O fato e o boato da economia

Na política econômica, muitas vezes a palavra é mais eficiente do que a caneta. Como o mercado se move por expectativas e há defasagens entre as medidas econômicas e seus resultados, é o discurso que mantém as expectativas coesas, antes que as mudanças apareçam.

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O mercado financeiro desenvolveu mecanismos de operações futuras capazes de radicalizar qualquer movimento de expectativas – para cima ou para baixo. A esse quadro some-se o ativismo da mídia, radicalizando cada movimento negativo. Tudo isso aumenta a importância da interlocução competente com o mercado.

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No primeiro semestre, grandes investidores brasileiros tiraram dinheiro do país com receio de hipotéticas crises futuras.

1. O medo da chamada “tempestade perfeita”: contas externas se deteriorando, a crise da China derrubando as commodities; o FED (Banco Central norte-americano) reduzindo os estímulos monetários e o capital financeiro não mais financiando o déficit externo brasileiro.

2. Os movimentos confusos do Ministro da Fazenda e do Secretário do Tesouro.

3. Alta da inflação.

4. Receio de que o fator Cristina Kirchner contaminasse o Brasil.

5. A supina tolice de confrontar o The Financial Times, bíblia maior dos mercados internacionais.

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De lá para cá, muita coisa mudou.

A economia chinesa não está despencando; o FED adiou o fim dos estímulos monetários e não mais se acredita que a transição será trágica; a inflação refluiu; caiu a ficha da Fazenda e do Tesouro.

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Permanecem os seguintes fatores de stress:

1. O receio de que as agências de risco rebaixem as avaliações sobre a economia brasileira, dificultando ainda mais o financiamento das contas correntes. Fato: a Standard & Poors diz: é baixa a probabilidade de rebaixamento nos próximos dois anos. Boato: se muitos investidores embarcarem no efeito manada e tirarem dinheiro do país, não haverá como evitar o rebaixamento.

2. Fato: a melhoria relativa nas expectativas fiscais. O Itaú elevou de 1,3% para 1,5% do PIB a expectativa de superávit primário em 2014 e se acalmou. Boato: os terroristas comparam com as metas de 3,5% e aterrorizam.

3. Fato: a falta de confiança geral nos principais gestores econômicos, especialmente Guido Mantega, da Fazenda, e Arno Agustin, do Tesouro.

4. O fator Argentino, especialmente o voluntarismo de Cristina Kirchner.

Como uniformizar o entendimento e impedir que as expectativas conduzam os fatos? Com um discurso claro e com credibilidade e com metas claras e objetivas.

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Aí o governo resolve encarar a discussão no campo da racionalidade. E coloca dois neófitos em mercado – a Ministra-Chefe da Casa Civil Gleise Hoffmann e o Secretário do Tesouro Arno Agustin – para tornar o debate público.

Mesmo armados de bons argumentos, falta-lhes o chamado poder da autoridade. Gleise é tão convincente falando sobre questão fiscal quanto Marina Silva defendendo o “tripé econômico”.

O mercado nem vai reparar nos argumentos de ambos. Sua leitura é a de que a discussão é parte da política de confronto.

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O terrorismo fiscal entrou na batalha e seria bom que o governo Dilma o tratasse com o devido respeito. Daqui para frente, mais do que antes, a velha mídia tratará cada espirro como indício de tuberculose.

Luis Nassif

74 Comentários

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    1. É culpa da Gleise,a loira dos

      É culpa da Gleise,a loira dos pinhais deixa o autor meio tonto,meio lento,meio duplicado,sei lá!Sexta feira hiiii…..

  1. Espirro

    Vários são os setores em que a mídia tentará insuflar a opinião pública contra a administração federal. No caso das concessões de energia elétrica ainda há um impasse que precisa ser resolvido. A Eletrobrás não tem saude financeira para assumir os ativos que foram devolvidos à União devido aos seus problemas no custo das gerações no Norte-Nordeste. As atuais concessionárias não irão engolir  a proposta feita pelo Governo Federal de modificação no faturamento destes ativos. Como o ano que vem é um ano político-festivo, acredito que tudo ficará em banho maria ou seja, o Governo federal aguarda o que irá acontecer nos estados e os estados aguradam o que irá acontecer em Brasília. Onde houver mudanças no comando (falo de Minas), o governo entra com nova proposta para repassar estes ativos com uma nova roupagem que agrade a Gregos e Troianos!!

  2. Em nenhum momento a brilhante

    Em nenhum momento a brilhante análise de Nassif contempla a malícia… não só da mídia local como também da internacional. Ignorar que boa parte deste “barulho” está relacionado com a eleição de 2014 é no mínimo ingenuidade. O pré-sal é uma realidade (financeira) que tira o sono do grande capital e, de olho nele, a grande Imprensa ocidental já fez a sua escolha; como sempre óbvia. 

    1. Entendi…
      Mas acho que lhe

      Entendi…

      Mas acho que lhe escapou o fato de que ele nao ignorou nada, apenas nao é cabo eleitoral e nao usa a defesa do governo como parametro para definir o que é certo ou errado nas suas consideraçoes.

      Ja lhe ocorreu isso?

      Quando a gente faz parte da procuradoria geral do governo , tudo que fizermos ou falarmos tera as eleiçoes em mente né?

      Mas ele nao é da procuradoria, ele apoia o governo, ele torce pelo governo, mas nao distorce por ele entendeu?

      Não se trata de ser ingenuo, apenas de se ater aos fatos rs

       

  3. Se o espirro contamina até a

    Se o espirro contamina até a economia americana imagine por aqui. Contra a especulação e o jogo sujo eleitoreiro não há discurso claro possível e nem credibilidade suficiente.

    Aliás, sobre isso rodou agora mesmo aqui no blog o post explicativo de que o Brasil não assusta mais os investidores. Nele comentei: Há muito tempo que o Brasil não assusta mais os investidores. Quem assusta é a grande imprensa…, principalmente a urubóloga de plantão.

    O “fato” é que muitos ganham uma fortuna com os “boatos”, enquanto os trouxas perdem muito. Mundo da ilusão, irreal e irracional. E viva Eike Batista.

  4. Pinheiro Machado….

    Já dizia: “Não tão rápido que pareça covardia, nem tá devagar que pareça provocação”…

    Ora bolas, o ambiente descrito pelo Seo Nassif é permanente, e só altera as variáveis: Em 2002 tivemos terrorismo cambial, depois o desespero com a saída de Pallocci, a crise de 2008 (as marolinhas e a tsunami), e bla, bla, bla…

    É verdade, nada, nenhum indicador macro econômico conseguirá fazer frente ao pânico disseminado pelos cafetões do dinheiro: agências, bíblias do mercado (como o FT), mídias e partidos de oposição…E também nenhuma verbalização de governos e autoridades econômicas…

    Mas se governos operam a realidade e a esfera simbólica (discurso e “autoridade”) como ferramentas sincronizadas (mais ou menos) para garantirem a eficiência dos sistemas reais (economia) e os simbólicos (mercados), que no fim de tudo, estão estruturados em confiança, como enfrentar um assimetria tamanha quando o “inimigo” aposta no desequilíbrio para continuar a lucrar, pois está sempre com um pé na venda e outro na compra?

    É impossível.

    Mas governos sabem disto, e precisam, portanto, escolher um lado, porque não há com ficar neutro: O brasileiro escolheu dizer que aqui não é a casa da mãe joana…

    Certa ou errada? 

    Não sei, mas é uma escolha, contrária àquela anterior, onde o governo (ffhhcc) dizia: “estupra, mas não mata”.

    Parece tolice a preocupação do Seo Nassif com a “bíblia FT”…

    Santo zeus, o Seo Nassif parece não entender que se o governo brasileiro disser tudo o que quer a “bíblia” manda (amém), e nossos sacerdotes governamentais ajoelharem-se frente ao altar do deus-mercado, ainda assim seremos chamados de hereges…

    Assim como os judeus faziam ao se transformarem (“converterem-se”) em cristãos-novos para escaparem a Inquisição.

    Como Seo Nassif pode cair em um truque destes?

    Será que o Seo Nassif acredita que a disputa por posições de poítica econômica esteja despregada da luta por hegemonia política mundial, onde o mercado e suas forças pretendem manter as coisas como são até a próxima crise?

    Este fatalismo significa o fim da História?

    deus-o-livre…

    1. ao definir a frase:
      -Estupra

      ao definir a frase:

      -Estupra mas nao mata!

      Como coisa do governo FHC , acho que a Morgana deu um bom tom do ” grau de lucidez ”  de suas consideraçoes sobre o assunto…rs

      1. Eu passo…

        Menino leonindas, titia se confessa incapaz de debater com você, tamanho seu estofo intelectual e capacidade discursiva, que na maioria das vezes, é inalcançável para esta velha bruxa…

        Sendo assim, eu passo…

  5. é o retorno garantido,

    é o retorno garantido, estupido!

    é a caneta sim, e nao a o bla bla bla

    existe dois movimentos

    1- fim da grana do tesouro eua, mais alta de juros la, mais aumento de rendimentos do titulos da europa

    2- um embate do “mercado” por mais taxas de retorno x governo querendo reduzir

    gramsci ja falava que quando ha crise a imprensa assume o “partido do capital”,

    a crise ou “falta de credibilidade” ou “falta de interlocutor”comeca quando governo resolver enfrentar 2 questoes:

    JUROS DA DIVIDA INTERNA ou selic e RETORNO DAS CONCESSOES

    quando da reducao da selic para juros em pantamares racionais, com todos melhorias que tras junto, teve como oposicao o  mercado e setor financeiro, atraves da imprensa mesmo com um ajuste de 40% no dolar  inflacao esta dentro da media dos ultimos 12/13 anos, mas uso dela como “descontrole” e “falta de credibilidade”, so saiu das manchetes quando comecaram aumento dos juros e volta quando bc sinaliza fim aumento.

    RETORNO das concessoes comeca quando governo acaba com uma fraude nos pagamentos da usinas eletricas ja pagas que continuavam a conter nas tarifas concessionarias amortizacao, novamente vem quebra contrato, credibilidade, etc etc,,,

    hoje, estamos assistindo uma quebra de bracos no grande volume de obras e concessoes publica privadas, questao central é o retorno que governo limita, SE CANETAR 40% do retorno medio dos tucanos, tera briga, mais o governo ta oferecendo em media 25 a 30% da media tucana, é essa a briga

    vejam  exemplo em rodovias, tucanos entregaram obras prontas, sem investimetos portanto, com retorno de 18 a 25%, alem do igpm, governo ta propondo maximo de 7.75 mais inpc com investimentos altos e so comecar a cobrar apos pelo menos 25% de conclusao, para entender, “falta de interlocutor” seria um sujeiro que aumente isso para 14/15%, isso seria um “bom interlocutor”

    momento da crise internacional nao é favoravel a governo, é disso que o tal mercado ta explorando, mais necessidade eleitoral logo ai, assim como aumento da selic acalmou pressao da inflacao, um aumento no retorno das concessoes “garantira entrada do dinheiro para investimentos, balanca de pagamentos e sustentara crescimento” dai superavit primaro nao tera mais importancia e nota de credito das agencia podera ate subir, dependendo do nivel de aumento do retorno como premio do mercado ao governo,

     

     

    1. exemplo de taxa de retorno e

      exemplo de taxa de retorno e nao bla bla bla

      tesouro direto, pessoaa fisica (pos batecao inflacao bc cedendo) x acoes ou concessoes

      O título LTN para 2017 (3 anos) está dando uma rentabilidade bruta de 12,00%, ou seja um P/L de 9,8 LÍQUIDO. Se uma empresa (ação) estiver oferecendo um retorno futuro potencial pior ou igual a este (P/L maior), é melhor comprar títulos do tesouro do que as ações desta empresa, pois os como aplicar nos títulos do tesouro é MENOS arriscado do que aplicar em QUALQUER ação ou concessao publica privada

      1. outro exemplo bom e bom pro

        outro exemplo bom e bom pro mercado

        expectativa geracao emprego no eua era de 120 mil empregos, saiu dado agora veio acima de 200 mil, bom nao é?

        imediatamente mercado caiu forte tanto eua como resto do mundo, ai voce se pergunta, se gerou mais emprego que expectativas, se 200 mil vagas é um dado bom nao daria maior credibilidade e subiria? nao, por que o mercado quer RETORNO, uma melhora na economia dos eua, bc deles deixa de dar grana di gratis aos bancos e pode ate subir os juros, para o mercado, ruim,,,,,entao bolsas mundo a fora cai com dados bons, globo poderia fazer uma manchete no JN, “mercado nao gostou da super geracao de emprego nos eua”

  6. NINGUÉM É DE NINGUÉM

    Só as estrelas saberão da verdade:

    Em conversa com interlocutores, o ministro Guido Mantega (Fazenda) reconheceu que o governo está vivendo seu “inferno astral” na área fiscal e que, neste ano, o superavit primário (economia do governo para pagar juros da dívida) “não será o dos nossos sonhos”.

    A avaliação reservada do ministro difere da difundida publicamente pelo governo por admitir que “este ano está sendo difícil” na área.

    O ministro discorda, porém, de avaliações alarmistas sobre o quadro fiscal brasileiro e comentou que, mesmo sendo este um momento ruim, o superavit primário será o “suficiente para manter a estabilidade das contas públicas e da economia”.

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1368406-mantega-ve-inferno-astral-na-area-fiscal.shtml

  7. O bofato…

    Interessante o exercício proposto pelo seo Nassif…

    De verdade, o boato (quando se trata de economia e mercado) busca impor uma realidade onde s sua comprovação (do boato) favorece a posição de quem o dissemina…

    Aos governos cabem destruir estas bombas semióticas (uiii, titia adorou esta expressão), provando que o fato não corresponde, e nem cederá ao boato…

    Mas há, como sempre, fatos e “fatos, boatos e “boatos”…

    Quando os governos rezam pela cartilha fundamentalista do mercado (como foi o de ffhhcc), os boatos tendem a amenizar os fatos…

    Assim, a prórpia tv grobo se fudeu ao se comprometer em dívidas dolarizadas, acreditando e fazendo todo mundo acreditar na paridade cambial, e na “estabilidade da economia” na era fernandista..

    Agora, os boatos seguem sua missão de desconstruir os fatos…E com sinal ideológico definido: Por mais que os indicadores macro (FATOS) apontem uma situação de relativa tranquilidade (sim, relativa, porque nada é verdadeiramente estável em um sistema baseado em confiança e expectativas), os boatos dizem que estamos à beira do abismo…

    Então, para titia, soa impróprio separar a realidade das análises em duas instâncias: boato e fato…Na verdade, só existe uma, o bofato…

    E nem que Mantega ou Dilma, ou até jesus cristo ressuscite, de fato, e diga que está tudo bem, com toda autoridade e polidez do mundo, ainda assim, tudo estará uma merda…

  8. Repassando brilhante análise econômica

    A estorinha abaixo mostra a confusão e a credibilidade que o assunto economia pode ser encarado nos nossos dias. Ë pura especulação e boato – é poquêr, quem blefar mais ganha !  Trabalho que é bom é para incautos que não falam trocentas  línguas e não estudaram em Harvard e bebem cervejas em latinhas.

     

     

    Enquanto isso … Análise FinanceiraSe você tivesse comprado, em janeiro/2005, R$ 1000,00 em ações da NortelNetworks ou da AIG, ambas gigantes da econômia americana, hoje teria R$59,00! Se você tivesse comprado, em janeiro/2005, R$ 1000,00 em ações da LucentTechnologys , outro gigante da área de telecomunicações, hoje teria R$79,00! Sem contar que, se houvesse acreditado no 8º homem mais rico do mundo e comprado R$1000,00 em ações de suas mega empresas OGX/ MGX/ ……., naufragaria e estaria hoje com R$ 9,47, isso mesmo, com (nove reais e quarenta e sete centavos) Agora, se você tivesse, em janeiro/2005, gasto R$ 1.000,00 em Skol (em Cerveja, não em ações), tivesse bebido tudinho e hoje vendido as latinhas vazias, teria R$ 80,00!   Conclusão:No cenário econômico atual, você perde menos dinheiro ficando sentado e bebendo cerveja o dia inteiro…                           MAS É IMPORTANTE LEMBRAR, QUEM BEBE VIVE MENOS:   a) Menos triste;   b) Menos deprimido;   c) Menos tenso;   d) Menos chateado da vida!   Pensem nisso… e… se for dirigir, não beba.                           Se for beber, *me chama*!  Se não me chamar, pelo menos me manda as latinhas!PutzRosto pensativo+Caneca de cerveja=Rosto sorridente com olhos sorridentesRosto sorridente com olhos sorridentes+Caneca de cervejaCaneca de cerveja=Rosto sorridente com boca aberta e olhos sorridentesRosto sorridente com boca aberta e olhos sorridentes+Caneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cerveja=Rosto mostrando os dentes com olhos sorridentesRosto mostrando os dentes com olhos sorridentes+Caneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cerveja=Rosto com língua para fora e olhos bem apertadosRosto com língua para fora e olhos bem apertados+Caneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cerveja=Rosto confusoRosto confuso+Caneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cerveja=Rosto chorando altoRosto chorando alto+Caneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cervejaCaneca de cerveja=Rosto com máscara médicaE na manhã seguinte…Rosto medonho+Rosto tonto+Tigela quente+Bebida quente+Sanitário= Rosto pensativoMande só para os seus amigos pinguços… Por que pra mim mandaram por engano! Kkkkkkkkkkkk Rosto sorridente com olhos sorridentes Feliz dia da cerveja!!!!  

     

  9. Daí a Dilma se reúne quase

    Daí a Dilma se reúne quase que diariamente nos últimos 2 anos e 10 meses com a Ideli, a Gleisi e a Helena Chagas, e terminada a reunião se dá por satisfeita com esse trio, não tem nada errado, elas dão conta do recado, está tudo ótimo. 

    1. É o que temos prá hoje !

      Concordo com o Fernando. Se com todos os obstáculos, típicos de uma economia globalizada, esta é uma equipe que tem se mostrada apta a conduzir com austeridade e sem “milagres”a nossa economia, que se não está a mil maravilhas, tambem não assusta a quem tem um mínimo de confiança.

      1. Raí, meu querido e prezado

        Raí, meu querido e prezado amigo, é ironia, é ironia! Se eu fosse um administrador e tivesse auxiliares desse quilate teria dado um pe´na bunda desse trio há 2 anos. 

  10. Fato é que a Dilma como presidenta…

    falhou terrivelmente nas escolhas dos seus ministros: muito fracos tecnicamente, indecisos e terríveis de comunicação.

    Será que aprenderá a tempo de ter um bom ministério no seu 2º mandato?

    1. Falha na escolha dos nomes ?

      Prezado, em toda a minha vida, acompanhando diversos Presidentes e governos díspares, jamais ví “um time” tão coeso, coerente e estáve, como esta equipe economica, da adm.Dilma, que assim como nas adms. Lula, eram criticados, entre outras coisas, tambem por serem “fracos tecnicamente; indecisos e terríveis na comunicação”

      Entretanto, todos sabemos, que em nenhum momento da história republicana brasileira contemporânea, uma equipe economica, obteve tanto sucesso, e teve a capacidade de administrar uma economia tão sujeita a chuvas e trovoadas, e manter-se de pé, mesmo debaixo de tantas críticas.

      1. Time? Qual é o time? Uma

        Time? Qual é o time? Uma constelação de nulidades ao qual a Presidente não dá a menor pelota, não se reune com eles, a maioria não encontra a Presidente há meses e tambem não faz nenhuma falta ao funcionamento do Pais.

    2. Que passa?

      Não interessa quem são os ministros escolhidos por Dilma. Podia ser quem fosse, seriam trucidados pelos chorosos do mercado financeiro. Dilma paga a conta de ir contra as postulações da banca, de intervir em vários setores da economia e de não ceder ao rentismo desvairado, saudosista dos fernandinos e idos tempos neoliberais.

       

      O Guido Mantega, para quem não lembra, substituiu Antonio Palocci no Ministério da Fazenda, em março de 2006. O Brasil atravessou a maior crise econômico-financeira mundial (Crash de setembro de 2008), havida desde o Crash de outubro de 1929, com Guido Mantega no Ministério da Fazenda! Ele faz um excelente trabalho, mas é óbvio que não agrada aos saudosistas de Pedro Malan, Antonio Palocci, Armínio Fraga e Henrique Meirelles…

      1. Há controversia

        Diogo, concordo que os chorosos do mercado ainda debruam rios de lágrimas pelo fim do Carry Trade criminoso dos tempos fernandianos. Como não são afeitos ao trabalho, sem a mamata, vão para a miséria, está escrito nas estrelas.

        Já o Ministério, divirjo de sua opinião, quem se nomeia para ministro faz diferença, não talvez a diferença que muitos que não são do ramo imaginem, mas diferença na estrutura do funcionamento orgânico do Ministério como uma composição, artística e técnica se quiser. 

        Explico, um ministério bem montado, nos moldes talvez do que proponho, com 14 pastas que comandam 72 secretarias, se compuserem uma unidade técnica e política bem articulada, o ministério irá produzir um efeito de segurança e credibilidade para o governo da Dilma de forma nunca antes vista na história deste país. Contra a eficiência patente e o bom governo, fica difícil para a crítica da mídia achar uma brecha para malhar a presidenta. Seria como dar murro em ponta de faca.

        Cabe a Dilma e ao Lula sair da armadilha destes “acordos de governabilidade”  para legar ao Brasil, seu povo e a nação um ministério que coloque as proezas da administração pública a par das da China.

        É só querer, vontade política.

        Acorda, Dilma!

         

      2. Concordo quanto ao saudosismo

        Concordo quanto ao saudosismo dos fernadianos. Mas isto não obscurece o fato de que alguns ministros da Dilma não estão a altura dos desafios que se colocam no momento. E o caso do Eduardo Cardoso, tíbio na defesa das proposta da presidente, após as manifestações de junho e é o caso do Mantega, que não demonstra convicção em nenhum dos três temas mencionados – juros, câmbio ou contas públicas. Este é um traço dele. Quando ministro do planejamento dançou conforme Palocci e Meireles tocavam. Nunca comprou briga, como fez a Dilma. Antes e depois da crise de 2008, foi sempre levado. A meu ver a questão e esta. 

  11. A unica certeza, neste

    A unica certeza, neste momento, é que o PIG esta perdendo a guerra contra o PT, Dilma e Lula. Na qualidade de estrategistas de quinta categoria, estao partindo para a guerrilha pura e pior, o terrorismo. Vao perder de novo, porque falta-lhes CREDEBILIDADE.

    1. VITÓRIA

      O PT venceu o PIG. O que o povo ganha com esta vitória? Desconfio que é tão somente uma vitória política.O jogo contra os  desafios sociais(que é o que importa) está no fim do  primeiro tempo.Temos ainda uma longuíssima e penosa segunda etapa pela frente.Esperanços e confiantes todos aguardam uma vitória final.

  12. As Reservas Cambiais e a dívida pública

    O fato é que qualquer disparada do dólar no Brasil vai possibilitar grandes lucros ao Governo Brasileiro, já que a maior parte dos quase US$ 400 bilhões das Reservas Cambiais foram compradas por menos de R$ 2,00.

    Creio que não importa o discurso do governo a maioria dos analistas vão continuar atacando da política econômica.

    Nos tempos de FHC esses mesmos analistas e seus representantes da grande mídia, afirmavam que a crise econômica era falta de sorte do governo, mesmo quando o dólar chegou a R$ 4,00, o que seria equivalente a mais de R$ 7,00 nos dias de hoje. e que a culpa era da oposição realizada pelo PT ao impedir a reformas pedidas pelo mercado financeiro,

    Creio que em função do atual patamar das Reservas Cambiais, não existe a menor possibilidade de uma crise fiscal em função de uma crise de liquidez no mercado internacional, mesmo que ocorra a “tempestade perfeita” desejada pela maioria dos analistas do mercado financeiro.

    Caso o ocorra uma grande alta do dólar no Brasil, chegando a R$ 3,00 ou R$ 3,70, basta o governo vender US$ 200 bilhões a US$ 300 bilhões , o que permitiria resgatar de R$ 600 bilhões a R$ 1,1 trilhão, cerca de 15% a 25% do PIB, o que reduziria a dívida pública para cerca de 35%, e a dívida líquida para menos de 20% do PIB.

    Além disso, com uma grande alta do dólar, haveria uma queda brusca das importações, o que viabilizaria uma substituição de uma parte significativa das importações,  pela produção nacional.

     

     

     

     

    1. Chamando os “conspirateiros” …

      … para analisar esta frase: 

      “O fato é que qualquer disparada do dólar no Brasil vai possibilitar grandes lucros ao Governo Brasileiro, já que a maior parte dos quase US$ 400 bilhões das Reservas Cambiais foram compradas por menos de R$ 2,00.”

       

      … eles informam:

      na verdade, esses disseminadores de notícias ruins são petistas infiltrados nos jornais e nos partidos da oposição justamente para fazer o Banco Central lucrar na hora de vender essas reservas. Só mesmo os ingênuos da oposição ainda não perceberam isso – estão fazendo um belíssimo serviço para o governo petista. E esses mesmos ingênuos não sabem fazer conta alguma .

      Esses elementos infiltrados foram todos treinados pelo falecido vice-presidente do período Lula. 

       

      Não é uma interessante teoria conspiratória ? Vai ver, o professor Hariovaldo vai morrer de inveja! 

      1. Os erros da oposição PSDB

        O fato é que hoje o dólar está ao redor de R$ 2,30, o que faz as Reservas Cambias valerem quase R$ 900 bilhões(21% do PIB), e caso o dólar dispare para R$ 4,60 as Reservas cambiais valerão quase R$ 1,8 trilhões(42% do PIB).

        O senhor não está muito errado, a oposição PSDB vem errando sistematicamente em suas avaliações políticas e econômicas, e justamente em função disso perdeu as eleições de 2002, 2006 para Lula, e em 2010 para Dilma Rousseff, um poste,  segundo as avaliações da oposição PSDB e de seus representantes na maior parte da grande mídia.

        Diria mais, que em função dos seguidos erros de Jose Serra, qualquer  um poderia afirmar, que na verdade Jose Serra é agente petista infiltrado na oposição PSDB,  que conseguiu sair candidato a Presidente, e fez tudo errado para perder as eleições.

        Não podemos esquecer, Geraldo Alckmin também do PSDB, que conseguiu a proeza de obter menos votos no segundo turno, do que no primeiro turno, e certamente não foi por acertos de avaliações políticas e econômicas, e nem por falta de apoio da maior parte da grande mídia.  e essa nem o professor Hariovaldo conseguiu imaginar, e quase matou  professor Hariovaldo!

        O fato é que hoje o dólar está ao redor de R$ 2,30, o que faz as Reservas Cambias valerem quase R$ 900 bilhões(21% do PIB), e caso o dólar dispare para R$ 4,60 as Reservas cambiais valerão quase R$ 1,8 trilhões(42% do PIB).

        anexo

        Alckmin obteve quase 2,5 milhões de votos a menos que no primeiro turno

        Publicidade

        da Folha Online….29/10/2006 – 23p2

        Aparentemente, o segundo turno da eleição presidencial foi prejudicial à candidatura do tucano Geraldo Alckmin, que conseguiu o feito de obter menos votos que no primeiro turno.
         

        Lalo de Almeida/Folha ImagemTucano Geraldo Alckmin e a mulher Lu agradecem os votos na "festa do obrigado" do PSDBTucano Geraldo Alckmin e a mulher Lu agradecem os votos na “festa do obrigado” do PSDB

         

        Com 99,98% dos votos apurados, o tucano teve 37.538.799 votos no segundo turno, contra 39.968.369 no primeiro. Uma diferença de 2.429.570 milhões de votos.

        Lula, por sua vez, aumentou em mais de 11,5 milhões o seu eleitorado. No primeiro turno, obteve 46.662.365 votos. Neste domingo, os mais de 60% dos votos que recebeu equivalem a 58.279.973 eleitores.

        O petista conseguiu ter mais votos que Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT), que, juntos, no primeiro turno, obtiveram 9.114.237 votos.

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        EspecialConfira o especial sobre as eleições

         

    2. Não confunda reservas

      Não confunda reservas internacionais com politica fiscal, as reservas são do Banco Central e não do Tesouro, não se pode vender reservas para dar lucro ao Tesouro, a função das reservas é dar lastro à moeda e não financiar o orçamento da União.

  13. Paulo Kliass – Agência Carta

    Paulo Kliass – Agência Carta Maior

    http://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/A-grita-contra-a-politica-fiscal/29472

    A GRITA CONTRA A POLÍTICA FISCAL

     

    Ao leitor mais desavisado, parece não haver dúvida a respeito da inevitável catástrofe que se anuncia, caso não sejam atingidas as marcas definidas em 2012.

     

     

    A marca da semana, no noticiário de economia, voltou a ser a bateria dirigida contra a suposta incapacidade do governo em cumprir suas metas a respeito da política fiscal. Como geralmente acontece nesses momentos, a estratégia articulada pelo financismo encontra ressonância e eco assegurados nas editorias dos grandes meios de comunicação. Assim, o discurso parece uníssono e não existe espaço para apresentação de análises alternativas. Ao leitor mais desavisado, parece não haver dúvida a respeito da inevitável catástrofe que se anuncia, caso não sejam atingidas as marcas oficiais definidas ainda no ano passado para o quesito da fiscalidade.

    A polêmica, no entanto, não se dá no campo da comparação apenas entre os valores do total de despesas e do total de receitas governamentais. Isso porque a administração federal continua superavitária nesse quesito. A gritaria acontece quando se traz o conceito do superávit primário para o centro da cena. E aqui é que reside o “pulo do gato” na avaliação crítica do desempenho fiscal da equipe econômica. Desse ponto de vista, portanto, não basta haver controle apenas na política fiscal, considerada aqui de forma agregada. A novidade foi introduzida lá atrás, quando da implementação do Plano Real, a partir de 1994. Naquele momento ficou estabelecida a necessidade de se cumprirem as metas de superávit primário, um dos pilares do tripé da política econômica.

    Política fiscal e superávit primário

    Esse pequeno detalhe – o uso do aparentemente singelo adjetivo “primário” – é que faz toda a diferença na avaliação da política fiscal e nas conseqüências derivadas de seu cumprimento de forma cega e inflexível. Isso porque sua aceitação implica a diferenciação das despesas governamentais em dois grandes subgrupos: i) as despesas reais; e ii) as despesas de natureza financeira. Assim, de um lado temos os gastos com pessoal, com equipamentos, com material, com pagamento de benefícios, com investimentos, etc. De outro lado, temos os gastos com pagamento de juros e demais serviços de rolagem da dívida pública. Ou, se quisermos outro enfoque da execução rçamentária, de um lado temos os gastos com saúde, educação, previdência social e similares, ao passo que de outro lado temos as despesas do Tesouro Nacional com as rubricas financeiras do endividamento.

    Ao incorporar a exigência de obtenção do superávit primário nas contas públicas, dá-se um tratamento distinto a ser conferido às despesas reais e às financeiras.
    Para obter um resultado superavitário nos gastos reais, faz-se necessário uma compressão das despesas desse primeiro grupo (saúde, educação, previdência social, etc) e/ou elevação dos impostos arrecadados sob a forma de receitas. Esse esforço de austeridade, porém, não acontece no que se refere às despesas para pagamento de juros e rolagem da dívida pública. Pelo contrário, todo o valor gerado pelo superávit primário vai ser canalizado diretamente para o pagamento dessas rubricas de natureza financeira. 

    Despesas financeiras são “imexíveis”

    Com isso, quando os interesses do financismo vêm clamar pela redução dos gastos do governo, estão malandramente se referindo apenas aos gastos correntes, uma vez que eles consideram os gastos financeiros como pertencendo a um seleto subgrupo de despesas nobres e “imexíveis”.  De acordo com essa visão, cortes são necessários e devem ser feitos na massa salarial dos funcionários, na contabilidade da saúde pública já em frangalhos, nos valores dos benefícios da previdência social, nas contas do sistema de educação, entre tantos outros exemplos. Já as despesas públicas realizadas com pagamento de juros ao sistema financeiro, bem essas não podem ser objeto de perturbação, para evitar problemas de credibilidade do sistema econômico. Afinal, as leis do mercado devem ser cumpridas à risca, para evitar a contaminação derivada do não cumprimento dos contratos. E dá-lhe blá-blá-blá a justificar a suposta superioridade de importância da esfera financeira sobre as demais.

    As razões para a redução do superávit

    Os argumentos apresentados pela equipe econômica para justificar o baixo desempenho na área fiscal fazem todo o sentido. Afinal, houve um conjunto importante de medidas de isenção e desoneração tributárias que foram tomadas ao longo dos últimos tempos. A intenção das mesmas era justamente estimular a retomada da atividade econômica e relançar os desafios do crescimento. Ocorre que tais decisões promovem – parece óbvio! – a redução da capacidade arrecadadora do Estado no curto e no médio prazos. Com isso, o total da receita pública tende a diminuir de forma imediata e a capacidade de gerar superávit fiscal também cai.

    Raciocínio semelhante vale para as despesas de investimento do governo, a exemplo das obras do PAC. Elas não podem ser sacrificadas em nome do pagamento de juros da dívida, uma vez que são gastos que devem oferecer retorno positivo para o conjunto da sociedade, em futuro próximo. Com isso, a nova metodologia de cálculo do superávit primário também confere a esse tipo de gasto um necessário estatuto diferenciado. A consequência lógica é a redução dos objetivos fiscais previamente definidos.

    Finalmente as conhecidas pressões sociais e políticas associadas ao modelo de nosso pacto federativo provocam demandas de despesas no plano dos estados e dos municípios. Assim, a União acaba sendo responsabilizada pela sua incapacidade em monitorar a geração de superávit primário na contabilidade pública dos demais entes federados. O governo federal apresenta de forma efetiva o resultado de sua administração e das empresas estatais. Mas não tem o controle total sobre os demais níveis de governo

    Frente a tais dificuldades, é bem possível que a meta de 2,3% do PIB de superávit primário não seja mesmo atingida até o final do ano. No entanto, isso não significa de forma alguma que estejamos frente ao caos incontrolável e ao quadro de catastrofismo que se procura desenhar. Esse barulho todo, que vem sendo criado em torno da questão, é apenas uma forma, nada discreta, de o capital financeiro fazer valer seus interesses. Ele procura impedir que o governo corte também as despesas com juros, assim como fez com as demais rubricas da área social. Afinal, menor superávit primário pode inclusive significar menor volume de despesas do orçamento realizadas com juros da dívida pública. E contra isso o financismo se bate com todas as forças.

    Estratégia da banca: aumentar a SELIC

    Na verdade, essa estratégia de terror se articula de forma sintonizada com o calendário que antecede a reunião do Comitê de Política Monetária – COPOM. O último encontro de 2013 do colegiado que define a taxa oficial de juros deverá ocorrer nos próximos dias 26 e 27 de novembro. E os representantes dos interesses da banca já buscam criar o clima para exigir, ainda outra vez, uma nova elevação da SELIC. Ao longo das últimas cinco reuniões, o COPOM tem promovido aumentos sistemáticos e consecutivos na taxa. Ela saiu de 7,25% ao ano em março para os atuais 9,5%. E a linha de argumento que se vê nas páginas dos jornais é justamente pela suposta necessidade de uma taxa oficial ainda mais alta, como forma de garantir credibilidade ao sistema de equilíbrio macroeconômico, que estaria sendo questionado. Uma loucura!

    Afinal, sempre existe ou é inventado o argumento de plantão, a desculpa da vez. Há alguns meses atrás, o clima criado artificialmente para o aumento da SELIC foi a chamada “inflação do tomate”. Uma verdadeira brincadeira de mau gosto, uma profunda irresponsabilidade, mas que logrou aumentar a taxa geral de juros apenas em razão dessa elevação sazonal de apenas um dos itens da nossa cesta de consumo. Mais à frente, surgiu um suposto problema relativo à necessidade de maior atração de recursos externos, face a um possível aumento de juros pelo FED – o banco central norte-americano. Pois bem, nenhum dois 2 fenômenos ocorreu ou se manteve, mas em ambas situações o núcleo econômico cedeu às pressões do financismo e aumentou a SELIC. E aqui vale lembrar que cada 0,5% de elevação na taxa correspondente a uma despesa anual extra de R$ 10 bilhões, a ser realizada sob a forma de juros. Ou seja, repete-se “ad nauseam” a tragédia do corte orçamentário em educação e saúde, sempre para assegurar a despesa pública com juros.

    FMI volta a palpitar: os riscos da ilusão

    Esse tipo de recomendação – maior rigor de ortodoxia na condução da política econômica – já vem sendo objeto de crítica pelo mundo afora, em razão de sua ineficácia em solucionar as situações de crise. Porém, até o FMI, vez por outra, volta a insistir por sua adoção aqui em nossas terras. Há 2 semanas atrás, por exemplo, um relatório oficial do fundo chegou a sugerir que o Brasil deveria elevar novamente o patamar do superávit primário para 3% do PIB, como acontecia à época de Palocci/Meirelles. Ou seja, novos sacrifícios na área social para drenar um volume mais expressivo de recursos para o parasitismo financeiro.

    Não há dúvidas de que o Estado tem muito a melhorar na eficiência do gasto público. Uma mesma quantidade de recursos pode ser muito mais bem administrada, evitando desperdícios e oferecendo mais serviços à população. Além disso, a qualidade daquilo que é proporcionado pela administração pública, via de regra, também ainda deixa muito a desejar. O desafio, portanto, passa também pela melhoria da gestão pública. O mesmo raciocínio vale para os programas de concessão, de subsídio ou de desoneração que são oferecidos ao setor privado, onde nem sempre os resultados surgem sob a forma de melhorias compartilhadas por todos os setores da sociedade. E o que dizer, então, do gasto público que menos retorno social oferece, a tal da despesa com juros?

    Na verdade, o episódio de generalização das críticas pelos meios de comunicação deveria servir como aprendizado para os responsáveis pela equipe econômica.
    Talvez imaginassem eles que a incorporação de reivindicações antigas do empresariado serviria para neutralizar as críticas de setores do capital à condução da economia. E assim foram oferecidas inúmeras benesses como isenções tributárias, desoneração da folha de pagamentos, privatização de serviços públicos e infra-estrutura. Mas isso não impede que os representantes dos interesses do capital financeiro continuem polarizando setores da sociedade na sua luta contra qualquer tipo de presença incômoda do Estado. Em sua busca de acumulação de capital a qualquer preço, jogam um verdadeiro vale tudo. E para tanto chegam a tentar retomar o debate e a votação de projetos do ultra-liberalismo, como aquele que prevê a independência institucional e de direito ao Banco Central. O risco é que esse canto de sereia acabe encantando, mais uma vez, os ouvidos de personalidades políticas que sempre se colocaram do outro lado da trincheira de lutas.

    (*) Doutor em economia pela Universidade de Paris 10 (Nanterre) e integrante da carreira de Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental, do governo federal.

     

  14. Amigo do Alemida

    Nooooossssa! Esse Alendre Weber deve ser Alenxader Almeida ou muito amigo dele, o rapaz é muito empolado. 
    Tenta ser erudito, mas não passa de um blefe. kkkkkkk

     

    1. Assunto

      Caro Tenorio, aqui é um blog que se discute assuntos, não pessoas, especialmente com ataques pessoais que além de não acrescentarem nada ao inquérito ainda inibem a participação espontânea e cordial de outros, que se sentem intimidados com pessoas agressivas.

      Voltando ao assunto, o que mesmo que eu escrevi que você não gostou.

  15. Black Blocks

    Terrorismo faz a mídia a três mandatos e o povo mantém seu voto de confiança no governo.

    Parabéns povo brasileiro pelas últimas excelentes eleições.

  16. Quem manda na mídia

    Os especuladores financeiros detestam dooldroons, ou seja, o mercado sem vento para ser impulsionado e se mover, se não se move não têm negócios e o lucro cai.

    Logo só existem dois índices que fazem a diferença para o dinheiro volátil que gira pelo planeta e por aqui.

    O VIX,

    E o Dollar Index.

    O resto é resto.

    Quando não existe movimento no mercado para encurralar as sardinhas, a mídia que pertence a eles, cria falsas expectativas para agitar as águas.

    Nem mais, nem menos, só espuma.

    E sobre espumas 

    O olhar que te olha só te vê rolando
    A esmeralda das ondas, debruada
    Da leve fímbria de irisada espuma…

    Vicente de Carvalho é imbatível.

    PALAVRAS AO MAR

    Mar, belo mar selvagem
    Das nossas praias solitárias! Tigre
    A que as brisas da terra o sono embalam,
    A que o vento do largo eriça o pêlo!
    Junto da espuma com que as praias bordas,
    Pelo marulho acalentada, à sombra
    Das palmeiras que arfando se debruçam
    Na beirada das ondas – a minha alma
    Abriu-se para a vida como se abre
    A flor da murta para o sol do estio.

    Quando eu nasci, raiava
    O claro mês das garças forasteiras:
    Abril, sorrindo em flor pelos outeiros,
    Nadando em luz na oscilação das ondas,
    Desenrolava a primavera de ouro;
    E as leves garças, como olhas soltas
    Num leve sopro de aura dispersadas,
    Vinham do azul do céu turbilhonando
    Pousar o vôo à tona das espumas…

    É o tempo em que adormeces
    Ao sol que abrasa: a cólera espumante,
    Que estoura e brame sacudindo os ares,
    Não os sacode mais, nem brame e estoura;
    Apenas se ouve, tímido e plangente,
    O teu murmúrio; e pelo alvor das praias,
    Langue, numa carícia de amoroso,
    As largas ondas marulhando estendes…

    Ah! vem daí por certo
    A voz que escuto em mim, trêmula e triste,
    Este marulho que me canta na alma,
    E que a alma jorra desmaiado em versos;
    De ti, de tu unicamente, aquela
    Canção de amor sentida e murmurante
    Que eu vim cantando, sem saber se a ouvia,
    Pela manhã de sol dos meus vinte anos.

    Ó velho condenado
    Ao cárcere das rochas que te cingem!
    Em vão levantas para o céu distante
    Os borrifos das ondas desgrenhadas.
    Debalde! O céu, cheio de sol se é dia,
    Palpitante de estrelas quando é noite,
    Paira, longínquo e indiferente, acima
    Da tua solidão, dos teus clamores…

    Condenado e insubmisso
    Como tu mesmo, eu sou como tu mesmo
    Uma alma sobre a qual o céu resplende
    – Longínquo céu – de um esplendor distante.
    Debalde, o mar que em ondas te arrepelas,
    Meu tumultuoso coração revolto
    Levanta para o céu como borrifos,
    Toda a poeira de ouro dos meus sonhos.

    Sei que a ventura existe,
    Sonho-a; sonhando a vejo, luminosa.
    Como dentro da noite amortalhado
    Vês longe o claro bando das estrelas;
    Em vão tento alcançá-la, e as curtas asas
    Da alma entreabrindo, subo por instantes…
    O mar! A minha vida é como as praias,
    E o sonho morre como as ondas voltam!

    *

    Mar, belo mar selvagem
    Das nossas praias solitárias! Tigre
    A que as brisas da terra o sono embalam,
    A que o vento do largo eriça o pêlo!
    Ouço-te às vezes revoltado e brusco,
    Escondido, fantástico, atirando
    Pela sombra das noites sem estrelas
    A blasfêmia colérica das ondas…

    Também eu ergo às vezes
    Imprecações, clamores e blasfêmias
    Contra essa mão desconhecida e vaga
    Que traçou meu destino… Crime absurdo
    O crime de nascer! Foi o meu crime.
    E eu expio-o vivendo, devorado
    Por esta angústia do meu sonho inútil.
    Maldita a vida que promete e falta,
    Que mostra o céu prendendo-nos à terra,
    E, dando as asas, não permite o vôo!

    *

    Ah! cavassem-te embora
    O túmulo em que vives – entre as mesmas
    Rochas nuas que os flancos te espedaçam,
    Entre as nuas areias que te cingem…
    Mas fosses morto, morto para o sonho,
    Morto para o desejo de ar e espaço,
    E não pairasse, como um bem ausente,
    Todo o infinito em cima de teu túmulo!

    Fosse tu como um lago,
    Como um lago perdido entre as montanhas:
    Por só paisagem – áridas escarpas,
    Uma nesga de céu como horizonte…
    E nada mais! Nem visses nem sentisses
    Aberto sobre ti de lado a lado
    Todo o universo deslumbrante – perto
    Do teu desejo e além do teu alcance!

    Nem visses nem sentisses
    A tua solidão, sentindo e vendo
    A larga terra engalanada em pompas
    Que te provocam para repelir-te;
    Nem buscando a ventura que arfa em roda,
    A onda elevasses para a ver tombando,
    – Beijo que se desfaz sem ter vivido,
    Triste flor que já brota desfolhada…

    *

    Mar, belo mar selvagem!
    O olhar que te olha só te vê rolando
    A esmeralda das ondas, debruada
    Da leve fímbria de irisada espuma…
    Eu adivinho mais: eu sinto… ou sonho
    Um coração chagado de desejos
    Latejando, batendo, restrugindo
    Pelos fundos abismos do teu peito.

    Ah, se o olhar descobrisse
    Quanto esse lençol de águas e de espumas
    Cobre, oculta, amortalha!… A alma dos homens
    Apiedada entendera os teus rugidos,
    Os teus gritos de cólera insubmissa,
    Os bramidos de angústia e de revolta
    De tanto brilho condenado à sombra,
    De tanta vida condenada à morte!

    *

    Ninguém entenda, embora,
    Esse vago clamor, marulho ou versos,
    Que sai da tua solidão nas praias,
    Que sai da minha solidão na vida…
    Que importa? Vibre no ar, acode os ecos
    E embale-nos a nós que o murmuramos…
    Versos, marulho! Amargos confidentes
    Do mesmo sonho que sonhamos ambos!

    (Poemas e canções, 1908.)

     

    1. Weber,
      Não concordo com tudo

      Weber,

      Não concordo com tudo que você diz aqui neste espaço, mas você sempre tem coisas interessantes a dizer.

      Vejo muitos te desrespeitarem, mas são indivíduos menores, em busca de viés de confirmação.

      Grato,

      1. Agradecido pelo apoio ao debate sem patrulhamentos

        Todos, sem excessão, que ofendem e atacam de forma gratuita o mensageiro e não a mensagem são derrotados de véspera.

  17. default just timing e o derretimento da política econômica

    a verdade verdadeira é que

    os fatos são subversivos…

    e, os boatos também

    assim como foi / é / será

    o diabo na água benta – a arte da calúnia e da difamação de luís xiv a napoleão

    [ “não existe fato, apenas interpretações”. friedrich nietzsche ]

    http://www.youtube.com/watch?v=zsmF7Xr-4As

  18. Esses analistas já foram melhores…

    O dólar voltou ao patamar de R$ 2,30 uma excelente notícia para a economia brasileira, depois de anos batendo na tese da Desindustrialização, a FIESP já fala em Reindustrialização caso a moeda mantenha a trajetória de alta.

    Como o usuário Roberto disse, se o Dólar disparar na subida ou perder o controle, o governo vende suas reservas cambiais para segurar a moeda americana, com a venda das reservas a dívida pública brasileira cai e o país mantém a confiança dos investidores.

    1. Concordo com você e com o Roberto São Paulo

       

      Filipe Rodrigues (sexta-feira, 08/11/2013 às 11:35),

      Não há porque preocupar com analistas. Não são eles que causam crise em lugar nenhum do mundo. Não há também porque preocupar com jornalistas. Não são eles que causam crise em lugar nenhum do mundo. Vale apenas para mais bem entender a situação conhecer ou descobrir o interesse que move analistas e jornalistas. Os interesses que movem analistas são fáceis de serem compreendidos, bastando saber para quem eles trabalham. O interesse que move os jornalistas é que é uma grande incógnita.

      Que razão há para em três posts recentes Luis Nassif dizer algo como os três parágrafos que transcrevo a seguir:

      “Fato: a falta de confiança geral nos principais gestores econômicos, especialmente Guido Mantega, da Fazenda, e Arno Agustin, do Tesouro”.

      “Ora, a gestão fiscal do governo tem produzido curtos-circuitos, sim. A presidente Dilma Rousseff mantem em postos-chave – na Fazenda e na Secretaria do Tesouro – pessoas tecnicamente fracas. Tem-se, em ambos, um prato cheio para críticas consistentes. São fracos, mas não são temerários. Quando o calo aperta, recuam, como todo ser racional”.

      “A inflação foi fruto de pressões externas nos preços das commodities e a questão fiscal resultado das trapalhadas da Fazenda e da Secretaria do Tesouro”.

      O primeiro dos três parágrafos que eu transcrevi foi retirado deste post “O fato e o boato da economia” de sexta-feira, 08/11/2013 às 06:00, e aparece como o terceiro item do que Luis Nassif chama de fatores de stress.

      O segundo parágrafo foi retirado do post “A volta do terrorismo financeiro na imprensa” de ontem, quinta-feira, 017/11/2013 às 06:00, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-volta-do-terrorismo-financeiro-na-imprensa

      E o terceiro parágrafo foi retirado do post “Os juros no país da jabuticaba” de terça-feira, 05/11/2013 às 06:00, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/os-juros-no-pais-da-jabuticaba

      De terça-feira a hoje, sexta-feira são três posts para criticar o ministro da Fazenda e o secretário do Tesouro. O que move Luis Nassif para retomar essa campanha contra Guido Mantega?

      Eu avalio que não há muita perspectiva para a crítica localizada no governo de Dilma Rousseff. Dilma Rousseff é responsável pela situação atual. Se a economia melhorar ela continua como responsável. Se a economia piorar ela continua como responsável. Como a economia caminha e como caminhará não está muito claro. A única certeza é que não será a pena do jornalista ou as declarações do analista que forjarão o futuro. E a minha expectativa que como a de todos os outros não forjam o futuro é que a economia apresenta constante melhora.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 08/11/2013

      1. A economia brasileira precisa

        A economia brasileira precisa de mais ousadia e iniciativa, Mantega como ministro é um avanço em relação ao monetarismo do Palocci, porém o ministro Mantega está acomodado ou deitado em berço explêndido.

        A presidenta Dilma deveria olhar para frente e pensar em alguém mais formulador para comandar a economia. Poderia ser o Márcio Pochmann, o Nelson Barbosa e até o Mercadante.

          1. Pochman é anti-mercado, seria

            Pochman é anti-mercado, seria suicidio politico no Ministerio da fazenda, em qualquer Pais do mundo Ministro da Fazenda precisa ser profundo conhecedor e   amistoso com o mercado financeiro global, viver de brisa só Cuba e Coreia do Norte.

            Um exemplo foi Roberto Lavagna, cujas memorias em português já estão à venda,  Ministro da Economia da Argentina ano tempo do moratoria, que foi a maior do mundo, cortou a divida em dois terços mas sempre foi “market friendly” e saiu do cargo, despedido pelos ingratos Kirchners, porque o temiam como rival, com grande prestigio no mercado APESAR da moratoria.

          2. As idéias de Dilma Rousseff não são as idéias de Marcio Pochmann

             

            Motta Araujo (sexta-feira, 08/11/2013 às 23:55),

            É estranho a sensação de ler seus comentários e perceber o estilo de Andre Araujo. Nunca soube que Andre Araujo tivesse o Motta no nome. Se for o filho de Andre Araujo, que já é filho, o que faria a você neto, seria o primeiro caso de genética de estilo e conteúdo que eu já constatei.

            Bem, achei seu comentário um tanto insubsistente. Como já dissera várias vezes antes e repetira nos comentários que enviara sexta-feira, 08/11/2013 às 13:27 e sexta-feira, 08/11/2013 às 21:10 para junto do comentário de Filipe Rodrigues enviado sexta-feira, 08/11/2013 às 11:35, não vejo razão para substituir Guido Mantega. Esse, entretanto, não é motivo para ver insubsistência no seu comentário.

            Acrescento ainda que há uma série de motivos para eu não ver necessidade de substituição. Primeiro há questões de estilo. Considero que o estilo de Guido Mantega adapta-se bem ao estilo de Dilma Rousseff. Depois penso que as funções de um ministério não necessitam de superhomens. Sejam, para exemplificar, o ministério da Educação e da Saúde. Nos últimos 50 anos, qual ministro da Saúde ou da Educação pode ser mencionado como alguém que fez a diferença. Não houve nenhum e mesmo assim tanto a Saúde como a Educação no Brasil melhoram de um ano para o outro.

            E um terceiro ponto é que salvo uma ou outra discordância, principalmente porque sou sempre favorável a que se aumente a arrecadação tributária, eu estou satisfeito com os resultados que Guido Mantega tem conseguido no gerenciamento da economia brasileira naquilo que está a cabo do Ministério da Fazenda.

            Agora, considerei insubsistente o seu argumento porque faz a crítica a Marcio Pochmann trazendo como exemplo o Roberto Lavagna. Ora, deve ter havido algum motivo para o Roberto Lavagna ser demitido do posto de ministro da Fazenda da Argentina. Você apresenta dois feitos dele: ter feito a moratória e ser “market friendly” ou talvez você quisesse dizer que Roberto Lavagna possuía como atributo o que você disse que falta a Marcio Pochmann: ser profundo conhecedor e amistoso com o mercado financeiro global. De todo modo, Roberto Lavagna como ministro da Fazenda da Argentina fez uma ação conflituosa, a moratória, com a condição de ser amistoso com o mercado e nada disso o garantiu no Ministério da Fazenda. Saiu porque Nestor Kirchner não o queria como ministro da Fazenda.

            Então de certo modo, os atributos de Roberto Lavagna não foram suficientes para garantir a ele a permanência no ministério. Não creio então que são esses os atributos necessários para não dar condições a Marcio Pochmann a ser ministro da Fazenda. Penso que as idéias econômicas dele não são exatamente as idéias de que a presidenta Dilma Rousseff gostaria no momento atual de ver serem aplicadas pelo ministro da Fazenda. Este seria uma boa razão para ele ser descartado como um possível substituto do ministro Guido Mantega em um governo de Dilma Rousseff. Aliás, mesmo em um segundo mandato de Dilma Rousseff não vejo necessidade de Dilma Rousseff abrir mão de Guido Mantega nem considero viável que Marcio Pochmann seja o substituto seja se Dilma Rousseff não tiver interesse em continuar com Guido Mantega ou se ele preferir não permanecer no cargo.

            Clever Mendes de Oliveira

            BH, 09/11/2013

        1. Inelegível

          Se o Márcio Pochmann assumir um ministério vai dar a impressão de prêmio de consolação pela sua acachapante derrota na disputa pela prefeitura de Campinas.

          O PT não precisa dar a arma carregada na mão do inimigo, ainda mais que suas habilidades como economista, formulador de políticas econômicas e gestor são altamente questionáveis.

          1. Ministro sim.

            De minha parte, daria sim um ministério ao Pochamann. O fato de ter perdido as eleições em Campinas não o diminui em nada. Campinas teve uma administração complicada do PT antes e as ultimas eleições não eram prato facil. Mas acho que Pochmann deveria ir para o Cidades ou Desenvolvimento, Industria e Comério, por ai. 

        2. O momento é de ir mais devagar

           

          Filipe Rodrigues (sexta-feira, 08/11/2013 às 11:35),

          Este post “O fato e o boato da economia” é muito revelador de Luis Nassif. Com um histórico de jornalista de prestígio e atuante, ele se imagina mais importante do que ele é. E imagina também a atividade que ele exerce mais importante do que ela é.

          É uma idéia sedimentada ao longo de muitos anos, mas que fatos recentes talvez ajudaram a fazê-la prosperar. O julgamento da Ação Penal 470 no STF dando a entender que foi a imprensa que conduziu o julgamento engrandeceu a mística do jornalismo e do jornalista e Luis Nassif embarcou nesta conversa. Em nenhum momento ele foi capaz de fazer um post para dizer que o STF julgou de modo contrário ao que diziam os jornalistas. Para o STF não houve compra de voto. Houve recebimento de vantagem indevida por detentores de cargos públicos relevantes. Ninguém teve a pena aumentada por compra de voto ou pela venda (Corrupção passiva de pena aumentada).

          Também as manifestações de junho trazendo as mesmas manchetes que se viam nos jornais devem ter dado a impressão a ele de que finalmente o jornalismo tinha atingido a capacidade de ditar as regras do jogo. Como eu dizia então, as manifestações só tinham de novo as redes sociais na internet e só traziam de bom as manifestações em si, pois como manifestações eram prova de vida da democracia. As reivindicações entretanto, eram coisas gastas originadas da grande mídia. Como deixou a entender Rafael Araújo no artigo “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” que deu origem ao post “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” de quinta-feira, 20/06/2013 às 16:10, as reivindicações representavam as manchetes dos jornais porque as empresas de mídia “que precisam de anunciantes, dizem e escrevem o que o espectador quer ouvir e ler”.

          Então em minha avaliação, a crença de todo jornalista, que normalmente tem redação de primeira linha, atrativa e com facilidade de desenvolvimento e de envolvimento do leitor, é de possuir um poder muito grande. Só que na verdade trata-se de um poder pífio. Todo o texto de Luis Nassif é no sentido da vanglória da atividade jornalista. Seja por exemplo a frase a seguir:

          “Como o mercado se move por expectativas e há defasagens entre as medidas econômicas e seus resultados, é o discurso que mantém as expectativas coesas, antes que as mudanças apareçam”.

          Pelo trecho transcrito pode-se dizer que um discurso escrito por bom jornalista e lido por uma pessoa carismática é tudo que faz alterar o mundo. Não é verdade. Tudo vai depender das circunstâncias. Se a economia marchar direito esses discursos soam desafinados e atravessam.

          Outro trecho em que ele se deixa contaminar de um lado por fazer a crítica direcionada aos auxiliares de Dilma Rousseff e de outro para tornar relevante a atividade do jornalista é o que eu transcrevo a seguir:

          “Aí o governo resolve encarar a discussão no campo da racionalidade. E coloca dois neófitos em mercado – a Ministra-Chefe da Casa Civil Gleise Hoffmann e o Secretário do Tesouro Arno Agustin – para tornar o debate público.

          Mesmo armados de bons argumentos, falta-lhes o chamado poder da autoridade. Gleise é tão convincente falando sobre questão fiscal quanto Marina Silva defendendo o “tripé econômico””.

          Quer dizer a discussão no campo da racionalidade precisa mais do que bons argumentos. Não é racional. Quem teria poder de autoridade no Brasil? Vou dar dois exemplos para mostrar que se trata de tese capenga. Seja o Henrique Meirelles. Com a voz empostada acredita-se que muito do que o Banco Central conseguiu no combate a inflação foi devido a ele. São os que se fiam na idéia de que para enfrentar a inflação se deve usar a máxima que afirma: “Talk hard and carry a big stick”. Há um post famoso, aqui no blog de Luis Nassif originado de um comentário de Andre Araujo (Nos livros o nome é Andre Araujo Filho, mas agora aparece um Motta Araujo escrevendo os mesmos textos do Andre Araujoa) em que Andre Araujo mostra que Henrique Meirelles não preenche o perfil dos novos presidentes dos Bancos Centrais. Trata-se do post “O modelo de metas de inflação” de 03/08/08 08:59 e saíra no antigo blog de Luis Nassif Projetobr e infelizmente não está mais disponível. Nele Andre Araujo demonstra que com o regime de metas de inflação, o perfil do presidente do Banco Central seria totalmente diverso do de Henrique Meirelles. Quer dizer acreditar que a autoridade de alguém como Henrique Meirelles pudesse mudar alguma coisa é acreditar no poder do nada.

          Um exemplo oposto, mas que também mostra que a questão de poder de autoridade só tem relevância retórica, seria o Armínio Fraga, que com aquele rosto de coelho que há mais tempo alguém disse que era o rosto de Shakespeare, parece o contrário de Henrique Meirelles e tem uma formação mais própria para um cargo, por exemplo, de presidente do Banco Central dentro do modelo de metas de inflação. Bem quando ele assumiu a presidência do Banco Central, ele aumentou o juro para 45% para fazer frente a desvalorização do real. E isso após a economia ficar estagnada em 1998 e praticamente sem inflação. Aumentar o juro para 45% é coisa de neandertal.

          Enfim não há necessidade de trazer pessoas com autoridade para ditar as regras que o mercado vai atender. Estas pessoas não existem. E é melhor que elas não existam, porque o país estaria muito mal com pessoas com esta capacidade.

          Fiz esse longo preâmbulo porque discordo da sua ponderação de que a economia brasileira precisa de pessoas mais ousadas e de inciativa. Não creio que seja necessário. O Brasil precisa de um pouco de desvalorização e talvez um pouco mais de imposto. A desvalorização só dá para ser feita neste ritmo que vem sendo feita. E cobrar mais impostos não é fácil. Então o melhor que há para o Brasil é o ritmo de Guido Mantega. É preciso ver que lentamente a economia brasileira mudou bastante nos três anos de governo de Guido Mantega. No comentário que eu enviei ontem, quinta-feira 07/11/2013 às 18:25, para o post “A volta do terrorismo financeiro na imprensa” de quinta-feira, 07/11/2013 às 06:00, eu faço referência a bolha imobiliária para lembrar que a bolha que de certo modo fora criada pelo governo em decorrência do esforço para ganhar a eleição de 2010 fora combatida de modo gradual e em meu entendimento alcançando o resultado desejado.

          Aproveito para fazer referência também ao seu comentário enviado sexta-feira, 08/11/2013 às 12:24, junto ao post “O aquecimento dos candidatos rumo a 2014” de sexta-feira, 08/11/2013 às 11:42, e que foi transformado no post “Algumas considerações sobre Dilma e Aécio” de sexta-feira, 08/11/2013 às 12:41. O endereço do post “Algumas considerações sobre Dilma e Aécio” é:

          https://jornalggn.com.br/noticia/algumas-consideracoes-sobre-dilma-e-aecio

          Concordo também com o seu comentário. Lá você não fez a crítica a Guido Mantega. Lá, o que você diz de modo crítico é:

          “a manutenção da políticas do BNDES e BC demonstram falta de estratégia e planejamento a longo prazo”.

          Não é para defender o governo de Dilma Rousseff, mas sabendo do quadro de que dispõe o BNDES e o BC é quase certo dizer que o que há lá é excesso de estratégia e de planejamento de longo prazo. E isso não tanto devido a Dilma Rousseff, pois é decorrente da própria natureza do Estado.

          E lá também você faz a crítica ao apoio político. Você quer um apoio mais à esquerda. Querer todo mundo de esquerda deseja, o problema é avaliar se ir mais para a esquerda dá mais estabilidade política ao governo. Eu creio que não.

          Clever Mendes de Oliveira

          BH, 08/11/2013

  19. “O mercado financeiro

    “O mercado financeiro desenvolveu mecanismos de operações futuras capazes de radicalizar qualquer movimento de expectativas – para cima ou para baixo.”

    A mídia paga precede a teoria do conhecimento boatológico, de uso corrente na proliferação da “epistemologia” da ciência econômica, segundo a tendência a constituir-se para o mercado financeiro, que integra os dominios do saber.  

  20. Fácil resolver. O fim do ano

    Fácil resolver. O fim do ano está aí. Dilma poderia chamar o pessoal da mídia, os “correspondentes’ em Brasília e antes um assessor anunciar “em off” – uma fonte do Governo , sabe – que ante a necessidade de se cortar os gastos para alcançar a meta fiscal, o Governo Federal, no ano de 2014, pretende usa mais os prununciamentos – que serão de 20 minutos diários em média – na hora da novela e do Jornal Nacional, e reduzirão a zero as verbas de publicidade do Governo Federal para “divulgar” as realizações e campanhas de Governos junto à mídia.

    Motivo: o corte de gatos está feito dentro do esforço para atingir a meta superavit fiscal.

    Pronto. Acabou o terrorismo econômico em 2014.

  21. O que diz a tia Profana, o

    O que diz a tia Profana, o tio Diogo e o tio Roberto SP é a mais pura verdade. Não importa o que, ou quem fale pelo governo, o pig fará terrorismo. O dollar está baixo? É o fim da indústria brasileira! O dollar está alto? Vão baixar a nota do Brasil!

    Além do que, nessa história de boato, para quem eles são direcionados, esse caras também jogam o jogo do faz de conta. Será que muitas vezes o mercado não cai no boato de propósito?

    Mas exatamente por isso mesmo, a vida do governo (não tucano) ser tão dificil, que os players do lado de cá deveriam ser competentes, com jogo de cintura e muito mais espertos.

    Os black blocs do pig, e os “Anonymous Brazil” do mercado jogam pedras nas vidraças do governo. E quem deve as proteger? Gleise e o tal Arno? Estes são tipo PM do Cabral

  22. Catastrofe

    Independente das previsóes catastrofistas do PiG nossa economia segue seu curso tranquilamente a 11 anos. As previsões aparentemente tem nos ajudado. Manda mais PiG! 

  23. Quanto as especulações da

    Quanto as especulações da mídia, que acabam fazendo com que ficção vire expectativa e que expectativa se transforme em fato, como ocorreu no início deste ano com a inflação do tomate, criada pela GLOBO, FOLHA, VEJA e outros menos cotados, que fez com que o governo aumentasse a SELIC em mais dois pontos percentuais e com isto tivesse que pagar bilhões de reais a mais de juros aos rentistas.

    Um dos beneficiários da alta, o ITAU, divulgou que seu lucro cresceu 18,7% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao segundo.

    Será que não há hipótese ou LEI ou mesmo utilização da força que o governo possa recorrer para que esses disseminadores do caos que tanto prejudicam o país paguem por esta despesa extra?

    Digo pagar em dinheiro, confisco de patrimõnio e não com processos judiciais que não dão em nada.

    Exemplo: A GLOBO já mostrou o DARF?

    Esqueci. O governo não precisa do dinheiro da GLOBO e já recuperou a despesa extra tirando dos aposentados com o fator previdenciário.

    Não há escapatória. No futuro, TODOS seremos vitimas do fator e ajudaremos a pagar os rentistas.

  24. O troco do BC

    Já que a inflação deste ano está dada, o BC devia deixar o dólar chegar aos 3,00 para quebrar/moer os ricaços brasileiros e, principalmente, o PIG que devem em dólar. Outro benefício que traria ao povo brasileiro com a subida do dólar é secar os bolsos da turma que aposta nas candidaturas do Dudu/bláblárina, menino do rio ou do ancião do tietê.

  25. MALANdragem na Fazenda???

    Nassif, então vamos esperar o FT indicar um novo ministro da Fazenda (Malan, Armínio e outros privatizadores) e então estará tudo certo, não é? Assim o FT não será confrontado. O que diziam as manchetes do FT e da Economist em agosto de 2008? Qual foi a agência de risco que garantiu que o Lehman era um banco sólido? Você não gosta do Guido, mas foi ele que dirigiu o belíssimo crescimento nos últimos anos do governo Lula e é ele quem está segurando o pepino agora. Desculpe, mas discordo frontalmente de sua opinião. E não me venha com os assessores econômicos de Marina Silva. No PSDB, levaram o país ao desastre. Qual seria a diferença hoje?

    1. Pelo visto o distinto não

      Pelo visto o distinto não entendeu coisa alguma. Confrontar o FT é não ter agumentos logicos que são códigos comuns e inteligiveis pelos mercados, não é o FT indicar Ministro, algo que não impressionaria em nada um jornal “macaco velho1 do mundo do poder.. Um Ministro pode ser uma excelente grife mas precisa ter autoridade para gerir, se não a grife

      não dura uma semana, já aconteceu quando Carvalho Pinto foi indicado Ministro da Fazenda de Jango, alguns pensaram que ele salavaria o Governo Jango mas sua autoridade ea nula e o que ocorreu foi seu nome ser queimado.

      Um quadro ruim é quando um Ministro não tem apoio politico, não funciona. Lula deu carta branca e Henrique Meirelles e isso funcionou. Dilma não dá carta branca a ninguem, então não adianta colocar o Malan ou o Delfim no Ministerio, que não vai funcionar. O que adiantaria seria a Presidente dar autoridade a um Ministro forte PARA CORTAR GASTOS, dá para cortar 20% das despesas de custeio de cara, a “comilança” é imensa.

      Como é possivel a vALEC ASSINAR CONTRATO PARA COMPRAR TRILHOS, no valor de R$720 milhões, de uma firma com poucos dias de vida, que tem uma salinha e uma mesa e cadeira e que tem como sócios as mesmas pessoas de outra firma que forneceu trilhos chineses que se ESFARELAM, trilhos de 10ª categoria que não servem para nada e agora a mesma Valec compra do mesmo grupo os mesmos trilhos fabricados pela mesma siderurgica da China. Tudo isso aconteceu na semana passada, quem vai ter peito de encarar?

      Casos como esses existem às centenas, porisso os gastos explodem, quem vai ter carta branca para teourar?

      Ninguem, o problema é nosso, aqui, não TEM NADA A VER COM O FINANCIAL TIMES.

    1. Noticia tudo ? Nossa, se

      Noticia tudo ? Nossa, se assim fosse, estavamos tranquilos. Eh justamente o contrario, vide o caso Haddad atualmente em SP. O problema é a midia que distorce tudo o que pode para ajustar à sua necessidade.

  26. O mistério dos ministérios:pragmatismo, simbolismo, preconceito

    Aqui e em outros posts e seus comentários, há uma quase unanimidade sobre a fraqueza do ministério de Dilma, suas incapacidades para tratar das ações-fim (afetas as pastas) e as ações-meio (comunicação, a mais importante delas)…

    Teríamos algo como um ministério avestruz, ou um ministro da fazenda avestruz: não só pelo hábito de enterrar a cabeça, as principalmente pela incapacidade de comunicar seu “trabalho”…Avestruzes põem ovos enormes, mas é a galinha que os vende, justamente porque anuncia a todos o seu feito…

    As percepções podem estar meio-certas ou meio-erradas, senão vejamos:

    Lula alcançou o poder com invejável popularidade, mas trouxe junto a si um pesado fardo: Como representante de classe dos mais pobres e desvalidos, foi (e é até hoje) alvo do preconceito transclassista sobre sua capacidade: os ricos, pelos motivos óbvios, os médios pelo recalque mimetista que engolem dos ricos, e os pobres pela assunção do preconceito de que é alvo.

    Lula, neste sentido, não poderia falhar, e sua vaidade pessoal (que não deve, e nem pode, ser pequena) subordinou-se a montar um time de medalhões, não por coincidência, os maiores eram alguns dos convivas mais empedernidos do mercado, colocados ali para ceder a pressão terrorista financista, mas antes de tudo, para garantir que o operário-presidente sabia se cercar dos mais capazes…

    Claro que isto não corresponde a toda a realidade (sabemos que a construção de consensos e disputas no seio de governos não se dão de forma tão simplista), mas a construção simbólica comunicada (aquela que é encessária a percepção dos mais variados atores e clientes do governo) foi, na maioria das vezes esta: nos temas “técnicos” Lula se valeu dos mais sábios “técnicos”, e nos temas sensíveis a República as questões sociais, valeu a última palavra do presidente.

    Neste contexto, foi também fundamental a “desconstrução” da imagem do presidente como um “peão” do PT, e foi preciso realçar a noção de que ele (e seu governo) é maior, muito maior que as disputas internas petistas, tratadas pela mídia não como símbolo de frescor democrático e organicidade partidária (tão ausente no país), mas como caprichos de militantes sectários.

    Com Dilma, a construção deveria ser outra: Tida e havia como poste, sobrecarregada com a expectativa sexista, precisava mostrar uma imagem independente (mas por outro viés), e que estivesse acima dos auxiliares, principalmente das estruturas herdadas pelo antecessor, já que o seu “pecado maior” era ser uma “invenção” da popularidade do ex-presidente…

    Justamente por isto, a população, em sua esmagadora maioria, a percebe como a “dona” Dilma, a “dona” do Planalto, e que as decisões são suas…só suas…para o bem e para o mal…

    Talvez aí resida a oscilação e tibieza de alguns assessores…

    Como foi com Lula, estas elaborações são mais simbólicas, e por certo, Dilma ouve e considera seus auxiliares, e estes fazem por merecer a sua confiança…Mas o fato é que a realidade não autoriza a concluir que a gestão da economia esteja nas mãos erradas, ao contrário…

    A articulação política e o trato institucional também não, embora haja ruídos com setores ali e acolá, afinal, o governo e a sociedade estão vivos…

    Mas o problema dos simbolismos é justamente este: nubla a percepção mais aguçada…

    Titia ouviu e leu muita besteira aqui sobre o governo, Dilma e ministros…

    É bom lembrar: Se ministro da Educação saiu direto do ministério para a cadeira da prefeitura da 4ª ou 5ª metrópole do planeta…

    Seu ministro da Saúde está em alta cotação para destroçar, de vez, o ninho do “PRP” tucano…

    A oposição definha a olhos vistos…

    Os maiores “perigos” ao governo vêm de sua base…

    Então soam exageradas as trombetas do apolacalipse…

     

  27. Cuidado com o Mercado !

    O Mercado pediu e o BC tá aumentando os juros

    O Mercado argumentou que era pra conter a Inflaçã!

    O Governo tá gastando mais com pagamento dos Juros !

    O Mercado tá dizendo que piorou as contas do Governoe a inflação permanece em patamar altíssimo.

    Nunca deve caiur na sinuca do Mercado ele sempre quer mais juros

    Ele sempre dirá que os gastos correntes devem ser contidos

    Ele nunca dirá que o pagamento dos juros corroe a economia nacional

    Ele nunca pedirá juros internacionais 

  28. Tributo?

    “4. Receio de que o fator Cristina Kirchner contaminasse o Brasil.”

     

    … é o Nassif pagando “tributo” ao A. Araujo?… ou ao Motta Araujo?…

     

     

  29. Classificações de risco ideológicas

    Abaixo minha tradução de um artigo de hoje do Paul Krugman sobre o rebaixamento da França pela S&P.

    Classificações de risco ideológicas

    Paul Krugman

    http://krugman.blogs.nytimes.com/2013/11/08/ideological-ratings/

    Então a S&P rebaixou a França. E o que isso nos diz?

    A resposta é: não muito sobre a França.  Não pode ser subestimado que as agências de classificação de risco não têm, repetindo não têm, informações privilegiadas sobre solvência nacional – especialmente de grandes países como a França. A S&P tem informações privilegiadas sobre a situação das finanças francesas? Não. Será que ela tem um melhor modelo macroeconômico do que, digamos, o FMI – ou, para o que é relevante, do que qualquer um dos homens e mulheres que estão nesta sala de conferências do FMI comigo? Você deve estar brincando.

    Então sobre o que estamos tratando? Eu acho útil comparar as projeções do FMI para a França com as de outro país que ultimamente vem recebendo boas menções das agências, o Reino Unido. Os gráficos abaixo são do banco de dados do WEO – dados reais até 2012 e projeções do FMI até 2018.

    Em primeiro lugar, o PIB real per capita:


    Assim, a França teve desempenho melhor do que o Reino Unido até agora, e o FMI espera que essa vantagem deve persistir.

    Em seguida, a dívida em relação ao PIB:

    A França está um pouco menos endividada, e o FMI espera que esta diferença deve se ampliar um pouco.

    Então porque é que França foi rebaixada? Porque, afirma a S&P, ela não realizou as reformas que irão melhorar suas perspectivas de crescimento a médio prazo. O que significa isso?

    OK, outro segredinho sujo. O que é que nós sabemos – realmente sabemos – sobre quais reformas econômicas vão gerar crescimento e quanto crescimento elas vão gerar ? A resposta é: não muito! Pessoas em lugares como a Comissão Europeia falam com grande confiança sobre as reformas estruturais e as coisas maravilhosas que elas realizam, mas há muito pouca evidência clara para sustentar essa confiança. Será que alguém realmente sabe se as políticas de Hollande vão significar um crescimento que é x.x por cento – ou, mais provavelmente, 0.x por cento – mais lento do que seria se Olli Rehn fosse colocado no comando ? Não.

    Então, mais uma vez, de onde vem isso?

    Sinto muito, mas eu acho que quando a S&P reclama sobre a falta de reformas, ela está de fato reclamando é que Hollande está aumentando, e não reduzindo os impostos sobre os ricos, e que ele não é suficientemente pro-mercado de modo a satisfazer o pessoal de Davos. Lembre-se que, uns dois meses atrás, Olli Rehn reprovou o ajuste fiscal da França – que foi realmente exemplar – porque os franceses, inaceitavelmente, estão aumentando os impostos ao invés de cortar os programas socias.

    Assim como a conversa sobre austeridade não é realmente sobre a responsabilidade fiscal, a pressão por “reforma estrutural” não é realmente sobre o crescimento. Em ambos os casos, é principalmente sobre o desmantelamento do estado de bem-estar.

    A S&P pode não estar participando deste jogo de uma forma totalmente consciente. Quando você circula nesses ambientes, as coisas que na verdade ninguém sabe tornam-se parte do que todo mundo sabe. Mas não encare este rebaixamento como uma demonstração de que há algo de muito podre no reino da França. Isso tem muito mais a ver com ideologia do que com uma análise econômica defensável.

     

     

     

  30. O mercado tem faro fino por

    O mercado tem faro fino por seculos de sensibilidade sobre quais são  seus inimigos. Colocar como interlocutor do mercado personagens da esquerda radical é um erro tático. O Secretario do Tesouro tem longo  curriculo anti-mercado, tem  un conhecido perfil anti-capitalista,  fama de quem não dialoga bem com os investidores interessados em concessões., tem horror a taxas de retorno, que vê como espoliação dos trbalhadores.

    Quando  a URSS estava no seu apogeu  antes e depois da Segunda Guerra, Stalin destacava como interlocutores do Ocidente as faces mais  amenas do regime, verdadeiros nobres do comunismo, como Ivan Mairsky, Maxim Litvinov, Andrey Gromiko. Fazia isso para conseguir melhores resultados com sua diplomacia, não iria mandar gente mal ecnarada para Londres ou Washington.

    Para negociar com o mercado a Presidente deveria usar perfis simpaticos ao mercado  e não o seu inverso, personagens que tem raiva de investidores, horror ao capitalismo e veem o mercado como inimigo.

    Basta ver a Argentina de Cristina Kirchner como exemplo, a Presidente de lá brigou com todo mundo dentro e fora da Argentina, com os agricultores, com os industriais, com os banqueiros, com os supermercados, com os americanos, com os credores de bonus, só não faz cara feia para as lojas fashion de Nova York onde gasta 200 mil dolares numa tarde.

    O Brasil estava na crista da onda, queridinho do circuito Chanel até 2010, ai as agressões ao mercado, que começaram com a maluca capitalização fajuta da Petrobras, entregando areia do mar como se dinheiro fosse e diluindo os investidores, começou uma longa serie de agressões ao bom senso e ao mercado, não deu outra, todo mundo está estranhando o Brasil, cara feia não seduz investidores.

  31. Amir Khair: Política econômica: ainda há tempo de mudar

    Política econômica: ainda há tempo de mudar

    Se o governo errou ao não adotar a política adequada ao cenário externo, também errou na política monetária e fiscal. Mas há tempo de mudar. Por Amir Khair

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    Amir Khair Arquivo

     

    É sempre bom considerar o que aconteceu com o crescimento econômico do País como base para as análises econômicas. De 1901 a 1980 o Brasil, juntamente com o Japão, foi o país que registrou o maior crescimento no mundo, com a média anual de 5,67% ou 3,16% per capita.
     
    No período 1981/2003 a economia estagnou, com crescimento médio de 1,99% e 0,25% per capita. Após esse período negro novo surto ocorreu nos anos dourados de 2004/2008. Nesses cinco anos que antecederam a crise, o crescimento foi forte em cada ano, com a média de 4,81% e 3,73% per capita. Esse crescimento per capita de 3,73% superou o de 3,16% ocorrido no período 1901/1980.
     
    Com a crise originada nos Estados Unidos todos os países diminuíram o crescimento a partir de 2009. Na média do período 2009/2012 o crescimento médio no País foi de 2,66% e 1,61% per capita. Comparando com os demais países, o crescimento de 2,66% foi superior ao dos países desenvolvidos (0,5%), inferior ao dos países emergentes (5,4%) e pouco abaixo da média mundial (2,9%).
     
    Nesse ano as previsões no País apontam para um crescimento de 2,5% ou 1,1% per capita.
     
    Quanto a 2014 a maioria das análises aponta para crescimento no entorno de 2,5% novamente. Mas previsões costumam falhar e a falha é tanto maior quanto maior for o período considerado. O que vai determinar o crescimento em grande medida é o cenário internacional e a política que está sendo adotada pelo governo.
     
    O quadro externo é de difícil previsão, mas existem condicionantes que apontam para a continuidade da forte disputa por mercados. A crise internacional ampliou a concorrência externa, pois: a) foi reduzida a expansão do consumo nos países desenvolvidos, responsáveis por mais da metade do consumo mundial; b) em resposta a essa redução a saída desses países foi estimular a exportação através da desvalorização da moeda e; c) a China, cuja maior exportação se destinava aos países desenvolvidos, teve que redirecionar parte dessa exportação para os países emergentes.
     
    A consequência para o País foi a maior dificuldade para exportar e maior penetração de produtos importados.
     
    Ao contrário dos países desenvolvidos, que desvalorizaram suas moedas para oferecer às suas empresas maior poder competitivo internacional, o governo valorizou o real perante o dólar punindo as empresas na disputa com as de outros países. Isso ocorreu e ainda ocorre devido à política de baratear o produto importado para combater a inflação.
     
    O câmbio real (descontada a inflação no Brasil e nos Estados Unidos) em valores de junho deste ano, nos anos dourados (2004/2008) foi de R$ 2,84/US$. Nesse período as exportações cresciam e permitiam contas externas superavitárias. Em 2011 o câmbio real tinha atingido o mínimo histórico de R$ 1,80/US$ (!) com valorização de 36,3% em relação ao período 2004/2008.
     
    Esse erro fez com que a política governamental de estímulo ao consumo fosse atendida basicamente pelo produto importado, abortando o crescimento econômico e criando rombos crescentes nas contas externas que caminham perigosamente para atingir US$ 85 bilhões neste ano e, se nada for feito poderá romper os US$ 100 bilhões em 2014.
     
    Se o governo errou ao não adotar a política adequada ao duro cenário externo, também errou na política monetária e fiscal. Na política monetária o erro foi manter a Selic elevada no confronto internacional e, pior ainda, ao elevá-la neste ano ao contrário dos demais países. Com isso cresceu o custo de carregamento das reservas internacionais e as despesas com juros, que neste ano deve alcançar 5% do PIB, piorando o resultado nominal, que pode ultrapassar o déficit de 3% do PIB face ao obtido em 2012 de 2,47% do PIB.
     
    Em termos de crescimento o biênio 2011/2012 atingiu a média anual de 1,8% enquanto o mundo cresceu 3,5% e os países emergentes 5,7%.
     
    A política fiscal perdeu credibilidade ao artificializar os resultados com receitas extraordinárias atípicas, antecipando dividendos de estatais e elevando a dívida bruta para subsidiar grandes grupos privados com empréstimos oriundos de ampliação da dívida mobiliária do governo federal.
     
    Caso não altere sua política econômica, reduzindo a Selic ao nível da inflação como nos demais países e, deixando o câmbio flutuar ao invés de manter o real artificialmente valorizado, corre o risco de continuar com baixo crescimento, maior déficit fiscal e dívida em ascensão e, com contas externas críticas. Ainda há tempo de mudar.

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