Oposição articula processo de impeachment para terça

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O impeachment da presidente Dilma Rousseff está articulado pelos opositores do Congresso na próxima terça-feira (13), divulgou a Folha. Adversário do Palácio do Planalto, ainda que tenha sinalizado que a palavra final do Legislativo sobre o julgamento pelo TCU das contas de 2014 da presidente deverá ser concluída somente no próximo ano, Eduardo Cunha anunciou que terça falará sobre o pedido de afastamento escrito pelo jurista Hélio Bicudo.
 
A orientação técnica da Câmara dos Deputados manifestou-se pelo arquivamento do principal pedido de impeachment da Casa, assinado pelo ex-petista e também por Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso. Mas os partidos de oposição pressionam para que Cunha dê sequência ao pedido de afastamento, considerando a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU).
 
A oposição, demonstrada pelos 20 parlamentares que assistiram da primeira fileira o julgamento do TCU, deixou claro que não irá esperar a ratificação da rejeição das contas pelo Congresso. Para os líderes dessas bancadas, a votação unânime dos ministros pela reprovação das contas, com base em um relatório produzido por vários auditores, é suficiente para o pedido de impeachment. 
 
Se Cunha aceitar o pedido de Bicudo e Reale, uma comissão especial precisará analisar a petição e dar um parecer ao plenário. Para a presidente Dilma ser afastada, pelo menos 342 dos 513 deputados precisarão votar pela abertura do processo de impeachment.
 
Se Cunha arquivar, os líderes da oposição irão apresentar um recurso ao plenário, uma estratégia combinada com o peemedebista para lhe tirar o peso único da responsabilidade pela medida. Mas mesmo o recurso necessita do voto da maioria dos presentes na sessão.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

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  1. Bom, aí eu volto para o

    Bom, aí eu volto para o assunto de um post de ontem e até de um comentário que já fiz hoje: como eu gostaria de ver o Congresso cercado de Urutus e um bando de gente saindo direto para dentro de ônibus-camburões!

  2. Correr antes de ser atropelado

    Cunha está com os dias contados. Ninguém de seu grupo é tão cara de pau, charlatão, mau carater e bandido a ponto de dar continuidade ao seu projeto. Sem ele a turba fica perdida. Porém, há duas vertentes: A do PSDB , liderada pelo boyzinho cheirador e a do Cunha. O primeiro acha que é presidente de fato e quer o cargo para massagear o seu ego mimado. O segundo quer dinheiro, poder ,pouco se importando com o que vier a acontecer. As circunstâncias os uniram , mas os interesses são diferentes. Com outro partido governando, sem a sanha da imprensa e do Poder Judiciário e Tribunais administrativos, Cunha perderá o poder de coação, que é o que ele mais faz: coage, chantageia , ameaça e tudo que há de mal. Para ele interessa a Dilma no poder , pois é um governo enfraquecido e que dependeria do apoio das bases sociais , que nunca se movimentaram corretamente, pois também não enxergam muito além de seus próprios umbigos.  

     

  3. Ausências e depoimento

    A interessante palestra ontem do ex–ministro da defesa Nelson Jobim em Comissão do Senado Federal, onde disse com todas as letras que tirar Dilma da presidência, hoje, é um tiro no pé do PSDB. Elucubrações à parte, disse que, em hipótese de novas eleições, e, digo eu, o Senador ébrio ganhar, por óbvio, aí segundo ele, Jobim, não seria reeleito em 2018. É mais “vantajoso’ manter a Dilma e ganhar em 2018. Vi um Senador do PSDB Tasso alguma coisa sair bem pensativo.

    Outro detalhe dos bastidores do poder ontem foi às ausências durante todos os julgamentos do Gilmar, do Toffoli e do Celso de Mello. Com certeza estavam a avaliar entre outras coisas a pedalada judicial do Gilmar em relação ao Eduardo Cunha que levou só nove anos para comprovar–se verdadeira.

  4. Todas as semanas é a mesma

    Todas as semanas é a mesma conversa. Já perderam a credibilidade.
    Até quando a população aguentará essa mesma ladainha, que não passa de um artifício para desgastar o governo? Acho que a queda constante de audiência da globo é bem sintomática do cansaço geral em relação a essa conversa mole pra boi dormir de um bando de golpistas e picaretas do Congresso Nacional.

  5. Perguntinha ingênua: com que

    Perguntinha ingênua: com que moral essa oposição de meia-tigela vai pedir o impeachment da presidente Dilma? Aécio Neves, Paulinho da Força, Aloysio Nunes, Ronaldo Caiado, Roberto Freire, José Serra, Fernando Henrique Cardoso e tutti in quando, mais sujos que pau-de-galinheiro, tem estofo moral para defenestrar qualquer coisa? 

    Moral, talvez, dos presídios, dos cabarés, da bandidagem organizada e desorganizada. 

    1. Por tudo o que estes

      Por tudo o que estes nominados já aprontaram, ter ou não moral,  “NÃO VEM AO CASO”

      O PIG apoia e a vida segue. Triste realidade…….

  6. ATENÇÃO COXINHAS E LACERDINHAS GOLPISTAS

    Com o parecer do TCU, os golpistas estão eufóricos e pensando: agora o impeachment sai. Não, não sai se existir justiça neste país, como exposto a seguir.

    A UMA: em tese, o impeachment só será viável se o Congresso Nacional rejeitar as contas.

    A DUAS: se ficar comprovado que a Presidenta cometeu o crime de responsabilidade fiscal, que exige para sua configuração os seguintes requisitos: 1) DOLO, ou seja que a Presidenta determinou as tais “pedaladas”, ou delas teve conhecimento e não as impediu de serem realizadas; 2) que a Presidenta ou terceiros se locupletaram indevida e ilegalmente do dinheiro repassado aos beneficiários dos programas sociais.

    A TRÊS: mesmo que ocorra as hipóteses acima, o impeachment não pode ser levado adiante, porque as ditas “pedaladas” aconteceram em mandato anterior da Presidenta.

    Todavia, se o Congresso Nacional, ao arrepio da Lei e da Constituição Federal, decidir pela instauração do impeachment, o STF – com votos contra de Gilmar Mendes e de Dias Toffoli – com certeza, mandará arquivar o processo.

    Portanto, os coxinhas e os lacerdinhas golpistas demotucanos podem esperar a deposição da Presidenta na sombra.

  7. Carta ao deputado Eduardo Cunha

    Querido Deputado, nós, um grupo de amigos, vamos fazer uma abaixo assinado para o Janot desconsiderar essas “pequenas” denúncias que existem contra você. Mas numa condição: você escolhe um lugar fora do Brasil para gastar todo o dinheiro que você ganhou ao longo de  toda a sua vida, licita ou ilicitamente, e vai morar nele. Eu mesmo estou disposto a pagar um imposto exclusivo (1% do meu salário bruto, por exemplo) para manter você difinitivamente fora do Brasil e vivendo da maneira mais nababesca possível. Já que ninguém aqui tem peito de lhe prender pelos ” pequenos delitos” que o Janot diz que você cometeu, eu acho que nós, brasileiros, teríamos um lucro extraordinário se você aceitasse essa minha proposta. Só o fato de nunca mais ouvir falar no seu nome já seria um alívio muito grande para o nosso espírito.

    Existe lugares paradisíacos no mundo inteiro, sabia?. Principado de Mônaco é um deles. Tem cerca de 2 km quadrados e 35 mil habitantes. E é lindo!. E então, topa?

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