Poema do meu irmão calado

Do Portal Luis Nassif

Do Blog de romério rômulo

a sua dor enterrada
a sua pele vazia
sua carne retalhada
esmagada à revelia

o seu osso desaguado
o seu baço corroído
seu lábio silenciado
o seu cancro já dormido

sua mão estrangulada
seu dente ferruginoso
sua arma desarmada
seu olhar mais rancoroso

o seu berro, a voz cortada
o infinito do fim
todos descem pela estrada
que morre dentro de mim

Luis Nassif

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