A estranha “profecia” de Frank Miller

 Adendo ao post “O Coringa e o massacre do Colorado”

 

Nosso leitor Felipe Cardoso enviou para nós essa incrível “coincidência”. Após James Holmes, de 24 anos, matar 12 espectadores durante a estreia do último filme do Batman, em Aurora, no Estado do Colorado, muitos fãs das histórias em quadrinhos notaram a tétrica semelhança entre o massacre e um capítulo da HQ lançada em 1986 “Cavaleiro das Trevas” (“The Dark Knight Returns”), de Frank Miller.

Na publicação, o personagem Arnold Crimp, visivelmente fora de si, entra em um cinema armado e atira contra a plateia.

Isso é mais do que um exemplo do célebre provérbio de que “a vida imita a arte”. Apenas comprova o aforismo de que “os pensamentos são coisas”. É difícil conceber outro lugar onde pensamentos, arquétipos, mitos, lendas e fatos históricos podem se cristalizar, sedimentar e misturar do que a indústria do entretenimento. Outrora era a Religião. Hoje são os produtos midiáticos, com uma diferença: a tecnologia de irradiação, tanto física como mental.

Como podemos interpretar tal “coincidência”? Hipótese “hipodérmica” de que a mídia condiciona ou motiva comportamentos? Hipótese cognitiva das profecias que se autorealizam? Apenas uma infeliz coincidência? Ou temos aqui mais uma evidência da hipótese do Sincromisticismo? – as criações ficcionais tornam-se semiautônomas e semi-conscientes, entidades que ganham força dentro de um reino imaginário através das energias psíquicas que damos a elas. Uma ideia que Neil Gaiman trabalhou em Sandman, e Alan Moore com Promothea.


 

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Luis Nassif

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