Jornal GGN – Para 58% dos brasileiros, o impeachment da presidente Dilma Rousseff não irá resolver os problemas econômicos e políticos do país, e apenas 35% acreditam que a cassação do mandato da presidente pode solucionar estes problemas. Segundo pesquisa CUT/Vox Populi, embora 57% sejam favoráveis ao impeachment, 50% acham que a oposição está sendo oportunista. O vice-presidente Michel Temer é avaliado negativamente por 61% dos entrevistados, e 49% deles acreditam que o processo de impedimento é uma vingança do deputado Eduardo Cunha.
A pesquisa também revela que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado o melhor presidente que o país já teve, avaliação de 45% dos entrevistados. Fernando Henrique Cardoso aparece em segundo, com 15%. O presidente da CUT, Vagner Freitas, acredita que a pesquisa mostra que os brasileiros estão divididos em relação ao processo de impeachment.
Da CUT
Para a grande maioria dos brasileiros (58%), o Golpe de Estado em curso no Brasil não é a solução para os problemas econômicos e políticos do país. Apenas 35% acham a cassação do mandato da presidenta Dilma Rousseff resolve os problemas.
A pesquisa também apontou que, embora 57% dos entrevistados sejam a favor do impeachment, 50% acreditam que a oposição está sendo oportunista e se aproveitando do desgaste do governo para tirar Dilma do poder, sem pensar que isso pode aumentar as dificuldades do Brasil. Também chama atenção o alto índice de reprovação ao vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), líder do golpe. 61% dos entrevistados avaliam Temer negativamente e, para 49% dos entrevistados, o processo de impeachment que está tramitando no Congresso Nacional é vingança do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados.
Já o ex-presidente Lula, apesar do massacre midiático que vem sofrendo nos últimos meses, continua sendo avaliado como o melhor presidente que o Brasil já teve. Essa é a avaliação de 45% dos entrevistados. Em fevereiro esse índice de 40% e em dezembro de 2015, de 44%. O segundo colocado é FHC, com 15%.
Para o presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, os resultados da pesquisa mostram que os brasileiros estão absolutamente divididos quanto ao processo de impeachment e sabem que as questões mais importantes para a classe trabalhadora, como reaquecimento da economia e geração de emprego e renda não serão resolvidas pelos golpistas. Muito pelo contrário, vão piorar.
“Numa sociedade democrática, sem apoio social, nenhum deputado ou senador embarcaria na aventura de cassar o mandato de uma presidenta eleita democraticamente que não cometeu nenhum crime.” Para Vagner, os/as trabalhadores/as e a sociedade em geral, querem mudanças na agenda da economia, geração de emprego decente, manutenção de programas sociais e não propostas como as que vêm sendo feitas pela oposição, como acabar com a valorização do salário mínimo e a reforma da previdência. “A turma do Temer só fala em arrocho salarial e sacrifício para a classe trabalhadora. E isso os trabalhadores não vão concordar nunca.”
A pesquisa CUT/Vox Populi mostra que a divisão dos brasileiros em torno da possível cassação do mandato de Dilma não está apenas nos que são pró e contra o impeachment ou quanto aos benefícios ou prejuízos do golpe para o Brasil, para a classe trabalhadora e toda a sociedade. Os brasileiros estão divididos também quanto ao oportunismo dos parlamentares, quanto ao comportamento do “quanto pior melhor”, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) adotou desde que perdeu as eleições no ano passado e quanto à insegurança sobre o futuro do país.
Oportunismo da oposição
Metade da sociedade, exatos 50% contra 45% registrado em dezembro de 2015, acredita que a oposição está sendo oportunista, se aproveitando do desgaste do governo com a crise econômica para tirar Dilma do poder. Isso, sem pensar que o golpe vai aumentar as dificuldades do Brasil. Já 41%, contra 39% de dezembro, acham que a oposição está apenas fazendo seu papel e que a saída de Dilma vai ajudar o Brasil a resolver seus problemas.
Aumentou também o percentual dos que criticam o oportunismo de Aécio e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para 57% dos brasileiros, Aécio e FHC só pensam nos seus próprios interesses quando apoiam o impeachment, pois não aceitaram a derrota eleitoral de 2014 e querem assumir o poder a qualquer custo – em dezembro o índice era de 49%. Outros 33% acham que eles estão pensando no Brasil e fazendo o que é correto – em dezembro o percentual era de 34%.
Ao contrário da certeza absoluta dos grandes meios de comunicação, a população está dividida e não sabe se Dilma será ou não afastada do cargo na votação do impeachment. O percentual dos que acreditam que Dilma será cassada é exatamente igual aos dos que não acreditam nesta possibilidade – 44%. Outros 12% não souberam ou não responderam a pergunta ‘Dilma sofrerá um impeachment?’. Em dezembro de 2015, 46% não acreditavam no impeachment contra 39% que acreditavam que Dilma seria cassada.
A maneira distorcida como a mídia trata o processo de impeachment também parece confundir a população. Metade dos brasileiros não sabe que para cassar um mandato é preciso haver um crime e que só provando que Dilma cometeu um crime, o Congresso Nacional poderia iniciar o processo.
E, mais uma vez, a pesquisa CUT/Vox Populi revela que a crise econômica reflete na opinião da população sobre a cassação da presidenta. Para 50% dos brasileiros, o fato de Dilma não fazer um bom governo justifica o impeachment. Para 43% dos entrevistados, não é razão para golpe o governo ser ruim.
Para 45% dos entrevistados, a presidenta Dilma sairá fortalecida se não houver impeachment. Para 29% enfraquecida e para 20%, fica igual está agora. Os percentuais são muito parecidos com os de dezembro de 2015, como mostra relatório anexo.
A desinformação causada pela mídia que tem interesse no golpe e age como partido político distorce a história e confunde a população. Por isso, 36%, o impeachment é anti-democrático, é um golpe. Para 52% não é um golpe.
Para o presidente da CUT, esses dados reforçam o papel manipulador da mídia.
AVALIAÇÃO DE MICHEL TEMER, O VICE-PRESIDENTE, UM DOS CHEFES DO GOLPE
61% dos entrevistados avaliam Temer negativamente e 33% positivamente. Em dezembro de 2015 a avaliação negativa era de 47% e a positiva de 41%.
VINGANÇA DE CUNHA
Para 49% dos entrevistados o processo de impeachment é vingança do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, réu em processo no Supremo Tribunal Federal. 28% discordam desta afirmação, 13% não concordam nem discordam e 10% não souberam ou não quis responder.
NORDESTE CONTRA O IMPEACHMENT
O maior percentual de pessoas contra o golpe foi registrado no Nordeste, onde 54% são contra e 40% favoráveis. Já no Centro Oeste/Norte foi registrado o maior percentual a favor do golpe – 65% a favor e 28% contrários. Em seguida, veem Sudeste, com 63% a favor e 32% contra; e, Sul, com 62% a favor e 33% contra o golpe.
PESQUISA
Os dados são da pesquisa feita pelo Instituto CUT/Vox Populi, que foi às ruas entre os dias 9 e 12 de abril avaliar sentimentos e opiniões dos brasileiros do campo e da cidade, a respeito do processo de impeachment contra a presidente Dilma que deve ser votado no próximo domingo, dia 17, na Câmara dos Deputados, e, se aprovado, seguir para o Senado.
Foram ouvidas 2 mil pessoas com idade superior a 16 anos, em todos os estados, exceto Roraima, e no Distrito Federal, de áreas urbanas e rurais de 118 municípios das regiões Centro Oeste/Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.
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Como somos ingênuos…
O Golpe de 64 TAMBÉM NÃO RESOLVEU OS PROBLEMAS DO PAÍS!
Mas, resolveu o “problema” de pessoas QUE SE ENRIQUECERAM ou multiplicaram suas fortunas…
Acham que estão dando o golpe par acabar coma corrupção ou consertar o pais!
Santa ingenuidade batman…
Qual foi o melhor
Qual foi o melhor investimento dos golpistas de 1964, inclusive dos EUA? A Globo, esta máquina de emburrecer.
Mas não é mesmo.
E apenas o
Mas não é mesmo.
E apenas o primeiro passo.
De agora em diante nenhum presidente vai fraudar as contas píblicas,as chamadas pedaladas.
O petrolão não vai mais acontecer pelo menos na mesma dimensão.
Que empresario e politico vai aceitar participar de esquemas de poder pódendo ser preso?
Diversão tática
A relação entre corrupção e a necessidade de afastamento de Dilma é uma construção discursiva realizada para mobilizar uma certa classe média, atordoada pela aparente perturbação da lógica do privilégio (https://www.diagonalperiodico.net/global/29753-dia-la-derecha-gano-la-calle-brasil.html).
Ela é, antes de mais nada, o argumento central do jogo discursivo da direita.
Acontece que o jogo não para aí. Essa construção, por si só, não é eficiente em termos políticos. Ela é apenas indutora de um estado de ânimos. E esse estado de ânimos não vicejaria se não houvesse terreno fértil.
Esse terreno foi adubado pela política econômica de Dilma. Nesse sentido, ela (e apenas ela!) é a maior responsável pela criação das condições de fundo para sua própria derrubada.
Mas falta ainda uma perna nessa equação, a das condições institucionais. Nesse sentido, o golpe em andamento só se torna exequível porque o Congresso se conforma não mais que como uma massa de oportunistas que fareja o poder, e onde as ideias não são mais que acessórias a uma pragmática suficiente do poder que as torna transitáveis.
Esse congresso macunaímico, sem nenhum caráter, é fruto da renúncia a fazer política que o PT abraçou, crendo que a gestão da máquina executiva era suficiente — algo que poderíamos chamar de “a miragem do lulismo”.
Moral da história: a direita valeu-se de um blefe, maciçamente alimentado pela mídia, que colou por conta de condições conjunturais extremamente favoráveis (é bom lembrar que, com essa mesma mídia, há quatro anos atrás nada disso colava), e que serviu como aríete para um processo de afastamento da presidente que se torna viável e factível por conta da conformação característica do Congresso.
Nesse quadro, o STF apenas vai a reboque. Que ninguém espere dele o protagonismo de quem julga conforme regras formais. O STF é apenas mais um poder que se prostitui às circunstâncias.
Daqui a 3 meses
Daqui a 3 meses vai subir para 85% (0s outros 15% são a elite que vai se beneficiar do golpe).
So não quero ouvir lamurias desse pessoal que apoia golpe na democracia como forma de resolver problemas economicos sociais.