Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Jesualdo, Geromel e Heinrich – Novos personagens do BRD, por Rui Daher

Eles surgiram agora, em tempos dificílimos para o planeta com o coronavírus, mais ainda para o Brasil, o vírus acoplado a um Regente Insano Primeiro (RIP), que sai às ruas atrás de selfies.

Jesualdo, Geromel e Heinrich – Novos personagens do BRD, por Rui Daher

Vixe! Quantos personagens fictícios já criei nesses longos anos de labor literário? Não contei, mas juntando aos do “Dominó de Botequim”, terreno ou celestial, serão, certamente, mais de cinquenta.

Jesualdo, Geromel e Heinrich, surgiram agora, em tempos dificílimos para o planeta com o coronavírus, mais ainda para o Brasil, o vírus acoplado a um Regente Insano Primeiro (RIP), que sai às ruas atrás de selfies.

Inspirei-me no genial jornalista e cartunista Henfil (1944-1988), quando criou Ubaldo, o paranoico, em 1975, para “O Pasquim”.

Ubaldo se cagava de medo diante das duras ações dos militares. Era contra a ditadura, mas a coonestava por medo da repressão. Achava que muita abertura poderia fazê-la voltar ainda mais sangrenta. Votou no PDS contra a oposição. Declarou: “Se é pra salvar a honra da revolução… Se é pra preservar a unidade das Forças Armadas… Se é para garantir o processo de abertura… Tudo bem! Digam a todos: EU voto no PDS!”.

De tão assustado, sempre sentindo-se perseguido, esquecia-se de que a eleição seria indireta. Maluf perdeu e Tancredo ganhou. A continuidade vocês conhecem (ou não).

Pois é, Jesualdo, Geromel e Heinrich, são pessoas assim como Ubaldo. Votaram em Jair Bolsonaro, vestiram amarelo por Sérgio Moro, e têm medo de considerá-los bestas e falsários, mas não o confessam. Por mais atrocidades que RIP cometa, mais besteiras que fale, mais ridicularizado seja por autoridades e mídia internacional, eles três se fazem de bobos.

Nem mesmo as revelações do Intercept serviram. As ONGs sobre a destruição da Amazônia, a troca do FMI pela OCDE, a banana que Trump lhes dá. Todos “Chiquitas Bananas” a copular com John Wayne.

Não irei narrar de onde vieram tais inspirações. Cidades onde moram, intelectos, status social, erudição, idades. Graus de amizade. Variam. Poderiam estragar o ar de roman à clef que o cronista quer dar aos personagens.

Em comum, têm similar o cagaço de quem estiver, no Poder, negação do braço a torcer, convicção no mito, ou simplesmente antipetismo. Tanto faz, de uma forma ou outra, estão levando o Brasil ao caos, e sempre poderão dizer que tudo aconteceu antes do Regente Insano Primeiro.

É seu único argumento, abandonado até mesmo por economistas neoliberais. Bons historiadores, no futuro, embora ótimos no presente já o façam, os desmentirão, bostas os tais renitentes bolsominions. Parece que RIP, herdeiros e acólitos, com a pandemia, já estão a se foder ou a se fortalecer, tal a ignorância desta gente varonil … e servil.

Desculpem famílias que me dão a honra da leitura, mas neste isolamento, a liberdade se resume a álcool (gel, êpa) e palavrões.

Leio do primeiro, que se acha intelectualizado e tem um bom texto, críticas às ações do BNDES no exterior. No mesmo dia leio no Valor, o sucesso das empresas brasileiras que, na época de Lula e Dilma, se internacionalizaram, inclusive a necessidade estratégica do Porto de Mariel, em Cuba, no futuro. Caso em que apenas se deveria acreditar no chanceler Celso Amorim.

Do segundo, parvo, o rombo atual foi deixado por Lula e Dilma. Esquecem que houve Joaquim Levy, Michel Temer, “Keds”, e reconheço erros crassos da ex-presidente, acossada pelo Acordo Secular de Elites, no vislumbre do Poder.

De Heinrich, nada ouço. Desconsiderou minhas intervenções em nome das maravilhosas peças de Mozart, Liszt, Debussy e, talvez, Wagner.

Antes de tudo, este texto é um libelo a todos que acreditaram num Mito. Por que não pensaram no Saci-Preto?

Inté. Enquanto isolados, vamos assim.

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

3 Comentários

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  1. Espero que não tenha esquecido do riacho na entrada de Piedade / SP. A Mata Atlântica pede socorro. De tão longe em Paris, Marina Silva não consegue ouvir. E córrego em Piedade, nem Índio no Jaraguá vai dar Nobel, muito menos amizade com Estrelas Internacionais, não é mesmo? Quanto ao golpe produzido pela Elite do Estado Esquerdopata Fascista, ainda existiam e existem ‘Doutrinados’ que acreditam nisto. O Coronelato Nordestino, a UDN, ARENA, PDS, PFL, Líder e Presidente do Partido do Regime Militar de José Sarney, eterna parceria do Nepotismo da Família do Caudilho Fascista Getúlio Vargas, representado por seu Familiar, Membro do seu Governo, seu Ministro da Justiça Tancredo Neves. Era isto Redemocracia? Esperaram até os 45 do segundo tempo, jurando Diretas Já, para ganharem no “tapetão” de Eleições Indiretas onde sempre constituíram Maioria. Parceria Tancredo Neves/José Sarney. Mas perder a capacidade intelectual, politica, empreendedora, democrática de um Paulo Maluf é que Nos daria estes 40 anos de fantástica Redemocracia? Nós vimos nestas 4 décadas. E não sabemos como chegamos até aqui? Será que Renan Calheiros, Romero Jucá, Delcidio do Amaral, Antonio Pallocci, Aécio Neves, José Sarney, Edson Lobão, José Serra, Agripino Maia, Antonio Carlos Magalhães, Borhausen, Fernando Collor, Jader Barbalho dos Governos FHC, Lula e Dilma poderiam Nos explicar?! É surreal !!! Pobre país rico. Nas de muito fácil explicação. (P.S. O riacho de Piedade pede socorro. Se puder, ajude) abs;

  2. Rui, aqui no isolamento, que alegria ler teus textos. Prazer, Jesualdo, Geromel e Heinrich. Vai me fazer bem, certeza. Dias muito difíceis. Esperando. Esperando. Cansando de esperar. Tamo fodido. Abraço.

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