Jornal GGN – A cada dois dias, dobra o número de casos de coronavírus confirmados no Brasil. Na Itália – que registra mais de 2 mil mortes e já começa a discutir quem viverá ou morrerá por falta de leitos em UTI – os números dobraram em um período de tempo maior, de 5 dias.
Em Cingapura, considerado um dos países que melhor tem enfrentado o avanço da doença, os casos de COVID-19 dobram a cada 10 dias. A média é a mesma no Japão. Na Coreia do Sul, os casos dobram a cada 15 dias.
Na Espanha, o número dobra a cada 3 dias. Nos Estados Unidos, a cada 5 dias. Em Portugal, o dobro é atingido diariamente. Na China, onde supostamente começou a epidemia, os casos agora dobram a cada 35 dias.
Os dados sobre o Brasil, embora ainda incipientes, são da Organização Mundial da Saúde e foram atualizados no dia 16 de março. Estão disponíveis neste site aqui, vinculado à Universidade de Oxford.
A instituição de ensino lançou há poucos dias um estudo ainda não verificado que projeta o número de mortes no Brasil por coronavírus. Serão mais de 470 mil óbitos, caso as autoridades não adotem as medidas de segurança necessárias.
De acordo com o Ministério da Saúde, no final desta terça (17), o Brasil registrava 291 casos confirmados de COVID-19, e há mais de 8,8 mil sob suspeita. A pasta trabalha com dado diferente da OMS, com o número de casos dobrando no Brasil a cada 3 dias, segundo informações do UOL.
Em São Paulo, foi confirmada a primeira morte por coronavírus. A vítima tinha mais de 60 anos, estava internada em hospital privado desde o dia 14/3. Cardíaca e diabética, apresentou os primeiros sintomas ainda no dia 10/3. Veio à óbito do dia 16/3.
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EUA preparados há tempos… vide caixoes da FEMA.
Como o clima vai espalhar o coronavírus numa simulação de um investigador português
Miguel Bastos Araújo, especialista em alterações climáticas, fez uma simulação para perceber como se propagará o Covid-19 mês a mês, segundo o clima. Veja o mapa (gif animado) que mostra a evolução
A incidência de coronavírus deverá continuar a afetar gravemente o sul da Europa – incluindo Portugal – durante os meses de março e abril, reduzindo-se progressivamente sobretudo a partir de finais de maio e até outubro. Essa é uma das conclusões de um modelo desenvolvido por Miguel Bastos Araújo, biogeógrafo especialista em alterações climáticas (vencedor do Prémio Pessoa 2018), e de Babak Naimi, da Universidade de Helsínquia.
O trabalho dos dois investigadores aguarda publicação numa revista científica, mas o português divulgou já algumas conclusões no seu site, incluindo um gif que mostra a propagação do vírus de acordo com o clima. “Estes resultados têm tremendas implicações para a gestão do risco pelos setores público e privado”, escreve Miguel Bastos Araújo.
https://visao.sapo.pt/visaosaude/2020-03-13-investigador-portugues-calculou-a-propagacao-do-coronavirus-de-acordo-com-o-clima/