Jornal GGN – Brasília amanheceu neste domingo (3) com um grupo de jovens bolsonaristas, mobilizados por lideranças de extrema-direita como a ex-feminista Sara Winter, acampados e recebendo “treinamento de guerrilha”, em plena pandemia de coronavírus – quando as autoridades sanitárias recomendam distanciamento social.
No Twitter, a deputada bolsonarista Bia Kicis afirmou que o acampamento foi realizado “sem líderes, sem movimentos, só o povo mesmo”. Mas as imagens divulgadas pela parlamentar levantam uma teoria em sentido oposto.
É que as barracas montadas no acampamento são todas iguais, e coincidentemente são vendidas nas lojas da rede Havan, do bolsonarista Luciano Hang.
Internautas agora questionam se os jovens bolsonaristas aproveitaram uma promoção, ou se a Havan decidiu patrocinar o acampamento em plena pandemia.
Espontaneamente todos com a mesma barraca vendida na loja de um militante Bolsonarista, sem liderança, é claro. pic.twitter.com/G2fA3uhPtI
— Rubinho Nunes (@RubinhoNunesMBL) May 3, 2020
Engraçado que o “acampamento” que Bia Kicis (Deputada do PSL e bolsominion) chamou de “Sem líderes, sem movimentos, só o povo mesmo” estão usando a MESMA BARRACA DA HAVAN.
Serasse foi uma promoção? pic.twitter.com/8W80wCpTlr
— Edson de Carvalho (@EdCarvalho1994) May 3, 2020
Lançando dúvidas sobre o patrocínio da Havan, um seguidor de Bolsonaro nas redes sociais respondeu com outra informação: a de que a loja virtual da rede Extra também comercializa o mesmo tipo de barraca.
O Supremo Tribunal Federal autorizou no final de abril a instauração de um inquérito para apurar manifestações que ocorreram há algumas semanas, a favor da intervenção militar e pelo fechamento das instituições da República.
O financiamento de tais movimentos – que contam com carros de som e outros aparatos – devem entrar na mira dos investigadores.