Tebet entra em disputa pela presidência do Senado e reduz chances de Renan

Senadora comunicou que é pré-candidata e que partido deve “absorver o recado das urnas, que clamou por renovação na política”
 
Foto: Agência Senado
 
Jornal GGN – Para conseguir presidir pela quinta vez o Senado, Renan Calheiros (AL) terá, primeiro, que ultrapassar outra barreira dentro do próprio partido, a colega e líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS).
 
Segundo informações da Folha de S.Paulo, a senadora comunicou a decisão de concorrer às eleições para o Senado ao presidente nacional do MDB, Romero Jucá, nesta segunda-feira (21). “Devemos absorver o recado das urnas, que clamou por renovação na política e, consequentemente, no Senado”, argumentou Tabet. 
 
Os senadores emedebista vão se reunir para votar qual nome do partido irá para a disputa dia 29 de janeiro, três dias antes da eleição, prevista em 1º de fevereiro.
 
Outras candidaturas em discussão na Casa são Major Olímpio (PSL-SP), Tasso Jeiressati (PSDB-CE), Davi Alcolumbre (DEM-AP),  ngelo Coronel (PSD-BA), Esperidião Amin (PP-SC) e Álvaro Dias (PODE-PR). 
 
O nome mais forte dentro do MDB, até o momento, é o do senador Renan Calheiros. Ainda nesta segunda, ele que não pretende concorrer à Presidência do Senado, mas tem se movimentado nesse sentido. 
 
Após o resultado da última eleição, determinando a vitória de Bolsonaro e a nova composição no Congresso, o parlamentar mudou o tom do discurso, dizendo que é preciso “ajudar o governo e fazer as mudanças de que o país precisa”.
 
Mais recentemente, o senador utilizou suas redes sociais para aderir ao perfil dos eleitores do presidente: “Quando a sociedade muda os costumes, o Parlamento tem que atualizar as leis. Muitos itens da pauta de costumes do Bolsonaro eu vou ajudar”, disse.  
 
Renan, que foi um dos principais críticos no Senado às reformas econômicas do governo Michel Temer, também amenizou sua posição à pauta liberal do novo governo, e se mostrou disposto a se alinhar ao ministro da Economia, Paulo Guedes. 
 
Pesa contra o senador carregar o símbolo da velha política. Ele já foi alvo de 18 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (nove foram arquivados) e tem o nome incluído nos processos da Lava Jato. 
 
Por essa razão, corre o risco de a nova composição do Senado evitar o voto nele para transmitir à população que os tempos são outros. Vale destacar que, metade dos deputados federais eleitos em 2014 conseguiu se reeleger na última eleição. No Senado, dos 32 que tentaram a reeleição, apenas oito parlamentares conseguiram, entre eles Renan. 
 
O presidente Bolsonaro preferiu, até agora, não manifestar preferência. Na Câmara dos Deputados, seu partido anunciou apoio a Rodrigo Maia (DEM-RJ), já no Senado, o  PSL tem um candidato próprio: Major Olímpio. 
 
Ainda, segundo informações da Folha, nesta terça-feira (22) Renan voltou à Brasília para iniciar uma série de conversas pessoalmente, com pretensão de agendar um novo encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes. 
 
 
Redação

3 Comentários

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  1. Quem Avisa Amigo É

    Nassif: esses VerdeSaúva só podem tá brincando. Por problema de suposta “corrupção” querer torcar o Hôme-das-Alagoas pela SenhoritaPig e trocar nada por coisanehnuma. Já desbloquearam aquela bronca licitatória dela em Três Lagoas? Tudo bem que a supeita é que o desvio foi pra financiar campanha. Coisa que até EliotNesseTupiniquim (desde que não seja do PT) hoje recomendaria.

    E como ficou aquela “suspeita de excessivos”, na AGU?

    Mas, independente disto, o candidato que se prepare. Dizem que se ela vier com metada da virulência com que atuou no impedimento da presidenta Dilma ele sai algemado do Senado. 

  2. E desde quando a senadora Tebet faz parte da nova política?

    Não passa de uma veterana golpista no senado.  Ainda prefiro o Renan. Se ninguém é perfeito, pelo meno ele é corajoso e fala verdades.

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