BNDES suspende recursos para projetos de exportação de empresas da Lava Jato

 
Jornal GGN – Em decisão tomada em maio, mas divulgada apenas ontem (11), o BNDES suspendeu temporariamente o desembolso de recursos de 25 projetos de exportação de empresas envolvidas na Operação Lava Jato.
 
No total, os projetos somam US$ 7 bilhões, sendo que US$ 2,3 bilhões já foram desembolsados. A decisão foi tomada em resposta a ação da Advocacia-Geral da União contra as empresas.
 
Entre os projetos, estão a exportação de serviços de engenharia das empreiteiras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, para países como Argentina, Angola, Cuba, Venezuela e Moçambique. Os projetos serão reavaliados e alguns deles poderão ser cancelados.

 
Da Folha
 
BNDES suspende desembolsos para 25 projetos de empresas da Lava Jato

 

O BNDES suspendeu temporariamente os desembolsos de recursos para 25 projetos de exportação de serviços de empresas investigadas pela Operação Lava Jato.

A decisão foi tomada em maio, em resposta a ação da AGU contra as empresas, mas divulgada apenas nesta terça-feira (11), em entrevista para detalhar a nova política do banco para financiar a exportação de serviços.

Os projetos que tiveram os desembolsos suspensos somam US$ 7 bilhões, dos quais US$ 2,3 bilhões já foram desembolsados.

São projetos de exportação de serviços de engenharia contratados por Argentina, Cuba, Venezuela, Guatemala, Honduras, República Dominicana, Angola, Moçambique e Gana às empreiteiras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

O diretor do banco para exportações, Ricardo Ramos, explicou que não houve qualquer desembolso a esses projetos desde maio, enquanto o banco trabalhava na elaboração da nova política de exportações de serviços.

Todos eles serão reavaliados com base na nova política e existe a possibilidade de que alguns sejam cancelados.

“É uma política mais seletiva”, disse Ramos, classificando a mudança como uma “resposta à sociedade”. Os termos respondem a determinações do TCU.

O crescimento das exportações de serviços do banco tem sido alvo de investigações do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com Ramos, o banco passará agora a avaliar e monitorar os impactos dos projetos no exterior, além de acompanhar as obras de perto.

Até agora, a análise de cada projeto ficava no potencial de geração de divisas com a exportação de bens nacionais para as obras no exterior.

“É importante definir indicadores que possam dar resposta à sociedade sobre quais benefícios esses projetos têm”, disse.

Com relação aos projetos suspensos temporariamente, a reavaliação vai considerar o avanço físico da obra, a existência de outras fontes de financiamento, a exposição do banco ao risco e a assinatura de um termo de compliance (governança).

 

Redação

12 Comentários

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  1. Estúpidos.

    Realmente, a “governança” pátria enlouqueceu. Por que inviabilizar as empresas, estúpidos? Empresa não tem atributos morais, empresa é instrumento. Essa turma de estúpidos logo estará punindo a faca se usada para esfaquear. Isso sem se falar que a inviabilização de empresas agrava a crise fiscal. Estúpidos.

  2. burrice não tem fim…

    Então os rola bosta da agu bem ixpertos acabam com a engenharia das empresas brasileiras para entregar-la aos burros lá de fora.

    Pensando bem quem e com que pagar os proventos destes concurados, um apto em miami para todos? E o condomínio vai ficar por conta do…

     

    1. Não é burrice.

      Faz parte de um jogo maior, como disse o Janot ao Eugenio Aragão, “…a Lava Jato é maior do que nós,,,”! Eh um jogo orquestrado cujo regente da orquestra está lá fora. Trata-se de quebrar tudo que foi construído e fazer o país voltar a vender bananas.

  3. bndes….

    Pela estupidez de destruir indústrias brasileiras para facilitar as “privatarias”, já passamos uma vez e nos tornamos um país pobre e miserável, importador a peso de ouro, de tudo quanto são tranqueiras do restante do mundo. Nada prestou, para que usando dos nossos próprios recursos, alavancarmos empregos, tecnologia ou conhecimento nacional.  Mas estupidez tem limites. Entraremos neste barco furaco novamente em menos de 2 décadas?! O que está por trás de destruir indústrias genuinamente nacionais, tanto do ponto de vista de mercado conquistado, quanto judicialmente? E o pior, livrando nos mesmos processos as concorrentes estrangeiras e seus diretores, que segundo as acusações cometeram os mesmos delitos.  Somos um país de intelectualidade rasa e limitada. 

  4. Lá vem o Brasil descendo a ladeira.

    A coxinhada apoia. E vai continuar apoiando mesmo depois de perder os empregos.

    Afinal a moça da globobo disse que a economia está melhorando!

  5. Sem maiores detalhes tudo

    Sem maiores detalhes tudo indica que são contratos com GOVERNOS estrangeiros, cancelamento puro e simples por questões de politica interna no Brasil parece ser quebra unilateral de contrato, como fica a situação legal perante a contraparte estrangeira? 

    A empresa brasileira e o banco financiador não assinaram os contratos, não há obrigações a cumprir?  O BNDES pode sair do contraro assim, por sua vontade?  O pais estrangeiro contratante pode normalmente processar o BNDES porquebra de contrato,  contratos internacionais envolvem questões mais serias do que simples questões politicas no Brasil.

    1. Não são gov – gov e DETALHES

          Não são contratos governo – governo, o BNDES é somente o agente financeiro que viabilizou o contrato, mediante a interveniência da APEX ; as empreiteiras “venderam” os serviços, e o financiamento destes, dependentes da aprovação do BNDES, sequencial *, com base na evolução da prestação dos serviços, dentro da carteira de financiamentos a serviços externos.

           E carissimo AA, os contratos já iniciados, assinados e em operação ( parcialmente pagos ), caso não securitizados, as empreiteiras podem negocia-los, vende-los abatendo a multa contratual, ou aplicar as clausulas de seguro, visando zerar a competencia, e depois “vender” o restante do projeto.

           Já os que não foram iniciados, só foram aprovados pelo comprador, ainda sem dispendio prévio do financiador (BNDES), ainda existe a possibilidade de, ou encontrar outro financiador interno, ou negociar o projeto com outro País, tipo na “bacia das almas”, e nestas opções, não perder tudo.

            Mas um dos maiores problemas financeiros, relativos a esta desistência de contratos externos, é que alem da perda de mercados, duramente conquistados, é o futuro, pois as taxas de seguro e resseguro, tanto de securitização como de quebra de contratos, para empresas brasileiras, subirão a estratosfera, pois o “governo” (BNDES) declinará em confiança, o spread entre os juros do financiamento, e os serviços, irão incorporar no custo do dinheiro um alto indice de incerteza, portanto não venderemos mais serviços, ficaremos “caros”, e a impresibilidade é um custo sem parametros.

             E meu filho, tentar explicar para auditores de um tribunal inexistente, mas atuante, que em negócios externos, captação de novos mercados, inserção internacional de serviços e tecnologia, o País vendedor necessita de lobby ativo, até dumping de taxas financeiras ( nunca fizemos isto ), visitas de Estado, simplesmente eles não entendem. 

              AA, estes caras vivem em outro mundo, o dos perfeitos, o qual é inexistente, nunca sairam de suas cadeirinhas para vender a marca “Brasil”  – que lhes paga o alto salario e benficios – não possuem a minima idéia do que é concorrer com europeus ( franceses são os piores ), americanos e atualmente chineses ( que vendem até mão de obra  a custo ZERO ), nem mesmo compreendem uma máxima do mercado de exportação/contratos :

              ” Não gostou do contrato, foi reavaliado, cancela-lo é fora de cogitação ( vc. não venderia nada para mais ninguem ), portanto vamos negociar, pois é melhor uma péssima negociação, do que ser alijado do mercado “.

  6. Coito interrompido

         Vender Brasil em equipamentos/maquinas é dificil, sempre foi, ninguem acreditava, vender serviços em areas técnicas, era quase impossivel, vendiamos profissionais, mas empresas, o “pacote”, era um trabalho que chegava as raias do incompreensivel, não eramos conhecidos, não tinhamos credibilidade, e as ações de apoio do governo de plantão, de Figueiredo a Lula ( mais de 20 anos ), variavam por humor, sempre foram como um coito interrompido, era vender e depois ficar esperando o que iria ocorrer, tipo sair do Brasil, camelar ( inclusive em camelos ), com o finex aprovado, vender o produto, e na hora da realização do contrato, o Finex não sair – e vc, chegar para o comprador e falar : Sorry.

           Concorrer, ocupar espaços, no mercado externo, é Phodda ( ph de farmacia e dois ds de Toddy ), vc. pode ter o melhor produto, comparavel a seu maior concorrente, mas sem oferecer financiamento melhor que o dele, vc. não vende, e em certos casos especificos, sem comprometimento politico atuante, vc. tb. não vende, as vezes, muitas vezes aliás, vc. para pegar o contrato, vc. “zera” a operação ou até mesmo vende no prejuizo, pois este contrato agregará a seu portfolio, um cliente ,que alem de manter sua linha de produção, lhe fornecerá marketing ( A França vendeu caças Rafale para o Egito a preços internos, mas conseguiu com isto vencer a concorrencia da India , sem zerar e tendo lucro ).

            Vender serviços é a exportação mais “nobre”, pois vende-se inteligência, vende-se “base”, uma vez que este projeto vendido é multiplicador de exportações, vc. monta uma cadeia de exportação, tanto de insumos como de equipamentos e empregos externos, mas para um idiotizado contador, uma exportação de serviços a custo negativo, é prejuizo, pois ele tem visão de tunel – é burro – pois ele não tem idéia que estes “serviços” geram outras aquisições, o cara vê o basico, não tem condição, nem quer, nem esta preparado para, enxergar o contexto todo.

            Exemplo : A França vendeu Rafales para o Egito, a preços iguais aos da Força Aerea Francesa, aliás 5 % abaixo na tx. de juros, contabilmente um péssimo negócio, MAS : 1. Ganhou um contrato logistico ( CLS ) de 20 anos, a 1 milhão de Euros por ano. 2. Manterá sua linha de produção na França por mais 3 anos. 3. Securitizou o contrato com os sauditas. 4.Como os egipcios adquiriram, portanto a linha ficará aberta, a India adquiriu 36 unidades, ou seja, resumindo, contabilmente, a conta ” Rafale egipcios” foi prejuizo, mas a conta global Rafale estará superavitária.

             Contadores, auditores, advogados, procuradores, são ótimos em contas, leis, ótimos “fazedores” de balanços, mas para produzir, vender, manter empregos, realizar, fazer o País crescer, tem que ter gente de peito, que passe por cima de qualquer dificuldade – não importa como – que de resultado, lucro, inserção internacional, que bata a concorrencia de qualquer forma possivel, pois se eu ganho, meus empregados ganham, e o País ganha.

             Quanto aos contadores/auditores/advogados, eles que se virem  e façam suas demonstrações ( falsas ), já os Procuradores, estes “santos” , ou eles se enquadram ou os recambiamos para um monastério, pois como funcionarios de estado devem primeiramente deveres ao Estado,ao crescimento deste Estado – bem americanos, os da grande Nação do Norte, que agem desta forma. 

    1. outros 100% de acordo….

      So uma perguntinha besta….todos esses “grandes empreendedores” proprietarios de pequenas e medias empresas(mesmo grades) que apoiaram a Fiesp e outras no fora Dilma/Benvindo Temer, acham que sem o estado bancando e numa conjuntura de liberalização internacional geral, vai sobrar quem?Sou so um cidadão comun, mas se fosse”grande empreendedor” poria as minhas barbas de molho…….ou como na letra do samba “não fica um, meu irmão”…. 

  7. Concurseiros.

    A maioria dos concurseiros, quando se tornam uma otoridade, logo são convidados (assediados) para fazer parte da ma$$onaria. Ai são presas fáceis da doutrinação sintonizada com a teorida da dependencia facilmente assimilável para a sua cultura de geração Gloria Alvarez.

     

    http://apublica.org/2015/06/a-nova-roupa-da-direita/ http://www.revistaforum.com.br/2015/06/23/a-nova-roupa-da-direita/  http://www.cartacapital.com.br/politica/a-nova-roupa-da-direita-4795.html  (com o fã FHC) http://veja.abril.com.br/mundo/gloria-alvarez-um-discurso-com-tudo-no-lugar-certo/(A Abril festeja) http://oglobo.globo.com/mundo/o-debate-de-esquerda-direita-ja-esta-gasto-diz-ativista-guatemalteca-15830045(A GLOBO saúda) https://www.youtube.com/watch?v=crpgkZDPNFY(Velho dono do Instituto baba)

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