Deputados pedem apuração de ameaças contra ativistas que investigam Operação Condor

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Jornal GGN – O deputado Padre João (PT-MG), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, e os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Nilto Tatto (PT-SP), vice-presidentes da comissão, pedem investigações sobre as ameaças de morte contra pessoas que trabalham na apuração de crimes da Operação Condor, no anos 1970. 
 
A operação envolveu uma articulação de militares de países sul-americanos para prender, torturar, matar e ocultar restos mortais de militantes de esquerda durante as ditaduras no continente. As ameaças foram feitas por e-mails contra pessoas contra o brasileiro  Jair Krischke, coordenador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jorge Menéndez, ministro da Defesa do Uruguai, e Mirtha Guianze,  diretora do Instituto de Direitos Humanos do Uruguai.

 
Leia mais abaixo:
 
Presidente e vices da CDHM solicitam apuração de ameaças a ativistas de direitos humanso que investigam crimes da Operação Condor
 
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado Padre João (PT-MG), e os dois vice-presidentes, Paulo Pimenta (PT-RS) e Nilto Tatto (PT-SP) solicitaram apuração das ameaças de morte dirigida a 13 pessoas, entre autoridades públicas e ativistas de direitos humanos, por atuarem no resgate da verdade histórica e na responsabilização de envolvidos na Operação Condor, nos anos 1970, em que militares dos países do Cone Sul se articularam de forma supraestatal para capturar, torturar, matar e ocultar os restos mortais de militantes de esquerda.
 
Entre os que receberam e-mails com ameaças do grupo que se identifica como Comando Barneix, do Uruguai, está o brasileiro Jair Krischke, coordenador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, sediado em Porto Alegre-RS. 
 
Além do brasileiro, também foram ameaçados o ministro da Defesa do Uruguai, Jorge Menéndez; a diretora do Instituto de Direitos Humanos do Uruguai, Mirtha Guianze; e Hebe Martínez Burlé, responsável por levar à Justiça o caso que condenou o ditador Juan María Bordaberry.
 
O nome do grupo é uma homenagem ao general Pedro Barneix. Em 2015, depois de três anos respondendo a processo por homicídio, Barneix não compareceu a uma intimação para depoimento e a juíza ordenou que a polícia fosse procurá-lo. Quando o policial o encontrou, Barneix suicidou-se com um tiro na cabeça.
 
O pedido de apuração que partiu da presidência da CDHM foi endereçado a três órgãos: a Secretaria-Geral da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, aos cuidados do secretário Paulo Abrão; a presidência da Mesa Diretora do Parlamento do Mercosul, que hoje está a cargo do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e para Deborah Duprat, procuradora-geral dos Direitos do Cidadão, vinculada à Procuradoria-Geral da República. 
 
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Redação

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