Há uma enxurrada de empresas em dificuldades, em recuperação judicial ou falência. Livraria Cultura, Abyara, Tok Stok, empresas do setor imobiliário, da área têxtil. Com os níveis atuais de juros, a recuperação se torna um desafio difícil. Somem-se rodadas de demissões, especialmente na área tecnológica.
A médio prazo, há possibilidades em aberto, os investimentos da Petrobras, algum investimento em obras públicas, a transição energética. Para o ano, haverá algum alívio com a volta do Bolsa Família e da Minha Casa Minha Vida.
Mas será pouco para contrabalançar os estragos trazidos pela estrutura de juros, não apenas pela Selic de 13,75%, mas por toda a estrutura de juros da economia, do crédito ao consumidor ao crédito às empresas.
O BNDES, que poderia ser um fator anticíclico, esbarra no esvaziamento promovido pelo governo Bolsonaro e pelo piso de juros dado pela Selic.
Por outro lado, o enorme carnaval promovido pelo jornalismo financeiro em parceria com o mercado, após as declarações de Lula contra os juros, resultaram em acenos de paz do lado de Roberto Campos Neto e do Ministro Fernando Haddad, cuja única utilidade é a de permitir que almocem civilizadamente, sem dar caneladas debaixo da mesa. Todas as regras do jogo foram mantidas. Manteve-se a mesma meta de inflação e, caso se aumentasse em 0,25 ou 0,50, não alteraria em um décimo o nível da taxa Selic.
Mantidas as regras atuais, das metas inflacionárias, o mínimo que se exigiria do Banco Central seria uma atuação pró-ativa nos mercados de câmbio e de juros. Mas, não. A TV GGN Nova Economia, ontem, produziu um debate instrutivo com Mônica de Bolle, economista do Instituto Paterson – comandado por Oliver Blanchard, um dos economistas que mais têm estudado as disfunções das políticas monetária e fiscal pós-2008.
Essa discussão jamais chega ao país, graças a uma parceria negativa entre o chamado mercado e a imprensa financeira. Como admitiu Mônica, há uma decadência generalizada na cobertura, com jornalistas não tendo a menor preocupação em entender os princípios da teoria, limitando-se a repetir frases feitas.
Não apenas isso. Há uma apropriação total da política monetária pelo mercado. Quem define as expectativas de inflação? Apenas instituições financeiras. Quem opera o mercado de câmbio e de juros? Apenas o capital financeiro, sem nenhuma interferência do Banco Central. Por sua vez, a diretoria do banco foi assumida integralmente pelo mercado, com diretores mais preocupados em garantir o emprego, pela porta giratória, do que enfrentar os dogmas de mercado.
Tudo isso faz com que o jogo de expectativas fique em mãos do mercado. Em qualquer país sério, o Banco Central teria todas as condições de enfrentar as marolas do mercado – mesmo porque, conhece todas as posições das instituições financeiras. Mas do BC de Campos Neto não se espere nada.
O atual governo não ousou sequer alterar a composição do Conselho Monetário Nacional, trazendo de volta representantes do comércio, indústria, serviço e trabalhadores, como era antes do governo FHC entregar o CMN inteiramente a representantes do mercado.
Nos próximos meses, se observará o seguinte:
- O aumento exponencial de estouro de grandes empresas.
- A impaciência cada vez maior de Lula com a falta de resultados na economia.
- Embates frontais com o BC.
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Escandalosa a inação do governo federal na área de comunicação social.
Vejamos:
A mídia televisiva adotou, penso eu interessadamente, a versão da “gastança”. Nesses últimos dias vi comentarista do G1 batendo no gasto de 20 bilhões de reais no aumento do salário mínimo e do limite para isenção do IRPF. De outro lado os 13,75 % da SELIC, mais do que 800 bilhões e notório efeito recessivo, passa batido.
Recessão chegando no radar e o BC segue impávido ao que parece vivendo em realidade paralela.
O presidente do BC, cargo técnico, assumiu por várias vezes o papel de militante bolsonarista pùblicamente.
Qual a reação do Executivo ?
Lula esbraveja, é contido, muda o discurso e “la nave va”.
Brizola foi mestre nisso e Lula nem aprendiz é.
Imagina que a mídia pública é isenta ?
Aguarda plàcidamente espaços ali disponibilizados ?
Onde anda a comunicação social do governo ?
“Quem sabe faz a hora não espera acontecer”
Deixa o campo livre, leve e solto para as patranhas midiáticas.
Gleisi aparentemente foi destacada para o ataque mas obviamente não tem o mesmo espaço dado aos mercadistas.
Igualmente onde a atuação pública e propagada contra o trio de caloteiros das Americanas e Eletrobras ?
O direito difuso não serve de motivação dos órgãos federais ?
Entregar o Banco Central aos banqueiros – como foi entregue por Temer/Bolsonaro – é entregar o galinheiro as raposas. Só vão parar quando estourar tudo. É da natureza do “escorpião”.
Alguém já disse que, de onde menos se espera, não sai nada mesmo de bom. É o que estamos vendo da parte do Banco Central, a serviço exclusivo do mercado vadio, digo, financeiro e da “grande”mídia, porta voz do mesmo mercado. Infelizmente, do lado de cá, Haddad é a pessoa errada, no lugar errado, na hora errada. Prefere ficar de bem com os carrascos, posar de bom moço e o governo a que deveria servir e o Brasil que se explodam. Agora, segundo a parcela midiática mais fanática pelo mercado, virou até porta voz dos descontentes com os protestos de Lula. Por sinal, o único eleito.
Para a mídia mercado é só o mercado financeiro, quando tem entrevistados são os garotos do mercado financeiro.
Mas na boa tem uns 40 anos que escuto este papo de juros.
Nassif conhece BH e sabe o que já foi a Savassi e mesmo o centro. A quantidade de lojas fechadas é uma tristeza só. Sem contar, claro, o número de moradores de rua.
A recessão está contratada e só a ação firme do governo poderá detê-la. Como ocorreu no fim de 2008 e 2009. O negacionismo da grande mídia só tem paralelo nos fiéis de bolsonaro em relação a tudo que ele faz e fala. O verdadeiro 8/01 está chegando para Lula. Haddad talvez não seja o parceiro correto para enfrentar esse momento. Mas Lara Resende também não é. Haddad tem que adaptar e agir segundo um situação que é de extrema emergência.
Administro uma pequena escola no subúrbio do Rio e nunca recebi tantos pedidos de emprego como nesse início de 2023. Sobrevivo escolhendo o que vou pagar. As escolas estão todas quebrando ao mesmo tempo. A realidade financeira das pequenas empresas está muito distante dessa discussão, pra nós só existe o descaso, não há a menor possibilida de crédito. É um projeto de quebradeira geral e com o desemprego ninguém se importa de verdade. Vamos todos ficar à míngua. A pobreza não incomoda mais ninguém, normalizaram de forma vergonhosa.
Certamente Haddad, Tebet e Alckmin – titulares dos “ministérios econômicos” não são qualificados para conduzir o soerguimento da economia. Haddad é de uma mediocridade intensa. É questão meses, será defenestrado da Fazenda. Alckmin, a frente do MDIC, simplesmente senta-se na cadeira de ministro. Incapaz de formular políticas industriais. Tebet é minstra tão somente por conveniência política… Nada mais. A única solução é enfrentar com destemor o tal “mercado”. Reveter a logiva nefando do rentismo e implementar uma robusta política econômica estruturante (reindustrialização). Resta saber o Lula fará isso ou manterá a retórica típica de campanha eleitoral.
Economia doméstica básica: Não gastar mais do que se recebe. Nao tem como ter prosperidade gastando mais do que se arrecada.
Pior de tudo é definir a taxa de juros com base no boletim focus, que é uma fraude evidente. Quando o boletim focus acertou a inflamação? Nunca na história desse país
Ter Haddad como ministro da economia, é no mínimo uma piada, qual o curriculum deste sr nesta área? Ele mesmo deixou bem claro qual foi sua forma de ser qualificado neste curso?
Serão milhões de brasileiros sofrendo pela incapacidade destes corruptos mentirosos, se não houver uma solução rápida. Quando e onde o socialismo e comunismo trouxe prosperidade a população quando implantado?
Miséria, pobreza, corrupção são os resultados destas ideologias nefasta e perversas.
Com juros acima do razoável, o problema é menos imediato e sim no que significa em prazos mais amplos. Quando países com economias mais bem desenvolvidas, usam a elevação do juros, saem de um patamar baixo e absorvido como componente dessa economia. O Brasil já está tão acostumado às taxas de juros usadas aqui, que procurou uma adaptação que se tornou o normal como medida de sobrevivência. Cada qual a seu modo, tem essa forma de convivência com os juros praticados. Mesmo com financiamentos caros, houve uma acomodação a esses spreads cobrados nas várias modalidades e formas de crédito ou financiamento. Ao tratar a inflação com alta de juros, o resultado é demorado e provoca a perda de qualquer horizonte planejado para efetuar melhoras em relação ao próprio negócio. Esse é o efeito danoso desses juros. Não se trata apenas do gasto público com suas dividas, mas sim do que provoca incapacitando tanto o setor público, como o setor privado de obter evolução. Aumentar o investimento com maior eficiência. Existe uma corrosão sistêmica provocada pelos juros que penaliza todo o País, não permitindo o progresso e organização. Todo o Brasil sobrevive aos juros, mas o País não tem perspectiva de desenvolvimento algum. “Em casa que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão”. Salários e carreiras em baixa dão a dinâmica dessa realidade, sem uma necessidade crescente de aumento de capacidade, reduz-se o valor de tudo. Tanto o bom quanto o ruim valem a mesma coisa, ter ideia ou não, ter rumo ou não ter. Pois pra onde vão todos. Na hora do vamos ver, o que importa é o que o País tem a oferecer e não qual o juros oferece.
Ao se elevar a taxa de juros, inibe-se o consumo e estimula-se a poupança, além de aumentar a quantidade a ser desembolsada pelo Estado para pagar os juros estratosféricos da dívida pública. O problema é que o nível de investimentos depende tanto do percentual da taxa de juros quanto do percentual da taxa de lucro e da expectativa de demanda efetiva. Assim, ao se elevar a taxa de juros, reduz-se a taxa de lucro e inibe-se o consumo, baixando a expectativa de demanda efetiva. O resultado é a recessão: demissão em massa, quebra de empresas, paralisia do comércio, redução da produção, diminuição da arrecadação de tributos, etc.
Jairo Zeferino, com exceção dos países colonialistas e imperialistas, cujas prosperidades não decorrem de meritocracia, mas de pilhagens dos países militarmente fracos, aonde o capitalismo trouxe prosperidade à população? Teria sido na Serra Leoa, na Índia, no Haiti, na Bolívia? Desembucha, Senhor. Nos esclareça a prosperidade decorrente do triunfo do capitalismo.
Segundo o Sr. Alberto Ramos: “Economia doméstica básica: Não gastar mais do que se recebe. Não tem como ter prosperidade gastando mais do que se arrecada”. Sr. Alberto, haveria prosperidade se, em vez de se gastar mais do que se arrecada, se arrecadasse mais do que se gastasse? E se se só se gastasse o que se recebesse, como os Bancos sobreviveriam? Kkkk. Só economistas de araque.