Governistas correm para tentar aprovar a PEC dos Precatórios

Governistas se mobilizam para tentar manter a votação do segundo turno amanhã (09), com estratégias para tentar garantir presença mínima de deputados para a votação

Agência Câmara

Jornal GGN – A PEC dos Precatórios dominará as discussões na Câmara dos Deputados nesta semana. Com uma ação do deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ) no STF (Supremo Tribunal Federal) para paralisar a medida e um pedido de explicações da ministra Rosa Weber, governistas se mobilizam para tentar manter a votação do segundo turno amanhã (09).

A PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara na semana passada e vem gerando polêmicas, pela tentativa de liberar R$ 91,6 bilhões para o governo em 2022, para permitir investimentos como o Auxílio Brasil, que servirão de bandeira de campanha para o mandatário tentar a reeleição.

Enquanto um grupo de deputados, juntamente com ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, denunciou o uso de manobras por parte do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para fazer aprovar a medida em primeiro turno, as estratégias por parte dos governistas seguem.

Na última quinta, Lira permitiu, por exemplo, que deputados que não estavam presentes na Casa participassem da votação à distância, em medida adotada de último minuto para garantir o quórum mínimo de votação.

Foi com esse argumento que Maia entrou com um pedido de suspensão da PEC no STF. A ministra Rosa Weber pediu explicações à Câmara, em um prazo de 24 horas.

“Considerada a alta relevância do tema em debate, assino o prazo de 24 (vinte e quatro) horas às autoridades impetradas, para prestarem as informações que reputarem pertinentes, antes do exame do pedido de medida liminar”, decidiu Weber.

Entretanto, enquanto a ministra não fecha uma decisão sobre a liminar, os governistas correm para fazer aprovar a medida também em segundo turno, que é a exigência nos casos de PEC.

Para isso, Lira agendou uma sessão a partir das 9h desta segunda (08), com a análise de trechos da proposta de emenda a partir das 18h de hoje, com uma punição administrativa aqueles que faltarem.

O objetivo é começar a pressionar deputados a regressarem de seus estados à Brasília ainda na noite de hoje, para garantir presença na votação do segundo turno amanhã, quando haverá a novamente a exigência de quórum mínimo.

Para Maia, o resultado do segundo turno, caso ocorra, será “imprevisível”. “Ocorrendo a votação, ela terá a mesma dificuldade que o governo teve no 1º turno”, disse em declaração à CNN.

Ainda, alguns partidos, como o PDT de Ciro e o PSDB articulam mudar a orientação da bancada para o voto contrário à proposta. “Eu acho que de fato o governo vai conseguir avançar alguma coisa, mas acho que a probabilidade de se tirar votos daqueles que votaram [a favor da PEC] no 1º turno também não é pequena. Nós teremos certamente, se a votação ocorrer amanhã, um resultado imprevisível em relação à vitória ou não do governo no segundo turno”, continuou.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador