Pelas mães de tantos corações e tantos matizes

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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As homenagens acontecem. Mães de todos os povos, todos os matizes, todas as origens. A fé e a falta dela se unem em torno de um dia, um momento, um triscar de olhos.
 
Mãe, um estado de alma, um querer intenso, um sentir mais que o sentimento. Mãe! A mãe-d’água, a mãe Senhora do Perpétuo Socorro, a mãe Yemanjá, a senhora dos caminhos de meus dias!
 
A mãe que vela, que se consome por um bom dia a seus rebentos, a mãe que sonha um sonhar intenso por seus filhos. A mãe que ralha, que educa, aquela que estraga de tanto amar. 
 
Mãe que protege, que se anula, que se promove por um caminhar seguro. Mãe que morre de amor e que volta da terra dos sonhos por tantos quereres.
 
Um estado de graça, de presença mesmo na ausência, um clamor de sangue que o próprio sangue compactua, um clamor de coração por tantos que são filhos da alma. 
 
E a lista não tem fim, que tantas são e de tantos matizes, de tantos amores e sofreres, de tantas almas que se entrelaçam.
 
E o sentir não finda, não esgota, não macula.
 
E o sentir não se expressa, se perde em palavras que carecem de sentido, e ganha pontos em tons que não destoam e se unem em perfeitos hinos. 
 
Mãe!

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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26 Comentários

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  1. Mãe (Carlos Drummond de Andrade)

    Por que Deus permite
    que as mães vão-se embora?
    Mãe não tem limite,
    é tempo sem hora,
    luz que não apaga
    quando sopra o vento
    e chuva desaba,
    veludo escondido
    na pele enrugada,
    água pura, ar puro,
    puro pensamento.

    Morrer acontece
    com o que é breve e passa
    sem deixar vestígio.
    Mãe, na sua graça,
    é eternidade.
    Por que Deus se lembra
    – mistério profundo –
    de tirá-la um dia?

    Fosse eu Rei do Mundo,
    baixava uma lei:
    Mãe não morre nunca,
    mãe ficará sempre
    junto de seu filho
    e ele, velho embora,
    será pequenino
    feito grão de milho.

    Responder

  2. P… onde estão as mães negras.

    P… na apresentação dos vídeos não há nenhum de mulheres negras, ou mães negras. Um vídeo mostra, provalemente uma escrava a segurar uma criança e outro um coletivo de mulheres negras, na verdade, um esteriótipo da mulher negra. Ademais, há uma canção sobre a “mãe preta” – coisa mais racista impossível!!! A tal “mãe preta” estava a cuidar dos filhos brancos de famílias brancas e, enquanto isso, o filho negro da “mãe preta” não tinha direito à sua mãe. Pô esse tipo de leitura adocicada e romantizada da “mãe preta”, além de racista, é anacrônica no século XXI. Patética leitura da mãe e mulher negra!!! 

    Seria uma homenagem às mulheres e mães negras apresentá-las fora do estigma de escravidão e folclore. 

    Responder

    1. Ao LucianoHortêncio!

      LucianoHortêncio

      Cara, acho que você não entendeu. A escravidão já acabou e usar esteriótipos da escravidão, ou folclore, para “homenagear” as mães negras é, no minimo, piada de mau gosto. Na verdade, isso faz parte do imaginário racista do brasileiro.

      Enfim, o mundo mudou  e as mulheres, e mães, negras também…

      Responder

          1. Lindissimo, Luciano, agradeco

            Lindissimo, Luciano, agradeco de coracao!  Mamae se foi ha 4 anos e 4 meses e 1 dia.  Outro dia tava lembrando das chicaras de agua com acucar que ela nos dava a qualquer nervosismo ou problema ou briga…  porque nunca tinha dinheiro pra comprar Melhoral em casa.  Sabe que ate hoje eu nao acostumei?  Tem mais de 10 anos que eu nao tomo uma aspirina;  acho que se tomei 5 nos ultimos 20 anos, eh muito ainda.

            So achei uma contradicao enorme com o primeiro comentario. Ora, se ele ta incomodado que nao tem mae negra logo no primeiro comentario, nao pode tar incomodado no segundo tambem sem postar nada e muito menos quando voce fez exatamente o que ele pediu:  ele tem que tirar o cavalinho da chuva!  Alem disso, o que as “bahianas” tradicionais tem a ver com escravidao quando isso eh exatamente a cultura que a elas foi permitida e orgulhosamente assumida ha bem mais de um seculo???  Quem olha pra mae preta bahiana e pensa em escravidao e nao em cultura?!

            Um abracao bem grandao!

          2. Ao amigo Ivan!

             

            Entendi agora, caro Ivan!

            Está tudo bem. Em realidade acho que o que o Orlando queria era homenagear especificamente as mães negras. Isso já estava dentro do Post e foi ainda mais realçado, com o maior prazer. Hoje tudo é festa! Não vamos fazer como naquelas famílias desunidas que sempre se encontram nas grandes data tão somente para discutir e brigar…

            Que nosso Dia das Mães seja o mais livre, leve e solto possível…

            Vou mandar especialmente pra ti, dona Ivone Lara! Exemplo de mulher!

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=kXyPijK-MsQ%5D

      2. Ao Orlando!

        A temática é DIA DAS MÃES, caro Orlando. Seja negra, branca, índia, Nossa Senhora, Iemanjá, Mãe d’Água, até a lenda da Mãe do Ouro… Falar em racismo em um post como esse acho que é descabido.

        O que ocorre é que temos de postar vídeos com músicas gravadas com o tema e as que temos são essas.

        Se o amigo achar algum vídeo relacionado com mãe negra, atual e sem estereótipo, traga aqui o link que teremos o maior prazer em postar. Basta o link e nós o anexaremos aqui..

        Nos intenção foi e é, única e exclusivamente, fazer uma HOMENAGEM ÀS MÃES!

        luciano

         

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      3. CLEMENTINA DE JESUS!

        Como realmente não achei um vídeo com a temática aqui tratada, com fotos de mulheres negras, envio aqui nossa querida CLEMENTINA DE JESUS, caro Orlando, que, começando a cantar já na terceira idade, rompeu barreiras e hoje é uma unanimidade como intérprete e sambista.

        À Clementina de Jesus, nossa querida Quelé, nossa homenagem nesse DIA DAS MÃES.

        AJOELHA!!!

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=4pHB0xuxjEQ%5D

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  4. A mãe de Coelho Neto

    Parabéns a Lourdes Nassif e Luciano Hortencio por essa bela homenagem às mães!

    Pego carona pondo aqui uma poesia que no primário a gente decorava, aos 8 anos de idade.

    http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/amamentar_pode_-alinhar-_cerebro_da_mae_com_o_do_bebe_imprimir.html

    SER MÃE  
    Coelho Neto  

    Ser mãe é desdobrar fibra por fibra 
    o coração! Ser mãe é ter no alheio 
    lábio que suga, o pedestal do seio, 
    onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.

    Ser mãe é ser um anjo que se libra 
    sobre um berço dormindo! É ser anseio, 
    é ser temeridade, é ser receio, 
    é ser força que os males equilibra!

    Todo o bem que a mãe goza é bem do filho, 
    espelho em que se mira afortunada, 
    Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

    Ser mãe é andar chorando num sorriso! 
    Ser mãe é ter um mundo e não ter nada! 
    Ser mãe é padecer num paraíso!

    Responder

  5. Ao Orlando!

    Estava respondendo ao seu comentário, porém você o retirou…

    Adorei as fotos, mas não vieram com os respectivos vídeos. De todo modo queria salvá-las, principalmente a da mãe amamentando o filho, para futuras edições.

    Envio a ti, Dona Ivone Lara, do alto de seus noventa e tantos anos de idade, interpretando SORRISO NEGRO, com Isabel Filardis e Tony Garrido. Espero que gostes!

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=OzoTAu54_dU%5D

    Responder

  7. Boa festa as mães brasileiras

    Luciano, bonito post para as mães. Acho que o titulo diz tudo: para todas as mães, de todos os matizes. Eh o que importa. A mãe preta existiu e faz parte de nossa historia, do folclore, ela tem papel importante na formação do povo brasileiro, é graças ama de leite, a Ba, a primeira mulher que amaram, que filhos de barões apoiaram a abolição. Somos devedores da mãe preta e por isso ela é cantada e foi levada aos palcos, como homenagem e alerta, pelas grandes cantoras negras brasileiras. 

    Não ha porque varrer isso para debaixo do tapete. Acho que o importante é sabermos que o passado não deve se repetir e respeitarmos a todas as mulheres, de todos os matizes. 

    Saudação.

    Responder

        1. Bom demais!

          E um disco assim passa batido…

          Amigo Jair: Escuta a música que o Flávio Venturini fez pra mãe dele, que já havia falecido. O vídeo foi motivo de Post hoje, porém só descobri que o vídeo era do nosso canal youtube ao receber um comentário dizendo ter sido direcionado ao canal pelo próprio Venturini, via Facebook… 

          Abraço do luciano

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=1xJZTXW9kM8%5D

          Responder

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