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[Nota do Editor – a matéria no UOL, de Rubens Valente, trata de Anita diferente da retratada na crônica. A pessoa objeto da reportagem da UOL é a Sra. Anita Louise Regina Harley, cuja história tem origem completamente diversa de Anita Elisabeh Lundgren, falecida em 1987, esta sim ligada à família de Poços de Caldas, e que nunca ocupou qualquer cargo na Pernambucanas.]
Leio na UOL reportagem de Rubens Valente sobre Anita Lundgren, a herdeira das Casas Pernambucanas, há dez anos em coma, após um AVC. É uma história complexa, com desdobramentos jurídicos.
Mas me traz à memória os Lundgren em Poços de Caldas. Os dois irmãos herdeiros das Casas Pernambucanas conheceram por lá as duas filhas de alemães, do dono do Hotel Floresta, moças trabalhadoras que encaravam a cozinha e a limpeza dos quartos do hotel.
Casaram-se, os dois irmãos com as duas irmãs. E construíram uma baita mansão em uma rua que dava, nos fundos, para a Vila Pinhal, construída no início do século pelo Conde de Pinhal, da família dos Arruda Botelho. Como sinal dos novos tempos, a Vila foi desmontada, para que os Lundgren pudessem ampliar seu quintal.
Eram fregueses da Farmácia Central, Salva Sempre, do meu pai Oscar Nassif. E pessoas acessíveis, que passavam de vez em quando pela farmácia para conversas sobre temas gerais.
Com 10 anos ganhei uma bicicleta Caloi e, nas férias, levava remédios que os fregueses encomendavam pelo telefone. Uma das entregas foi na casa dos Lundgren e rumei para lá cheio de esperança no tamanho da gorjeta. Ela veio magra.
E nem conto o que era o prestígio das Pernambucanas na época. Ser gerente das Pernambucanas dava quase tão status quando gerente do Banco do Brasil.
Apesar de aparecerem apenas nas férias (que a gente chamava de temporadas), os Lundgren eram integrados à vida local. Anita era considerada a mais rebelde dos filhos, o que poderia explicar sua liderança posterior, conduzindo com sucesso as operações das Pernambucanas em São Paulo até ser vitimada pelo AVC.
Em algum momento dos anos 60, os Lundgren procuraram minha tia Rosita, pedindo autorização para convidar minha prima Rosa Maria a acompanhar Anita, em seus estudos na Suiça – originalmente, os Lundgren eram suíços -, supostamente para ajudar Anita a andar na linha. Morremos de rir, porque Rosa era a mais rebelde das primas. De qualquer modo, o convite não foi adiante. Preciso reencontrar as primas para reconstruir a história.
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Parabéns pelas histórias que você sempre nos brinda Luiz Nassif. E nos enriquecendo com lembranças de um passado recente.
Conheci uma mulher que se dizia herdeira da Casas Pernambucanas, ela frequentava a casa do místico ilusionista Thomas Green Morton, nas redondezas de Pouso Alegre e Santa Rita do Sapucaí.
Ela costumava aparecer pela cidade acompanhada de Baby e Pepeu, outros frequentadores assíduos e uma vez nos encontramos todos no restaurante O Caipira, em Pouso Alegre.
Parabéns Nassif pela bela história!
Também sou de Poços de Caldas, lembro bem da Farmácia Central e conheci razoavelmente bem os Lundgren de lá.
Me permita algumas correções dos fatos históricos, a Sra Anita (HARLEY) ao que o Sr se refere, que se encontra internada a vários anos, NÃO é a mesma Anita (Lundgren Altenburg) ao que o Sr se refere como sendo do ramo de Poços de Caldas. Se traram de pessoas diferentes.
A Anita LUNDGREN de Poços de Caldas, neta do proprietário do Hotel Floresta, faleceu relativamente jovem na década de 90. Ela nunca foi estudar na Suíça…
A origem da familia LUNDGREN é SUECA e NÃO SUÍÇA, como o Sr menciona.
Suecos
Nassif, esssa Sra Anita, por acaso, é a mesma, sobre a qual, saiu recentemente uma matéria no UOL/Folha, a respeito de uma decisão judicial, que impedia a continuidade da relaçaõ desta Sra. Anita com sua cuidadora, que durante toda a sua vida laboral, foi sua secretária, e que agora estaria sendo dispensada ?
Depois de ler e reler a matéria do Nassif, descubro que as duas Anitas, tiveram vida diferentes, apesar de ambas serem da família lundgren.
Ola, essa que está no hospital sírio libanes, peço a ela sempre que lembro pra que Deus a acorde , e dê um novo propósito de vida a ela, no amor de Cristo