Cristiano Carvalho aponta dois grupos disputando compra de vacinas

Depoimento à CPI da Pandemia sinaliza que grupo chefiado por militares e grupo de pessoas ligadas ao Centrão negociavam vacinas no Ministério da Saúde

Representante da empresa Davati Medical Supply, Cristiano Alberto Hossri Carvalho. Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Jornal GGN – O depoimento de Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, à CPI da Pandemia confirmou as suspeitas dos senadores de que dois grupos atuavam dentro do Ministério da Saúde pela negociação das vacinas contra covid-19.

“Havia dois caminhos dentro do ministério, aparentemente — um era via Elcio Franco (ex-secretário-executivo), e um era via Roberto Dias (ex-diretor de Logística) —, e um não sabia do outro”, disse Carvalho. Segundo o jornal Correio Braziliense, as suspeitas levam para um grupo formado por militares e outro composto por pessoas ligadas a partidos do Centrão.

Entre os citados pelo representante da Davati no depoimento, estão Guilherme Filho Odilon – que, segundo o cabo Luiz Paulo Dominghetti, foi quem o apresentou ao tenente-coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística, que o apresentou a Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde.

Em meio a essas conversas, houve uma busca direta pelo ex-secretário Elcio Franco, que contou com a participação do Instituto Força Brasil, comandado pelo tenente-coronel Helcio Bruno de Almeida.

“Havia um núcleo de agentes políticos e agora um núcleo militar numa briga interna para a compra de vacinas. Mas não no sentido de conseguir vacinas para colocar no braço da população. Mas para fazer qualquer tipo de negociação, de negociata”, disse a senadora Simone Tebet (MDB), de acordo com a Agência Senado. “Tudo nos leva a crer que são brigas de quadrilhas: atravessadores e agentes que queriam vender vacinas sem saber sequer se tinha”.

Redação

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