Relatório apela aos políticos para tornar felicidade em meta de desenvolvimento

Jornal GGN – Enquanto chefes de Estado se preparam para a Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (24), o segundo Relatório Mundial da Felicidade reforça o fato de que o bem-estar é um componente crítico dos desenvolvimentos econômico e social. Publicado pela SDSN (Sustainable Development Network Solutions) da ONU (Organização das Nações Unidas), com o apoio de seu secretário-geral, Ban Ki-Moon, o relatório foi lançado recentemnete em um seminário internacional. Brasil ficou em 24o lugar, atrás da França e da Alemanha.

A edição 2013 do relatório revela várias tendências interessantes. Em uma escala que vai de zero a dez, pessoas de mais de 150 países fizeram uma pontuação média ponderada de 5,1. Seis variáveis-chave explicam 75% da variação anual nas pontuações médias nacionais ao longo do tempo e nos países: o PIB real per capita, expectativa de vida saudável, ter alguém com quem contar, liberdade para fazer escolhas de vida, liberdade de corrupção e generosidade.

O documento também revela mudanças significativas na felicidade em países ao longo do tempo. Em alguns, aumentou. Em outros, caiu nos últimos cinco anos. Há alguma evidência de uma convergência global de níveis de felicidade, com ganhos principalmente na África Subsaariana e na América Latina. E perdas, geralmente entre os países industrializados. Para as 130 nações com dados disponíveis, a felicidade (medida pelas próprias avaliações das pessoas às suas vidas) melhoraram significativamente em 60 países e pioraram em 41.

Para os políticos, a questão-chave é a que afeta a felicidade. Alguns estudos mostram que a saúde mental é o determinante mais importante para se saber se uma pessoa é feliz ou não. No entanto, mesmo em países ricos, menos de um terço das pessoas mentalmente doentes está em tratamento, justamente onde existem bons tratamentos de baixo custo para depressão, transtornos de ansiedade e psicose. A felicidade do mundo seria muito maior se esses tratamentos estivessem mais disponíveis.

O relatório também demonstra os principais efeitos colaterais benéficos da felicidade. Pessoas felizes vivem mais, são mais produtivas, ganham mais e também são melhores cidadãos. O relatório sugere, portanto, que o bem-estar deve ser desenvolvido tanto para o seu próprio bem como para seus efeitos colaterais.

De autoria de especialistas em economia, psicologia, análise de pesquisa e estatísticas nacionais, o documento descreve como as medidas de bem-estar podem ser usadas de forma eficaz para avaliar o progresso das nações. “O relatório deste ano oferece rankings de felicidade nacionais, e explica mudanças nas felicidades nacional e regional”, diz o editor do documento, John Helliwell. O professor trabalhou com outros pesquisadores para analisar os dados da pesquisa global feita pelo instituto Gallup. “O relatório revela tendências importantes e lista seis fatores que explicam muito sobre a felicidade nacional.”

Lançado em 2012, antes da reunião da ONU sobre felicidade e bem-estar, o primeiro Relatório Mundial da Felicidade chamou a atenção internacional por ser o primeiro levantamento do estado de felicidade global. A segunda versão vai mais longe e se aprofunda na análise dos dados de felicidade globais, analisando as tendências ao longo do tempo e dividindo a pontuação de cada país em diversas partes, para que cidadãos e políticos possam entender a classificação do seu país. O documento se inspira também em conexões com outras iniciativas importantes para medir o bem-estar, incluindo os realizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e no Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), e fornece orientações para os políticos sobre como incorporar o bem-estar em suas tomadas de decisão.

“Hoje existe uma demanda mundial crescente para que a política seja mais alinhada com o que realmente importa para as pessoas, já que elas mesmas definem seu próprio bem-estar “, disse o professor Jeffery Sachs, coeditor do relatório. “Cada vez mais, os líderes mundiais estão falando sobre a importância do bem-estar como um guia para seus países e para o mundo. O Relatório Mundial de Felicidade 2013 oferece ótimas evidências de que a medição e a análise sistemáticas de felicidade podem nos ensinar muito sobre maneiras de melhorar o bem-estar e o desenvolvimento sustentável do mundo”.

Conheça os países com os mais altos níveis de felicidade:

1. Dinamarca

2. Noruega

3. Suíça

4. Holanda

5. Suécia

6. Canadá

O Relatório Mundial da Felicidade 2013 estará disponível em http://unsdsn.org/.
 

Redação

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