Google compra startup de processamento de linguagem natural

Ao longo desta década, o Google tem sido um dos mais bem sucedidos compradores da indústria da tecnologia, e deve muito de seu sucesso a essas aquisições. 

A estratégia tradicional da Google é a de encontrar e arrebanhar pequenos grupos de pessoas talentosas, como os criadores do Android, que podem ganhar muito mais com os recursos da companhia por trás deles.

O núcleo da sua plataforma de busca com publicidade e a maior parte de seus novos grandes negócios, incluindo o Android, o YouTube, e a publicidade de display, todos vieram de outras empresas.

Por que você acha que Google comprou a Wavii, para embutir a tecnologia no Google Glass? Na ferramenta de busca para smartphones?

Veja reportagem abaixo:

O Google terminou o processo de aquisição da startup Wavii por US$ 30 milhões nesta quinta-feira (25), depois de disputar a compra com a Apple, que pretendia incorporar o aplicativo no Siri, seu assistente pessoal ativado por voz.  
Fundada por Adrian Adoun, a Wavii criou um aplicativo homônimo que resume notícias em poucas frases. Seus investidores são o cofundador do PayPal, Max Levchin, Dave Morin, um ex-executivo do Facebook, e Fritz Lanman, da Microsoft. 
A startup usa no aplicativo o processamento de linguagem natural (PLN), uma subárea da Inteligência Artificial e da linguística, que estuda as dificuldades da geração e da compreensão automática de línguas humanas. Sistemas de geração de linguagem natural convertem informações de bancos de dados em uma linguagem. 

Os sistemas de compreensão de linguagem natural convertem, por sua vez,  os usos mais frequentes de linguagem humana em representações mais formais, que podem ser facilmente manipuladas por programas de computador. 

Depois da aquisição, a equipe do Wavii vai ser incorporada à divisão de Conhecimento Gráfico do Google.

Campeão de compras

Recentemente, o Yahoo adquiriu o Summly, um aplicativo que aglutina notícias, também por US$ 30 milhões. Yahoo e Google são os principais agregadores de notícias, por isso são fortemente impactados esse tipo de aplicativos. 

O uso social de aplicativos de notícias está se tornando cada vez mais importante para companhias como Google e Yahoo, à medida que o Facebook aumenta o uso social delas. 

O Google tem uma política campeã em fusões e aquisições. Em fevereiro de 2013, comprou a Channel Intelligence por US$ 125 milhões para impulsionar o negócio de comércio eletrônico.

No começo deste ano, também adquiriu uma startup de infreaestrutura chamada Talaria Technologies para impulsionar seus serviços na nuvem. E, recentemente, comprou a Behavio, uma startup de sensoreamento celular, por quantia não revelada.  

A compra de uma parte da Motorola ainda é maior aquisição do Google até agora – mais de quatro vezes o preço do DoubleClick, o líder anterior. 

Veja abaixo algumas das principais compras e fusões feitas pela companhia nos últimos anos. De vez em quando, a companhia supera a barreira do bilhão de dólares para comprar empresas que já eram bem-sucedidas, e já fez inúmeras aquisições na casa entre US$ 100 milhões e US$ 750 milhões.

Veja algumas delas:

Double Click (US$ 3,1 bilhões, em 2008)

A compra da DoubleClick ajudou a empresa a oferecer anúncios para usuários de sua ferramenta de busca e outros serviços. Essa compra quase foi superada quando o Google tentou – sem sucesso – comprar o Groupon por US$ 6 bilhões.

 YouTube (1,65 bilhão, em 2006)

O Google lançou a própria ferramenta de busca de vídeos em 2005 (o Google Vídeo)  impulsionou sua estratégia na área com a compra do YouTube no ano seguinte. Sob sua liderança, o YouTube permaneceu como um gigante da tecnologia e até mesmo no cultural.

AdMob (US$ 750 milhões, em 2010)

A compra da empresa de publicidade móvel AdMob todo sentido para a Google, e foi muito menos cara do que a Motorola Mobility, outra aquisição direcionada a expandir as ambições do gigante de buscas no mundo da mobilidade.

Também sucede uma transação do Yahoo, que pagou uma quantia similar para comprar a Summly, rival da Wavii. Um sinal do potencial do Wavii é a lista de investidores, que inlui Max Levchin, co-fundador da Paypal, Dave Morin, exexecutivo do Facebook, e Fritz Lanman, que era da Microsoft. Google e Wavii não quiseram comentar o assunto.

 

Redação

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