Crônica para o Dia das Secretárias, por Rui Daher
Neste dia, no Brasil, se comemora o Dia da Secretária. De outros países não sei, mas desconfio, mesmo em datas diferentes, que elas existem por todo o planeta.
Viviane assim começou a trabalhar comigo em uma grande indústria de fertilizantes, em 1995. No início do milênio, quebramos, a empresa e eu, sem ter única ação da empresa. Fomos fulminados pelo processo selvagem de privatização do setor, iniciado nos anos 1990.
Por reconhecer a injustiça do fato que me levou patrimônio e carreira, apesar das várias oportunidades de me abandonar, optou em permanecer comigo. Eu com nossa família, e ela com a dela. Em tudo, somos íntimos amigos. Nos churrascos operados por seu marido, em aniversários, nos polvos e crustáceos preparados pelo seu irmão, ou em festas de aniversário e de fim de ano.
Tanto pertencimento, me fez, embora não de direito, padrinho de seu maravilhoso filho, o engenheiro Filipe.
Hoje em dia, Viviane é sócia legal de meus filhos na empresa C&F Insumos Agrícolas. Fosse a empresa maior, ela seria nossa CEO (Chief Executive Officer), que nome legal não tenho mais. Toca a empresa toda, mesmo quando diverge deste velho executivo, ela tem sempre razão maior.
Não abre, no entanto, mãos de continuar me secretariando e até de cuidadora dessas pernas cada vez mais fracas.
Obrigado, Viviane. Sabes de minhas limitações atuais para presentes, mas a família Daher te ama. Seja feliz em seu dia de tantos afazeres.
Distribuição de riqueza
Chego ao site da revista The New Yorker e encontro um texto com o título “The rich can’t get richer forever, can they”? Em tradução livre: “Podem os ricos continuarem cada vez mais ricos?”
Escreve o artigo Liaquad Ahamed, servindo-se de Milton Friedman e Milanovic. Na linha fina: “A desigualdade vem em ondas. A questão é quando elas quebrarão”.
Vai da escola econômica de Chicago e o neoliberalismo, até Thomas Piketty e seus pesquisadores.
No próximo mês de março, Piketty lançará, em inglês, seu novo livro: “Capital e Ideologia”, onde aposta na sobrevivência do capitalismo, pela “hora de distribuir melhor a riqueza”.
Respondo a Ahamed e Piketty. No Brasil, esqueçam disso, pelo menos, até 2022. Uma gangue burra e espoliativa se apossou do país. O capitalismo será em modos feudais.
Alvo primeiro de Harmônica
Nas inserções aqui, no BRD, prometi a lista dos assassinatos futuros de Harmônica, personagem tirado de “Era uma vez no Oeste”, do diretor Sérgio Leone.
Paulo “Keds”, ministro da Economia de Bolsonaro, declarou: “Economistas do governo no hoje são escravos de constituintes defuntos”. Ulysses?
Quando do impeachment de Dilma Rousseff, fizeram o desfecho ser válido constitucionalmente, ou não?
Escolham a forma de assassinato. Harmônica aguarda.
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