Algumas considerações sobre Dilma e Aécio

Por Filipe Rodrigues

Comentário ao post “O aquecimento dos candidatos rumo a 2014

Dilma
 
Considero pontos fracos, sua falta de iniciativa política e o seu ministério muito ruim.
 
Não acredito em agravamento da economia, Dilma acertou em desvalorizar o câmbio e adotar medidas intervencionistas (criticadas pelos financistas), ao mesmo tempo as concessões, a manutenção da políticas do BNDES e BC demontram falta de estratégia e planejamento a longo prazo.
 
Na parte política, apesar da falta de credibilidade dos grupos jornalísticos, Dilma herdou uma herança maldita do governo Lula, uma coalizão ampla com interesses conflitantes. O preocupante é que a presidenta parece não estar preocupada em formar uma base de apoio mais homogênea e mais á esquerda (parece até que ela tem medo de um fortalecimento do PT).
 
Aécio 
 
Até 2008 tinha alguma coisa para mostrar, com a crise mostrou estar refém da lógica mercadista e foi incapaz de adotar políticas anti-cíclicas (diferente do governo federal).

 
O que vai explicar ao eleitor em relação a sua contrariedade a queda das tarifas de energia? Enquanto em estados governados por petistas (Bahia e Rio Grande do Sul) a conta de luz caiu até 30% e a indústria cresce o dobro do país.
 
Até mesmo o discurso do pacto federativo que é relevante e prometia ser a menina dos olhos de Aécio sumiu de sua agenda. No mais as perspectivas tucanas em SP e MG já foram melhores, o choque de gestão se exauriu.
 
Em relação ao Eduardo a análise está perfeita…
Redação

14 Comentários

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  1. Que ‘herança maldita’?

    Herança maldita? Onde? A esquerda (PT, PSB, PDT, PC do B, PPL e PSOL) não tem sequer 1/3 dos parlamentares no Congresso Nacional. O PT tem apenas 87 deputados federais (17% do total) e 11 senadores (13% do total).

     

    Qual partido político é hoje capaz de eleger mais de 100 deputados federais? Qual partido político é capaz de administrar o Brasil apenas com as agremiações de esquerda?

     

    E como é que se faz para contar com o voto de 257 deputados federais e de 41 senadores, para se aprovar um mísero projetinho de lei qualquer? E como é que se faz para contar com o voto de 308 deputados federais e de 49 senadores, para se aprovar uma Emenda Constitucional?

     

    Na vida real não existe varinha mágica de condão!

     

    Hipotéticamente, mesmo se o PT e o PMDB formassem uma aliança programática e de esquerda (o que não é possível), seria impossível para essas agremiações aprovarem, sozinhas, um mísero projeto de lei!

     

    Por fim, o que é que Dilma Rousseff tem a ver com essa montagem da ‘base homogênea de esquerda’? Que base? O PSOL é oposição e o PSB também! Então, repito, que base?

     

    Como seria um eventual futuro governo de Aécio Neves, tendo o PSDB não mais do que 50 deputados federais e 10 senadores?

     

    Como seria um eventual governo de Eduardo Campos, tendo o PSB não mais do que 25 deputados federais e 04 senadores?

     

    Como seria um eventual governo do PSOL, tendo o PSOL não mais do que 05 deputados federais e 01 senador?

     

    É possível bradar a plenos pulmões: “Nenhumas alianças”? Evidentemente que não!

     

    Quem não souber trabalhar com essas variantes da vida real, dos fatos concretos presentes no cenário político brasileiro, invariavelmente naufragará em idealismos rococós que não alteram uma vírgula sequer nos acontecimentos econômicos e políticos do país.

    1. O PSB ainda é de esquerda?

      Perfeito!

      Mas com uma consideração para completar. O PSB ainda é de esquerda? Já foi algum dia? O Bornhausen é de esquerda? E o Heráclito Fortes?

    2. Eu sei que alianças são

      Eu sei que alianças são necessárias, problema é quando o PT ajuda eleger a direita.

      Em vez de 90 deputados o PT poderia ter 120 (20 senadores), óbvio que não teria maioria, mas já melhoraria a correlação de forças.

      Para isso tem ter candidato próprio (governador, senador) na maioria dos estados e fazer coligação proporcional apenas com o PC do B. Isso traz visibilidade a legenda, como eleições nacionais e estaduais são na mesma data, governadores são mais influentes nas eleições legislativas que a presidenta.

      FHC tinha maioria simples (257 deputados) apenas com PSDB, PFL e PPB.

      O PSB votou junto com o PT contra o financiamento de empresas nas eleições e essa rídicula minireforma eleitoral, o PMDB não. Parece que o Lula aprendeu, inteligente sua estratégia de impedir conflitos entre PT e PSB, Dilma vencendo no 1º turno ou derrotando Aécio no 2º turno, o PSB certamente virá para a base aliada novamente e mais fortalecido.

  2. Políticas antí-ciclicas são

    Políticas antí-ciclicas são muito bacanas quando se tem o orçamento do governo federal, todos os seus recursos técnicos e referentes a alteração das leis.

    O primeiro erro da avaliação superficial (como sempre) é esta. Confunde-se com uma facilidade enorme as forças da União com aquelas de um estado da federação.

    Só o que a Petrobrás tem para investir é mais do que o Governo de Minas, a título de exemplo.

    Detalhe: quem arca com o entupimento das ruas com os carros (um subproduto da redução do IPI) são prefeituras e estados. Incrivelmente ninguém comenta nada sobre essa insensatez. 

     

    Sobre a redução de dos custos da energia a coisa melhora um pouco. Mas convém dizer que a CEMIG responde por bocado considerável dos investimentos do estado. É dalí que saem os recursos. 

    Nâo é tão simples assim abrir mão de uma parte da arrecadação, em que pese o tanto que os valores influenciam os investimentos da indústria.

    E o principal: o autor faz uma correlação falaciosa sobre o crescimento industrial da Bahia e do Rio Grande. Não é possível dizer que crescem o dobro porque reduziram os custos da energia, mas pelas próprias características de suas economias.

    Detalhe: olhe o que a Braskem investe na Bahia, olhe os investimentos ridículos da Petrobrás em Minas.

     

    Por último: o pacto federativo significa reduzir a parte que cabe à União em direção aos estados. É o oposto do caminho adotado desde a época FHC pois há clara concentração de forças em Brasília.

    Quando que essa perspectiva muda? Quando o companheiro Haddad é eleito em São Paulo. Aí correm para alterar as regras e facilitar os investimentos.

     

    Então, a superficilidade das análises é a regra aqui.

    1. Políticas antí-ciclicas são

      Políticas antí-ciclicas são muito bacanas quando se tem o orçamento do governo federal, todos os seus recursos técnicos e referentes a alteração das leis. 

      O problema é quando o governo de Minas deixa de cobrar impostos das matérias-primas, pior de tudo ainda isenta essas mineradoras que também causam grande destruição ambiental.

      Detalhe: quem arca com o entupimento das ruas com os carros (um subproduto da redução do IPI) são prefeituras e estados. Incrivelmente ninguém comenta nada sobre essa insensatez. 

      Realmente a política de reduzir o IPI para carros esgotou, mas construir metrô, melhorar o transporte público é obrigação dos estados e municípios e para receber recursos federais tem que ter projeto. 

      Mas convém dizer que a CEMIG responde por bocado considerável dos investimentos do estado. É dalí que saem os recursos.  

      Mas o governo federal subsidiou grande parte da redução tarifária. Uma parcela do capital da CEMIG pertence há uma empresa privada (Andrade Gutierrez) aí explica a fome por lucros

      Por último: o pacto federativo significa reduzir a parte que cabe à União em direção aos estados. 

      Claro, todo ano a União deveria reduzir um pouco para estados e municípios, também teria que haver reforma tributária para os demais entes federativos arrecadarem mais.

      Quando que essa perspectiva muda? Quando o companheiro Haddad é eleito em São Paulo. Aí correm para alterar as regras e facilitar os investimentos. 

      Por uma escolha política Kassab, Serra e Alckmin orgulhavam de não depender de recursos federais, mesmo que a cidade precise.

      1. Mas aí você comete erro

        Mas aí você comete erro crasso, meu amigo, pois os impostos que recaem sobre atividade primária são de responsabilidade da União.

        Só este ano resolveram mudar o Código de Mineração, diga-se de passagem.

        Até então não davam a mínima sobre o assunto.

        E a situação de caixa do estado é tão delicada que resolveram TAXAR a atividade minerária. Basta um clique no google que vc vai ver.

         

        Sobre metrôs e transporte público, mais um monte de erros.

        Pode ser de responsabilidade de estado e município em São Paulo e no Rio.

        Não é assim em TODO lugar.

        Só agora aqui em Minas criaram a Metrominas para cuidar desse setor. Até então a responsabilidade era da Rede Ferroviária Federal.

        E ter o projeto é uma desculpa esfarrapada, porque mesmo quando tem não significa que os recursos estão garantidos.

        Aliás, é mais do que isso, é um ENGODO prá enganar os incautos. “Como não tem projeto, não tem investimento”. Mentira.

        Quer um exemplo? A BR 381. Ela é de responsabildiade do Governo Federal. Cadê o projeto?

        Não tem. Por que não tem.? Porque não se interessam.

        Detalhe: só agora depois de DOZE ANOS resolveram cuidar do negócio transferindo para a iniciativa privada.

         

        Sobre a CEMIG há óbvio interesse da Andrade Gutierrez.

         

        Sobre os impostos vc  concorda que a União leva enorme vantagem..?

         

         

      2. “…Sim… Aqui no RS nossa

        “…Sim… Aqui no RS nossa conta de luz (na área da CEEE) teve uma redução de 18% e agora fomos brindados com um percentual de 15% de aumento. Dá com uma mão e retira com a outra!…”

         

        Tá vendo aí..? Quem tem razão agora.?

        Com todo respeito.: os assuntos são sérios mas vocês chutam demais aqui. 

        Não conhecem o básico sobre as coisas e os argumentos são fragilíssimos.

         

    2. A pergunta que não quer calar?

      Você tem automóvel? Quando você adquiriu seu primeiro carro? Você viveria hoje sem carro? Você largaria seu carro e viveria apenas de transporte público? Qual o seu trabalho? Sua profissão? Criticar quem finalmente conseguiu almejar este sonho, ter um automóvel, quem teve um a vida inteira só posso achar uma das maiorias hipocrias que alguem pode comentar.

  3. vale usiminas etc

    inclusive a tua

    vá pedir dinheiro pra empresas roubadas da nação

    (agora segueria uma enormidade de palavrões)

     

    obs.: resposta ao Chico Psdb

  4. Queda das tarifas de energia?

    Queda das tarifas de energia? Conta de luz caiu até 30% ?

    O que se criou foi um grande esqueleto que vai pesar no bolso da pobrada, nem é no bolso só dos consumidores de luz. Está delirando.

    Quanto à queda do PIB mineiro, se deve à concentração em comodities minerais cujo preço caiu, e volume de exportação foi o mais afetado pelo gargalo estrutural do País. Tivesse Minas Gerais um porto…

  5.  Sim… Aqui no RS

     

    Sim… Aqui no RS nossa conta de luz (na área da CEEE) teve uma redução de 18% e agora fomos brindados com um percentual de 15% de aumento. Dá com uma mão e retira com a outra!

    1. Conta de luz começa a chegar

      Conta de luz começa a chegar ao consumidor com desconto de 26%

      As maiores reduções, por ora, se concentram no Rio Grande do Sul. A Aneel, porém, garante que as tarifas não refletem critérios regionais, mas sim as condições de cada concessão

      Brasil Econômico – Juliana Garçon | 

      14/02/2013 06:00:06 

      As contas de luz já estão chegando aos consumidores com aviso de que as tarifas foram reduzidas devido à Revisão Tarifária Extraordinária prevista na MP 579, que o Congresso Nacional converteu na Lei 12.783/2013. A partir do próximo dia 25, todos os consumidores já deverão verificar o benefício.

      As novas tarifas das distribuidoras foram publicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última semana.

      Entre os consumidores de baixa tensão, classe que inclui residências, três das cinco maiores reduções ficaram no Rio Grande do Sul, estado onde a presidente Dilma Rousseff foi secretária de Minas e Energia de 1999 e 2002, e duas em São Paulo.

      A maior queda (25,94%) coube à Uhenpal (Usina Hidroelétrica Nova Palma), com sede na cidade de Faxinal do Soturno, na região central do Rio Grande do Sul. A empresa, responsável pelo fornecimento de energia a nove municípios da região, tem cerca de 14,5 mil unidades consumidoras numa área de concessão de 1,9 mil km², predominantemente rural com forte ênfase na agricultura familiar. Embora tenha uma usina, também faz a distribuição da energia.

      O segundo lugar (23,62%) ficou com a AES Sul Distribuidora de Energia, com sede em Porto Alegre e atuação na região centro-oeste do Rio Grande do Sul — a área de concessão abarca 99,5 mil km², 118 municípios e 1,2 milhão de unidades.

      A RGE (Rio Grande Energia), que distribui energia no Norte-Nordeste do estado gaúcho, sofreu o quarto maior desconto nas tarifas, de 22%. A empresa, que faz parte do Grupo CPFL Energia, tem uma área de concessão de 90,7 mil km² e atende 262 municípios, número equivalente a metade do total no Rio Grande do Sul.

      Também ligada ao Grupo CPFL Energia, a Companhia Paulista de Energia Elétrica (CPEE), no interior de São Paulo, viu a tarifa encolher 23,38%.

      A paulista Companhia de Luz e Força de Mococa (CLFM), do mesmo grupo, completa a lista de cinco empresas cujas tarifas tiveram redução acima de 20%.

      Peculiaridades

      Procurada pela reportagem para explicar a concentração de descontos mais intensos no Rio Grande do Sul, a Aneel informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não houve critérios geográficos na composição das tarifas. As tarifas são estabelecidas de acordo com as peculiaridade de cada concessão, explica a agência.

      As reduções, que foram aprovadas em reunião extraordinária no último dia 24, apóiam-se na alocação de cotas de energia, resultantes das geradoras com concessão renovadas, a um preço médio de R$ 32,81/ MWh; na redução dos custos de transmissão e dos encargos setoriais e na retirada de subsídios, que serão assumidos diretamente pelo Tesouro, da estrutura de tarifa.

       

  6. Aécio ?????

    Até 2008 tinha alguma coisa para mostrar ????? Eu realmente gostaria de saber o que Aecio tinha para mostrar,pois se agora descobriram o quão insoso,sem ideias,sem carisma,não é um lider,um aglutinador,que o seu “choque de gestão” é pura propaganda,isto tudo ele ja era.Como Collor a mídia mineira criou um personagem,que a mídia nacional tentou vender,mas a montanha pariu um rato.Realmente eu gostaria de saber o que é que ele tinha para mostrar até 2008,ja que como mineiro eu nunca vi nada,alias a única coisa que o torna uma “merrequinha” diferente é ser neto de Tancredo,mas é só isso.ele é com  o bom vivant da Veja,apenas uma criação midiática.

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