Crônica de um roubo de um sonho!, por Rogério Maestri

 

Está provado por A mais B que Lula e Dilma claramente roubaram, e roubaram uma parcela da população, roubaram sonhos de manterem seus direitos adquiridos durante séculos por esta parte da sociedade, e por isso estão gritando, batendo panelas e fazendo o que geralmente o populacho faria, indo para as ruas para protestar contra estes ladrões, estes ladrões de sonhos e virtudes.

Ver senhoras bem vestidas ir às ruas com faixas e cartazes, ouvir de cidadãos de fino trato palavrões ditos insistentemente e atitudes agressivas contra possíveis opositores perigosos como damas de vermelho com idade avançada, prova que algo de muito grave foi feito por esta dupla de meliantes.

Atitudes grosseiras, palavrões na frente de crianças, gestos indecentes, e pior de tudo, uma fisionomia que se transforma quando fala o nome de um destes ladrões, comprova que algo de grave foi feita contra uma parte da sociedade, e este roubo este assassinato de uma esperança foi perpetuado pela gangue do PT.

Seria este roubo a retirada de uma pequena parte do patrimônio da Petrobras, talvez não, pois quando se rouba e se desvaloriza algo que não achamos importante e que com uma simples mudança de um esse para um xis torna-se vendável de dispensável para o povo e para o país. Uma Petrobrax é algo que pode ser vendido a qualquer um, afinal a ruptura do nome com a Terra Brasilis, torna-a mais fácil a passagem das ações da Bovespa para Wall Street, logo não é por aí.

Corruptos na política, ladrões nas empresas de construção ou em qualquer lugar que seja não é mais novidade, se fosse um roubo à bolsa ou na carteira de qualquer um, talvez a indignação e o sentimento de impotência ao ser privado mesmo de um pequeno valor justificaria toda esta indignação.

Mas uma corrupção que passou impune durante décadas e só foi encontrado porque um doleiro foi lavar o seu carro a jato, é algo para ser esquecido e incorporado à memória dos imensos desfalques feitos no dinheiro público. Bilhões aqui, bilhões ali, obras que não andam só servem para criticar os gestores destas obras e procurarem outro que ainda não teve a oportunidade de roubar. Afinal, segundo o discurso geral esta é a terra da corrupção e da impunidade.

Se não foi o roubo que incomoda, e não foi a corrupção logo pode ser uma reação aos fortes princípios morais e éticos que norteiam a sociedade.

Não, talvez não, o grau de tolerância às pequenas, médias, grandes e megas infrações é grande em todos os meios. No passado um roubava mais fazia, era tolerado, mais no presente no mesmo local e no mesmo posto ocupando a mesma cadeira outro roubou, levou o dinheiro para o exterior, quiseram os bancos estrangeiros que estão temporariamente desinfetando suas instalações, mandar o dinheiro de volta, mas ninguém fez questão de recebê-lo.

Um vizinho do andar de cima, quando era síndico usava os empregados do edifício para proveito próprio, mas como ele é simpático, bem falante e tem um belo carro na garagem é seguidamente convidado para jantares e festinhas no condomínio, e talvez umas das suas belas e ricas filhas possa casar com o filho de alguém e lhe proporcionar uma boa vida de madame. Logo a ética e moral é coisa de padres e pastores, e pensando bem nos dias de hoje nem é mais deles.

Retirando o roubo, a corrupção e a ética e o que sobrou para que ilustres senhoras e senhores tenham um comportamento tão inconveniente e tão distante de suas atitudes nos últimos cinquenta anos.

O Júnior! O querido e amado filho, aquele que durante anos a fio a boa Maria lhe tratou tão bem, foi no parquinho quando tinha sol, brincava com seus brinquedos eletrônicos importados de Miami a duras penas e sofrimento quando se passava na alfândega.

Durante seus intervalos de aulas de capoeira, inglês e seções intensas de videogame virando os mais incríveis e fantásticos jogos, até que ele estudava! Algumas vezes a megera de matemática colocou-o em recuperação, mas depois de várias aulas de reforço com professores particulares para compensar as aulas mal dadas ao Júnior, ele conseguiu passar. De forma sofrível, porém como o que conta é o diploma, tudo bem. Aquela professora megera de matemática teve o que merecia, depois do abaixo assinado voltou ao lugar de onde nunca deveria ter saído, a escola pública!

Agora, o amado, querido e desejado Júnior foi roubado. Sim ele foi roubado na sua chance de reproduzir o que há algum tempo a família tinha como direito adiquirido, o acesso a uma boa universidade. Diga-se de passagem de preferência uma boa universidade pública, pois depois de uns dois anos de cursinho talvez o Júnior consiga a entrada no seu curso desejado. Com o canudo teria o futuro garantido como o seu pai, independente do que ele soubesse, pois como todos sabem o importante é o diploma.

Mas agora vêm aqueles dois ladrões de sonhos e retiram a chance de Júnior, e pior mesmo que ele consiga seu diploma quando terminar seu curso haverá milhões de Zeferinos filhos de Marias que estarão concorrendo com este primor de rapaz.

Estes Zeferinos virão de escolas públicas, negros ou brancos encardidos, escolas que cursaram com aquela bruxa de matemática, ela doutrinou-os em comunismo ou em nazismo, tem diferença?

Estes malformados rapazes através das cotas ou dos Prounis da vida, ganharão o mesmo diploma, e como não tem NET em casa e nem conseguem namoradas como o Júnior, que vão fazer mais do que estudar? Que profissional que vai sair daí, conhecerá a Europa ou os Staites somente se aquela tal de Dilma lhe der uma bolsa passeio, são uns verdadeiros parasitas dos que recolhem impostos, vivem de bolsa família, bolsa disto e bolsa aquilo, e as safadas das Marias ainda querem aumento! Para que tanto dinheiro, será que para comprar uma nova TV?

E além do sapo barbudo, para não dizer outro nomes muito feios, que começou tudo isto, aquela, aquela mesmo, ainda insiste em falar em Pátria Educadora com o dinheiro do Pré-sal. Era melhor no lugar de gastar o dinheiro com esta gentalha, vender uma gasolina mais barata, pois afinal das contas a ida até a praia está saindo cara.

Roubaram o sonho de todos, do Júnior, do Sênior, da avó, do avô e de toda a família, somente a vizinha de baixo, aquela comunista, não acha nada de mal, afinal a sua, aquela horrível e desajeitada quatro-olhos estuda como uma desesperada e chegou a chamar o Junior de abostado, só porque ele nunca deu atenção para ela. Puro recalque, devia ir para Cuba.

Maria, pega a panela na cozinha que aquela vai discursar na TV, me traz também a colher de pau, não a nova, a velha, que uso para estas ocasiões.

Redação

15 Comentários

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  1. Cabloco!
    Isto que eg um cabloco bom.
    Quando penso qdo esta turma chegar com mais de 30 anos, olharem para o passado e verem ate onde chegaram com estas oportunidades. Nao sera somente Lula e Dilma mais milhares de lulas fazendo seguir as conquistas e outras revolucoes sociais.

  2. Texto belíssimo. Os ricos da

    Texto belíssimo. Os ricos da elite branca que se manifestaram pelo Brasil não suportam ver os pobres nas suas áreas (aeroportos, universidades, shoppings,…). Tá tudo explicado. E quando não houver mais pobres no Brasil, aí sim teremos uma perseguição continua contra Lula e o PT. Meu Deus, espero que o número de ricos diminua e os de pobres cresçam. Só uma nação de pobres pode realmente dá valor aos petistas.

  3. A editoria gosta de parábolas.

    Talvez por formação religiosa, talvez para diversificar os textos, coloco uma explicação sobre a origem dos protestos, nada, fica no arquivo morto dos posts indesejados, faço uma parábola (sem possuir grandes dotes literários) e ela logo é promovida ao corpo principal.

    Vou ter que reformular o meu modo de pensar (e também a forma de escrever), se não o arquivo morto só aumentará de volume.

    Durma-se com um barulho deste.

      1. Desculpem-me pelos erros de Português, mas faço o possível.

        Terminei meio tarde o texto, revisei-o com olhos cansados, já com olhos atentos é difícil, mas acho que passei alguma mensagem!

        1. Erro de português que veio

          Erro de português que veio para o bem. Gostei de seu neologismo involuntário “abostado”. Esses coxinhas são uns abestados de bosta, de fato. O nível de indigência espiritual dessa parcela da classe média é de esgoto mesmo

  4. RD Maestri
    Leio sempre seus

    RD Maestri

    Leio sempre seus comentários, comungo com a maioria deles, gosto de sua imagem de gaucho, destes brasileiros que amam o seu chão e cultivam suas tradições.

    Nestes tempos difícieis, choro lágrimas pelo Brasil, pelo seu povo, tão carente de conhecimentos históricos e políticos, tão ludibriado pela grande imprensa, que pela enésima vez empunha a surrada e seletiva bandeira da corrupção como cavalo de tróia para abrigar seu projeto entreguista e conservador.

    Que falta faz não lerem nem estudarem o último governo Vargas, nem o periodo pós Janio e queda do Jango, e dizem que as escolas estão aparelhadas!, só se for por uma conveniente ignorância.

    A minha vida foi uma árdua escola, de uma infância em pequena cidade desfrutando de uma condição relativamente confortável, vimo-nos com a morte do pai atirados viver nas próximidades no salário mínimo, amenizados na época pela posse da casa própria. O Estudo era a única saída, morei na casa do avô no Rio de Janeiro, consegui passar numa Universidade Federal, sem fazer cursinho e sempre estudando em escola pública. Fui beneficiado pelo crédito educativo, manutenção que me permitiu comer e comprar livros. Formei-me, enfrentei o desemprego dos anos 80, consegui após breve passagem na Marinha de Guerra, 3 meses, ingressar no Banco do Brasil, onde após 2 anos ingressei na carreira de engenheiro. Exerci a engenharia mais de 25 anos, meu final de carreira foi novamente no Paraná, onde tornei-me Gerente de Engenharia no estado.

    Neste processo vivi, a lei de licitações 8.666, se não me engano do Pres. Itamar, viví o arrocho de 8 anos sem reajuse de salário no Banco do Brasil no governo do notável sociólogo, viví o terrorismo do seu preparo para a privatização, tive colegas que suicidaram-se nos elegantes PDVs, (Plano de Demissão Voluntário), que de voluntário tinham muito pouco. Vivi, os anos de tranquilidade do governo Lula, com a economia reagindo, e o povão melhorando de vida.

    Hoje aposentado, assisto colegas indo a passeata, vejo condôminos, cujos pais trabalham na Petrobras, e os filhos cursam engenharia em escola federais,  utilizaram o “sem fronteiras” para aprimoramento no exterior, engrossarem os Protestos, os panelaços! Quanto analfabetismo político!

    Sou paranaense, da pequena e bela Morretes, no pé da serra, filho de mineiro com carioca, me envergonham certas personagens do meu estado, mas o Rio também teve o “Corvo”, e geralmente o antítodo tem a mesma origem do veneno.

    Um grande abraço, continue escrevendo, você lava a nossa alma.

     

    Paulo

     

  5. O PT roubou meus sonhos

    O PT roubou meus sonhos mesmo. Prometeu mudar paradigmas e o modo de se fazer política e deu no que?

     

    Beijos e abraços em Sarney, Collor, Renan, etc…

     

    Joguei minha estrela vermelha no lixo e me recuso a votar em alguém. Obrigado, PT.

     

    1. Cobra ânimo, Mario!


      Leia com mais atenção o artigo do Maestri. E também o excelente comentário do Paulo de Souza Castro. A luta continua! Não podemos nos conformar com as investidas daqueles que há séculos vêm se locupletando com as riquezas de nosso páis. Estão inconformados com benesses perdidas. À luta !!!

  6. Antes tarde…

    Rogério,

    mais um post bem escrito (não ligue para os erros; ainda mais quando a criação se dá já tão tarde).  Hoje, navegando em busca de material me deparei com uma citação que guarda semelhança; algo como: uma pessoa que lê muito nem sempre é precisa na citação; que uma citação errada é um privilégio da pessoa culta.  Acho que o erro ortográfico ou gramatical segue o mesmo caminho.  Além claro das ocasiões em que ocorre por simples cansaço.

    Obrigada por tua intervenção no Putsch.  Passei só para “retribuir” a visita.  Nada, nada a acrescentar. Abraço. 

     

  7. Me parece que Dilma…

    Hoje, Nassif iniciou o dia com intrigas palacianas…  Ontem um político de peso afirmou que sua carta renúncia estaria pronta – coisa aliás que a oposição já afirmou também.  Mas precisaria?

    Intrigas e vendettas.  Ah, o orgulho ferido!  O tempo é o melhor expositor.

     

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