77 anos, desempregado: o caso do filósofo Luiz Carlos Maciel

Do Gutemblog

O caso escandaloso do filósofo Luiz Carlos Maciel, do Pasquim

Arthur Gama com pesquisa de Maria Helena Verissimo para o www.gutemblog.com

A hipocrisia brasileira – que se encrespa contra todo tipo de preconceito e assumiu a vanguarda mundial pelo reconhecimento dos direitos humanos de homossexuais, negros e quem quer que por alguma razão seja discriminado socialmente, e acaba de quebrar os grilhões da aposentadoria compulsória de magistrados aos 70 anos – podia dormir sem o inesperado anúncio do filosofo e escritor Luiz Carlos Maciel acaba de publicar na internet:

“Um tanto constrangido, é verdade, mas sem outro jeito, aproveito esse meio de comunicação, típico da era contemporânea e de suas maravilhas, para levar ao conhecimento público o fato desagradável de que estou sem trabalho e, por conseguinte, sem dinheiro. É triste, mas é verdade. Estou desempregado há quase um ano. Preciso urgentemente de um trabalho que me dê uma grana capaz de aliviar este verdadeiro sufoco. Sei ler e escrever, sei dar aulas, já fiz direções de teatro e de cinema, já escrevi para o teatro, o cinema e a televisão. Publiquei vários livros, inclusive sobre técnicas de roteiro, faço supervisão nessas áreas de minha experiência, dou consultoria, tenho – permitam-me que o confesse – muitas competências. Na mídia impressa, já escrevi artigos, crônicas, reportagens… O que vier, eu traço. Até represento, só não danço nem canto. Será que não há um jeito honesto de ganhar a vida com o suor de meu rosto? Luiz Carlos Maciel. [email protected]

No país que que quebra e criminaliza preconceitos de todo tipo – de cor, raça, gênero, região – é espantoso que o envelhecimento seja tão duramente perseguido com o afastamento compulsório dos idosos de atividades econômicas, profissionais, culturais – da própria vida útil.

Gaúcho, nascido em 1938, professor de teatro, com referências no currículo de temporadas na Universidade da Bahia (nos tempos de Glauber, Ana Adler, João Augusto e Eros Martins Gonçalves) e no Carnegie Institute, de Pittsburgh, nos Estados Unidos e idolatrado no Rio como interprete do filosofo Herbert Marcuse e autor de textos no Pasquim (segundo a lenda, era um craque em psicanálise e admirado por Millôr Fernandes, extremamente seletivo na seleção de amigos), Luiz Carlos Maciel marcou época na Rede Globo, onde talento e validade artística são medidos de forma implacável pelo sucesso comercial. Casado com a bela e talentosa atriz Maria Claudia, protagonista de novelas, filmes e peças de teatro, não lhe faltava nada para fazer o encanto dos cariocas. Escrevia livros, teleteatro, dirigia espetáculos.

De repente, sumiu. Tal como Maria Claudia, que teve problemas com as cordas vocais, depois voltou milagrosamente recuperada e novamente sumiu. Imaginava-se que estava recolhido, ensinando ou trabalhando discretamente em algum jornal ou editora.

Agora, com esse anúncio patético – um SOS desesperado, ainda por cima dando sinais de humor com a frase “O que vier, eu traço. Até represento, só não danço nem canto. ” – Luiz Carlos Maciel joga na cara da sociedade brasileira o abandono dos idosos. Se ele, um intelectual com tal bagagem, confessa-se sem dinheiro, imagine os idosos sem currículo e sem referências…

Aliás, há neste momento outro sinal escandaloso da repugnância nacional pela velhice. O fracasso da novela Babilônia, que apesar do grande elenco e dos autores famosos está perdendo em audiência para os outros três seriados da Globo, inclusive Malhação, está sendo atribuído aos papéis das atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, que brilham como um casal homossexual ativo (e além de ativo, intelectual e passional). Segundo analistas da área de pesquisa, o público aceita e idolatra Fernanda em papéis cômicos e Nathalia em papéis dramáticos de velhinha caduca ou coadjuvante, jamais no vigor humano e sexual que desfrutam além dos 80 anos.

A expectativa de sobrevivência atém dos 70, além dos 80, em condições físicas e mentais normais, é um castigo para homens e mulheres brasileiras que pretendam exercitar plenamente seus papéis profissionais e resistam à aposentadoria. Como está demonstrando, via Internet, o filosofo Luiz Carlos Maciel, 77 anos, notável saber, desempregado.

Redação

23 Comentários

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  1. Por óbvio o currículo dele merece mais, mas?? “sem dinheiro”

    Por óbvio o tem um ótimo currículo.

    Como ele se expôs, posso questionar:

    Por que ele não está aposentado?

    Por que não teria direito a um salário mínimo R$788,00 que pessoas com mais de 65 anos e com renda atual de até R$197 tem direito?

     

    Por óbvio qualquer pessoa considerada idosa pode a as vezes até deve trabalhar ou manter alguma atividade, lógico quem trabalhou à vida toda em atividades operacionais ou serviço braçal iria querer descanço, na maioria dos casos.

    Minha dúvida é o “sem dinheiro”, pois fica um pouco subjetivo, mas acredito que deve ser “sem dinherio” para manter alguma coisa ou manter um certo padrão. Pelo o currículo merece ganhar bem.

      1. Não, mas quem precisa de ajuda são os miseráveis!

        Não, mas dependendo da situação poderia ajudar, principalmente em caso de falta de moradia ou alimento. Minha indagação é  por que não recebe benefícios previdenciários ou assistenciais?

        Sensibilidade tenho com quem precisa. Agora se for ajuda para manter padrão? infelizmente eu não posso, pois mal mantenho o meu, e se pudesse, iria ajudar quem mais precisa, ou seja, os miseráveis.

        Caso fosse da área ai sim poderia ajudar, pois o mesmo tem um bom currículo, mas iria querer saber mais sobre o “sem dinheiro.” 

         

         

          1. Você sabe ler??

            Disse que o mesmo tem um ótimo currículo e merece ganhar bem, mas quem provalvemente não tem muitos conhecimentos é você? Há uma diferença enorme entre Seguridade Social, em que temos: Assistência Social, Previdência Social e Saúde e manter Padrão.

             

            Essa retórica de mudar as palavras são bem conhecidas, releia o meu texto, jamais disse que ele não merecia ter um bom salário, mas “sem dinheiro”?? tenho amigos formados em engenharia que não são engenheiros, no entanto, não estão sem dinheiro, muitos são operários em chão de fábrica, ganham entre R$1.200 a R$2.500, mas não estão sem dinheiro.

            Tais amigos também queiriam ter o padrão de engenheiro, pois a categoria tem um piso, por volta de R$6.500, mas não atuam como tal, oras, o Brasil é injusto com pessoas novas? imagene a velhas? no entanto, seria rídiculo um cara que ganha R$2.500, se associar com noções descrito na Seguridade Social. 

            Tinha dúvidas, mas agora tenho certeza que nãp sabe nada do conceito de Previdência ou Assistência Social, e nem ao menos procura se informar, poderia ter argumentações melhores.

            Sua retórica é mudar o que foi escrito. 

             

          2. Nada disso é relevante para este tópico

            Que é sobre o fato de um homem com o currículo dele estar descartado por ser velho. Quem misturou papo de Seguridade Social na história foi você. Nao é cspaz de se sensibilizar por um homem como ele estar descartado, só é capaz de manifestar sua pobreza de espírito. Inveja, provavelmente.

  2. No Brasil de hoje, comandado

    No Brasil de hoje, comandado por uma televisão que define o que o deve e o que não deve ser visto ou lido, a arte, a filososfia e a sabedoria foram para no lixo. O Brasil foi totalmente engolfado pela ditadura fascista do espetáculo, que matou um longo casamento da boa arte com o espetáculo viável economicamente; e na separação ela favoreceu apenas aos especulosos e falsos conhecedores, deixando na indigência os verdadeiros artistas e filósofos. Este tempo faz lembrar os tempos de Tchecov, onde os poetas e artistas russos tinham o respeito do povo, que mandava suas crianças lhes pedir a bênção, mas estas grandes figuras viviam esfarrapados pedindo esmolas pelas ruas geladas, enquanto os gordos capitalistas russos lotavam as óperas de sua propriedade, com sua calefação luxuosa.  

  3. Se sou diretor de alguma

    Se sou diretor de alguma emissora de TV, contrato o cara na hora, tem muito o que ensinar aos mais jovens. 

  4. Não entendi o sentido da

    Não entendi o sentido da comparação do texto, do desemprego do senhor com a proteção social ás minorias.

    O Estado também oferece proteçao social, a quem tem mais de 65 anos e renda menor que tanto, de um salário mínimo, como bem lembrou outro comentarista.

    Desejemos sorte ao senhor Luiz Carlos que possa conseguir um bom emprego e exercer as atividade que goste.

    Outra questão é que realmente o País precisa se preparar bastante, nos próximos anos, tanto para uma mão-de-obra mais idosa, quanto para mão-de-obra de imigrantes, visto que a taxa de natalidade não para de baixar e a expectativa de vida não para de crescer.

    Não haverá outra alternativa para nós a não ser que queiramos uma estagnação economica muito mais que a que estamos assistindo agora.

     

     

     

  5. Não perdia nem um artigo dele no Pasquim

    Era leitor compulsório da coluna de Luis Carlos Maciel no Pasquim, a famosa “Underground”. Pergunto: o que podemos fazer? Uma sugestão: Talves ele criasse o seu blog, que poderia ter uma parte paga, como alguns são, e ele poderia começar relançando seus antigos artigos do “Underground”, com algum comentário atual.

    1. Um crowdfunding

      Para um projeto educacional/cultural coordenado por ele.

      Crowdfunding e empréstimos person to person (não confundir com agiotagem) -que não param de crescer na China- são as saídas para um país que não possui um sistema bancário viável para financiar investimento nem consumo.

  6. O buraco é mais embaixo …

    Que me desculpem os comentários anteriores – que ficaram nas generalidades. Vou falar por experiência, por ter idade semelhante a de Maciel, ser jornalista e bacharel em História, aposentado pelo INSS e estar desempregado e, também, precisando de mais grana para sobreviver com dignidade. A diferença que não tenho o nome e o Currículo de Maciel. Mas vamos lá!

    Há quase um ano, envio regularmente meu CV para ofertas de trabalho, sem esconder a minha idade e sem pretender ocupar as vagas de estagiário, que são a maioria absoluta. Só de uma das ofertantes de empregos mandei quase 100 CVs. Pra falar a verdade, recebi um teste absurdo via email e fiz uma entrevista em todo esse tempo.

    Pra quem não sabe, o empregador traça um perfil do futuro profissional ao anunciar um emprego. E sempre começa com a idade. O que acaba me escanteado assim como o Maciel.

    Isso é uma constatação.

    Na verdade, existem ofertas para a chamada 3a. idade, mas para candidatos/as a empregos sem qualificação profissional. Assim, os idosos qualificados como eu e o Maciel e muitos outros/as estamos colocados a margem do mercado de trabalho. Ainda mais no caso do jornalismo que vive o drama do final de linha para revistas e jornais.

    É preciso pensar e propor saídas para o aproveitamento dos idosos qualificados profissionalmente. O Brasil não pode abrir mão dessa rica mão-de-obra que custou muito caro para o País formar.

    Vamos às propostas!

     

    1. O buraco é mais embaixo
      A grande contradição da realidade
      dos idosos qualificados muito bem explicada aqui, é a existência no poder público da maior população por m2 dos idosos mais inúteis deste país…basta conferir quem tem mais de 60 anos no congresso, no senado,no entorno do Presidente,em todas as assembléias legislativas do Brasil inteiro, no Supremo, e em muitas repartições públicas onde muitos são metas figuras decorativas de alto custo,e produtividade zero!!

  7.  
    Concordo que a questão do

     

    Concordo que a questão do envelhecimento deva ser debatida, já que é um desafio a ser enfrentado em todo canto do mundo. Mas não consegui entender qual a relação da situação do filósofo desempregado com os incipientes avanços das causas sociais a favor de negros e homossexuais em nossa sociedade.

    No mais, a aposentadoria é algo que precisa de planejamento, por isso,  na época das vacas gordas, é necessário cuidar do que se tem. Isso vale para artistas e intelectuais. Mesmo porque o campo cultural em nosso pais sempre foi muito restrito, o que leva a constatação de que o sol não brilhará para todos e, para aqueles que tiveram sorte, ele não brilhará eternamente.

    Acreditem, quando se é preto, pobre e velho o buraco é muito mais embaixo .

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    1. Mais uma Se nao está no ápice da miséria nao merece solidariedd?

      Claro, ele deve ter direito a um salário mínimo. Com uma história de vida dessas! Se há outros miseráveis que vivem com tanto, é indiferente que ele seja mais um? Que visao torpe de justiça social é essa?

      1. Quem está no ápice da miséria merece ajuda!

        Se ele estiver nessa situação com certeza vai precisar de ajuda, o mesmo se expõe e se diz “sem dinheiro” e que “O que vier, eu traço.”. Oras, seja coerente, visão torpe é as sua, como uma pessoa/leitor que ganha 1 salário mínimo irá ajudar. A solideriedade de quem está no ápice do salário mínimo é ajudar quem ganha menos do que isso.

        Se o mesmo quer manter o padrão, então texto misturou o “social” com “padrão”, são coisas bem diferentes.  No mais, estudo sobre a história da seguridade social.

         

  8. Grande Carlos Maciel!

    Grande Carlos Maciel! benvindo ao mundo dos invisiveis. Lembre-se de Rembrandt: ” nao sei qual é a gloria do artiste. Provavelmente, a de morrer pobre”

  9. Meus caros 
    Esse problema de

    Meus caros 

    Esse problema de trabalho X  idade    é   antigo.

    O sr Machel  é  uma celebridade  que pode repercutir na mídia. 

    Há   muitos profissionais que dependem da caridade  familiar por falta de uma política pública. 

    Depois ficam discutindo  ajuste fiscal  achatando  os aposentados.

    Essa  mídia  vendida   vai  passar por esses  problemas  a menos que continue mamando nas telas do  governo. 

     

  10. Meu amado teacher na decada de 70, Luiz Carlos Maciel
    Oi, Luiz Carlos Maciel,
     Vivo na Escocia, no momento, e pelo blog do Nassif li a sua mensagem e solicitacao de emprego. Lamentavel. Mas, olha, muitas vezes a crise vem para nos fazer crescer, e voce sabe disso muito bem. Infelizmente, nao ha’ nada que eu possa fazer concretamente para ajudar a situacao.
     Porem, quero te dizer que voce foi uma referencia importante para mim, no passado, com suas dicas e artigos no Pasquim. Li seus livros e considero voce um dos meus honrados e estimados “teachers” para entender a contracultura, o pensamento alternativo, a experiencia psicodelica e mistica, a essencia de Heidegger, Marcuse, as interpretacoes de Roszak, comunidades, volta ‘a natureza – abrindo portas para a compreensao de um monte de coisas que eu nao sacava. Eu cresci muito como pessoa sob sua influencia. Nova consciencia… 

    Eu vinha de uma militancia de esquerda, marxista; e me envolver com suas ideias e seguir por um bom tempo a sua trilha foi realmente uma mudanca de paradigma fundamental para minha evolucao intelectual e pessoal. Voce trocou em miudos coisas que eu nao entendia, mas passei a entender.

    Na verdade, inicialmente, eu nao gostava do que voce escrevia no Pasquim. Achava alienado. Foi a partir de 1973 que entrei em crise pessoal e fui me abrindo para outras visoes da vida. Isto me levou a ler, estudar, o seu livro, e passei a buscar tudo o que voce ja’ tinha escrito. Tenho muita gratidao pela sua contribuicao naquele conturbado momento da historia brasileira e mudancas culturais em todo o mundo ocidental.

    Hoje sou uma pessoa muito voltada para a dimensao espiritual da vida, mas tambem continuo interessado nas questoes politicas, sociais e ecologicas. E penso muito em voce, com carinho.
     Quero te desejar boa sorte, e que apareca o mais rapido possivel uma proposta de trabalho, de atividade que lhe permita fazer uso de sua privilegiada capacidade de compreensao das coisas da cultura, da arte, e do ser humano.
     No blog do Nassif, um comentarista (que lia voce no Pasquim e curtia muito) sugeriu que voce criasse um blog. A juventude brasileira nao pode prescindir uma capacidade intelectual (e mais do que isso), como a sua para se educar e se cultivar. Pense nesta possibilidade.
     Acho que algum, blog, alguma organizacao vai chama-lo para fazer alguma coisa nesta linha. Seria muita falta de visao se alguem nao fizer algo assim. E acho que voce sera’ muito bem acolhido pelos leitores inteligentes de nosso pais, principalmente os jovens, que ainda precisam muito de sua contribuicao. Espero que estas dificuldades pessoais momentaneas, e a situacao pela qual passam o Brasil e o mundo, nao tenham reduzido o seu otimismo e amor pela vida.
     Forte abraco com carinho, e desejos de muito boa sorte pra voce.
     Humberto Mafra

  11. Triste !

    Muito triste ler isso s/ alguém que mt contribuiu para  grandes risadas no Pasquim. Enquanto aqueles que mt nos fizeram chorar, tanto naquela época, como agora, recebem gordas aposentadorias.

  12. Maciel, Outra sugestão!

    Por incrível que pareça, a juventude atual navega nas águas que Luiz Carlos Maciel tanto propagou, posso dizer pela milha filha de 19 anos; Temas como natureza, alimentação natural, o retorno às raízes mais fundamentais da civilização, xamanismo, o estudo das religiões e muitos outros temas alternativos estão cada vez mais presentes em muitos grupos de jovens hoje. Para resumir, posso dizer que os temas que você tanto divulgou estão na ordem do dia. Aquelas sementes que foram plantadas germinaram e cresceram. Você poderia formatar uma programa com esses temas, que não tem em nenhuma tv e apresentá-lo como proposta à Rede Brasil por exemplo, ou outra tv. Vai ter público sem dúvida!

  13. Uma comparação

    No Japão, além da aposentadoria que eles recebem, o maior sonho da maioria dos japoneses, é quando puder se aposentar, montar um negócio próprio, virar patrão, e morrer trabalhando. Para isto eles guardam dinheiro a vida toda, na intenção de montar seu próprio negócio na terceira idade. . Isto num país que tem um dos maiores PIBs do mundo. Nada mais apropriado, num país de workaholics.

    Aqui no Brasil onde muito nem se preocupam em contribuir com o INSS, principalmente se são autônomos, o sonho, é se aposentar, para ficar descansando.

    O que se aprende disto? Este é um país que vive em crises e mudanças legislativas, inclusive na legislação previdênciária. O mais sensato é que cada um pense em ter várias fontes de renda, ao chegar na terceira idade, pois surpresas vindas do Governo, são comuns. Dinheiro em banco pode até ser bom, mas não é 100% seguro, lembrando do que foi o plano Collor, não é bom deixar todo dinheiro que se tem depositado nele.

    Além de aposentadoria, ter imóveis (principalmente comerciais) com aluguel para receber. Se possível, pensar em ter um negócio próprio, num imóvel próprio, para trabalhar, só por esporte, depois da aposentadoria. Não descuidar de maneira alguma de pagar o INSS, mesmo se for autônomo.

    Se deixar os ovos em várias cestas, caso uma caia e quebre, sobram outros. Se não tiver ovo nem cesta alguma, não terá o que colher na terceira idade, num país que cultiva o individualismo, é muito duro. Em uma palavra, diversidade de aplicações, na medida do possível.

     

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