Na noite desta quarta-feira (7), o Senado aprovou o texto-base da PEC da Transição. No formato atual da proposta, a previsão da ampliação do teto de gastos está em R$ 145 bilhões em 2023 e 2024.
Além disso, o documento libera R$ 23 bilhões ao Governo Federal em caso de arrecadação extraordinária de recursos. Ainda, a PEC prevê a utilização por parte do Tesouro de cotas do PIS/Pasep que estejam paradas há 20 anos, no mínimo. Segundo a Caixa Econômica Federal, o montante dessa verba hoje está em R$ 24,6 bilhões.
O Senado também juntou no texto aprovado outras emendas que aumentam o número permitido a ser gasto. Dessa forma, o valor total liberado ao futuro Governo Lula é de mais de R$ 200 bilhões.
Por outro lado, a PEC também prevê o estabelecimento de nova âncora fiscal, que substitua o teto de gastos, até agosto do ano que vem.
Desafio político ao PT e próximos passos
No Senado, o primeiro turno da votação da PEC da Transição teve placar de 64 a 16 pela aprovação. Na segunda rodada, 64 a 13. O grupo de Lula precisava de pelo menos 49 para conseguir passar o texto.
Segundo informações da imprensa e interlocutores do gabinete de transição, o Partido dos Trabalhadores colocou prazo de quatro anos de duração da ampliação do teto de gastos já prevendo desidratação quando chegasse ao Congresso Nacional, como de fato ocorreu.
Após a vitória dos petistas no Senado, agora a PEC vai para a Câmara dos Deputados, onde ela precisa de pelo menos 308 votos para ser aprovada.
Promessas de campanha
A PEC da Transição tem por objetivo garantir que Lula cumpra promessas feitas durante a campanha nas eleições de outubro.
A principal preocupação é manter o Auxílio Brasil, que será rebatizado de Bolsa Família, em R$ 600, além de valor adicional de R$ 150 por cada criança de até seis anos de idade. Pelo orçamento enviado por Jair Bolsonaro, o pagamento no ano que vem da assistência social será de R$ 405.
A Proposta de Emenda à Constituição também busca viabilizar os programas Farmácia Popular e Minha Casa Minha Vida, que será reinstituído pelo petista.
LEIA MAIS:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.