Wagner defende demarcação de terras indígenas na Bahia

Wagner defende demarcação de terra indígena como solução de conflito na Bahia

Por Alex Rodrigues

Da Agência Brasil 

Ex-governador da Bahia, cargo que ocupou até essa quarta-feira (31), o novo ministro da Defesa, Jaques Wagner, defendeu hoje (2) a demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença como forma de amenizar a tensão entre não índios do sul da Bahia e as comunidades indígenas que exigem a demarcação do território que dizem ter pertencido a seus antepassados.

“No sul da Bahia, o caso ganhou transtornos complicados porque o Ministério da Justiça ainda não registrou sua posição. Não quero dizer que fulano ou sicrano tem culpa – até porque, tenho sempre trabalhado em sinergia com o ministro José Eduardo Cardozo e com a Funai [Fundação Nacional do Índio]. Mas, em política, a pior decisão é a que não se toma”, declarou Wagner durante a cerimônia de transmissão de cargo, realizada pela manhã, em Brasília.

A área que os índios reivindicam mede 47.376 hectares (1 hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial) e abrange parte do território das cidades de Buerarema, Ilhéus e Una. Reivindicada pelos índios há décadas, foi identificada e delimitada pela Funai em 2009. Para a conclusão do processo demarcatório, o Ministério da Justiça precisa expedir a portaria declaratória, reconhecendo a área como território tradicional indígena. Por fim, é necessário que a Presidência da República homologue a decisão.

“É preciso que saia uma demarcação. E quem se sentir desconfortável irá à Justiça. Não tendo uma decisão, a tensão tem aumentado, pois as pessoas não sabem quais seus direitos”, acrescentou o ministro, referindo-se à ocupação de fazendas pelos índios e aos confrontosregistrados com maior intensidade entre o final de 2013 e o primeiro semestre de 2014. Na época, a pedido de Wagner, então à frente do Poder Executivo baiano, o Ministério da Justiça enviou para a região integrantes da Força Nacional de Segurança Pública a fim de reforçar a segurança em cidades com Buerarema.

Procurado para comentar o assunto, o Ministério da Justiça não havia respondido até o momento da publicação desta matéria.

 

Redação

14 Comentários

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  1. Não entendo como é que um

    Não entendo como é que um cara é recém nomeado ministro de uma pasta e se mete em assuntos de outra pasta.

    É o quê?

    Dar munição aos inimigos?

    Criar distensões dentro do governo?

    Fogo amigo?

     

  2. Isso não bom para o bon vivant

    O coitado do ministro da justiça será obrigado, forçado a fazer o que não gosta; trabalhar.

    Ninguem deveria ser obrigado a trabalhos forçados, o trabalho deveria ser uma opção, um direito.

    O ministro, fã incondiconal de Aécio Neves, vê-se agora na contingencia de fazer o que nunca fez nesse governo.

     

     

  3. demarca logo todo o Brasil

    demarca logo todo o Brasil pois se a questao é “justiça antropologica ”  fato é que os indios estavam aqui primeiro e foram na maioria dizimados…

     

  4. Wagner – direito a ex-governadores carro e motorista vitalicio

    Oi, Nassiff, se verdade, você poderia dar mais visibilidade a essa nova Lei absurda  assinada por Wagner? Obrigada.

     

    “Antes de terminar seu segundo mandato como governador da Bahia, Jaques Wagner sancionou a lei que dá direito a ex-governadores utilizarem, de forma vitalícia, serviços de motorista e segurança, de sua livre escolha dentre os servidores do quadro de provimento permanente do Estado.”

    http://noticias.r7.com/bahia/no-termino-do-mandato-jaques-wagner-sanciona-lei-que-garante-motorista-e-seguranca-a-ex-governadores-02012015

  5. Demarcação.

    Não é preciso demarcar todo o Brasil, até porque não tem índio em todo o território nacional. O Mato Grosso do sul é o estado que mais tem índios esperando demarcação. Pois se o governo demarcar, o mundo não vai acabar ainda vai sobrar muita terra para a lavoura, pecuária e a cana. O que os produtores rurais querem é que se demarque logo. O que impede a demarcação? Aqui no MS o governo não quer pagar o preço das terras. Isso porque as terras indígenas foram loteadas pelo Getúlio Vargas e agora depois de 70 anos os índios reivindicam seus direitos. Então é fácil de resolver é só pagar as terras aos agricultores, com o valor correto de mercado.

  6. Tenho uma sugestão: O Wagner

    Tenho uma sugestão: O Wagner acumula a pasta da defesa com a da justiça. Zé Cardoso que gosta tanto de holofote, fica de testa-de-ferro e atua como porta-voz. Faz relações públicas com o pig´*. Cada um na sua.

    * Só do pig, porque a Agência Brasil ele não atende. Diz que não está 

  7. É de fato a questão mais

    É de fato a questão mais importante do Brasil atual, dar terra para indio coçar o dedão , não fazer absolutamente nada, depois de dar a terra precisa dar cesta básica, bolsa familia, enxada não precisa porque eles não plantam nem mandioca.

    1. André Araújo

      vc errou no verbo: não é dar é devolver..um erudito como vc não pode cometer esse pecado com nossa Língua Pátria..

      “assim não pode assim não dá” de um  ex Presidente de triste memória para a maioria do brasileiros..

  8. buenos…enquanto o ramerrão

    buenos

    …enquanto o ramerrão desse interminável vai-e-vêm-não vai-nem vêm da politica indigenista nacional morre de inveja da poderosa canetada objetiva direta rápida ligeira isperta do governador baiano em prol das aposentadorias de monta montororeanas aos pobres insalubres governadores baianos… resta aos injustiçados indigentes indígenas das terras brasilis esta imagem de toda uma vida esperando godot…

     

  9. Wagner.

    Se Wagner aprovou mesmo essa pensão está erradíssimo. Resaltando que o ex-governador da Bahia fez um ótimo governo. Conversei com um professor de lá, ele disse que os salários valorizaram, foram feitas várias faculdades pelo interior. E com tudo isso os servidores ainda não gostam do Wagner, porque ele seria truculento! O PT só venceu porque o povo não queria o Carlismo de volta. Enfim, o Jaques Wagner é competente, é o que dizem seus conterrâneos, mas não é perfeito, ninguém é.

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