Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
[email protected]

O Ogã Walter de Figueiredo partiu para Aruanda

Ecléa Figueiredo e Luciano Hortencio

Meu pai, Walter de Figueiredo, nasceu dia 08 de Junho de 1930, na cidade do Rio de Janeiro, bairro das Laranjeiras. Veio pra São Paulo e aos 26 anos casou se com minha mãe. Juntos gravaram o disco de Umbanda, ele como intérprete e ela participando do coro.

Meu pai sempre gostou de tocar e cantar. Tinha uma voz linda e dispensava o microfone. Adorava instrumento de couro e tocava divinamente pandeiro, surdo, tamborim e timba. Um detalhe interessante é que meu pai era canhoto.

Conheceu muitos músicos, cantores e instrumentistas. Um dos grandes músicos que meu pai adorava, pelo talento e amizade, era Niquinho do Bandolim e sua esposa Cinira Alves.

Meu pai sempre falava com orgulho do meu tio Armando que foi o Tamborim de Ouro do Rio de Janeiro. A música era uma das paixões de meu pai.

Meu pai, Walter de Figueiredo, tocou em vários palcos, no Batidas e Petiscos, Hotel Macksoud Plaza, Clube do Choro e em várias casas onde a boa música era tocada, principalmente o chorinho. Na nossa casa reunia amigos e juntos faziam uma roda de samba de raiz, com músicas de qualidade onde todos se destacavam.

Walter de Figueiredo era Ogã na Umbanda e depois foi Axogum de Oxossi no Candomblé. Era mestre no atabaque.

Meu pai, Walter de Figueiredo, fez sua partida no dia 06 de novembro de 2015. Que descanse em plena paz.

Ecléa Figueiredo.

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

19 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      1. Que a Bahia ta viva ainda la!

        Aruanda… Aquela musica que tiro do bau, quando o cansaço e o desânimo batem. Canto para o curumim e ele gosta. Aruanda, sonhada utopia…. Agora bateu uma vontade de ir para a Bahia. Mas uma outra Bahia, aquela de Vinicius, Carybé, Caymmi e Jorge e Zélia. O Rio Vermelho, a prainha, as feiras, um acarajé e uma rede. Sera a Bahia nossa Aruanda? 

  1. Associo-me à homenagem

    Bela homenagem, Luciano.

    Associo-me a ela.

    Mas, sinto dizer, Seu Walter não está descansando. Já esta, danadinho, tocando pandeiro e tamborim em Aruanda.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador