Pfizer escreveu carta a Bolsonaro oferecendo vacina depois de ser ignorada por Pazuello

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Carta foi apresentada por Fabio Wajngarten à CPI da Pandemia nesta quarta (12). Nela, a Pfizer pede "celeridade" na resposta do governo para reservar as doses ao Brasil

Jornal GGN – Quando a Pfizer escreveu a Jair Bolsonaro, em 12 de setembro de 2020, pedindo “celeridade” na resposta brasileira para a reserva de doses da vacina contra Covid-19, a empresa já havia sido ignorada pelo Ministério da Saúde sob Eduardo Pazuello. É o que a própria empresa afirma no parágrafo final do documento que foi apresentado nesta quarta (12) à CPI da Pandemia no Senado.

“Minha equipe no Brasil se reuniu com representantes de seus ministérios da Saúde e da Economia, bem como com a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Apresentamos uma proposta ao Ministério da Saúde do Brasil para fornecer nossa potencial vacina que poderia proteger milhões de brasileiros, mas até o momento não recebemos uma resposta”, escreveu a Pfizer em setembro.

Dois meses depois, em 9 de novembro de 2020, Fabio Wajngarten, ex-chefe da SECOM, ficou sabendo da existência da carta, ainda sem resposta, e se colocou à disposição da Pfizer para ajudar na interlocução. No mesmo dia, o CEO da Pfizer ligou para Wajngarten, que passou o telefone para Jair Bolsonaro. A reação do presidente foi anotar em um pedaço de papel a palavra “Anvisa”, sinalizando que só assinaria contrato de adesão com a Pfizer quando o imunizante tivesse aprovação da agência nacional.

Wajngarten não soube dizer à CPI se Bolsonaro conversou com a Pfizer em outras oportunidades. Representantes da empresa devem depôr no Senado ainda nesta semana.

Acompanhe o depoimento de Fávio Wajngarten aqui:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador