Livro que aborda crise e futuro da esquerda é tema de debate pelo Fiocruz

Do CEE-FIOCRUZ

Os desafios de uma esquerda enfraquecida frente à abertura de um novo ciclo político serão analisados no próximo debate online da série Futuros do Brasil, realizada pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz. A discussão se dará em torno do livro Esquerda: crise e futuro, do professor e pesquisador José Maurício Domingues, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj e pesquisador associado do CEE-Fiocruz. Ao seu lado, participará do debate a professora Ingrid Sarti, do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional (Pepi-UFRJ), fazendo comentários à exposição do autor. O evento será realizado em 1/6/2017, e como nos demais debates online da série, a participação é virtual. Qualquer pessoa pode se conectar pelo blog do CEE-Fiocruz, acompanhar o debate em tempo real e fazer perguntas aos participantes.  

No livro, José Maurício Domingues discute as perspectivas da esquerda, do século XIX às alternativas contemporâneas, conectando a discussão às escolhas feitas pela esquerda brasileira nas últimas décadas. “Busco apresentar que novos processos se apresentam e que respostas a esquerda precisa construir estrategicamente, para além do social liberalismo e do neodesenvolvimentismo, com o apoio ao combate à corrupção (neopatrimonialismo) que grassa no Estado brasileiro e com uma nova coalizão”, explica.

Segundo o professor, o longo ciclo democratizante iniciado nos anos 1970 se esgotou, juntamente com o fim do ciclo de hegemonia do Partido dos Trabalhadores na esquerda e na centro-esquerda, “desaguando em uma crise geral do sistema político, que acabou se caracterizando como gangsterismo político”. Como observa, “um novo ciclo está se abrindo e sua direção está em disputa no momento”. 

José Maurício defende a importância de se buscar traçar uma nova agenda política calcada no aprofundamento radical da democracia e direitos universais. “Essa agenda precisa estar baseada numa aliança dos setores populares com as classes médias, pequenos empresários etc. Isso tem que se fundar na aliança de uma nova centro-esquerda, emergente, e a esquerda que hoje é pluralizada e na qual os jovens reivindicam mais horizontalidade nas relações de poder”, aponta.

Debate CEE-Fiocruz – Futuros do Brasil
Esquerda: crise e futuro
Data: 1º de junho de 2017
Horário: 14h
Transmissão pelo blog do CEE-Fiocruz: cee.fiocruz.br

Informações:
21 3882-9133
[email protected]

Redação

2 Comentários

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  1. livro….

    “No Brasil nunca houve esquerda. Um monte de boas intenções, até ideais cristãos, aglutinados em pessoas e partidos que apenas almejavam uma transformação social”. Florestan Fernandes. Está lá escrito e confirmado por seu próprio filho, em entrevista gravada. Para quem gosta de opiniões fundamentadas. E a transformação, agora ocorrida, que todos sabiam que aconteceria, quando a última virgem chegasse ao poder e ao talão de cheques, não é politica é policial. A partir de SP, criamos uma base política, fundamentada na luta dos “honestos” contra o “desonesto”. De um lado, redemocratas da esquerda, que transformou-se em centro-esquerda e do outro lado a figura do governo militar e seu maior símbolo Paulo Maluf. 30 anos depois, o Brasil acorda e descobre não haver ideologia, nem estratégia, nem politica, nem Constituição, nem alicerce algum. Apenas a bandidagem barata e vulgar de batedores de carteira. Ou vocês enxergam coisa diferente? Por favor me mostre quem são estes e os caminhos do futuro da tal esquerda?   

    1. Pra começar

      A esquerda começa onde o niilismo barato não consegue mais pronunciar qualquer outra coisa senão a cacofonia das viúvas antes casadas ora com as certezas salvacionistas ora com os pragmatismos totalitários, ambos chinfrins.

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