios….., más uma coisa é certa, todos nós morreremos eletrocutado se esse governo não mudar drástica a economia. 

    3. NÃO COM MARINA

      Prezado Fabio, fique tranquilho, o trabalhador não será eletrocutado por Marina, porque ela não ganha essa eleição. Essa eleição o PT já vem a muito tempo ganhando, com suas bolças, tetas, devios….., más uma coisa é certa, todos nós morreremos eletrocutado se esse governo não mudar drástica a economia. 

      1. Não com Marina

        Tiim, você começou a beber bem cedo nesse domingo, não? “bolças, devios, mudar drástica a economia”; ou então está criptografado o seu comentário.

  2. Economistas

    Nassif, classificar a equipe da Marina que não faz outra coisa a não ser fazer Ctrl C – Ctrl V e economistas, não é forçar a barra? Quel tal ventríloquos? Essa tigrada é uma piada.

    1. DISCUSSÃO NO “OLIMPO”

      “Apenas não são do ramo / Especializado numa espécie de filosofia da economia / Dentre seus atributos intelectuais, não consta o do conhecimento macroeconômico / Dentre os profissionais, nenhuma experiência, por mínima que seja, com políticas econômicas / A ideia do choque, da bala de prata só comove neófitos sem visão estruturada da economia.”

      Os dois economistas mais gabaritados da Marina não valem nada. Pronto, a eleição está ganha. Agora é correr para o abraço.

      Ué, quase esqueci, o povão tem que votar ainda, neste Domingo!

  3. Alerta preciso e oportuno;

    Alerta preciso e oportuno; Uma dose cavalar de memoréx para aquela ghente que esqueceu o gosto do purgante empurrado goela abaixo pelo FMI.

  4. Meu melhor amigo…

    Não à toa, meu melhor amigo, apesar de não ser economista, afirmou-me há dias que caso Osmarina vença ( que Deus nos livre ) haverá uma séria convulsão social no Brasil! Que a lucidez prevaleça na mente dos brasileiros !!!

  5. “Por tudo isso, aposte que,

    “Por tudo isso, aposte que, seja quem for o vencedor, haverá uma caminhada para a normalidade sem gestos heróicos nem pacotes.”

    Discordo completamente, Nassif esquece do essencial, contido nos interesses de quem realmente vai comandar a economia num improvável(graças a Deus)governo Marina.

    Um complemento às observações do Nassif:

    O que ocorreria se toda prioridade fosse apenas em um objetivo:

    Controle da inflação: com choque fiscal, afetaria crescimento, emprego e renda.

    Solução?

    Elevar as taxas de juros, e encher o bolso da “educadora” Neca do Itaú e seus amigos!

    Contas externas: com desvalorização drástica do câmbio, afetaria inflação, crescimento, emprego e renda.

    Solução?

    Elevar as taxas de juros, e encher o bolso da “educadora” Neca do Itaú e seus amigos!

    Equilíbrio fiscal: com choque radical, afetaria crescimento, emprego e renda.

    Solução?

    Elevar as taxas de juros, e encher o bolso da “educadora” Neca do Itaú e seus amigos!

    Crescimento do PIB: com política fiscal e creditícia soltas, afetaria a inflação e  as contas externas.

    Solução?

    Elevar as taxas de juros, e encher o bolso da “educadora” Neca do Itaú e seus amigos!

    Emprego e renda, com ganhos de salário muito acima da produtividade: afetaria inflação e contas externas.

    Solução?

    Elevar as taxas de juros, e encher ainda mais de dinheiro o rabo da urubuzada financeira!

    Simples assim.

  6. Ignorância

    Nassif, não sei se sua visão não é otimista demais quando você acha que um choque não acontecerá.

    O fato é que Marina não entende absolutamente nada desse assunto, é de uma ignorância total nas questões de política econômica ; ela não tem a menor ideia do impacto que ajustes et choques podem provocar. É o que para mim explica que, apesar de uma história pessoal voltada para a luta junto às populações mais carentes (que é real), ela esteja entrando com tudo no discurso financista e numa linha econômica que contradiz todo seu passado.

    Por isso temo que ela possa agir de forma intempestiva, tomando medidas radicais sob influência de pessoas da sua confiança (o Gianetti com certeza é uma delas), para depois ficar abismada com as consequências que ela não previu, e a revolta da população que a elegeu.

    Esse risco não é pequeno para mim.

  7. Collor e FHC, um do branco, outro do preto.

    Ora, Nassif, seu otimismo é comovente. Se ganharem, farão o que estão prometendo. Se alguém promete algo ruium em plena campanha,  é certo que cumprirá, caso seja eleito(a). Fernando Collor cumpriu o que não prometeu. Deu um violento choque na liquidez com seu plano louco e improvisado. Ainda pensei que ele usaria aquelas centenas de bilhões para recuperar nossa infraestrutura, sucateada nos últimos anos da Ditadura e no desastroso governo Sarney.

    Não o fez. Provocou uma baita recessão e menos de um ano depois, a inflação voltou. Voltou com força. Mesmo com os salários congelados, os preços não paravam de subir. A crise foi tão forte que foi abandonado por seus financiadores e defensores ideológicos mais fiéis, como Revista do Esgoto, Folha, Estadão e Rede Globo. Saiu não pela improbifdade de seu governo, mas pela crise medonha em que mergulhou o Brasil. FHC foi mais light, no início, o Plano Real foi um sucesso. Mas o governo nele se escorou e nada mais fez, acreditando piamente que haveria uma inércia econômica que levaria a classe operária ao paraíso.  A classe operária nem foi ao Paraíso (bairro limítrofe com o Jardim Paulista), o desemprego de 22% depois de seis anos de maturação do ajuste (1996/2002) derrubaram FHC, que hoje não se elegeria nem síndico do prédio onde ele mora em Higienópolis.

      1. “Por tudo isso, aposte que,

        “Por tudo isso, aposte que, seja quem for o vencedor, haverá uma caminhada para a normalidade sem gestos heróicos nem pacotes”

        Não interessa se um choque na economia será apropriado ou não, Nassif, mas quanto de dinheiro a turma da Marina poderá ganhar com ele. Se na eleição especuladores já estão fazendo a festa com as variações de curto prazo na bolsa provocadas por pesquisas eleitorais, imagine quando estiverem no comando da economia.

        André Lara Resende, o professor universitário que enricou em sua passagem pelo governo, é um bom exemplo dos interesses que a política econômica de Marina irá fazer. Será uma política econômica pró-bancos e aliados, nos moldes do que foif eito durante o governo FHC.

  8. Choque de gestão, ou xoque de

    Choque de gestão, ou xoque de jestão como temos visto, é feito para favorecer alguns. No caso atual, nem precisa nominar. Serve, como propaganda política, para enganar as viúvas da udn, como sempre.

    Às vezes, variam o tema – pode ser, por exemplo, uma privataria, que foi vendida como a solução para a inoperâncias das estatais, mesmo que fossem lucrativas, como a Vale.

  9. A tentação da legtimidade das urnas e o neoliberalismo econômico

    O neoliberalismo sempre considera que mesmo um desemprego acima dos 10%,  haverá o restante  dos 90% das pessoas em alguma  atividade econômica, é dessa parcela que vai buscar o apoio político para manter o pacote de maldades, da recessão e do desemprego.

    Evidentemente tudo é possível, mas se fosse para deixar tudo como está,  bastaria a os grupos econômicos e a maior parte da grande mídia apoiar o Governo da Presidente Dilma, deixando a disputa da oposição e a alternância de poder  apenas para a disputa partidária.

    O que a aposição  busca é antes de mais nada  interromper o atual processo de distribuição de renda e de fortalecimento do mercado interno, e criar um novo modelo econômico baseado numa plataforma de exportações, e redução do mercado interno para reduzir as importações  e manter o equilíbrio na balança de pagamentos, onde a redução do salário real e o aumento do desemprego e a redução da carga tributária  são fundamentais  para garantir uma redução nos custos das empresas instaladas no Brasil.

    Nesse ambiente econômico, de redução da carga tributária para as empresas e queda demanda interna,  o ajuste fiscal se torna necessário para a obtenção do equilíbrio fiscal das contas públicas, onde a demissão de funcionários públicos e redução dos gastos sociais serão utilizados para compensar a queda da arrecadação provocada pela queda da demanda interna.

    Tudo terá que ser feito rapidamente, nos primeiros meses e  muito provavelmente na forma de um choque na economia,  por dois motivos, primeiro para aproveitar a legitimidades das urnas e depois  com o apoio dos que mantiverem o emprego ou alguma atividade econômica, afastar o risco de volta do PT nas eleições de 2018.

     

    1. Acho que essa análise

      Acho que essa análise prospectiva do sr. Roberto é muito mais condizente com os planos de nossa direita neoliberal do que a existência de uma suposta racionalidade nos formuladores dos programas de governo das campanhas oposicionistas. Eles nunca foram tão claros em seus propósitos: desemprego e recessão fariam muito bem aos negócios deles. Levar o Brasil para o centro da crise internacional fará a alegria de muitos representantes do capitalismo financeiro internacional. Fora o fato de poderem decidir o destino das reservas do pré-sal e de 400 bilhões de dólares das nossas reservas internacionais. O que está em jogo é isso, e isso não é nenhum debate acadêmico.

    2. Os cunhados

      O neoliberalismo sempre considera que mesmo um desemprego acima dos 10%,  haverá o restante  dos 90% das pessoas em alguma  atividade econômica, é dessa parcela que vai buscar o apoio político para manter o pacote de maldades, da recessão e do desemprego.

      O problema dessa teoria são os cunhados. Todo mundo tem cunhados – e primos, e amigos de infância, e vizinhos. E quando 10% da população está desempregada, 10% dos cunhados, dos primos, amigos e vizinhos estarão desempregados. Então todo mundo vai ver o desemprego muito de perto, porque numa conjuntura de desemprego a 10%, o desemprego não é uma eventualidade entre dois empregos, é uma realidade duradoura.

      Os neoliberais, claro, não acreditam na existência de cunhados – para eles, cada indivíduo é um átomo social isolado, que não se relaciona com os demais a não ser através do deus mercado. Mas, como sempre, estão errados. Pergunte a qualquer porteiro, motorista de táxi, garçonete, quantas pessoas eles conhecem que faziam faculdade há quinze anos, e quantas eles conhecem que fazem faculdade hoje, e eles te dirão por que é que votam na Dilma. Do mesmo modo com o desemprego. Todo mundo conhece um ou outro desempregado hoje – geralmente mudando de emprego, ou respaldado pelos programas sociais do governo. Todo mundo conhecia muitos desempregados quinze anos atrás – desesperados por que não havia oportunidades, e pesando no orçamento dos irmãos, dos pais… dos cunhados.

      É por isso que a direita vai levar muito tempo até ganhar outra eleição.

      O que não quer dizer que o modelo atual seja sustentável. E se chegarmos a uma situação em que o modelo é insustentável mas a oposição não tem condições de ganhar eleições, então a crise política será gravissima. A última vez em que isso aconteceu foi no início da década de 60, com os resutados conhecidos.

      1. O neoliberalismo precisa de uma massa de miseráveis

        Neste caso terão mão de obra barata e empregada doméstica que “dorme no emprego” ao invés de ir pra faculdade

      2. Donadio.
        Há algo bem mais

        Donadio.

        Há algo bem mais impactante do que os cunhados, os filhos, e não esqueça que o desemprego começa a atingir os mais jovens.

      3. O neoliberalismo econômico conta com o apoio da mídia

        Evidentemente há riscos, mas riscos e desafios são parte integrantes da disputa política, econômica e social

        A atual disputa política se dá principalmente pelo fato que grupos econômicos e a maior parte da mídia buscar a volta do modelo  econômico concentrador de renda.

        De fato os “cunhados” e demais parentes e amigos desempregados, são um grande obstáculo as “maldades” do neoliberalismo, mas é também um fator conhecido e já enfrentado no passado,  pelos políticos e principalmente pela maior parte da grande mídia.

        O maior obstáculo, por ser um desconhecido,  para tentações do neoliberalismo econômico, são os atuais avanços das políticas sociais e o atual processo de distribuição de renda, que pode provocar fortes reações e mobilizações sociais diante de uma tentativa de reversão destes processos.

        Apesar de hoje não haver mais temores quanto ao risco Lula e PT, muito pelo contrário, o neoliberalismo certamente conta com o apoio da maior parte da grande mídia para garantir o apoio dos 90% restantes do que buscam um emprego, continuarem com alguma atividade econômica, para tentar impedir a continuidade do atual processo de distribuição, e retomar o antigo modelo de concentração de renda no Brasil.

        Evidentemente há riscos, mas riscos e desafios são parte integrantes da disputa política, econômica e social.

  10. Não entendo nada de economia

    Não entendo nada de economia mas entendo do meu bolso, na realidade tudo se resume em onde vão colocar o dinehrio do orçamento: para financiar a educação? para financiar a moradia? para pagar aposentadorias? ou para pagar financistas por que o país necessita de dinheiro externo bla bla bla? è a velha luta de classes que os intelectuais querem que acreditemos que acabou, que somos todos iguais, não somos, a carencia no Brasil ainda é enorme, as pessoas estão sendo cada vez mais empurradas para as periferias das cidades por que não tem dinheiro suficiente para se sustentar, o caminho para um país mais justo deu poucos passos, a briga em todas as eleições é para saber se vamos para a frente ou voltamos para tras. 

  11. A simples saída do PT do

    A simples saída do PT do governo representará, por si só, um grande choque positivo na economia.

    Nenhuma medida será tão eficiente para o Brasil retomar o caminho para o séc 21 do que abandonar esse keynesianismo populista e terceiromundista.

    1. É engraçado, apesar de

      É engraçado, apesar de trágico, a fé dos oposicionistas. Pra eles basta que o capeta (o pt) saia do poder e todos os problemas serão resolvidos por seu salvador (seja a marina ou o aécio)… Bom, esperem sentados.

      1. O PT pode até ficar,mas vai

        O PT pode até ficar,mas vai ter que fazer tudo ao contrario do que fez até agora.

        Para Dilma se consagrar  é só seguir um caminho oposto ao da Venezuela e  Argentina.

        Difícil vai ser ela  ir contra os parasitas que se apoderaram das entranhas do Brasil.

        Não consigo nem imaginar a falta de papel higiênico para  200.000.000 de brasileiros.

    2. Nem que a vaca tussa

      Robes, que tal acabar, como Marina e cia tem afirmado, com a diversificação do nosso comércio exterior e apostar tudo na aliança com os EUA, acabar com o Mercosul e priorizar o Nafta, entregar o pre-sal aos ianques, dar o BC aos banqueiros. Nassif não tratou nada disso, apenas afirmou que não haverá tarifaço, do que duvidododo, afinal de contas o pig reclama há muito tempo que o preço da gasolina está defasado e que o mesmo tem que ser reajustado, e vc jura mesmo que Marina vai se atrever desobedecer o pig, humm ela não tem peito prá isso não, aliás, o pig, jurando de pés juntos que Marina será eleita, já  prepara a população prá isso ao alardear por aqui que em 2015 será um ano muito difícil…mas a Dilma já disse que “nem que a vaca tussa”..

      1. “Diversificação do comécio

        “Diversificação do comécio exterior’???? Vc está falando de que país? O Brasil do PT fez EXATAMENTE o contrário: abdicou de alianças com os principais mercados do mundo para se limitar ao falido Mercosul, numa dependência ás economias falidas da Argentina, Venezuela etc.

        O resto do que vc diz é um ajuntamento do besteirol petista em relação ao BC, Pré-sal. 

        Olha, acho a Marina um tremendo retrocesso peloa sua origem petista-foi como todo o PT contra a LRF e o Plano Real, entre outras idiotices-, mas,  diante do desastre para o País que significará mais 4 anos de corrupção e incompetência e retrocesso anos 60, qualquer um que assumir o governo NÃO PODERÁ SER PIOR DO QUE ESTÁ AÍ!!!

        1. Você é um sujeito

          Você é um sujeito extremamente ignorante e desinformado, o comércio exterior brasileiro teve forte expansão à partir do governo Lula, principalmente pela abertura de mercados não tradicionais, como China e África. Aliás, a expansão do comércio com os países do Mercosul foi ainda mais expressiva, e tudo isso sem sacrificar o comércio com os aliados tradicionais, para os quais as exportações brasileiras também cresceram, apesar da crise.

          Vá se informar, tente ler algo que não seja a Veja. Você pode começar analisando os dados, se tiver inteligência suficiente para tanto(improvável).

          http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=13309

          1. A locomotiva chinesa puxou a

            A locomotiva chinesa puxou a economia dos emergentes-exportadores de commodities, neste início do séc 21, de tal forma que todos cresceram-e continuam crescendo, enaquanto nós caímos numa ESTAGFLAÇÂO- a taxas SUPERIORES às do Brasil.

            O aumento de nossas exportações ocorreu independente de qualquer ação do nosso malfadado e incompetente governo, pois o mercado internacional automaticamente acarretou isto. Eu não preciso de qualquer revista p/ me fundamentar, bastam os dados OFICIAIS.

            Tenho formação em economia e, diferentemente dos petistas, não preciso que ninguém faça a minha cabeça. Tenho opinião própria, não me baseio em sites chapa-branca e submissos ao poder de plantão!

          2. Os dados oficiais desmentem

            Os dados oficiais desmentem suas asneiras, vindas direto da Veja com seus lobões e azevedos da vida.

            O Braisl está em estagflação?

            Bom, procure um livro de economia para aprender significado desse termo, que você obviamente desconhece.

            Sobre o aumento das exportações, realmente, o Brasil exporta commodities para o Mercosul e países africanos, parabéns por seu profundo conhecimento acerca do comércio internaiconal, fruto de sua dedicada leitura de Lobão, Constantino, Reinaldo Azevedo e outros notáveis!

        2. Fica nervoso não, a gente desenha prá vc

          Nada como ater-se aos números e estatísticas ao comentar, pesquise e vc descobrirá que o Brasil deixou de concentrar seu comércio nos EUA e diversificou sua economia, foi isso que nos salvou na crise de 2008, hoje o nosso comércio é forte junto a China, Rússia(que acabou de fechar negócios com o Brasil), África, América Latina….”Tão importante quanto, o Brasil diversificou suas vendas de manufaturados para um leque muito maior de compradores, com ênfase na América Latina, que paga os melhores preços”

          https://jornalggn.com.br/noticia/os-mitos-sobre-o-comercio-exterior

           

          Vai lá…mais numeros para vc

          https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=o+aumento+do+comercio+exterior+miguel+do+rosario+

           

          1. O Brasil do Pt é aquele que

            O Brasil do Pt é aquele que vai se desindustralizando aceleradamente, passando a ser literalmente uma república de bananas exportadora de matérias primas e bananas.Totalmente dependente da China.

            Qto à crise de 2008, essencialmente financeira, o Brasil foi salvo pelas medidas adotadas via PROER no gov FHC,  que sanearam e modernizaram o nosso sistema finaceiro.Foi tanto assim, que até o lula-que fora radicalmente contra o PROER, se gabou  do PROERcom Obama !!!.

      2. Sr. Avatar, você está

        Sr. Avatar, você está completamente equivocado!!!

        As estatais e fundos de pensão, foram tomados de “assalto” por gente do PT, PMDB e aliados, e estão sendo roubados impiedosamente!!!!

        Aliás, toda a máquina pública, foi tomada por esta gente, que não gosta de trabalhar. Só de sugar!!!

        Com este tipo de política, “nem que a vaca tussa”, se consegue baixar o deficit público!!! Sem baixar o deficit, não é possível baixar os juros!!! Os banqueiros, ficam assistindo de camarote, essa incompetência dos governos que se sucedem!!! Será que a culpa é deles? São eles que produzem os deficits??? Eles financiam, porque os governos precisam!

        Vamos falar de choque de tarifas? Por quê é tão difícil alinhar nossas tarifas c/ o mercado internacional??? Porque embutidos nos preços, existe uma tributação excessivamente escandalosa, sem paralelo em outra parte do planeta!!! Se não fosse essa maldita tributação indireta, que só penalisa o consumidor final (nós, eleitores), seria perfeitamente possível alinhar as tarifas públicas com os preços internacionais!!! Mas para isso ser possível, ao invés de colocar os consumidores finais para carregar todo o peso da arrecadação tributária, os governantes deveriam cobrar Imposto de Renda, das grandes empresas, e da parcela mais rica da população, que pagam uma parcela ínfima dessa conta!!! Independentemente de espectro político, até hoje, nunca vi nenhum desses governantes que tivemos, ao menos tentar inverter essa lógica!!!

        Esses grandes grupos econômicos, financiam as campanhas de quem quer que seja, desde que não mexam com seus privilégios durante o mandato. 

        Sem inverter essa lógica, a discussão no espectro político perde o sentido, porque jámais esse país vai dar certo. vejam os dados do IBGE! A concentração de renda continua altíssima, mesmo depois de doze anos de governo do PT.

        O pessoal do PT experimentou e gostou do poder, se aliou aos grandes capitaliastas, aumentaram a distribuição de bolsa esmola para o povão, deram crédito bancário para as camadas menos favorecidas, coisa que não havia, e foram tocando o barco… Só que essa política se esgotou! A prova está aí, batendo à nossa porta! Inflação alta com crescimento baixo. Por quê deu errado? Já expliquei acima. Não tem como baixar o deficit público, com essa quadrilha instalada nas empreas e órgãos públicos brasileiros. Não tem como uma economia crescer saudavelmente, com a arrecadação tributária concentrada na tributação indireta, onde só os consumidores finais carregam o piano nas costas, e as grandes empresas e seus detentores, grandes capitalistas, praticamente não pagam imposto de renda.

        Pergunto? Por quê as roupas fabricadas na China, custam nos Estados Unidos, nenos de um terço do preço praticado aqui? Por causa dessa imoral tributação indireta, incidente sobre as mercadorias vendidas aqui, que acaba induzindo as pessoas mais favorecidas, a ir fazer compras nos Estados Unidos, e ainda sair ganhando, descontados os custos da viagem e câmbio. Essa distorção tem provocado uma verdadeira sangria de dolares na nossa balança! 

        Como veem, para colocar esse país no eixo, é simples. Basta desalojar a esfera pública desses milhares de ladrões, para baixar o déficit público, e cobrar imposto de renda de quem ganha mais e portanto tem que pagar mais, permitindo cobrar bem menos tributos, embutidos nos preços dos bens e serviços, provocando assim, uma redução natural de preços, sem mágica do tipo “congelamento ou represamento”, on que irá provocar um maior giro desses bens e serviços, resultando num crescimento verdadeiramente sustentável.

        Só resta saber, qual governante vai ter “peito” para desalojar a quadrilha e inverter essa lógica tributária!!!

        Eu, particularmente, sou cético quanto a isso.

         

    1. Sim, mais uma planta hospedeira de Marina

      Tudo por perto dessa mulher morre, seca, de Chico Mendes a Eduardo Campos, passando por PV e PSB. Agora ela(Marina) quer parasitar o povo brasileiro. Como dizem, é um Mata-Pau:

      Marina, o Mata-Pau, por Fernando Britto, no Tijolço

      matapau

      Poucas pessoas deixam tão evidentes, em tão pouco tempo, sua natureza desagregadora.

      Em pouco mais de um mês desde que foi alçada, na prática, líder do PSB – porque sua candidata presidencial -, Marina Silva já se prepara para esmagar todos os setores do partido que não estejam completamente submetidos a seu comando total.

      É algo que vai além de julgar se melhores ou piores as posições dos grupos se se alinham em torno de Roberto Amaral – o futuro morto – e de Beto Albuquerque, um homem que fez carreira política com o apoio dos petistas Olívio Dutra,Tarso Genro e Lula.

      Trata-se de ver que Marina, incapaz de controlar o PV e de formar seu próprio partido, a Rede, firmou um pacto com o grupo familiar pernambucano e seu vice para assumir o controle total do PSB, esmagando qualquer diversidade que tenha a pretensão de sobreviver no partido.

      A família Campos, com todo o respeito que se possa ter pela dor de sua perda, não se vexa em tratar o PSB como uma herdade, sobre a qual teria  o direito natural de manter o controle e fruir das vantagens políticas.

      Roberto Amaral não é um louco e jogou a cartada da eleição partidária antes das eleições porque o frio da lâmina em seu pescoço era cada vez mais cortante.

      E, quando Beto Albuquerque, candidato a vice e porta-voz de Marina e da família Campos nos “assuntos internos” do PSB anuncia de público que “apoiará uma candidatura de oposição” se  Amaral não desistir da votação marcada, está deixando claro que já recebeu a ordem do “cortem-lhe a cabeça” da nova  regente do PSB e do núcleo herdeiro.

      Não é provável que Amaral consiga fazer a eleição interna ou, se a fizer, tenha de aceitar um acordo onde terá posição decorativa.

      Vai ter o destino que Monteiro Lobeto, em seu antológico “O Mata-Pau”deu à pobre árvore que deu suporte “ao fiapo de planta”:

      “Aquele fiapinho de planta, ali no gancho daquele cedro – continuou o cicerone, apontando com dedo e beiço uma parasita mesquinha grudada na forquilha de um galho, com dois filamentos escorridos para o solo. – Começa assinzinho, meia dúzia de folhas piquiras; bota p’ra baixo esse fio de barbante na tenção de pegar a terra. E vai indo, sempre naquilo, nem p’ra mais nem p’ra menos, até que o fio alcança o chão. E vai então o fio vira raiz e pega a beber a sustância da terra. A parasita cria fôlego e cresce que nem embaúva. O barbantinho engrossa todo dia, passa a cordel, passa a corda, passa a pau de caibro e acaba virando tronco de árvore e matando a mãe, como este guampudo aqui – concluiu, dando com o cabo do relho no meu mata-pau.”

      Neste caso, o “fiapo de planta”, já vindo de outros troncos, foi turbinado pela fatalidade.

      http://tijolaco.com.br/blog/?p=21472

       

      1. A direita precisa de testas-de-ferro.

        É a forma ardilosa da direita competir em eleições. 

        Só que o povo descobriu o engodo… e marina despenca em todas as pesquisas.

        1. E perdendo a eleição, como

          E perdendo a eleição, como deve ser, a tal Rede vai nascer natimorta. Esta é uma história de vampiros e zumbis em REDEmoinho do buraco negro…rs.

  12. A Revista Piauí é imprensa brasileira?

    Nicolas, respeito sua opinião mas permita-me discordar. Também tive essa dúvida mas terminei conluir que, se parte da imprensa francesa pode ter outro ponto de vista, isso não quer dizer que o L´Humanité não faça parte da imprensa francesa, bem mais diversificada do que a nossa que tem formato de monopólio e por isso só entendemos por imprensa brasileira quando sai nas Globos, Vejas, Folhas e Estadões. Penso o contrário: Carta Capital, Caros Amigos, Revista Piaui e até o Pasquim são imprensa brasileira, pq não

  13. Inflação camuflada

    Nassif,  na minha ótica de um “‘economês” pra lá de burro, só sei que financeiramente sei da inflação a partir do momento que ela dilapida o meu bolso. Se compararmos uma moeda de 100 reais agora, veremos que ela não acompanha o poder de compra de um ano atrás. A perda de valor é mais do que notória. Na verdade, 50 reais virou troco e a de 100 está no mesmo caminho para breve. Outra coisa que me intriga: quando o noticiário mostra a cara da iinflação, ela só se resume na batata, cebola, aboborinha, chuchu e ….. E o resto?

    1. inflação camuflada

      Tenho comentado em alguns blogs a respeito do modêlo econômico e sua influência na vida do cidadão e comparando com o comentário acima, diria que não ha outra forma de imaginar a repercussão deste modêlo na inflação camuflada no cotidiano das pessoas. portanto a saida para esta situação consiste em mudar as referências deste modêlo para um novo modêlo econômico e é claro que nestas linhas não ha como esplicar quais são estas referências, mas apostando nelas tudo o que acontece no Brasil hoje poderia mudar e inclusive o que se pensa sobre o clima, pois é notório a influência do sistema na natureza uma vez que se aposta no crescimento para arrecadação de impostos e consequentemente a distribuição de renda.

  14. Escreveram demais. Falaram

    Escreveram demais. Falaram demais. Entregaram o ouro.

    Assustaram.

    Agora é o vamos tratar de consertar os estragos, reduzir danos.

    Não dá.

    Até pq a assombração não se limita ao choque fiscal.

    Tem muito mais.

  15. Cavalo paraguaio
    A candidata Marineca aproveitou bem a comoção popular causada pela morte de Eduardo Campos e lançou de corpo e alma na campanha explorando a emoção dos eleitores como fazem alguns candidatos de Pernambuco que apelam para o desrespeito a memória do falecido, mas as emoções passam e a razão se estabelece e então começa a perda de resistência na reta final da corrida como acontece com os pangarés.

  16. Marina não tem nada de novo,

    Marina não tem nada de novo, ela é a Velha Direita, até a estratégia é a mesma, desde seus tempos de UDN que a direita brasileira avançavba seus propósitos por meio de candidatos “apolíticos”, como Jânio Quadros, que também aplicou um receituário econômico ortodoxo quando presidente.

  17. Nassif não acredite nisso:

    “Por tudo isso, aposte que, seja quem for o vencedor, haverá uma caminhada para a normalidade sem gestos heróicos nem pacotes.”

    O que está em jogo não é exatamente equilibrio, inflação, etc.

    O que está em jogo é lucro, lucro, lucro (de alguns).

    E isso passa, sem preocupação, com o desemprego, retenção dos aumentos salarias, etc.

    Você explicou isso muito bem no “Os cabeças de Planilha”, sobretudo na passagem do “encilhamento”

    Isso foi deixado muito claro nos governos europeus e no de FHC

    Lamentavelmente é isso.

     

  18. O radicalismo de Marina
    A maioria dos brasileiros sabe que o mundo moderno só funciona com energia elétrica e temos necessidade urgente de uma matriz energética forte que favoreça o crescimento do país e a fonte mais barata e mais limpa e sustentável é a energia hidroelétrica, as outras matrizes existentes e em desenvolvimento como a heólica e a solar são caras e rendem muito pouco do que precisamos. Hoje temos turbinas tipo “Bulbo”que não necessitam de grandes quedas da água e assim se pode reduzir os alagamentos que as usinas convencionais provocam. Mas um parecer ambiental intempestivo de Marina levou a uma redução de 60% da capacidade de geração de Belo Monte, Santo Antônio e Girau mesmo sabendo das novas tecnologias.

  19. Stiglitz detona a teoria econômica da marina!

    Imperdível! 

    Aula do Stiglitz para evitar que o Brasil embarque na canoa furada da marina:

     

    “Stiglitz detona a teoria econômica que a direita brasileira quer importar”http://www.viomundo.com.br/politica/stiglitz-detona-teoria-economica-que-direita-brasileira-quer-importar.html 

  20. A Economia e a politica.

    Acho incrível como neste blog a maioria das pessoas não vê o funcionamento da economia normal, não vê o obvio, que a economia esta sim em recessão e que precisa sim de ajustes. Já postei aqui muitas vezes, mas faz muito tempo que não escrevo mais nada, pois a maioria daqui é fã incondicional do Pt e não consegue ver a realidade.  Acham que a crise é provocada pelos grandes empresários como boicote ao governo do PT.

    Eu morro no nordeste, no Ceará, estado onde Dilma tem ampla maioria segundo todas as pesquisas. Estado que recebeu muitas obras e que a economia tem crescido acima da média nacional nos últimos anos. Porem este ano percebe-se uma queda na atividade do comercio acima do normal. Perto de minha casa tem um pequeno deposito de material de construção, é muito popular, é um casal de proprietários e mais um funcionário, amigos de longa data. Pois foi em maio deste ano que eles relataram a primeira grande mudança na economia. Antes da copa portanto. Maio é um mês que passadas as contas de fim de ano, normalmente a atividade econômica volta ao “normal”, pois bem, em maio, pela primeira vez em quase 15 anos de comercio, passou uma tarde inteira sem entrar nem um cliente na loja. Isso nunca tinha acontecido antes na história desse comercio. Ai culparam a expectativa da copa, mas a copa passou e o ritmo de vendas está muito menor do que no ano de 2013. Eu trabalho com serviços, tenho uma empresa sem nem um funcionário, trabalho com sistemas de informática e por isso tenho diversos clientes nos seguimentos da economia. E não tem nenhum segmento que esteja próximo de 2013. Desde pequenos comércios de roupas até uma das maiores empresas do mundo que a sede fica no Ceará, as vendas estão caindo.

    Por que a venda está caindo? O povo está completamente endividado, não tem mais como usar credito, quase 70% da população está com dividas, por isso a economia está parando. O modelo de desenvolvimento baseado no credito se esgotou, foi muito bom, mas se esgotou, é necessário uma mudança de direção,  precisamos de um governo menor, que trabalhe na direção da redução de impostos e de encargos trabalhistas. Por isso qualquer coisa diferente do PT é uma esperança de mudança. Como foi a mudança de FHC para Lula, o que parecia uma aventura no desconhecido foi muito bom para o Brasil, porem o tempo passou, agora são necessárias ideias diferentes, coisas novas. Podem os candidatos não terem as melhores propostas, porem só a mudança do poder, vai sim gerar uma nova expectativa na economia e dar um novo ânimo.  

    A continuar tudo como está, 2015 vai ser um ano com muitas falências, principalmente na construção civil, o que vai puxar toda a economia para baixo. O problema é tão sério que mesmo que a oposição vença as eleições isso poderá acontecer e ninguém vai conseguir mudar esta situação em pouco tempo. Basta ver o valor das construtoras que tem ações na bolsa de valores, olhem os balanços delas, o estoque está muito acima do normal, tem construtora atrasando títulos, atrasando salários e demitindo muita gente. Esta semana o ministério público proibiu uma construtora de Santa Catarina de vender qualquer imóvel. Se está tudo bem, por que isso tem acontecido.

     Só um cego não vê que o risco de racionamento de energia é evidente, e quais os planos de contingência? nenhum. Por que o governo não põe ao menos uma campanha na mídia alertando o povo a economizar? Por que o governo não tira completamente os impostos de painéis solares e geradores eólicos portáteis de uso doméstico? E ainda por que não cria uma linha de financiamento para estes produtos com juro baixo, ai invés de só ficar financiando grandes empresas?

    Resumindo, ajustes são necessários, por isso o melhor é trocar o governo.

  21. Liquidez popular

    Se os governos não fizessem nada, além de apenas arbitrar as forças econômicas já seria um enorme ganho.

    Governo que interfere demais é semelhante o árbitro de futebol que quer aparecer mais do que os jogadores, geralmente só faz burrada, o bom jogo é aquele que corre solto, porem com uma arbitragem firme, que não favoreça nenhum dos lados.

    Outra coisa é a distribuição de renda, dizem que o padrão de consumo praticado nos países chamados desenvolvidos, é impossível de ser reproduzido em todo o globo. Colocando para debaixo do tapete que a riqueza acumulada seria suficiente para garantir a todos satisfatórias condições de qualidade de vida.

    Qdo certos argumentos esquerdistas pretendem imputar no capital, particularmente nos banqueiros, a responsabilidade das mazelas que sofrem a população que se encontra nos níveis mais baixos do espectro social, fica claro para os mais lúcidos, que não passa de simplificação, de minimalismo de entendimento com o complexíssimo social e as relações humanas. Os banqueiros não saem distribuindo dinheiro de graça, assim como não faz um pai responsável com os filhos, antes adotam a máxima de que se deve ensinar a pescar do que dar o peixe sem esforço algum.

    Governo bom, é governo que não aparece. Estão ai as consequências dos choques que interferem radicalmente na economia, o Collor e seu plano econômico é o mais notório, mesmos os governos que não adotaram choques radicais, mas interferiram diretamente no cenário econômico a única coisa que conseguiram foram bagunçar a economia em vez de a estabilizar.

    O pior defeito dos políticos é fuçar nas vidas dos cidadãos, regulamentando até a hora de ir ao banheiro se aliviar dos prazeres da mesa. Comparem os políticos dos países mais civilizados, como Suécia, Suiça, Alemanha e até nosso vizinho Uruguai, com os nossos políticos que adoram se reunir para dar nome de rua e regulamentar até a respiração da pobre população.

    A política econômica visa diversos objetivos, muitas vezes conflitantes entre si. Choque significa jogar toda a força da política econômica em um dos objetivos, deixando de lado os demais.

    O que ocorreria se toda prioridade fosse apenas em um objetivo:

    Controle da inflação: com choque fiscal, afetaria crescimento, emprego e renda.

    Contas externas: com desvalorização drástica do câmbio, afetaria inflação, crescimento, emprego e renda.

    Equilíbrio fiscal: com choque radical, afetaria crescimento, emprego e renda.

    Crescimento do PIB: com política fiscal e creditícia soltas, afetaria a inflação e  as contas externas.

    Neste item temos o exemplo de resultado negativo com a politica do credito farto sem sustentação na economia real patrocinada pelo Lula, que gerou a inflação que nos finalmente, acabou prejudicando o próprio governo.

    Emprego e renda, com ganhos de salário muito acima da produtividade: afetaria inflação e contas externas.

    A formula  que caracteriza o sucesso econômico do fracasso é tão simples que surpreende, geralmente qdo a coisa começa a se complicar, pode ter certeza que é a velha tática de criar dificuldade, para se vender facilidade. E neste quesito a politica brasileira é campeã.

    Pais prospero é Pais que o povo é prospero. Não tem alternativa. Até a China, cultura milenar com a maior população do planeta esta se convencendo disto.

    1. Caramba, que show de

      Caramba, que show de asneiras!O mises.org está cada vez pior!

      Capitalismo laissez-faire promove o crescimento econômico e distribui renda?

      Dá até medo de perguntar a fonte, com certeza algum racista do Instituto Mises, que elabora suas “ideias”(digamos que sejam)com base em suas teses “racialistas”.

      Mas segundo centros de pesquisas sérios, como o NBER(já ouviu falar nesse antro de “comunistas”?), no qual artigos se baseiam em DADOS, e não no preconceito brucutu de seus autores, o capitalismo laissez-faire é reocnhecido como concentrador de renda e, vejam só, nocivo ao crescimento econômico.

      Até o insuspeito Hayek alertava para os xiitas do laissez-faire, como o Condeco acima.

      Vai estudar um pouco, quem sabe assim você consegue elaborar argumentos que não sejam apenas motivos para vergonha alheia.

      1.  
        O livre mercado e a livre

         

        O livre mercado e a livre iniciativa são os pilares da construção da riqueza.

        A fonte são os países que vivem sobre esse sistema.

        As intervenções dos Governos só produziram pobreza.Me mostre aonde politicas intervencionistas funcionaram ou funcionam,a não ser para escravisar seus cidadãos.

        Como você não enxerga que esses países só distribuem a pobreza,e concentram a riqueza nas mãos de poucos? Vide Cuba e familia Castro e bem recente, a nossa vizinha Venezuela.

         

         

        1. Ditaduras e burocratas

          Ditaduras e burocratas defedem com unhas e dentes a intervenção total do governo sobre aqueles que produzem.

          Aquela foto nos posts abaixo mostrando o pau que mata a arvore é um exemplo perfeito sobre estas pessoas.

          Em vez de me mandar estudar vai trabalhar.

          O  Parasita mais burro é aquele que mata o hospedeiro.

          Não é o que acontece nas ditaduras mundo afora?

          Os unicos que usufruem das riquezas são os apaniguados dos partidos e os proprios ditadores.

          Alem do mais entendi direito, por acaso o cara palida ta defendendo as ditaduras?

          1. Inglaterra: monopólio do

            Inglaterra: monopólio do comércio para britânicos(Atos de Navegação)

            EUA: Sistema Americano, projeto protecionista que permitiu a nindustrialização daquele país.

            Alemanha: economia baseada nas ideias protecionistas de List.

            Japão: Reforma da economia centrada no Estado após a restauração Meiji.

            E assim vai, não há um único exemplo na história de um país que se desenvolveu economicamente sem planejamento dirigido pelo Estado. Só nos contos de fadas disseminados por antros de imbecilidades como Inst. Mises, Millenium, Veja, Miriam Leitão, etc.

        2. Países que prosperaram e

          Países que prosperaram e criaram essa riqueza sob forte intervencionismo estatal, algo que qualquyer um que já se deu o trabalho de estudar história econômica sabe, o que, obviamente, não inclui os leitores da Veja e telespectadores da Miriam Leitão.

      2. Show de asneiras

        O que você chama de “condeco” é um barbeiro, que entre um cliente e outro, lê a veja, e depois repete as asneiras dos colonistas da revista aqui no blog.

        1. Parasitismo

          E vc seu galvão?

          Aposentado de que?

          Vai dizer do funcionalismo publico. Mamou nas tetas durante a vida toda, agora vive de pijama destilando intrigas pra prencher o vazio da vidinha inutil.

          O Brasil infelizmente foi construido sob a jugo de parasitas que viveram as custas dos que produziram as riquezas que hoje o coloca como a oitava economia do mundo.

          O sr tem familia? Deixou algum legado para a descendencia? Ou espera que os compadres do partido garantam as benesses do aleitamento dos bens publicos.

          O pior parasita é aquele que mata o hospedeiro.

          Vai trabalhar seu galvão. O sr ainda deve ser novo pra continuar sugando inutilmente com a seiva daqueles que verddadeiramente contribuem com o crescimento da Nação.

           

    2. Estado “Juiz”?

      Discordo.

      O Estado não é o “Juiz”; isso é uma má leitura dos clássicos.

      O Estado é o “Estádio”,  onde o jogo é jogado. Caso contrário nada aconteceria. Estaríamos em guerra de todos contra todos como o Hobbes ensinou há séculos.

      A semelhança da palavra não é gratuita.

      Smith sabia e até Popper entendeu isso.

  22. Cabeças de Planilha

     

    Nassif!

    Acabei de adquirir e dar uma primeira lida no seu livro “Cabeças de Planilha”. Interessante e penso ser muito produtivo abrir um espaço para discutir os pressupostos da teoria econômica e sua aplicação de fato na realidade, que pode em alguns casos encobrir a ação de atores que ficam invisíveis nas discussões,como é o caso das agências internacionais e de outros financistas. Acompanho o debate atual entre economistas ditos neoliberais, que estariam nas campanhas de Aécio e Marina versus o pessoal da Unicamp que em tese se aproximariam das políticas de Dilma. Mas além desse quadro primeiro, há aqueles que seriam beneficiados.

    Parabéns pelo livro e discussão que ele permite.

    1. Oitava economia mundial

      As desigualdades sociais se reduziram no país nos últimos dez anos, mas nada tão significativo, tendo em vista que 10% da população mais rica concentrava 42% da renda do país em 2012, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

      Por outro lado, 40% dos mais pobres concentravam somente 13,3% da renda do país, de acordo com o relatório Sínteses de Indicadores Sociais, elaborado através de uma ampla pesquisa realizada em domicílio.

      O Brasil conseguiu reduzir a desigualdade na distribuição de renda nos últimos anos, mas ainda é o quarto País com maior discrepância da América Latina, de acordo com o estudo Estado das cidades da América Latina e do Caribe 2012 — Rumo a uma Nova Transição Urbana, divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (21).

       

      E não adianta simplesmente dar credito farto para se comprar mais tvs. É preciso trabalho e seriedade, dar condições da economia real se estabelecer, com fomento firme nas forças produtivas do brasileiro, fortalecimento das bases economicas das atividades financeiras da população, com educação séria e crescimento sustentavel baseado na industria e na atividade popular.

      O agronegocio ja vai mais ou menos bem, falta fortalecimento da economia real baseada no brasil que emprende e produz, somente assim se gera emprego de forma firme e sustentavel

      1. “Não pode dar o peixe, tem

        “Não pode dar o peixe, tem que ensinar a pescar”, o discursinho favorito de 10 entre 10 analfabetos em economia!Até economistas ortodoxos, como Edmund Phelps, admitem que programas de distribuição de renda como o bolsa família são programas estruturais.

        Sobre o índice de Gini, os dados(pra variar)contradizem as afirmações desse Conde afrescalhado, certamente mais uma vítima do Instituto Mises, notório antro de reacionários e racistas.

        1. lucro quem não quer?

          Vc não leu o post acima que delineou muito bem a situação bancaria no Brasil e a pouca disposição dos governos de equacionar a questão?

          Por outro lado,há evidente impossibilidade política do governo intervir no setor bancário, no sentido de diminuir a sua concentração. Entretanto, a ciência econômica ensina que, quando se em determinados setores não é possível fugir dos monopólios, é possível regulá-los, seja através de regulação legal, seja através de regulação com a utilização de empresas públicas como competidoras dos monopólios privados.

          O spread bancário é tão elevado, devido à concentração do setor, que o crédito só chega na ponta, para realmente financiar a produção, se for concedido diretamente pelo governo, de forma subsidiada.

          O ideal seria que tivessemos no Brasil um cenário de cada vez necessitar menos da utilização destes artifícios para a condução da economia. Eu entendo que o governo Dilma estava neste caminho. Houve uma redução expressiva da SELIC em meados do governo Dilma que, combinada com a inflação elevada, estava desestimulando e muito a manutenção de capital alocado no financiamento da dívida pública.

          E era justamente isto que o governo estava fazendo no  caso dos setor bancário, através da redução dos spreads bancários da CEF e do Banco do Brasil, o que por sua vez promovia o aumento do market share destes bancos públicos e a consequente corrida dos bancos privados em busca da equiparação com os novos spreads.

          Acreditar que banqueiro vai distribuir dinheiro é que é animismo intelectual. Porque o governo deixou de reduzir os spreads bancários dos bancos públicos? Motivos eleitorais não é não?

          Nenhum fundamentalismo, nem de direita nem de esquerda, possibilita qualquer resultado positivo na economia,de longa data, nem os discursos reacionários que babam raiva indiscriminada.

          Vc me conhece, cara pálida? O que escrevi é de uma simplicidade que não convém para os disseminadores da confusão que esperam lucrar com ela.

          A experiência sacrificial de um pequeno empresário, nesta terra de ninguém, tem muito mais peso do que o mais pomposo discurso de economia teórica.

          Desde a pequena quitanda até as gigantes corporativistas como a Petrobrás, estão sujeitas as mesmas leis do mercado, o diferencial é a responsabilidade da gestão e o tamanho dos desvios monetários na hora de se fazer o balanço anual.

          1. Não te conheço, conheço as

            Não te conheço, conheço as imbecilidades que você defende, são disseminadas por antros de pseudo-economia, como os Inst. Mises e Millenium.

            O governo braisleiro conseguiu reduzir o spread bancário justamente se valendo de bancos públicos.

            Ninguém aqui está dizendo para bancos doarem dinheiro, essa é a famosa falácia do espantalho, que você provavelmente aprendeu no cursinho de desonestidade intelectual do Instituto Mises, conhecido por disseminar “ideias” que inspiram asneiras como essa:

            A experiência sacrificial de um pequeno empresário, nesta terra de ninguém, tem muito mais peso do que o mais pomposo discurso de economia teórica.

            Desde a pequena quitanda até as gigantes corporativistas como a Petrobrás, estão sujeitas as mesmas leis do mercado, o diferencial é a responsabilidade da gestão e o tamanho dos desvios monetários na hora de se fazer o balanço anual.

            O Instituto Mises e afins são conhecidos por dissmeinar essa abrodagem anti-intelectual, a única maneira de tentar manter de pé as bobagens que defendem.

        2. só falta dizer que  nos

          só falta dizer que  nos tempos de FHC se fazia a conta correta e tudo indica que no governo Lula passaram errrar e a favor do governo .

    2. CONCORDO EM PARTE……………

      Esse blábláblá neoliberalismo x socialismo é cansativo e quase religioso, concordo que o Brasil evoluiu no cenário mundial como essa propaganda propala, mas é interessante os críticos do neoliberalismo fazerem propaganda do populismo, supostamente socialista, usando dados macroeconômicos que só podem ser alcançados em um ambiente neoliberal ou liberal; esses caras do PT são super neoliberais na economia e socialistas na política, o Lula é muito mais neoliberal que o FHC; parabéns para ele por isso mas só queria lembrar que em 2004 5% da população detinha 40% das riquezas do país e hoje esses mesmos 5% detêm 44% das riquezas, quero lembrar que o analfabetismo funcional e IDH do Brasil é pareado com os índices de países africanos; os sectários vão falar que a miséria acabou que o BF foi um revolução contra a pobreza mas esquecem que esses programas sociais surgiram em países liberais( frança, GB e USA) e não em países socialistas; esse PT trabalha dessa forma: discurso socialista populista + condutas liberais concentradoras de renda; é o socialista que come no MacDonald’s, resumindo tudo: o papo socialista para ganhar voto e papo liberal para os empresários bancarem as eleições. Os banqueiros e a FIESP amam o LULA tanto quanto a imensidão de pobres que povoam o País.

  23. O Gianneti mostrou que não

    O Gianneti mostrou que não sabe da missa a metade naquela entrevista ao Valor, em que, entre outras coisas ele disse que iria aumentar a CIDE e, para não haver aumento da tributação, compensar com a retirada dos créditos subsídiados.

    O que o Gianneti e o Armínio não enxergam ou não querem enxergar é que no Brasil, da maneira como está cartelizada a economia no geral, mas especialmente em um setor fundamental, o bancário, não há possibilidade alguma de crescimento sem subsídios governamentais, infelizmente.

    Eu, particularmente, não sou nenhum fã da política de concessão de subsídios de quaisquer espécies, como o crédito agrícola, os juros subsidiados do BNDES, etc.

    Não é uma política lá muito eficiente, muitas vezes os subsídios são mal-direcionados, concedidos para tungar os consumidores e gerar inflação, como no caso das concessões de subsídios aos frigoríficos que promoveu a cartelização do setor. (já dizia o Ignácio Rangel em 1900 e guaraná de rolha que o governo era o organizador do cartel de distribuição de alimentos que gerava inflação). Outras vezes, os subsídios viabilizam obras de infra-estrutura de necessidade duvidosa, ajudando a criar os famosos elefantes brancos, na maioria das vezes obras superfaturadas, que nunca se viabilizariam pela solução de mercado.

    Mas estas políticas são um mal necessário diante da atual concentração bancária.

    Ocorre que no Brasil, atualmente, o spread bancário é tão elevado, devido à concentração do setor, que o crédito só chega na ponta, para realmente financiar a produção, se for concedido diretamente pelo governo, de forma subsidiada.

    O ideal seria que tivessemos no Brasil um cenário de cada vez necessitar menos da utilização destes artifícios para a condução da economia. O caso é que estas políticas são muito boas para serem utilizadas em momentos de crise econômica, quando a predisposição ao risco dos investidores diminui muito e o estado tem que intervir para a reativação da economia. 

    Eu entendo que o governo Dilma estava neste caminho. Houve uma redução expressiva da SELIC em meados do governo Dilma que, combinada com a inflação elevada, estava desestimulando e muito a manutenção de capital alocado no financiamento da dívida pública.

    Por outro lado,há evidente impossibilidade política do governo intervir no setor bancário, no sentido de diminuir a sua concentração. Entretanto, a ciência econômica ensina que, quando se em determinados setores não é possível fugir dos monopólios, é possível regulá-los, seja através de regulação legal, seja através de regulação com a utilização de empresas públicas como competidoras dos monopólios privados.

    E era justamente isto que o governo estava fazendo no  caso dos setor bancário, através da redução dos spreads bancários da CEF e do Banco do Brasil, o que por sua vez promovia o aumento do market share destes bancos públicos e a consequente corrida dos bancos privados em busca da equiparação com os novos spreads.

    Ou seja, o governo estava na direção certa, mas aproximadamente lá pelo início/meio do ano passado, começou a cair a ficha do governo que tinha uma eleição em 2014 e os ânimos nas ruas estavam exaltados.

    Eu acredito plenamente que, com a eleição da Dilma haverá espaço, em curto prazo de tempo, para a retomada destas políticas.

    Mas eu não sei se por ignorância, má-fé ou retórica – na minha opinião uma mistura de tudo, toda eleição é praticamente a mesma coisa: estes economistas ditos liberais, geralmente sempre ligados a grandes grupos financeiros, sempre vem com estas falsas soluções para os problemas do Brasil, dizendo que é necessário choque fiscal –  recentemente mudou para ajuste fiscal, mas a intenção é a mesma – com redução dos subsídios, redução de impostos, aumento da confiança no governo, blá, blá, blá.

    O certo é que é difícil de acreditar que o Itaú ou a Gávea investimentos estão muito interessados em diminuir os juros, os spreads bancários e estimular o capital privado a financiar a produção, com menos rentabilidade e mais risco.

  24. Um das sequelas mais

    Um das sequelas mais indesejáveis, porque profundas, de um regime autoritário de base militar como o que assolou o país no período de 1964 a 1984 é o surgimento de uma ideologia que, ao tempo em que rejeita a mediação da política, erige a tecnocracia, partindo de um pressuposto que ela é “neutra”, como a única e determinante forma de “racionalidade”. 

    Os governos que emergem após a redemocratização, infelizmente, passam a adotar esse modelo pelo qual e no qual a ação instrumental se sobrepõe e aclipsa tudo o quanto se reporte a sentimentos, emoções, sofrimento; enfim, à humanidade. Nada mais frio e desumano que as elucubrações desses economistas com phd em Harvard ou mesmo da nossas PUCs e USP. Até mesmo os considerados “filósofos”, a exemplo desse Eduardo Gianetti, não foge à regra.

    Precisamos reintroduzir a política na economia. 

  25. Nassif eu não concordo com você

    P { margin-bottom: 0.21cm; }P.western { }

    Existem elementos nas propostas da Marina Silva que eu acho muito similares aos implementados pela União Europeia e que estão na base da crise que se arrasta por la:

    a criação de uma expectativa de crise eminente e constante, o que facilita a aceitação de medidas impopulares pela população (o Pessimildo do pt ataca esse ponto).

    A criação de mecanismos de controles da economia independentes (BC e Conselho fiscal), que ao mesmo tempo que poderiam blindar a marina silva de medidas impopulares (tarifaco, elevação de juros), também poderiam servir para salvaguardar o controle do mercado sobre a economia, mesmo em caso de sacrifício de um hipotético governo Marina Silva após a adoção de medidas impopulares. Esse modelo está em prática na Europa, os governos eleitos são constantemente sacrificados, mas as medidas de austeridades continuam sendo impostas pelos tecnocratas da união europeia.

  26. Vão contar lorota pra outro.

    Vão contar lorota pra outro. Choque fiscal o caramba. Querem é arrumar os argumentos para fazer a taxa de juros explodir para conter a inflação provocada por eles mesmos. E legalizar o roubo do país por banqueiros.

    E desculpe se falo assim tão grosseiramente. É que não tenho o “pedigree” dos Setúbal, Moreira Sales e da banca que inventou, patrocinou e patrocina essa inacreditável Marina Silva. Por falar nisso, o que Marina foi fazer nos Estados Unidos em plena campanha eleitoral?

     

  27. texto do Nassif: Uma lastima novamente!

    Nassif,

    voce ignora a realidade, O desemprego já esta ai, o governo atual esta tratando de desregular a macroeconomia, se nada for feito tudo que criamos em 20 anos vai por água abaixo. O que as pessoas ignorantes não entendem é que em curto prazo pode talvez piorar mais para o futuro vai melhorar. agora se nada foi feito a economia vai para o buraco ai o ajuste vai ser cada vez pior. A dada dia que passa o remédio vai ser mais amargo.

    Sei que os leitores não são fã de história, mais no houve um grande choque fiscal no primeiro governo Lula com uma grande desvalorizãção cambial. E se Lula não tivesse mantido o tripe economico ( o mesmo que a Dilma critirca tanto) ela não estaria no governo agora e voces defendendo ela.

    1. Qualé a sua realidade ?

      Prezado, de que realidade, você tá falando ?

      Do menor desemprego da história brasileira, cêrca de 5%, contra uma média histórica de 12%, ou na micro-economia(esta da gente como eu e você)que é elogiada por ganhadores de Nobel, como o Paul Krugman, no NYT, desta semana  como uma economia estável e confiável ?

      Nei de que “20 anos” você trata, se foi apenas nos últimos 12 anos, que o Brasil, saiu do “buraco” que herdamos do governo neo-liberal, do FHC.

      Outrossim, nem no governo Lula, nem na gestão Dilma, houve tripés, ou algo parecido. Houve uma reversão de valores, pois o foco, passou a ser o social, secundarizando a elite e os banqueiros, eternos parceiros e mandantes nas adms. anteriores. Saímos de uma cartilha primeiromundista e ditada pelo FMI, e em pouquíssimo tempo, saímos do estágio de terra arrazada, da gestão anterior(de 1994 a 2001)e revolucionamos as classes sociais brasileiras, colocando no mercado de consumo, e na condição de cidadão.

      E saiba que a Dilma está aí, e vai continuar governando, porque a sociedade brasileira que teve a maior mobilidade social de sua história, não quer retroceder.

  28. Se eles não farão o que dizem, então estão mentindo oras.

    Caro Nasssif, que o tal choque fiscal que os economistas de Marina dizem que vão aplicar seria um desastre para economia do país, não tenho dúvidas. Mas, creio que você, nest post, embora tenha mencionado em outros, não disse que o tal choque fiscal, além de causar, em suas próprias palavras “afetaria crescimento, emprego e renda”, aumentaria a inflação, pois o primeiro movimento do tal choque fiscal seria o aumento das tarifas e isso geraria mais inflação e, todos sabemos, que a cartilha ortodoxa que seguem é que para segurar a inflação a primeira medida do BC será aumentar os juros da SELIC e, como parte da dívida interna do país está atrelada a SELIC, isso significaria tambem o aumento da dívida pública brasileira.

    Então, do Choque Fiscal proposto por Marina e seus economistas, teriamos logo de cara os seguintes resultados:

     

    – recessão aumentada, desemprego em massa, aumento da inflação, aumento dos juros e aumento da dívida pública.

     

    E qual a receita deles para conter todo esse conjunto maligno para a economia e para o povo? Uma fé inabalável que em algum momento, não se sabe quando, o “Deus mercado” resolverá a questão sem intervenção do Estado.

    Como, disse, concordo contigo que o choque fiscal defendido por Marina e seus economistas, seria um desastre para o pais, mas o que me estranha é você afirmar com certeza que eles não farão o que dizem que farão?

    Bem, se você acredita mesmo que eles não farão o que dizem que farão, porque não diz logo, na lata, “Marina e seus economistas mentem e não aplicarão as medidas que dizem que aplicarão”?

    Não entendo, você está claramente dizendo que eles estão mentindo na campanha e que não  farão o que dizem que farão, mas se nega a dizer, literalmente, que elels estão mentindo.

    Agindo assim, ao não dizer literalmente que eles estão mentindo sobre o choque fiscal, aparenta que você tenta minimizar o medo dos eleitores em relação a um eventual governo Marina e assim, ajudar a estancar a sangria na candidatura dela.

    Oras, se eles não farão o que dizem que farão, estão mentindo e ponto final, qual o sentido de usar meias palavras?

  29. Bacana seus gráficos e tabelas mas…

    …é impossível “governar para todos”. Não dá pra atender os interesses de todo mundo. Quem acredita nessa utopia vive em uma bolha de ingenuidade. O PT do Lula fez uma opção óbvia: privilegiar pobres e ricos, dane-se a classe média. Basicamente favoreceu bancos e ampliou programas assistencialistas. Com isso ele conquistou a classe alta, que antes tinha medo da esquerda, e agora pode continuar se lixando para a economia do país. Quem não lembra da Regina Duarte indo a público dizer que estava com medo do Lula? Para os ricos não é legal que o país se desenvolva, eles não querem igualdade: o bacana mesmo é ser todo mundo mais pobre, assim o sujeito sai de casa e pode ter o prazer de esfregar o dinheiro dele na cara dos outros, e pisar à vontade na cabeça das pessoas. O cara até faz questão de pagar mais caro num ítem que nem precisa. Por que será que tudo no Brasil é tão absurdamente caro? Não tem nenhuma explicação técnica, é pelo simples fato de que existe demanda pra gastar demais. Existe gente que literalmente acha bonito falar “paguei caríssimo nesse palito de dentes.” Não é à toa que hoje encontramos fenômenos culturais como o luxo do lixo da Daslu, ou o “Funk Ostentação”, onde um bando de favelados fingem que levam uma vida que nunca vão conseguir ter. Da mesma forma que privilegiou os ricos, o PT trouxe um grande alívio para os mais miseráveis, através do Bolsa Família. Que é um programa controverso – e todos sabemos que veio do Renda Mínima, que não foi o Lula quem criou. Mas olhando friamente, sem paixão, é óbvio perceber que o custo benefício dele é muito alto: gasta-se pouco para ter um grande retorno. A média do benefício do programa em 2014 é de – pasme – R$ 97,00. Eu não consigo nem encher o tanque do meu carro com esse valor. Mesmo que o cara tenha 10 filhos e consiga o benefício integral para todos, ele vai ganhar mil reais por mês. Quem vive com isso hoje em dia? É dinheiro de pinga perto do que se gasta com um único vereador. Mas para quem vive na miséria, é a diferença entre comer lixo ou ter dignidade. Com certeza, quem recebe o peixe pronto vai morrer recebendo, nunca vai aprender a pescar. Mas a diferença é que os filhos dessas pessoas vão para a escola em vez de ficar catando lata ou esmolando no farol. Nem que seja pra comer a merenda e trazer o leite. A escola é horrível? Sim, é um lixo. Mas tem aula e tem uma professorinha fazendo das tripas coração pra tentar ensinar alguma coisa. Antes ninguém ia na aula. E antes não tinha escola. É óbvio que o objetivo a longo prazo é a extinção do Bolsa Família, mas o programa é premiado mundialmente por algum motivo. Não da pra querer que um cara miserável “melhore estudando e correndo atrás da vida” sozinho. Não dá pra estudar com fome. É impossível aprender alguma coisa se você não sabe o que vai comer no almoço. O PSDB, por outro lado, durante todos os anos em que esteve na presidência e no governo de SP, sempre fez a opção de cima: ricos e classe média, danem-se os pobres. As classes mais baixas estavam literamente jogadas no esgoto. As pessoas morriam de fome nas ruas, era comum ver a fila de idosos para receber aposentadoria do INSS dando a volta nos quarteirões. Naquela época roubavam-se valores muito superiores ao mensalão e ficava tudo por isso mesmo. Não tinha investigação, não tinha Lei de Responsabilidade Fiscal, não se faziam licitações públicas, a vida era muito mais fácil para os políticos profissionais. Os escândalos eram diários, tinha desvio no BNDS, super faturamento no SIVAM, Anões do Orçamento, farra das privatizações, etc, etc, etc. E tudo sempre acabava numa bela pizza… Sem falar que o FHC vendeu a alma para o diabo para impleentar a famigerada reeleição (depois de ser eleito “surfando na onda de prosperidade” do Plano Real, que nem era dele – foi criado pelo economista Luis Carlos Bresser Pereira e lançado pelo ex-presidente Itamar Franco). Uma verdadeira tragédia para o país. O PT é muito melhor? Claro que não, é péssimo. Tanto quanto qualquer outro partido político muito grande. O problema é que ficar atirando pedras no PT não resolve nada pra ninguém e ainda inconscientemente “absolve” os outros partidos. Afinal se o PT é traseiro do demônio os outros não podem ser tão ruins assim, certo? Errado! Ao invés de comemorar o fato de que hoje a polícia federal está mais independente e atuante, e que o judiciário está botando políticos de carreira na cadeia, a classe dita “esclarecida” prefere focar no escândalo novo da semana ou no próximo indicador econômico que não vai bem. Só que os pobres lembram dos anos de chumbo. Eles sabem a diferença que os 20 anos de democracia fizeram na vida deles. Por isso votam em massa no PT… Pois é, por puro interesse. Da mesma forma que a classe alta vota na direita por puro interesse. Não existe política sem interesse. A questão é apenas em que ponta do barco você se encontra! Se há um choque que é necessário é o dos gastos públicos. Cortar toda a gentalha enconstada que vive mamando na teta do governo. Cortar cargos, despesas com acessores, auxílio-papel higiênico e tudo o mais. E aí sim poderemos reduzir substancialmente a carga tributária sem deixar a economia entrar em colapso. Não voto na Marina Silva porque eu acho que ela vai ser alguma estadista brilhante, ou porque ela é aparentemente a única pessoa procupada com o meio ambiente, e nem por que ela tem integridade suficiente para reunciar a um cargo de ministra pelos seus ideais. Mas voto com a esperança que ela escolha os pobres e a classe média. E danem-se os ricos! Doa a quem doer…

    1. [   privilegiar pobres e

      [   privilegiar pobres e ricos, dane-se a classe média.]  a classe méida é exatamente a que não precisa de qualquer proteção do Estado, dado que precisa decidir por si mesmo se fica pobre ou rica, já que essa é a praga de uma nação, chauistivamente, odeio classe média

  30. A soberba dos banqueiros foi o seu carrasco

    Tivessem apoiado com ênfase e fervor um acordo comercial em Doha e a situação seria outra.

    Hoje tem um Brasil refratário a toda influência deles, bem como de seus agregados.

    O estrago diplomático está feito e as consequências economicas são inolvidáveis.

    Agora que a fragata americana ficou à merce do MIG DOZE vezes e muitos dos tripulantes pediram baixa, fica mais difícil levar na mão grande, pois a opinião pública numa retaliação vai ser contra na certa.

    Penso que seja hora de refazer estratégias e conquistar aliados novamente.

  31. SEMI-ANALFABETO

    NÃO TENHO FORMAÇÃO ACADEMICA MAS SOU BEM SUCEDIDO PROFICINAL LBERAL E O QUE POSSO DIZER PARA CONTRIBUIR COM AS PESSOAS QUE DEBATEM NESTE BLOG COM MAIS AUTORIDADE PARA TAL É QUE MINHA VIDA MELHOROU MUITO EM TODOS OS ASPECTOS NOS ULTIMOS DOZE ANOS.

  32. Os neoliberais não aprendem e por isso apanham!!!

    A oposição no Brasil tenta resgatar as bandeiras de um duro ajuste fiscal, cujas consequências são recessão (desemprego, iniquidade social, enfraquecimento das relações trabalhistas, aumento da miséria, etc). Essas medidas nunca deram certo no Brasil/América Latina nos anos 90 e atualmente são um fracasso na Europa.

    A direita sofre hoje em dia o que a esquerda passou nos anos 80, quando se sentiu obrigada a abandonar o Stalinismo e reformar o ideário socialista, alguns tiveram sucesso (PT, Chavismo, Evo, Mujica, etc) e outros abandonaram completamente aderindo a chamada 3ª via neocapitalista, neoconservadora (PSDB, PPS, etc).

    Apesar da negação a política existe uma diferença clara entre os programas de governo da situação e oposição, tema abordado que causou muita discussão no blog depois de um publicação do Nassif: https://jornalggn.com.br/noticia/e-preferivel-um-aecio-na-mao-que-duas-marinas-voando

    As pessoas podem até achar engraçada minha comparação mas, a direita deveria aprender com o futebol:

    No velho continente, enquanto a União Européia é arrasada pelas políticas recessivas do BC, por outro lado quem segue o ideário keynesiano vence até Copa do Mundo.

    O título mundial da Alemanha não foi um bilhete premiado, além da preparação, organização, planejamento, chama atenção importantes e ousadas medidas existentes no futebol alemão:

    – Na Alemanha, os magnatas donos de clubes (sheik árabe, bilionário russo, etc) são proibidos de atuar no futebol do país, até parecido com o Brasil (só que com mais profissionalismo), dirigentes sérios e maior participação dos sócios na vida do clube;

    – Os clubes alemães priorizam a base e formação de jogadores, com isso há menos importação de jogadores estrangeiros em comparação com outras grandes ligas européias;

    – Fair Play Financeiro: existe um limite de gastos com contratações que os clubes podem fazer, como o Bayern é o único clube gigante do país isso ajuda os demais times pequenos/médios competirem de igual pra igual e se desenvolverem;

    Outro exemplo bem sucedido é o Barcelona, melhor equipe do planeta há pouco tempo, também se destaca por ser um clube sem dono, que se dá o luxo de recusar patrocínio na camisa e investe na formação de novos jogadores, a seleção da Espanha campeã mundial em 2010 tinha o clube como cedente da maioria de seus campeões (como se fosse um Barcelona sem Messi). No Barça de 2010/11, 8 ou 9 jogadores eram espanhóis, um clube que nada totalmente contra a corrente do continente e por isso é bem sucedido.

    Em entrevista recente no Brasil, o ex-craque alemão Paul Breitner, por coincidência um ex-simpatizante do Maoísmo (provando que na política é possível se reciclar) afirmou o que estou dizendo: “Inglaterra (inventores) e Brasil (reinventores) são atualmente os maiores símbolos de decadência no futebol”. Assistam a entrevista exibida antes da Copa (Abril) que acabou sendo um premonição do que aconteceria: http://www.youtube.com/watch?v=H1Sp12LdUh8

    Eis os fracassos do neoliberalismo no futebol:

    Brasil: Até possui grandes talentos, mas infelizmente virou um mero exportador para o exterior (na economia seria comparado com uma tese de Celso Furtado sobre os grandes ciclos históricos da matéria-prima), sem talento não há espetáculo no futebol nacional, mudar a lei do passe beneficiando o clube formador passa a ser urgente.

    Durante a Copa, o comentarista PVC citou algo relevante: “em 1994 dos 22 Tetracampeões 11 jogavam no Brasil e 11 no exterior, em 2002 eram 13 nacionais e 10 estrangeiros entre os Pentacampeões. Com isso assino embaixo: “Enquanto o Brasil tiver a maioria de seus jogadores no exterior nunca mais seremos campeões mundiais”. 

    Além dos problemas já conhecidos (corrupção na CBF, estilo de jogo, calendário, etc), irrita a postura colonialista de parte de nossa imprensa em insistir no sistema de pontos corridos por ser adotado na Europa. Os pontos corridos até dariam certo nos estaduais, mas no Brasileirão mostrou ser um fiasco.

    Inglaterra: Apesar de ter uma das melhores e mais disputadas ligas de futebol, o futebol inglês não se beneficia em nada dessa condição, a maioria dos jogadores que atuam no milionário campeonato vem do exterior. Isso explica o fiasco da seleção inglesa na Copa, estilo de jogo burocrático e equipe envelhecida que pouco se renovou.

    Apesar de todas as críticas a FIFA, Blatter tentou adotar o sistema 6+5, os clubes poderiam iniciar a partida com no mínimo 6 jogadores aptos a vestir a camisa da seleção nacional e no máximo 5 estrangeiros. A medida foi duramente boicotada pela UE, provando mais uma vez ser uma instituição que existe para defender o capital usando a desculpa da livre-circulação de pessoas (Se fosse verdade, qualquer africano poderia ir para a Europa sem precisar estar ilegal).

    Depois os europeus não entendem o avanço da extrema-direita, esse é o modelo que a Marina Silva sonha em adotar no Brasil, o risco é que depois de eleger a Marina, os brasileiros elejam um Bolsonaro.

  33. Tentariam

    Não tenho essa visão relativamente idilica. Essa gente tentara fazer o que anuncia, até porque não entendem mesmo.Então é bom MESMO que não ganhem. Ta louco!.

  34. não acho, não

    Pior que isso: é possível que sobrevenha um período muito bom logo a seguir, o qual tenderá, dado o baixo nível do debate econômico no Brasil, a ser interpretado como resultado do choque!

    Explico-me.

    Há espaço político para um choque, definindo-o como um ajuste pró-rentismo drástico. Seria algo como um ajuste forte de tarifas acompanhado de um aumento forte dos juros (até pouco tempo atrás havia gente bem do babado – diferentemente do Gianetti – que defendia algo como 15%) justificado como verdadeitro compromisso com o sistema de metas, capaz de trazer a inflação já no ano que vem para 4,5% e um aumento da meta de superávit suficiente para estabilizar a dívida (na verdade, trata-se da conta de recalibração do padrão de redistribuição de renda gerado pelo Estado, que voltaria a ser pró-sistema financeiro, embora parte do empresariado na verdae acredite que a desaceleração dos salários também a beneficie). 

    Esse aumento não seria suficiente, porque o PIB e o imposto inflacionário cairiam fortemente, mantendo um cenário parecido com o da Europa em 2010. Isso estenderia o ajuste para 2016, ano em que a economia voltaria a crescer a depender da conjuntura externa, talvez a uns 2 ou 2,5%. 

    A mídia apoiaria amplamente esse ajuste, e entre o empresariado e a classe média alta tal apoio seria inclusive dispensável. De forma geral, a opinião pública brasileira é liberal em matéria econômica e intervencionista em temas sociais (na verdade, mais em transferência de renda).  Ademais, não SE PODE DESCARTAR UM MOVIMENTO DE PERSEGUIÇÃO MAIS AMPLO A LIDERANÇAS DO ATUAL GOVERNO, EM PARTICULAR A LULA, VISANDO INVIABILIZAR A VOLTA DA CENTRO-ESQUERDA AO PT. 

    Outro ponto desagradável mas que não pode ser descartado é que há um componente cíclico na atual desaceleração. Há 3 fatores que tendem a beneficiar fortemente o próximo ocupante do Palácio, inclusive dando a impressão de que o diagnóstico liberal de ajuste pró-produtividade (atenção: vários economistas desenvolvimentistas também acham que é preciso aumentar a ênfase pró-oferta no mix de política econômica, mas não no formato liberal, que acha que o mesmo tem de ser ostensivamente liderado pelo mercado) estará funcionando. São estes: 1, o início da operação de diversos empreendimentos voltados para aumentar a oferta de infraestrutura, sobretudo de energia, conjugado com o desengargalamento das concessões; 2, a desinflação internacional do preço dos alimentos, que tende a dar mais eficiência a sistemas de welfare baseados em transferências pessoais de renda, como o nosso; 3, a reversão cíclica em si, que, aí devo admitir, tende a interagir positivamente com o clima de mudança gerado pela mudança de presidente. 

    O que concordo com o Nassif é que ela evitará tocar em aposentadorias, pensões, bolsa família e que tais, até porque essas coisas, ademais de muito ancoradas legalmente, estão indexadas ao PIB anterior e já estão universalizadas, de forma que não vão pressionar as contas públicas adicionalmente.

    Infelizmente, se a Marina vencer, ela tenderá a ter boas condições de mesmo fazendo um ajuste mais pesado e pró-rentista parecer conseguir resultados melhores que a Dilma imediatamente (embora de fato resultantes ou de medidas adotadas pela Dilma/Lula ou de eventos externos, fora do nosso controle). A enorme parcela que depende parcialmente de transferências (hoje perto de 20% do PIB) não se sentirá prejudicada, os rentistas e os consumidores abastados (estes por força da desaceleração dos salários) se sentirão beneficiados, os industriais e trabalhadores em geral tenderão a perder, mas aqueles em especial podem se ver melhor a depender da força da evolução externa, da trajetória do câmbio e da força da reversão cíclica.

    Neste cenário, mais otimista, não é impossível ela terminar o mandato com inflação na faixa de 4% e o PIB crescendo acima de 3,5%.  Dada a manutenção da estrutura de welfare doada por Dilma, não creio em uma deterioração dos indicadores sociais, exceto, no conjunto do governo, daqueles umbilicalmente ligados à dinâmica do mercado de trabalho (e, por força disto, da distribuição de renda). 

    Por tudo isso, acho que neste momento a derrota do lulismo pode ser trágica – paradoxalmente, porque Dilma trabalhou muiot bem questões voltadas para o longo prazo, mas não conseguiu sanar problemas imediatos, muitos deles, como o do câmbio, legados por Lula – não só para a coligação liderada pelo PT, mas para as forças progressistas/desenvolvimentistas brasileiras como um todo. 

  35. SInceramente, espero que a

    SInceramente, espero que a Dilma se reeleja.

    Assim, será ela a ser colocada com um quadro negro na Av Paulista para explicar aos manifestantes porque perderam seus empregos.

    Porque no ritmo que estamos indo, sem ajustes fiscais que reestabeleçam a confiança no Brasil, será esse o final da história.

    Estamos ainda vivendo de rescaldos do aquecimento da segunda metade da década passada e do início desta. Quando alguém decide investir num país, isso é projeto de meia década ou década inteira. 

    Há poucos dias inauguramos uma fábrica de pneus aqui perto, mas o investimento foi decidido em 2008. Estão se inaugurando também planstas automobilisticas, todas anunciadas no final da década passada. Outras estão em fase terminal, na mesma situação.

    Eu quero ver é me trazer notícias de investimentos de grande porte no Brasil anunciados nos últimos dois anos.

    Cadê a relação ? 

      1. Brasil receberá investimentos de R$ 4 trilhões entre 2014-2017

        Estudo do BNDES indica que Brasil receberá investimentos de R$ 4 trilhões entre 2014-2017BNDES—-22/05/2014

        • Trabalho da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do Banco indica ligeira alta em relação a outubro e taxa anual de expansão de 5,1%


        Estudo concluído pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) indica que os investimentos na economia brasileira deverão somar R$ 4,07 trilhões no período 2014-2017. O valor supera os R$ 3,98 trilhões apurados no levantamento anterior, divulgado em outubro de 2013, para esse mesmo período.

        O resultado faz parte da atualização do estudo Perspectivas do Investimento para o período 2014-2017, elaborado pela Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES. O mapeamento abrange projetos e planos estratégicos das empresas, não restrito apenas àqueles apoiados pelo Banco.

        As maiores revisões foram em petróleo e gás, com aumento de R$ 30 bilhões de investimentos em relação ao apurado anteriormente, e total previsto de R$ 488 bilhões entre 2014 e 2017; energia elétrica, com adição de R$ 16 bilhões (investimentos totais previstos de R$ 192 bilhões); e papel e celulose, com incremento de R$ 7 bilhões (total de R$ 26 bilhões).
        Na atual revisão, foram incorporados investimentos em mobilidade urbana, que se somam, assim, aos projetos de saneamento, já acompanhados pelo Banco, e que fazem parte do setor de infraestrutura social.

        Com a inclusão do segmento de mobilidade urbana, é possível vislumbrar as perspectivas de uma área de grande importância para o desenvolvimento econômico e social do País. As perspectivas de investimento para o setor são de R$ 89 bilhões, com alta de 83% na comparação com os R$ 49 bilhões efetivamente realizados no quadriênio anterior (2009/2012).

        Crescimento real – O cenário é de crescimento real de 28% nos investimentos em 2014-2017 (taxa anualizada de 5,1%) em relação ao período 2009-2012, quando foram investidos R$ 3,17 trilhões.

        Do total de R$ 4,07 trilhões mapeados para 2014-2017, a indústria responde por R$ 1,15 trilhão em perspectiva de investimento, o que significa aumento acumulado de 31% (alta de 5,5% ao ano), devido sobretudo ao setor de óleo e gás.
        O setor aeronáutico, com projeções de investimentos de R$ 14 bilhões no período, também se destaca em nível de crescimento, com projetos nas áreas de defesa e comercial.

        A infraestrutura responde por R$ 575 bilhões, com incremento de 35%, puxado sobretudo por dois setores ligados à logística: portos e ferrovias. Entre os investimentos mapeados, estão aqueles feitos por meio de concessões e parcerias público-privadas, contemplados pelo Programa de Investimento em Logística (PIL).

        Energia Elétrica – A perspectiva de investimento para o setor elétrico brasileiro em 2014-17 é de R$ 191,7 bilhões, sendo a maior parte em geração hidrelétrica, com R$ 54,5 bilhões. Os complexos eólicos são o segundo destaque em porte de investimentos, com R$ 43 bilhões. Transmissão de energia elétrica vem em terceiro, com estimativas de investimentos de R$ 37,6 bilhões.

        Ferrovias – No setor ferroviário, a perspectiva de investimento é de R$ 57 bilhões em 2014-2017, com destaque para: expansão da malha, prevista no PIL; investimentos diretos da Valec; projetos de modernização e aumento de capacidade da via permanente; e ampliação da frota de material rodante. O PIL prevê investimento em 12 trechos, parte em projetos novos (greenfield), parte em modernização da rede existente (brownfield).

        Mobilidade urbana – A perspectiva para o investimento em mobilidade urbana para o período de 2014-2017 é de R$ 53 bilhões, com taxa média anual de crescimento de 30%. Desse total, 58% serão destinados a projetos de metrô, 16% para monotrilho, 13% para Bus Rapid Transit (BRTs), 7% para trem e 6% para Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs).

        Esse bloco de investimentos é sustentado pela retomada da capacidade de investimento dos Estados, explicada, em parte, pelas recentes rodadas de descontigenciamento realizada pelo Governo Federal e pela aplicação de recursos federais em projetos de mobilidade urbana por meio do PAC Mobilidade – Grandes e Médias Cidades. Outro elemento importante é a ampliação dos investimentos privados no setor, por meio de PPPs.

        O estudo está disponível aqui(pdf)

        URL:

        http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_I

         

         

  36. Conf. um sábio técnico de futebol…Em time que está ganhando…

    Analisadas todas as coordenadas descritas pelo Nassif, e sabendo-se de antemão, que as ameaçadoras teses dos economistas aí colocados, como futuros gurús de alguns candidatos, vão na contramão da conhecida história da economia brasileira, quando inúmeros planos e choques foram aplicados na condução da política econoica, e foram um rotundo fracasso, pois afetaram a parte mais sofrida e carente da sociedade, para quem “sobrou” a conta: os mais pobres e a classe trabalhadora.

    Assim como represar causa problema, executar aumentos irrespons´sveis, que só atendem aos interesses dos empresários e dos banqueiros, é tambem contraproducente. É sábio a administração destas duas coordenadas equilibradamente, ou seja, focando mais a saúde micro, e deixando em segundo plano, a macro-economia, sem deixar de cumprir as metas fiscais, porem com o cuidado de manter o poder real de compra dos salários; O consumo aquecido; O crescimento dos empregos e o cumprimento dos contratos, sem nenhum malabarismo ou choque, apenas administrando sem inventar.

    Estamos há 12 anos fazendo isto, e gradativamente estamos diminuindo as diferenças sociais e elevando a qualidade de vida da parte mais carente da população, já tendo saído do mapa mundial da fome, e estando na liderança dos países nos quais o índice de desemprego, está abaixo da média, dos países ditos desenvolvidos, e daí a pergunta que não quer calar:  Por que mudar a tática de jôgo, de um time que está ganhando ?

     

  37. Comércio Exterior

    Desde orasileiras  fim da segunda guerra que as exportações brasileiras priorizavam os Estados Unidos, chegando a 90% de todas as venom os americanos das, mas pagava um preço altissimo com o protencionismo yanke pois o aço brasileiro recebe uma sobretaxa de 30%, a Soja 30%, o suco de laranja 25%, calçados, confecções 22% e assim eram as nossas relações comerciais com os americanos e europeus. O Mercosul foi uma tentativa de melhorar essas predatórias mas os países do Mercosul são pouco atrativos e  34%a melhor medida tomada foi criar os BRICS e expandir nossas exportações sem a exploração dos países mais ricos. Hoje só exportamos cerca de 34% para os Estates, o restante vai para a Russia, China, India, África do Sul e outros países fora dos BRICS.

  38. O neoliberalismo econômico conta com o apoio da mídia

    Evidentemente há riscos, mas riscos e desafios são parte integrantes da disputa política, econômica e social

    A atual disputa política se dá principalmente pelo fato que grupos econômicos e a maior parte da mídia buscar a volta do modelo  econômico concentrador de renda.

    De fato os “cunhados” e demais parentes e amigos desempregados, são um grande obstáculo as “maldades” do neoliberalismo, mas é também um fator conhecido e já enfrentado no passado,  pelos políticos e principalmente pela maior parte da grande mídia.

    O maior obstáculo, por ser um desconhecido,  para tentações do neoliberalismo econômico, são os atuais avanços das políticas sociais e o atual processo de distribuição de renda, que pode provocar fortes reações e mobilizações sociais diante de uma tentativa de reversão destes processos.

    Apesar de hoje não haver mais temores quanto ao risco Lula e PT, muito pelo contrário, o neoliberalismo certamente conta com o apoio da maior parte da grande mídia para garantir o apoio dos 90% restantes do que buscam um emprego, continuarem com alguma atividade econômica, para tentar impedir a continuidade do atual processo de distribuição, e retomar o antigo modelo de concentração de renda no Brasil.

    Evidentemente há riscos, mas riscos e desafios são parte integrantes da disputa política, econômica e social.

  39. Neoliberais são psicopatas corporativos

    Os Neoliberais preferem um desemprego de 10% ou 15% a ter uma inflação de 7% ao ano. E sem contar a queda no PIB e no índice de Gini que este desemprego causará.

    No fundo, os neoliberais são psicopatas corporativos. Digo corporativos, pois fazem tudo dentro da legalidade, mas demonstram todas as características de um psicopata. Dentro das corporações e cargos de poder há uma porcentagem de pessoas que possui estas características.

     

    Eles não demonstram o menor apreço pela vida e sofrimento de outras pessoas. Exemplo da Europa onde uma política neoliberal de banco central irresponsável lancçou centenas de milhões de pessoas na miséria e pobreza e criou índices de desemprego gigantescos, em alguns países como a grécia chega a 60% de desmpergo. Os psicopatas neoliberais falam do assunto como se fossem números, como quem matou algumas baratas no canto da sala. Na verdade a inteligência emocional do psicopata é baixíssima, compaixão é algo que eles não sabem o que é.

    Mentem sistematicamente. Está aí uma coisa que eles fazem com maestria. Por que os neoliberais do Brasil se esquivam de comentar sobre o desmprego na década de 90? Fingem que era um mar de rosas termos 12% de desmprego naquela época.

    Não têm moral nem ética. Os “números” de um “combate a inflação”, ainda que seja uma luta fanática e obstinada são mais importantes do que o emprego e a vida de milhões de trabalhadores, milhões de pessoas como eu e você. A “eficiência” do capitalismo para eles é mais importante do que a própria vida em si. No fundo o que eles buscam é apenas o poder e a riqueza, e para si mesmos apenas.

    São incorrigíveis. Como não sentem a menor culpa, não tem o menor motivo para corrigirem seu rumo.

     

     

    Você entregaria o Governo deste país, de 200 milhões de pessoas nas mãos de gente assim? Repitiria a experiência dos anos 90?

    Pense nisto.

  40. Esperança

    O problema dessas analises é que elas não levam em consideração a vontade dos empresários e investidores nacionais e internacionais. O governo atual perdeu o respeito e atualmente só grandes grupos empresariais, tubarões de olho no BNDES, estão do lado governo.  Isso é irrecuperável e só tende a piorar se o PT for reeleito. Uma mudança de administração é fundamentel para que a vontade e o ânimo das pessoas que realmente produzem se sintam com esperança. Isso é indiscutivel.

  41. Choque Econômico

     

    Por que uma economia precisaria de choque? Uma economia que venha funcionando normalmente sem interferências de governos jamais precisará de choque. No entanto, quando um governo controla grandes empresas, direta e indiretamente, e usa essas empresas para fazer populismo, mantendo preços artificialmente defasados, aí depende de até aonde a irresponsabilidade chegou. Todos sabem que os preços dos combustíveis e da energia elétrica estão defasados e que vários outros fundamentos macroeconômicos estão fora da realidade. Quanto mais tempo o Brasil mantiver as políticas econômicas atuais, mais drásticas terão que ser as medidas a serem tomadas no futuro, maiores terão que ser os choques. Um povo de maioria semi-analfabeta, como é o nosso, não tem condições de entender essa situação. O que me admira é gente formada e pós-graduada não enxergar um palmo na frente do nariz. Portanto, o nosso futuro, em se mantendo o rumo, é um desastre anunciado.

     

    1. Crecimento econômico com distribuição de renda

      Os grupos econômicos e economistas que apoiam Marina Silva, como o Itaú são os mesmos que até ontem apoiavam a oposição PSDB e defendem a prática do neoliberalismo econômicos, os mesmos que acabaram com o monopólio do petróleo no Brasil, privatizaram várias estatais no governo FHC, e tentaram privatizar os bancos públicos e a Petrobras

      O neoliberalismo econômico pode até ser menos perverso em países mais desenvolvidos, onde quase todos tem acesso a renda acima dos US$ 2 mil mensais, a moradia, a educação pública ou privada, acesso a compra de bens duráveis e a viagens internacionais, mas não em um país com enorme concentração de renda como o Brasil, onde o neoliberalismo econômico seria perverso e cruel, condenando milhões de pessoas a fome e a miséria.

      O PIB cresceu de R$ 1,5 trilhões em 2002(FHC) para mais de R$ 5 trilhões em 2014(Lula/Dilma)

      A massa salarial aumentou de R$ 635,7 bilhões 2002(FHC) para R$ 1,44 trilhões em 2013(Lula/Dilma), e deve ficar acima dos R$ R$ 1,6 trilhões em 2014, em função dos aumentos reais do salário e do aumento do emprego formal.

      Desde de 2003 ocorre um aumento espetacular do aumento do consumo da famílias, principalmente em função da redução do desemprego, e consequente aumento das pessoas com emprego com carteira assinada(férias remuneradas, FGTS, licença médica remunerada, licença maternidade remunerada, aposentadoria, 13o. salário, PIS e acesso ao crédito).

      Além da redução do desemprego, o aumento real dos salários, o aumento real do salário mínimo e a ampliação do crédito,  também contribuíram para o aumento consumo da famílias no Brasil, mas sem dúvida o principal responsável é o aumento do emprego com carteira assinada, pois além de aumentar a renda das famílias, passaram  a ter acesso acesso a linhas de crédito mais barato o que ampliou exponencialmente o consumo das famílias.

      Basta visitar os aeroportos, tanto na ala de voos nacionais como de voos internacionais, andar pela principais avenidas, ou pelo principais centros comerciais, é nítido o aumento do consumo em relação aos tempos dos governos de FHC.

      Em função da queda do dólar no Brasil, parte significativa do aumento do consumo das famílias foi atendida por produtos importados, o que limitou o crescimento do PIB.

      Com uma correção gradual da taxa de câmbio, a substituição de parte das importações vai possibilitar um  aumento no ritmo de crescimento do PIB, das horas trabalhadas, do emprego com carteira assinada e da renda das famílias.

      Empréstimos do BNDES geram emprego e renda, temos a Friboi e BRF que são os maiores produtores mundiais de carne bovina e de frango do mundo, a Embraer uma empresá de renome internacional.

      Além disso, cerca de 30%,mais de R$ 60 bilhões anuais dos empréstimos do BNDES se destinam a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

      O BNDES é o principal financiador dos projetos de biocombustíveis, inclusive o etanol de segunda geração que já está  em fase implantação de plantas piloto, e todos contam com o apoio do BNDES.

      O Brasil é líder mundial na produção de biocombustíveis, o governo de Presidente Lula  implantou o Biodiesel no Brasil em 2004,com a adição de 2% Biodiesel ao diesel de petróleo, hoje a adição de biodiesel está em 6% e passará para 7% em novembro.
      Os biocombustíveis são fundamentais para o que seja possível gerar um excedente de petróleo e derivados e equilibrar as contas externas, onde o aumento da produção nos campos localizados na camada do pré-sal e a conclusão das novas refinarias que estão em construção desempenham também um papel fundamental.

      A indústria de equipamentos para a geração de energia eólica esta sendo implantada no Brasil, que está se tornando um dos maiores mercados de equipamentos para geração de energia eólica,  com apoio do BNDES gerando impostos, emprego, renda e é claro, energia elétrica..

      Também com apoio do BNDES, a indústria naval para atender as demandas do pré-sal já esta instalada no Brasil e em fase ampliação, gerando imposto, emprego e renda.

      Várias  novas fábricas de automóveis estão se instalando no Brasil, inclusive no nordeste, quase todas com apoio do BNDES.

      O Governo da Presidenta Dilma Rousseff, já realizou importantes desonerações fiscais, como na folha de pagamento, na redução da cide(diesel e gasolina), e na redução dos tributos federais sobre a energia elétrica, o que vai melhorar significativamente a capacidade de competição das empresas instaladas no Brasil.

      Falta apenas a redução dos juros da selic para a média dos juros internacionais e uma correção 20% na taxa de câmbio, o que deve ser conseguido no segundo mandato da Presidenta Dilma.

      No mais,  o Brasil tem excelência na produção de bioenergia, com o etanol combustível e o biodiesel, tem a mais avançada tecnologia para produção de petróleo em áreas marítimas, uma avançada indústria de automóveis e aviões, petroquímica, e vai melhorar a capacidade tecnológica, com o Pró-uni, o Pronatec, Programa Ciência sem Fronteiras

      O Brasil ainda tem muito a percorrer no campo tecnológico, mas para isso precisa completar o processo de distribuição de renda, quando isso ocorrer, não haverá mais necessidade das politicas sociais, todos poderão pagar mais impostos, e o estado poderá investir mais em tecnologia e em modernos processos produção de bens serviços.

      No momento o Brasil ainda precisa de programas sociais como o Bolsa Família, Pronaf, Pró-Uni, Pronatec e Minha Casa Minha Vida, mas com o aumento real e gradual do Salário Mínimo, em uma década ou duas a maioria destes programas sociais não serão mais necessários, e talvez ai poderemos flertar com o neoliberalismo econômico.

       

  42. O FUTURO DA ECONOMIA NO BRASIL !

    Boa Noite José Nassif !

    Obrigado por nos propiciar importantes temas abordados, aqui neste, seu gentil  BLOG ! Em pauta Economia:  Eu penso no que a Candidata DILMA ROUSSEFF, havia falado à respeito do futuro da Ecomina Brasileira ?  Nem o pessimista e nem o otimista, estão com a razão. Porque, o pior da crise (RECESSÃO MUNDIAL), já passou, só nos resta, à trabalhar com os verdadeiros pés no chão, para que o BRASIL volte à crescer economicamente. Diga-se de passagem, depois do GOVERNO DO PT (LULA E DILMA), o País fez direitinho a LIÇÃO de CASA, adminstrando a CRISE da melhor forma possível . Agora só falta os EMPRESÁRIOS, cortar o cordão umbilical com o FUTURO GOVERNO, fazendo a parte deles? 

  43. Não critique o PT porque não publicam.

    Falar para quê, se a censura já existe neste blog. Basta falar as verdades sobre o PT que nada é divulgado. Vergonha.

  44. já eu fico chocado só em ler

    já eu fico chocado só em ler e ouvir esses economistas neonliberais exaltarem a necessidade de

    desemprego,

    alta de juros

    e diminuição do

    ritmo economico.

    o pior é a proposta da

    independencia do banco central,

    que é diretamente proposta

    pela marina, ligada ao itau.

    arrepiante.

    vide o documentário “ibnside job”

    e a crise europeia, de onde eles copiam tudo.

  45. Choque de economia

    Haverá uma inflação desgraça nos proximos 4 anos!! Estamos com um pezinho dentro de uma crise economica copia da Argentina e da Venezuela… Choque é para competentes. Governos populista nao sabem fazer choques economicos e sim açoes populistas, como tabelamento, bloqueio de contas, estatilização etc… 

  46. Não funciona

    Se a economia capitalista tem objetivos conflitantes entre si, então ela não funciona. Melhor trocar por outro sistema econômico mais coerente.

  47. O trágico do Brasil é que, em

    O trágico do Brasil é que, em termos econômicos, ele nunca foi um país que estivesse lá em baixo. Na maior parte dos tempo, está entre as 15 economias principais do mundo. O problema é uma distribuição escandalosamente injusta de toda essa riqueza. E não só na renda das pessoas, mas também  em oferecer para todos um sistema escolar e de saúde minimamente decentes. 

     

  48. Tem de serem levados a sério

    Tem de serem levados a sério sim senhor, eles são aventureiros, aprendizes de feiticeiros, derrubariam a economia brasileiras em poucos meses sem nenhum arrependimento, e se levaria décadas para resgatar o pilares do sistema, enquanto isso eles iriam dar aulas em universidades para explicar o que deu errado ou ganhar rios de dinheiro para não trabalhar em empresas beneficiadas pelos seus erros, tem de levar muito, mas muito a sério o que eles dizem e pode ter ceteza que farão piór.

  49. Programa Brasilianas de hoje 29 de setembro de 2014

    O Luiz Nassif com o André deram um Show.

    O Troster e o José Ricardo ficaram sem pai e sem mãe.

    O sorriso cínico do José Ricardo no final do programa dá a clara dimensão da fria em que entrou.

    O Troster  foi pior que a Dilma, não conseguia formular nem uma frase de 10 palavras, tamanho o vareio que levou.

    Estava lendo o post sobre o Waak enquanto assistia, programa de TV de altíssimo nivel Waak, é o Brasilianas do Nassif, o seu está devendo já há um bom tempo, infelizmente.

    O Troster na hora que deu o cruxifixo, digo a Veja para o Nassif, protagonizou um momento impagável da TV, vamos lembrar por anos esta cena, é antológica.

    E o André acabando com as baboseiras dos outros dois participante não tem preço KKKKKK!!!!!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador