Por exemplo, imaginem 2 vizinhos com o mesmo consumo de energia. A tem fotovoltaicas e B não tem. Digamos que, sob o ponto de vista das distribuidoras, o consumo deles seja exatamente 100 kWh. Portanto, se a regra é pagar proporcional ao consumo, eles desembolsam R$ 40 todo mês.
Mas, A resolve viajar e desliga todos seus eletrodomésticos por um mês. Quando volta vê que não adiantou nada zerar seu consumo, pois recebeu uma fatura de TUSD de, digamos, R$ 20. Ou seja, sem consumir energia do sistema, A paga TUSD. Portanto, na prática, a regra deixa de ser proporcional ao consumo. O consumidor A aprende a lição, e na próxima viagem, desliga seu telhado fotovoltaico deixando de proporcionar alívio ao sistema. É um país de cabeça pra baixo!
E, por fim, reparem que existem outros fios. Os que vão das usinas para o poste. Esses se chamam de transmissão e ninguém paga mais por usar essa rede.
Isso mostra que o problema das distribuidoras é outro totalmente diferente, tem a ver com o mercado livre e com o estado dessa rede no mundo real.
(*) É apenas uma suspeita, mas, se o horário de maior consumo é após as 18 hs, por que cancelaram o horário de verão? Se o verdadeiro horário de pico de consumo é as 15 hs e o governo propõe a tarifa branca para que os consumidores lutem por uma redução da fatura de luz, isso não seria uma tentativa de desvalorizar a energia solar?
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