por Sergio Saraiva
“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros.” George Orwell – na obra A Revolução dos Bichos.
Como se fabricam culpados
Como se fabricam inocentes
PS: quando a razão se torna irracional, e meu coração se refugia na Oficina de Concertos Gerais e Poesia.
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Repito aqui o que disse a um
Repito aqui o que disse a um jornalista alemão que lamentou, no Twitter, o abuso cometido pelo TJRJ:
Nos anos 1930 os juízes alemães apoiaram Hitler e aplicaram na Alemanha as Leis racistas do programa político dele. Os juízes do @tjrjoficial seriam aplaudidos de pé por seus colegas do III Reich.
No Brasil as Leis que punem o racismo e garantem as prerrogativas dos advogados não são cumpridas, pois os juízes brancos acreditam que uma negra não pode ser titular de direitos. O @CFOAB apoiou o golpe machista “com o @STF_oficial com tudo” contra Dilma. O resto é consequência.
Ler noticiário como estória
Importante observar como a mídia criminosa redige essas notícias e manchetes, tacitamente dando seu aval e legitimando o arbitrio, naturalizando a INjustiça e a desfaçatez de quem só se incomoda com a corrupção dos outros, seus adversários – repito o que já disse em outro comentário, não se trata para esses fariseus de combate à corrupção mas de reserva de mercado para sua prática desembaraçada para alguns setores e atores que historicamente criam justificativas retóricas para o fato de que são eles os corruptos contumazes, não apenas porque fazem negociatas, mas porque sua estrutura de funcionamento e privilégios se baseiam na corrupção da verdade, da realidade, do sentido atemporal de justiça e das relações sociais de classe, não importa o zeitgeist, seu discurso – e não por acaso em todo o mundo o papel controverso e manipulador da indústria da comunicação – é sempre o de mascarar os reais conflitos e impor a visão de mundo dos poderosos, cinicamente sob o manto de palavras prostituídas como liberdade, verdade, direito, democracia. Estelionatários do sentido e da verdade factual.
Por uma comunicação plural e corajosa no enfrentamento dos problemas e dos interesses do Capital e sua classe cultural. Por outras teias sociais de produção de sentido e valores simbólicos. Façamos do noticiário [em relação à realidade como na brincadeira de] um jogo de erros, cujo objetivo é a observação do que está escondido ou disfarçado [como divergência], e assim exercitemos a sagrada prática da desconfiança das aparências e dos discursos que dissimulam a realidade [propositalmente para defesa de interesses tão sórdidos que não ousam se assumir publicamente pelo que são e pretendem].
Obs.: Os panfletos citados não fazem jornalismo mas propaganda de classe. Assim fica fácil entender a urgência de um marco civil da comunicação no país, para separar o joio do trigo e dar a/o cidadã/o a escolha de qual colher.
Sampa/SP, 27/09/2018 – 12:53 (alterado às 14:36 com complemento entre colchetes).