O fim da louca aventura de Eike – ARTIGO INTEGRAL

A grande ambição de Eike não era se tornar um Warren Buffet, um Paul Getty ou um bilionário vulgar: era ser um Eliezer Baptista, seu pai, um dos fundadores do Brasil moderno.

Eike foi criado em um ambiente em que se pensava o Brasil, o Rio dos anos 50 e 60 onde conviviam visionários, como Eliezer e Raphael de Almeida Magalhães, juristas brilhantes como José Luiz Bulhões Pedreiras e San Thiago Dantas, lobistas com conteúdo, como Jorge Serpa e José Luiz de Magalhães Lins, grandes financistas, como Walther Moreira Salles.

Esse mundo desprezava os apenas ricos, o café society. A conversa recorrente era sobre o Poder – na sua expressão máxima. Consideravam-se os iluministas, os faróis de um país às escuras, os estrategistas da modernização. E, de certa forma, eram.

Sem o ímpeto econômico de São Paulo, sem o empreendedorismo rústico das novas regiões do país, enfeixavam em si um projeto de país, moderno e internacionalizado e com enorme competência para identificar as maneiras de se beneficiar das decisões de governo.

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Era esse reconhecimento que Eike ambicionava. E o que levou a não se conformar de ser apenas bilionário.

Não se considere Eike como fruto exclusivo de benefícios estatais. Ele foi um fenômeno de mercado, primeiro, para depois se tornar um dos “campeões nacionais” apoiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Seus primeiros avalistas foram grandes bancos privados, como o Itaú, o Bradesco, o Santander, grandes fundos internacionais.

Vários fatores contribuíram para isso:

1. A explosão do Brasil no mercado internacional, depois da crise de 2008, e a percepção de que a infraestrutura brasileira se tornaria um dos investimentos mais atrativos para o capital financeiro.

2. O sucesso de Eike nas suas primeiras investidas internacionais, atraindo capital canadense e britânico para suas minhas de ouro e ferro.

3. A enorme liquidez internacional, fruto da política norte-americana de estímulos monetários e da queda generalizada das taxas de juros internacionais.

4. O apoio expresso do governo, que há anos sonha com os grandes empreendedores articulando capital privado para as obras de infraestrutura.

5. O sonho de novo Eldorado, trazido pelas descobertas do pré-sal, o sucesso de Eike no leilão de um dos poços de petróleo e a cooptação de grandes nomes da Petrobras para trabalhar com ele.

6. A visão estratégica de Eliezer Baptista.

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Há anos Eliezer trabalhava o conceito de investimentos integrados em logística – ou seja, como amarrar investimentos em ferrovias, rodovias com investimentos em portos; a partir daí, como estimular a indústria naval e os diversos modais.

Em função da sua abrangência, eram estudos para serem assumidos por governos – como foi o caso do “Brasil em Ação”, do governo FHC, montado em cima dos estudos do mestre.

O que Eike fez foi embalar todos esses sonhos em planos de negócio ousados, atrair grandes executivos com participação em resultados e ir a mercado captar recursos privados e públicos. A visibilidade que ganhou, a celebração dele pela mídia nacional a internacional, como um novo Bill Gates, criaram a ilusão final. E aí o mercado aboliu completamente as análises de risco.

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Há duas maneiras de analisar o risco. Uma, o risco do negócio em si; outra, o risco sistêmico, isto é, os fatores extra-empresas que poderão afetar seu desenvolvimento.

Todas as empresas de Eike formavam um todo lógico em torno da petroleira OGX. Os poços justificariam os estaleiros, os portos, com os investimentos de tal forma amarrados entre si, que o fracasso da nave mãe, a OGX, levaria os demais a pique.

Também não avaliaram um ponto central: o fator tempo. Para a engrenagem funcionar, haveria a necessidade do cumprimento de cronogramas rigorosos, que permitissem a geração de caixa em tempos exíguos.

Ora, todas as empresas nasceram do zero. Contratação de pessoas, definição de sistemas, montagem de processos, regras de negócios, contato com fornecedores, não são trabalhos triviais. Bradesco, Odebrecht, Itaú, Embraer, Petrobras conseguiram saltos de crescimento porque dispunham de uma corporação já montada, uma base de quadros técnicos e de executivos, e modelos de gestão consolidados, podendo ser replicados. Eike era apenas um plano de negócios, algumas ideias grandiosas e um conjunto de executivos contratados a preço de ouro.

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Mais que isso. Com o tempo, ficaram nítidas algumas características preocupantes na personalidade de Eike: um deslumbramento com o próprio sucesso e com a própria riqueza.

Nem se fale de seu ar de evangelizador do capitalismo no Twitter – Abilio Diniz é mais ridículo e nem por isso deixa de ser um grande empresário. Mas quando começou a adquirir símbolos do Rio, como o Hotel Glória, barcaças na Guanabara, quando colocou um carro valiosíssimo na sala de sua casa, quando se apresentou como campeão de corridas náuticas para melhorar o ego, afetado por um fim de casamento traumático, ficava nítido a falta de amadurecimento.

O primeiro sinal de debilidade administrativa foi quando seu principal executivo, Rodolfo Landim, tirado a preço de ouro da Petrobras, pediu as contas. Foi só aí que o estilo pouco gerencial de Eike passou a ser levado a sério pelo mercado.

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Tudo poderia ter sido superado se a OGX de fato produzisse petróleo. Mas, depois de diversos factóides, da divulgação de relatórios otimistas sobre sua capacidade e, depois, da constatação de que não conseguiria ser viável, ruiu o mundo de Eike.

Se o início da sua aventura não denotava burlas, o início da derrocada abriu o flanco para inúmeros questionamentos – que acrescentarão anos e anos de dor de cabeça a ele. Como os comunicados sucessivos ao mercado, iludindo os investidores sobre as perspectivas da empresa; as operações no mercado futuro, indicando informação privilegiada dos vendedores; os relatórios da empresa de consultoria que, segundo Eike, garantiriam o otimismo com o empreendimento.

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O desastre não afetará o país. Mas atrasará a gana dos investidores em buscar projetos grandiosos, à altura do que é exigido nos investimentos de infraesrutura.

Luis Nassif

94 Comentários

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  1. Eika é um “fanfarão” (para

    Eika é um “fanfarão” (para não usar outra expressão) e para mim era inacreditável que algum homem sério o considerasse. Quem foi irresponsável a esse ponto, o fez com culpa.

  2. Impérios industriais sólidos

    Impérios industriais sólidos não são construidos do dia pra noite no mundo de hoje. Grande parte da riqueza de Eike Baptista é valor de mercado, não é palpavel, é só bolha, bolha financeira.

    1. Rarará… só mesmo sendo

      Rarará… só mesmo sendo muito otário para cair nestas charges bobinhas. Eike pode estar fudido… mas está muito bem pago e continuará rico por muitas gerações. Os Batistas não dão ponto sem nó. 

  3. Na verdade todos estavam

    Na verdade todos estavam deslumbrado com o Eike , era o novo bilionário Brasileiro a entrar na lista do FORBES , um verdadeiro conto de fadas , era o nosso midas . Mas o principe se transformou em sapo e agora so esperamos que do reino do BNDS , alguem venha a público informar o tamanho do rombo e quem fica com o preju

  4. “O senador Aécio Neves

    “O senador Aécio Neves  defendeu, nesta terça-feira, em Brasília, a reestatização da Petrobras”:

    Como, por exemplo, a concessao para mineracao no Amapa, que ele conseguiu baratinha baratinha do governo brasileiro…  E menos de 3 anos depois vendeu por cinco bilhoes.  Desse dinheiro nem um centavo sobrou no Amapa.  (E hoje ate mesmo esse dinheiro ja se esvaiu no nada.)

    Essa eh a razao da minha antipatia a ele, alias.

  5. Uma grande pista sobre Eike,

    Uma grande pista sobre Eike, a sua trajetória,  o seu incensamento pela grande mídia, a facilidade da obtenção de recursos, o “mercado” inflando a sua competência, pode estar no livro  “Os Cabeças – de – Planilha”, de Luis Nassif quando ele aborda, se referindo a outros casos: Trecho do prefácio do livro:

    “Era patente o entusiasmo do jovem Gustavo com seus personagens. Considerava o conselheiro Mayrink um vulto do tamanho de Mauá. E tinha em Rui Barbosa seu ídolo absoluto. O que mais intrigava no livro era a preocupação central de Gustavo em saber por que o modelo de Rui não dera certo. Não questionava os privilégios conferidos a Mayrink, nem sequer via correlação entre esses privilégios político de Rui, ou com as medidas que ele tomou no decorrer de 1890 para consertar o erro de partida, privilegiando um banqueiro sem capital, um empreendedor sem escrúpulos. A pergunta reiterada de Gustavo era: o que faltou para dar certo? E conclui que faltou um Banco Central para impedir as ondas concêntricas que se seguiram à quebra do Banco Baring na Argentina.

    Uma leitura mais acurada permitia entender que o que encantava o jovem Gustavo não eram as formulações econômicas em si. Era algo muito mais sofisticado: como aproveitar o momento para inverter o jogo de poder, mudar o país, impor uma nova elite. E tornar-se sócio dela.

    Rui era seu símbolo máximo, porque era o intelectual classe média que lograra utilizar o poder do conhecimento não para ir a reboque desses empresários “atrasados”, ou desses políticos “malandros”, preconceitos que ficaram evidentes em quase todos os seus discursos, mas para ser, ele próprio, fonte autônoma de poder.”

  6. Impressionante

    Ao acompanhar esse processo, fiquei com a impressão – guardada a devida proporção – de que Eike Batista deu um dos golpe mais antigos do mundo: vendeu a imagem de bem sucedido, expondo-se com mercadorias de valor, carros, casas, mulheres bonitas, e associaram isso a um empresário bem sucedido.

    Que investidores caiam nessa, mais o BNDES?!?!?

    Lembrei do filme em que o Will Smith finge ser filho do Sidney Portier, Seis graus de separação, para entrar na casa dos ricos e roubar suas obras de arte.

    Enfim, não deixa de ser triste.

  7. Adoraria que o blog, ou o

    Adoraria que o blog, ou o brasilianas.org, fizesse uma entrevista com Rodolfo Landim, responsável (?) pela guinada de Eike para o mundo do petróleo.

    Pelo que Nassif fala no item “Vários fatores contribuíram para isso:”, as coordenadas eram perfeitas, lúcidas, coerentes e factíveis. O que deu errado?

    Minha resposta é de que todo balão que é inflado (salve o mercado, salve a grande imprensa e IP IP! HURRA!! aos empréstimos fáceis) além de sua capacidade, explode.

  8. Ou seja… A boa inciativa

    Ou seja… A boa inciativa privada, assim como os bons governos, dão certo. As más, sejam privadas ou governamentais, tendem ao fracasso. E novamente, palmas para a nossa grande Imprensa; que, neste caso, fez tudo, menos bem informar…

  9. A imagem que eu tenho do Eike

    A imagem que eu tenho do Eike é a de um vendedor de carros usados que deu certo. Por algum tempo, ao menos. Vendeu sonhos a peso de ouro e muita gente comprou. Claro que a imprensa teve sua responsabilidade na construção do mito. Mas até que ponta a proximidade dele com o governo do PT não ajudou a iludir os investidores?

    Enfim, a derrocada do Eike e a recente “fusão” da Oi mostram que essa politica — ao que parece, não assumida — de “campeões nacionais”, além de levada a cabo com décadas de atraso, é muito cara e arriscada.

      1. Olha que comentário bonito.

        Olha que comentário bonito. Mas “comentarista de esgoto” são só os outros, certo?

        Bom, já deu sua “constribuição” pro debate. Agora pode voltar, ciente de que fez o melhor que podia, lá pro altar onde tá a estátua do Lula e continue beijando os pés dela em adoração. Se é que você fica só nos pés…

      2. Não é pegar o PT para Cristo

        Não é pegar o PT para Cristo , mas entender como foi feito um emprestimo de dinheiro público , para um Sr. destes, sem garantia nehuma, qual é o critério.

  10. A informação que me deram

    A informação que me deram (ex-funcionário BNDES) é que a OGX “pulou etapas” na perfuração do poço para ganhar tempo e economizar nas perfurações, o que inviabilizou a retirada do petróleo (que existe sim no poço). Pelo que entendi, eles deveriam ter fieto vários “furos” preliminares para chegar à posição ideal para o poço principal, mas foram direto tentar extrair num desses preliminares e se deram mal…

  11. Paradoxo

    Quando um sujeito vende algo e não entrega, é estelionatário. Filho de político da época de ditadura é visionário atrapalhado …

    O Brasil é o que o mundo sabe. Corrupto e corrupto.

     

    Uma país que só serve aos especuladores … vê se eles falam em abaixar os tributos para aumentar a renda das pessoas diminuindo o uso do crédito???? Não, é melhor subir os juros para cima e além endividando um povo desiludido ainda mais.

    Vê se eles falam que, pela tamanho do achatamento tributário, cm uma queda, aumentaria inclusive a arrecadação pública … não, não. Falam somente do que interessa.

     

    O povo brasileiro precisa mostrar que não é trouxa. Não defendo o quebra-quebra não, mas temos que ddeixar claro que chega.

     

    Pra mim, o Eike é a cara do Brasil sim. Num país onde o setor público é o controlador do petróleo nacional, e onde uma empresa pública é a maior petroleira do país. Como pode um órgão público errar tão feio em sua avaliação e liberar tanto dinheiro para uma maracutaia dessa???? Como pode o Brasil, explorador de Petróleo, não saber dos riscos dessa gambiarra do Eike e liberar tanta grana prum cara que nunca mexeu com essa budega???

     

    Como pode PUTS GRILO a porcaria do BNDES não saber o que significa REGRA DE NEGÓCIO e não perceber que era muito dinheiro para a criação de uma empresa do 0 gerenciado por um cara que não conhece A REGRA DE NEGÓCIO?

     

    Se isso não tira o crédito de um país então … tá tudo errado no mercado financeiro mesmo.

     

    É estranho, muito estranho. Nennhuma pessoa séria acredita num país assim. Só defende aqueles que vivem da boa e velha especulação.

  12. OGX vende participação da empresa na OGX Maranhão

    OGX vende participação da empresa na OGX Maranhão para a Cambuhy
    OGX Petróleo e Gás Participações S.A. —-31/10/2013
    A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. (“OGX”) , em conformidade com o artigo 157, parágrafo 4 da lei brasileira No. 6.404/76 e com a instrução No. 358/02 da CVM, anunciou hoje que celebrou, em conjunto com certas subsidiárias, acordo de subscrição (“Acordo de Subscrição”) com a Cambuhy Investimentos Ltda. (“Cambuhy”), Eneva S.A. (“Eneva”) e DD Brazil Holdings S.a.r.l. (“E.ON”) segundo o qual e sujeito aos termos e condições nele fixados, a Cambuhy e a E.ON concordaram em investir na OGX Maranhão Petróleo e Gás  S.A. (“OGX Maranhão”) um valor total de aproximadamente R$250.000.000 (Duzentos e cinquenta milhões de Reais). O investimento será realizado via aumento de capital na OGX Maranhão, no qual a Cambuhy irá subscrever ações equivalentes a R$200.000.000 (Duzentos milhões de Reais) e a E.ON subscreverá ações equivalentes a R$50.000.000 (Cinquenta Milhões de Reais) (“Aumento de Capital”). A transação será realizada do seguinte modo:

    (i) Os acionistas da OGX Maranhão aprovaram um aumento de capital no valor total equivalente a R$250.000.000 (Duzentos e cinquenta milhões de Reais);
    (ii) A ENEVA deverá transferir seu direito de subscrição no Aumento de Capital à Cambuhy e à E.ON;
    (iii) A Cambuhy e a E.ON concordaram em subscrever R$200.000.000 (Duzentos milhões de Reais) e R$50.000.000 (Cinquenta milhões de reais), respectivamente;

    A Companhia e a Cambuhy celebraram um Acordo de Compra de Ações (“ACA OGX”), por meio do qual a Cambuhy concordou em adquirir da Companhia sua participação remanescente na OGX Maranhão por um preço de compra de R$200.000.000 (Duzentos milhões de Reais), sujeito a certos termos e condições que incluem, mas não se limitam à aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da ANP (Agencia Nacional de Petróleo), além da aprovação dos credores.

    A transação também inclui o encerramento de acordo que previa o compartilhamento de certos custos, nos termos em que a Companhia receberá um montante de aproximadamente R$144.000.000 (Cento e quarenta e quatro milhões de Reais), correspondente ao valor líquido da dívida da OGX Maranhão com a Companhia, e que será pago de acordo com as seguintes condições acordadas:

    (i) R$50.000.000 na data do Aumento de Capital;
    (ii) R$10.000.000 em cinco parcelas de Julho a Novembro de 2014; e
    (iii) Aproximadamente R$45.000.000 em Janeiro de 2015

    Adicionalmente, a MPX Austria fará pagamento de aproximadamente US$20.000.000 à Parnaiba B.V referente à aquisição de equipamentos atualmente afretados pela OGX Maranhão.

    Além disso, na data de hoje, a ENEVA, E.ON e Cambuhy celebraram um novo acordo de acionistas, o qual se tornará efetivo através da consumação do Aumento de Capital (“Novo Acordo de Acionistas”). Sujeito às mesmas condições de efetivação, a Companhia, de um lado, e a Cambuhy, E.ON e ENEVA pelo outro lado, celebraram, também, um segundo acordo de acionistas (“Novo Acordo de Acionistas OGX”), que garante à Companhia certos direitos de minoritário.  O novo acordo dos acionistas substituirá e suplantará o atual acordo de acionistas da OGX Maranhão, celebrado entre a Companhia e a ENEVA.

    O fechamento da transação descrita neste fato relevante está sujeito à aprovação do CADE e da ANP, além da aprovação dos credores da Companhia no âmbito das leis aplicáveis, entre outras condições precedentes usuais.

    A OGX irá manter seus acionistas e o mercado informados de qualquer outro desenvolvimento deste assunto.
    URL:
    http://www.ogx.com.br/pt/sala-de-imprensa/noticias/Paginas/Investimento-da-EON-e-Cambuhy-na-OGX-Maranhao.aspx#sthash.EmINGAn7.dpuf

  13. Inexperiência

    Lembro que faz algum tempo li críticas do Eike à Petrobrás. Na época o presidente da empresa rebateu a fala de Eike dizendo, entre outras coisas, que falava sobre petróleo sem nunca ter extraído uma gota sequer do óleo. 

    Discurso é uma coisa, marketing outra, persuasão uma terceira outra e experiência profissional – conhecimento do riscado – uma outra bem diferente. Em petróleo ele é um amador e foram amadores também todos aqueles que investiram os rios de dinheiro em ações num processo prioritariamente especulativo. 

    Por isso, levando o assunto para a área de educação, me incomoda muito alguém querer falar como autoridade, por exemplo, em alfabetização sem nunca ter lecionado como alfabetizador. 

    Se em qualquer área a experiência é fundamental, por que na educação as coisas são tratadas de forma diferente? 

     

  14. OGX acerta saída da OGX Maranhão e deve receber R$344 mi

    Reuters Brasil—quinta-feira, 31 de outubro de 2013 11:46 BRST(Por Cesar Bianconi e Fabíola Gomes)

    SÃO PAULO, 31 Out (Reuters) – A endividada OGX, que entrou com pedido de recuperação judicial, acertou sua saída da OGX Maranhão, em uma operação que deve garantir cerca de 344 milhões de reais à petroleira de Eike Batista, dinheiro crucial para garantir a sobrevida da companhia.
    A petroleira atualmente possui 66,7 por cento da OGX Maranhão, que tem blocos exploratórios terrestres na Bacia do Parnaíba e fornece gás para abastecer térmica da Eneva, ex-MPX e que também era controlada por Eike.

    A saída da petroleira da empresa de gás será precedida por um aumento de capital da OGX Maranhão no valor de 250 milhões de reais, segundo fato relevante nesta quinta-feira.
    O aumento de capital será subscrito pela Cambuhy Investimentos (200 milhões de reais), que tem entre os sócios a família Moreira Salles, e a alemã E.ON (50 milhões de reais). A E.ON é acionista majoritária da Eneva, que por sua vez é sócia minoritária da OGX Maranhão.
    “A nova estrutura societária e o aumento de capital proporcionarão à OGX Maranhão os recursos necessários para dar seguimento às suas operações e projetos de exploração, assegurando a continuidade das operações”, informou a Eneva em comunicado nesta quinta-feira.

    Como não participará do aumento de capital, a participação da petroleira de Eike na OGX Maranhão será reduzida para 36,36 por cento. É essa parcela remanescente que será alvo de compra pela Cambuhy.

    A petroleira receberá também outros cerca de 144 milhões de reais referentes à dívida líquida da OGX Maranhão com a OGX. Essa quantia será paga gradualmente –50 milhões de reais na data do aumento de capital da OGX Maranhão, cinco parcelas de 10 milhões de reais de julho a novembro de 2014 e ao redor de 45 milhões de reais em janeiro de 2015, segundo a OGX.
    O fechamento das operações está sujeito à aprovação do órgão antitruste Cade e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além dos credores da OGX.

    Após uma campanha exploratória que fracassou em grande medida, a OGX entrou na quarta-feira com um esperado pedido de recuperação judicial, diante do fracasso na tentativa de reestruturar 3,6 bilhões de dólares em bônus de dívida no exterior.
    A petroleira, que já foi considerada o ativo mais precioso de Eike, terá 60 dias para apresentar um plano de reorganização, caso a Justiça autorize a recuperação judicial.

    A OGX deve ficar sem caixa nas próximas semanas e corre para obter dinheiro novo com objetivo de dar prosseguimento aos trabalhos para início da produção de petróleo no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, em novembro.

    As ações da OGX, que foram suspensas no começo do pregão desta quinta e serão excluídas do Ibovespa, desabavam quase 18 por cento pouco depois das 11p0, a 0,14 real.
    (Por Cesar Bianconi e Fabíola Gomes)

    URL:

    http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE99U01D20131031?sp=true

  15. Eike e petróleo.

    Inegavelmente Eike teve sucesso em empreendimentos de mineração. Sua aventura na industria do petróleo entretanto só foi calçada na sua ousadia. Nos dias de hoje petróleo não mais comporta somente ousadia e sorte. O Ambiente onde se aventurou tem se mostrdo exclusivo para grande corporações que a muito tem investido tempo, experiência, tecnologia e principalmente fabulosos recursos humanos. O tempo dos pioneiros decididamente já passou. Contratar uma dezena de técnicoa de alto nível , mesmo eles possuindo muita informação privilegiada pode ter mostrdo o mapa da mina, mas nada que garantisse sucesso nesta empreitada

     

     

    1. Ele teve sucesso em mineração

      Ele teve sucesso em mineração quando?

      A MMX, em mais de 10 anos de existência só teve lucro em um ano. Mesmo assim, um lucro bem pequeno. Nos outros anos, só registrou prejuízo. 

  16. Eike

    Caro Nassif, seu texto sobre o Eike é extremamente superficial e pouco revela sobre as razões de seu fiasco. Mas, voce poderia ter explorado um pouquinho mais (já que voce possui uma relação de intensa amizade com este governo federal), o porque o BNDES ter escolhido o Eike como um vencedor. Porque a Dilma, em muitas de suas declarações, sempre qualificou o Eike como um exemplo de empresário nacional a ser seguido. Eu, como contribuinte, gostaria de entender as razões que levaram o BNDES a emprestar variios bilhões de reais (do nosso dinheiro) para esse grupo. O que eles viram de tão valioso nessa empreitada? Eu, como investidor, não perdi 1 centavo sequer. Mas como cidadão brasileiro, perdi muito dinheiro. Esse é meu interesse…e não a vaidade do senhor Eike que o fazia perseguir o titulo do maior bilionário do mundo. 

    1. Que dinheiro você perdeu,

      Que dinheiro você perdeu, Pedro Sales Jr.? Você está reproduzindo bobagens que os colunistas do PIG anda disparando por aí. O curioso é que você diz que a análise do Nassif é superficial, o que sugere que você conhece muito sobre esse assunto. Mas quando diz que o BNDES investiu bilhões de reais nas empresas do Eike Batista mostra que não leu nada. Apenas reproduz esse monte de asneira dos colunistas da velha mídia. O BNDES recebeu, sim, pedido de aporte de cerca de R$ 10 bilhões para o grupo de Eike, mas como não foram apresentadas as exigências requeridas somente cerca de R$ 1 bilhão foi liberado. E esse dinheiro tem avalista, então quem ficou com o papagaio na mão foram os bancos que avalizaram a operação. O BNDES sempre esteve muito bem calcado. A gestão do Luciano Coutinho é impecável. Antes de reproduzir besteiras como um miquinho amestrado porque não se informa, já que se diz um cidadão interessado?  

      1. Ronin, acho que foi voce que

        Ronin, acho que foi voce que escreveu isso certo? Bom, minhas fontes são a imprensa mesmo, já que não tenho nenhum insider dentro do BNDES ou do governo. A minha opinião é baseada no “que leio da imprensa PIG “. Só tenho isso mesmo de informação. Por isso pedi para o Nassif, que é quem poderia ter essas fontes, alguma explicação razoavel do que o BNDES e o governo viam de valor no grupo X. Por isso essa sua tentativa de me insultar pedidndo para eu “ler mais” não faz sentido (já que eu vou ler mais do e mesmo…da imprensa PIG). Mas, de qualquer maneira, o que eu li foi o seguinte:

        BNDES assume ter 10,4 Bilhões de reais em dividas com o grupo X, mas diz que uma parcela grande é com garantias reais, mas não revela detalhes por conta do segredo bancário. A Merryl Lynch fez uma tentativa (com base nos balanços do grupo X) de estimar a exposição do BNDES e chegou em um numero de 4,9 Bilhões. Não sei quanto de fato é a exposição do BNDES ao grupo. O Coutinho poderia ser mais transparente (com seus acionistas) e dar detalhes dessa exposição..valor por valor e quem são os bancos garantidores para cada desembolso (porque se foram os estatais, aí voltamos no tesouro, certo?). 

         

        BNDESPar tem particpação de cerca de 500 mihoes em ações de varias empresas do grupo;

        Ronin, voce pode me insultar a vontade, me chamar de macaco ou do que quiser…mas respondendo sua pergunta de quanto eu perdi, e assumindo que voce entende que o BNDES pertence ao Estado Brasileiro e que o Estado vive as contas dos impostos pagos pelos cidadãos brasileiros, eu gostaria de saber exatamente quanto o BNDES perdeu para poder responde-lo. Não sei. Mas voce poderia me dizer e não repetir as falas do Coutinho…mostre-me quem é que são esses bancos e quanto eles perderam. Eu te agradeceria muito.

         

         

    2. Também não creio que tenha

      Também não creio que tenha sido uma operação correta, visto que a empresa nunca deu lucro.  Mas vir atirar pedras agora é muito fácil.

      Ela tinha um grande valor de mercado e muitos bancos privados também emprestaram dinheiro.

      Eike tinha grandes projetos de infra-estrutura, talvez por isso o Governo tenha investido e acreditado nele, pois o País precisa destes projetos.

      A atividade bancária tem seu risco. Se bancos só emprestassem dinheiro 100% garantido a atividade bancária não teria porque existir.

       

  17. Tudo que vem fácil, vai fácil.

    O caboclo tem uma frase muito apropriada para o fenômeno Eike Batista: “Tudo que vem fácil, vai fácil”. Eike construiu um império de sonhos baseado em capital de terceiros e em empresas com muitas promessas. Grandes fortunas levam décadas para serem consolidadas, 50 anos e às vezes mais. Ele nunca produziu nada, e quando decidiu produzir, o furo deu em água, ao invés de petróleo, daí então seu castelo de cartas se desfez.

  18. VISÃO

    Parabéns , foi a coisa mas sensata que li nos últimos tempos sobre o senhor Eike Batista , a pecha de golpista não coube aqui e nem lugar algum , acho que a análise malfeita dos poços foi o estopim que seus críticos , ou mesmo , os invejosos de seu sucesso e poder , esperavam para atacá-lo com todas as forças . Tem gente que vibra com cada dificuldade que a Holding enfreta, tem gente torcendo para o senhor Eike se cadastrar no Bolsa Família , algo impressionante.Eu acredito que a OGX, à duras penas , voltará a atuar.

  19. OGX garante que pode faturar R$ 11 bilhões

    Petição entregue à Justiça anteontem ressalta expectativa de receitas em áreas a serem exploradas
    01 de novembro de 2013 | 2h 05…Mariana Durão – O Estado de S.Paulo

    RIO – A petição inicial da recuperação judicial da OGX fundamenta a viabilidade econômica da recuperação da petroleira nas projeções apresentadas para os campos de Tubarão Martelo e BS-4, no qual a empresa detém 40%. No item batizado de “olhando para o futuro”, a companhia afirma que Tubarão Martelo poderá gerar receitas de US$ 11 bilhões, sem explicitar em que período. Já o campo BS-4, na Bacia de Santos, teria um cenário de geração de receita de US$ 6,2 bilhões.

    O documento, assinado pelo advogado Sergio Bermudes e protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), leva em conta a recente avaliação da consultoria DeGolyer&MacNaughton para as reservas de Tubarão Martelo. A consultoria é a mesma autora das avaliações anteriores, depois revisadas para baixo. Talvez por isso a petição destaque que o relatório, “dada a responsabilidade do avaliador e o fato de ter sido elaborado no auge da crise do grupo OGX, adotou certamente premissas conservadoras”.

    A defesa da petroleira afirma que a administração da OGX “tem confiança que os resultados da exploração podem ser ainda mais auspiciosos”. Em relatório apresentado pelas consultorias Blackstone e Lazard ao longo das negociações com credores externos, a estimativa da DeGolyer é que Tubarão Martelo gere receita de US$ 6,18 bilhões no período 2014-2023.

    Sacrifícios. As reservas do campo BS-4, em que a OGX tem como sócias a Queiroz Galvão (30%) e a Barra Energia (30%), foram analisadas pela certificadora independente Gaffney Cline & Associates. A receita estimada na certificação de setembro de 2013 é baseada em reservas prováveis.

    O time de advogados da OGX lembra que uma reestruturação “impõe sacrifícios” e informa que as quatro companhias da OGX incluídas na recuperação judicial reduziram suas despesas administrativas.

    A justificativa do processo de recuperação evidencia a urgência de obter os cerca de US$ 200 milhões até abril do ano que vem, sendo ao menos US$ 75 milhões ainda este ano, necessários para viabilizar a produção em Tubarão Martelo, que tem início previsto para novembro.

    Na última apresentação feita aos credores internacionais, a OGX destacava que essas despesas cairiam de US$ 703 milhões para US$ 452 milhões no período 2014-2018. O documento encaminhado à 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio descreve a trajetória e o pioneirismo da OGX.

    URL:

    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,ogx-garante-que-pode-faturar-r-11-bilhoes–,1091961,0.htm

     

  20. O maior prejuizo que essa

    O maior prejuizo que essa aventura vai causar não é o dinheiro perdido dos acionistas e emprestadores, será o descredito que vai atingir o Brasil no mercao internacional de capitais, Os investidores estrangeiros, pelos menos alguns fundos, vão processar a CVM e a ANP por grosseiroas falhas de regulação e prudencia. A CVM tem aplicado multas e aberto inqueiros para pequenas irregularidades em balanços e governança, como deixou passar batido um

    grupo com essa escala de emissões de ações, não bateu nenhuma luz amarela, pelo menos no quesito de regulação prudencial?

    E a ANP permitiu 55 anuncios de descobertas, algumas desbertas sem qualquer sustentação técnica, meros chutes?

    Processar o Estado brasileiro não vai dar nada de concreto MAS vai prejudicar muito a imagem do Brasil.

    Vai contaminar a avaliação de bons papeis e boas empresas por alguns anos à frente.

    Quando a ENRON quebrou nos EUA, todos os papeis de empresas eletricas americanas foram atingidos, de empresas conservadoras que nada tinham a ver com a ENRON, o efeito manada funiona fortemente no mercado financeiro, a favor e contra. O efeito EIKE vai pegar pesado nas ações brasileiras lá fora, Eike surfou na onda ufanista do pre-sal,

    vendido como uma nova Arabia Saudita quando não é nada disso, agora virá o refluxo.

  21. A campanha exploratória privada de R$ 10 bilhões,

    Bermudes confirma que a dívida do grupo soma R$ 11,2 bilhões. O passivo inclui as obrigações com os detentores de bônus e fornecedores. De acordo com a defesa da OGX não há qualquer endividamento bancário ou créditos com garantias reais. A companhia também afirma que não tem dívidas trabalhistas expressivas e que está em situação regular com a Receita Federal.

    Embora admita que a dívida é elevada, a OGX argumenta que pode se reestruturar graças a seus ativos, expertise e capacidade de trabalho dos funcionários.

    —-E lista uma série de “verdades esquecidas” pela imprensa, como o fato de a OGX ter realizado a maior campanha exploratória privada da história do País, com 120 poços perfurados, os investimentos sociais da empresa – entre os quais o apoio às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio – e a extração do seu primeiro óleo apenas 25 meses após sua descoberta na Bacia de Campos.—–

    OGX sustenta que Tubarão Martelo pode gerar US$ 11 bi
    31 de outubro de 2013 | 14h 53—MARIANA DURÃO – Agencia Estado

    RIO – A petição inicial da recuperação judicial da OGX fundamenta a viabilidade econômica da recuperação da petroleira nas projeções apresentadas para os campos de Tubarão Martelo e BS-4, no qual a empresa detém 40%. No item batizado de “olhando para o futuro”, a companhia afirma que Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, poderá gerar receitas de US$ 11 bilhões, sem explicitar em que período. Já o campo BS-4, na Bacia de Santos, teria um cenário de geração de receita de US$ 6,2 bilhões.

    O documento, assinado pelo advogado Sergio Bermudes e protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), leva em conta a recente avaliação da consultoria internacional DeGolyer&MacNaughton para as reservas de Tubarão Martelo. A consultoria é a mesma autora das avaliações anteriores, depois revisadas para baixo. Talvez por isso a petição destaque que o relatório “dada a responsabilidade do avaliador e o fato de ter sido elaborado no auge da crise do grupo OGX, adotou certamente premissas conservadoras”.

    A defesa da petroleira de Eike Batista afirma que a administração da OGX “tem confiança que os resultados da exploração podem ser ainda mais auspiciosos”. Em relatório apresentado pelas consultorias financeiras internacionais Blackstone e Lazard ao longo das negociações com credores externos, a estimativa da DeGolyer é que Tubarão Martelo gere receita de US$ 6,18 bilhões no período 2014-2023.

    As reservas do campo BS-4, em que a OGX tem como sócias a Queiroz Galvão (30%) e a Barra Energia (30%), foram analisadas pela certificadora independente Gaffney Cline & Associates. A receita estimada na certificação de setembro de 2013 é baseada em reservas prováveis.

    O time de advogados da OGX lembra que uma reestruturação “impõe sacrifícios” e informa que as quatro companhias da OGX incluídas na recuperação judicial reduziram drasticamente suas despesas administrativas.

    A justificativa do processo de recuperação judicial evidencia a urgência de obter os cerca de US$ 200 milhões até abril do ano que vem, sendo ao menos US$ 75 milhões ainda este ano, necessários para viabilizar a produção em Tubarão Martelo,que tem início previsto para novembro. Na última apresentação feita aos credores internacionais de bônus, a companhia destacava que essas despesas cairiam de US$ 703 milhões para US$ 452 milhões no período 2014-2018.

    O documento encaminhado ontem à 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro descreve a trajetória da OGX. O relato destaca o pioneirismo da companhia no desenvolvimento de negócios, “graças à tenacidade empresarial, ao descortino, às iniciativas inovadoras que o sr. Eike Batista, sempre aclamado pelo seu êxito, corajosamente tomou”. Também ressalta que os fatos relevantes e prospectos divulgados ao público pela empresa sempre advertiram sobre o altíssimo risco envolvido na atividade de exploração de petróleo.

    A campanha exploratória privada de R$ 10 bilhões, entretanto, esbarrou na expectativa frustrada no campo de Tubarão Azul, o primeiro explorado economicamente pelo grupo. As dificuldades geológicas e tecnológicas encontradas na área acabaram também afetando as perspectivas dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Areia e Tubarão Gato.

    A OGX amargou um prejuízo de R$ 1,9 bilhão com os contratempos em Tubarão Azul, R$ 718,5 milhões com poços em Tubarão Areia e R$ 996,6 milhões em Tubarão Tigre e Gato. Tudo isso após buscar US$ 3,6 bilhões via emissão de bonds no exterior para por em prática seu plano de negócios.
    “O fato de que muitos poços não ofereceram a quantidade de petróleo necessária a torná-los produtivos repercutiu, negativamente, na receita do grupo e, por consequência, na sua capacidade de honrar, nos termos originariamente contratados, as obrigações financeiras assumidas”, afirma a petição.

    Bermudes confirma que a dívida do grupo soma R$ 11,2 bilhões. O passivo inclui as obrigações com os detentores de bônus e fornecedores. De acordo com a defesa da OGX não há qualquer endividamento bancário ou créditos com garantias reais. A companhia também afirma que não tem dívidas trabalhistas expressivas e que está em situação regular com a Receita Federal.

    Embora admita que a dívida é elevada, a OGX argumenta que pode se reestruturar graças a seus ativos, expertise e capacidade de trabalho dos funcionários.

    E lista uma série de “verdades esquecidas” pela imprensa, como o fato de a OGX ter realizado a maior campanha exploratória privada da história do País, com 120 poços perfurados, os investimentos sociais da empresa – entre os quais o apoio às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio – e a extração do seu primeiro óleo apenas 25 meses após sua descoberta na Bacia de Campos.

    URL:
    http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-geral,ogx-sustenta-que-tubarao-martelo-pode-gerar-us-11-bi,169036,0.htm

    1. Sei, sei…
      A empresa deve

      Sei, sei…

      A empresa deve 11,2 bilhões.

      Nunca, repetindo, NUNCA deu lucro.

      E ainda dizem que vai se recuperar ?

      Ora, qualquer um pode ganhar na mega sena, mas as chances são pequenas…

      Se ela possui garantias (outra mentira)  reais estas deveriam ser executadas imediatamente.

      1. Creio que ás últimas chances 

        Creio que ás últimas chances  da OGX estão no campo de Tubarão Martelo  onde tem 60%, já que existe um contrato de venda de 40%  para a Petronas, caso obtenha uma produção de 10 mil barris diários, terá um faturamento bruto ao redor de R$ 2 milhões de reais por dia, cerca de R$ 769 milhões por ano, mais do que suficiente para se recuperar, principalmente se for aprovado o pedido de concordata.

        A produção no campo de Tubarão Martelo está prevista pa iniciar  este mês, vamos aguardar.——–com o pedido de concordada aprovado, o faturamento permitirá manter a participação de 40% no Bloco BS-4 qu tem a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) como operadora.

        Lembrando que a Platoforma tipo FPSOque está sendo  instalada no campo de Tubarão Martelo tem capacidade de produção de 100 mil barris por dia e capacidade para estocar 1,3 milhões de barris

  22. Nem sempre dá certo…

    Há muitos meses atrás, ainda na fase de “euforia” e “louvores” às grandes idéias do Eike Batista, eu dizia lá no “LuisNassifOnLine” que ele me parecia uma espécie de cruzamento génético (mal sucedido) de um Donald Trump com um Ricardo Mansur, mas jamais o considerei um idiota!

    Ninguém é idiota só porque fala; Idiotas, mesmo, são os que acreditam em conversa. 

    Tenham um bom dia

    1. kkkk eu tb. Não entendo nada

      kkkk eu tb. Não entendo nada disso mas ainda acho que a velocidade de ascensão e queda tem mais a ver com estratégia do que com boa ou má administração. Por que, para quê, como… não faço a menor ideia; só intuição…

  23. A melô do Eike.

    Foi um tremendo sucesso na época do lançamento, há cinquenta anos, de autoria de Orlandivo em  parceria com Adilson Azevedo. Gravado por Sônia Delfino e também pelo Trio Esperança, certamente animou a infância e influenciou o empresário que passou, “a fazer bolinha de ilusão”. Plufi!

    Sentado na calçada
    De canudo e canequinha
    Dublec dublim
    Eu vi um garotinho
    Dublec dublim
    Fazer uma bolinha
    Dublec dublim
    Bolinha de sabão
    plufi

    Eu fiquei a olhar
    Eu pedi para ver
    Quando ele me chamou
    E pediu pra com ele brincar
    Foi então que eu vi
    Como era bom brincar
    Com bolinha de sabão
    Ser criança é bom
    Agora vou passar
    A fazer bolinha de ilusão
    plufi

    Os dois excelentes registros são encontrados no You Tube.

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=9sDLYG57sO0%5D

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=eMvLy8n94aw%5D

     

  24. Eike

    Os seis fatores citados por você, Nassif, reproduzem exatamente o que o capital brasileiro deveria ter tomado como modelo em várias de nossas oportunidades perdidas. Expressão que, aliás, você costuma usar.

    Sim, o timing de a OGX não proudzir petróleo contra o volume dos investimentos pré-operacionais das demais empresas fez ruir o que, hoje, parece ser um castelo de cartas. Não era, ao contrário do que muitos pensam. Ainda há tempo para essa necessária e fascinante construção do capital produtivo. 

  25. Esqueçam o Eike

    Nada demais, um grande empresário que jogou com a fortuna e teria dois destinos: ficaria muito mais rico ou quebraria. Há milhares destes por aí e lhes dou mérito, tentam, realizam, incentivam a economia onde empresários são tão bola murcha que ficam calados quando o governo é atacado porque baixou os juros e o preço da energia, e, aparentemente, deixaram de investir e estão retirando os seus lucros destas vantagens que ganharam de graça. Vou continuara admirando os Eikes.

    Voltemos os olhos para a manchete do globo de hoje: “Dinheiro pode ter ido para a Europa”. Que tentativa mais esdruxula de tentar melar a corrupção em sp que eles tanto blindaram. Que manchete mais idiota e autodenunciadora. Eles destruiram a oposição com sua blindagem corrupta e troca de favores com governos amigos. O psdb caiu na conversa deles que só petista seria denunciado e agora pig e psdb não sabem o que fazer. A prefeitura e o estado onde o serra foi prefeito e governador, e que foi fortemente blindado, põe blindagem nisso, está sendo aberta e eles estão apavorados. A coisa tá feia, eles estão chocados, arrancando cabelos, e sabem que são os responsáveis. Só o pais ganha. E o pig perde mais uma vez. Não precisa lei de médios não, eles estão se desmoronando.

    1. UPP

      Arrisco dizer que se o interrogatório fosse em um UPP de morro do Rio, muita coisa ia se esclarecer. O mercado imobilíário opera de forma sombria, como ficou claro na Prefeitura de São Paulo.

  26. Parece-me que Eike ainda

    Parece-me que Eike ainda dispõe de um poço que começará a funcionar este mês, poderá vir daí sua recuperação, segundo especialistas este poço tem muito petróleo.  Para quem tem faro de bolsa, qual a família Kennedy na grande depressão americana, comprar ações a 0,11 centavos agora e apostar na recuperação posterior pode ser uma grande jogada.

  27. Já que estamos falando de

    Já que estamos falando de ‘engenheiros de obra acabada’, tal qual Miriam Leitão ‘era óbvio que Eike faliria, mas eu não escrevi nenhuma matéria antes’, quem é que vai, além do Nobel de Economia, falar sem rodeios da possível bolha imobiliária que ocorre principalmente em SP e RJ?

    Vi ontem uma matéria no Jornal Nacional, que latas de sardinha, apartamentos de 36 metros quadrados em SP aumentaram suas vendas em quase 300%, vendidos a inacreditáveis 400 mil reais. Algum economista lá culpou inacreditavelmente o custo das garagens, que seriam altos.

    Ora, o setor imobiliário se saiu muito bem “diminuindo” os apartamentos, pois uma coisa para mim está óbvia: se em 2008 o ‘campeão de vendas’ também eram apartamentos na faixa de 300/400 mil, só que com metragem de 63 metros quadrados e dois quartos (ou seja, quase o dobro), hoje em dias as pessoas simplesmente não tem dinheiro para comprar em grande escala tais apartamentos, que hoje batem em R$ 700.000,00, R$ 800.000,00.

    Sintoma óbvio que o aumento da renda não acompanhou o aumento de preços: bolha?

    O impressionante é a solução que as construtoras encontram para manter as margens de lucro escorchantes, achatando (literalmente) a qualidade de vida dos consumidores, e ainda assim encontram fartamente compradores. Daqui há pouco veremos uma ‘explosão’ de apartamentos de 19 metros quadrados porque o de 36 já está muito caro.

    Tenho um casal conhecido que namoram há trocentos anos e, para casar, esperam encontrar um imóvel bom em SP. Estas latas de sardinha de 36 metros quadrados só servem para solteiros e olhe lá. Imagine para casal que queira ter filhos ainda.

     

     

     

     

    1. Que existem muitos preços

      Que existem muitos preços altos de imóveis não há dúvida, mas dai a dizer que é bolha é complicado.

      A meu ver, uma bolha pressupoe que logo ela vai estourar. Ou seja, só dá para saber que havia uma bolha quando esta estoura. Um estouro teria que ser algo como uma queda de preços de uns 50%. Dúvido que vá acontecer.

      O mercado brasileiro é diferente, há poucas transações entre derivativos de imóveis – e foram estes que estouraram a bolha nos EUA. Aqui se transaciona imóvel real que não tem tanta liquidez. O mais provável de acontecer e já vem ocorrendo em grande parte do País, são os preços acalmarem e alguns até se reduzirem um pouco, mas nada de redução drástica.

      1. Análises interessantes sua e

        Análises interessantes sua e da morgana profana.

        Todos que moram nas grandes capitais, comparando os preços de 2008 para cá, sabem que alguma coisa acontece de muito errado com os preços. Os salários tiveram aumentos reais acima da inflação, mas não possuem o mesmo poder de compra de 5 anos atrás, quando se fala de imóveis.

        O problema é que análise alguma que aparece na grande mídia é confiável, pois as construtoras são grandes anunciantes. 

        Realmente este processo a que você alude já ocorre: imóveis, que em 2008 custavam R$ 300.000,00, são anunciados a R$ 700.000,00, não encontram compradores e o vendedor é, em situações de aperto ou pressa, obrigado a conceder descontos camaradas, de R$ 150.000,00, R$ 200.000,00.

        Só que ainda não suficiente.

        A tendência é de os preços manterem-se estagnados (até porque ninguem quer sair com sensação de perda) por um loongo período de tempo, até houver aumentos reais de renda para alcançar um pouco estes preços inflados.

         

        1. Naturezas distintas…

          Como eu disse lá em cima: U$ 600 tri (ilegais/desregulamentados) contra U$ 55 tri de PIB riqueza “real”.

          Lógico que este dinheiro vai em busca da expansão territorial proporcionada pela ampliação das instalações do Estado-finanças, e que ocorrem às bordas das novas plantas industriais nas novas fronteiras.

          Mas o mercado europeu/estadunidense experimentou na “veia” a especulação/alavancagem dos derivativos do mercado imobiliário ( promiscuidade entre hipotecas de hipotecas de hipotecas com o conluio das maquiagens das seguradoras e resseguradoras, e do mercado de títulos). Não havia um freio, um limite, logo, a dinâmica oferta e demanda foi para as cucuias…

          Diferente daqui, onde a precificação, ainda que exagerada, encontra eco em um processo de enriquecimento da base salarial, e do próprio país, que ainda nem encontrou seu ápice…

          A regulação da CEF e do governo é primordial para manter o mercado longe desta febre terçã da alavancagem desvairada: os derivativos dos derivativos dos derivativos…

          O ruim desta história é que esta solidez acaba por chamar mais e mais liquidez.

          Mas no fim, muita gente já começa a enxergar que pode ficar com mico nas mãos…

          O caso do apartamento de SP (centro) com 11 mil o m² é mais uma questão de estrangulamento proporcionado pela dificuldade de mobilidade que qualquer outra coisa, que no fim, se você fizer as contas, encontra um sentido.

          O cara pensa: Bom, vou economizar 4 horas/dia, estacionamento 60 reais dia, combustível, outros 60 reais, qualidade de vida de poder ir à pe´ao trabalho, etc, etc, etc, no fim, os 11 mil por m², diluídos na vida útildo cara e da expectativa de emprego, caem para 6 ou 5 mil o m², o que convenhamos, não é nenhum absurdo…

          O Estado pode desinflar parte da bolha se investir em locomoção e conforto, ou alterar a curva tributária para forçar o capital ir para o local onde as pessoas moram…

          Mas, de todo jeito, ainda que sob o signo nefasto da especulação imbobiliária, estes preços acabam por revitalizar os centros urbanos (degradados), e com o aumento dos investimentos, estabilizam os preços de forma mais horizontal.

           

          1. Eu gosto de ver o raciocínio

            Eu gosto de ver o raciocínio de um petista.

            “Diferente daqui, onde a precificação, ainda que exagerada, encontra eco em um processo de enriquecimento da base salarial, e do próprio país, que ainda nem encontrou seu ápice…”

            A precificação daqui encontra eco num processo de enriquecimentod a base salarial?

            MInha filha, talvez não seja o seu ramo, mas analise quanto os imóveis subiram de 2008 pra cá e me diga que salários acompanharam essa evolução…

            “A regulação da CEF e do governo é primordial para manter o mercado longe desta febre terçã da alavancagem desvairada: os derivativos dos derivativos dos derivativos…”

            Que regulação da CEF?

            Você sabe o que é CCI e LCI?

            “esta solidez acaba por chamar mais e mais liquidez”

            Oh, que maravilha o nosso Brasil!

            “ainda que sob o signo nefasto da especulação imbobiliária, estes preços acabam por revitalizar os centros urbanos (degradados), e com o aumento dos investimentos, estabilizam os preços de forma mais horizontal.”

            Aqui, uma completa falta de lógica.

            Morgana, acho que você já fumou demais!

          2. Uma pena…

            Bom, eu só posso imaginar que no seu “raciocínio” (?), pensar como petista seja ofensa…sei…Eu imagino o que deve ser pensar como não-petista…aliás, lendo o que escreve, já dá para ter uma noção!

            Não é à toa que devemos ficar mais uns três ou quatro mandatos no governo central…

            Bom, eu não sei o que é LCI ou CCI, porque, no seu monólogo, as coisas que você imagina que lhe darão alguma vantagem competitiva na argumentação, você transforma em algum tipo de “código para iniciados”.

            Mas sobre fluxos de capitais, acumulação, busca por taxas compostas de retorno, eu posso te dizer algo, e quem sabe eu não tenha me expressado corretamente…

            (você parece bem preocupado ou interessado no que titia fumou, será síndrome de abstinência?)

            Bom, com o excesso de liquidez que acometem os países periféricos nos ciclos capitalistas a partir das economias centrais (inunda e enxuga liquidez), o capitalismo em crise busca escapar para outras fronteiras onde seja possível reeditar sua lógica de acumulação e concentração de riquezas.

            Nos paises centrais, o excesso de liquidez alimentou uma bolha imobiliária, porque lá (ao contrário daqui), houve uma brutal retração da participação da renda salarial sobre as economias.

            Resultado: faltaria salário para alavancar o consumo e a própria economia. Como aconteceu nos EEUU e Europa.

            Assim, a solução é o crédito, incluído aí o imobiliário, que permite a circulação de capital, sem aumentar salários…

            As novas possibilidades tecnológicas (internet, etc) suplantaram boa parte das barreiras físicas a acumulação capitalista, bem como transferiu empregos do centro para as periferias. Nesta hora, o capital vai às “compras”…

            Lógico que cada país este processo de inundação de capital se dá de forma diferente…Mas via de regra, estes capitais pouco ou nada significaram nas estruturas sociais e econômicas de países pobres. O que se tem é juro alto, e inibição dos setores produtivos nacionais.

            Quando muito algum tipo de ilusão da cruzada do “real” contra a inflação, que nada mais foi que uma arrumação drástica no bordel entra-e-sai dos juros para receber clientes ilustres…

            Na porta do bordel brasil, como leões-de-chácara e cafetões, malan, fraga, mendonção e ffhhcc…o resto você sabe, as compras do capital na privataria foram ao “limite da irresponsabilidade”…

            No entanto, para uma parte das sociedades, a presença de capitais comprando ativos e instalando fábricas (substituição de importações), exigiu novos arranjos urbanísticos e novas lógicas fundiárias.

            O soluço cambial de 98 provocou a inanição da economia desnacionalizada, e fomos a lona, e herdamos uma estrutura social ainda mais desigual, inflação explodindo, câmbio nas alturas, reservas zero.

            Associado com o boom das commodities que durou boa parte da primeira década do século XXI, o ciclo de expansão se reiniciou em 2001 em diante, começou a sobrar recursos. Desta vez, porém, o pilar central do financiamento da dívida estadunidense (o maior ralo do mundo) mudou de eixo, e foi parar nas mãos da China.

            Este pequeno (grande) detalhe deu uma força adicional ao governo brasileiro, e certa “folga” nas negociações, com a chance de altera a pauta de comércio exterior.

            O Brasil soube escolher as políticas corretas, cometeu erros (é claro), mas estabeleceu uma posição privilegiada. Os ganhos salariais (principalmente o aumento da participação da renda salarial sobre o PIB, dado inédito) deram ignição a uma enorme demanda reprimida no campo da habitação, que gerou milhões de empregos, e como um ciclo virtuoso, pressionou ainda mais o mercado de baixa renda.

            Empregos de baixa escolaridade em uma país como o nosso é quase como ouro em pó, e tem potencial ainda pouco estudado pelos “especialistas” (boa sugestão para o assustado, que tal?).

            O nosso mercado de imóveis de luxo nunca esteve em crise.

            Bom, fim da explicação para você entender os porquês…agora vamos a parte final:

             

            No Brasil, o setor imobiliário é, quase totalmente dirigido pelo Estado (CEF). Discutir isto é tolice.

            Se o governo coloca dinheiro, o setor privado acompanha, caso contrário, não há recursos. Foi a CEF quem forçou o sistema financeiro nacional a entrar no mercado imobiliário.

            Você mesmo disse que o aumento de 40% de disponibilidade de recursos por parte do governo atingem em cheio o mercado.

            Vou repetir: 70 ou 80% dos imóveis adquiridos são primeira e ÚNICA moradia (inclusive esta é uma condição para financiamento).

            Esta característica impede que o ativo(imóvel) vire moeda podre na ciranda de re-financiamentos, o que no início alavanca o consumo, mas depois estoura com o estrangulamento do mutuário pela dívida.

            Quem compra, compra para alugar como fonte de renda futura e  poupança, meu caro assustado. 

            Nossa securitização do empréstimo só vai até o limite da morte(quita quando o mutuário morre), ou seja, não há como derivar daí….

            Nossos financimantos (90% da CEF) são de sistema de amortização crescente, o que impede a acumulação do saldo devedor que empurra a necessidade de “repassar” o mico para frente.

            Pouco ou nada resta a especulação, pois a dinâmica de nossa economia não tem escala para tanto, e inexiste, de fato, um mercado de derivativos digno deste nome.

            Nosso sistema é baseado na alienação fiducária, ou seja, é o bem que é a garantia, e a taxa de comprometimento da renda é de 30%, ou seja, não há nada que faça nosso sistema se parecer com o mercado estadunidense ou europeu, onde venderam até terreno na lua, e depois re-financiaram com hipotecas podres.

            Quando falo que mais solidez chama mais liquidez, isto parece óbvio: o capital não joga para perder, e participar de um mercado com tamanha garantia é uma ótima possibilidade.

            Suas tolices sobre imóveis na planta, e outras, creio que você já desistiu…ficou claro que por aí não dá…

            Você questiona, questiona, questiona, mas além de siglas, não traz nada, além de supostas ofensas sobre petismo ou substâncias entorpecentes…

            Ficamos assim, quando você passar a se respeitar e colocar algum argumento interessante, aí voltamos a debater, ok?

             

            Um grande LCI ou CCI para você…se cuida…

            Um abraço

        2. Concordo contigo. A meu ver

          Concordo contigo. A meu ver não há bolha, salvo em um ou outro local específico. O que existe são alguns fatores:

          1) Algum aumento de renda

          2) Muito aumento de crédito – porém ainda abaixo das médias internacionais

          3) Demanda reprimida que foi sendo satisfeita.

          4) Diminuição de juros da taxa base, selic.

          Tudo isso somado, e os preços aumentaram bastante.

           

      2. Risco pulverizado, por isto mais perigoso!

        Sua observação é arguta, e acrescento:

        O mercado desregulamentado dos derivativos hipotecários é típico de encomias em adiantado estágio, onde assim como o mercado de ações, o risco vai se multiplicando em casacata, trazendo muito dinheiro rápido, mas sorvendo e jogando pelo ralo com a mesma rapidez…

        O estadunidense médio e o europeu não compram imóveis para especular ou como bem de capital, ele compra para poder hipotecar e replicar o dinheiro em seus sonhos de consumo, haja vista que a estabilidade social, os serviços públicos razoáveis (inclusive os seguros-saúde dos que estavam empregados nos EEUu) permitem despreocupar-se com estes gastos, levando tudo para o girar a economia.

        Daí o desastre em cadeia quando os preços dos imóveis dissolveram-se como castelos de areia.

        O governo, ao invés de recomprar os títulos e as casas, para refinanciar aos mutuários, acabou por ter que salvar o sistema financeiro, e colocaram todos para andar na prancha, inclusive indústrias, comércio, enfim, todo mundo que não era banco…

        Aqui, isto é possível, como já aconteceu em outras épocas, se desdobramentos mais dramáticos, ou menos dramáticos…

        No Brasil, imóvel é pé-de-meia, poupança, meio de vida (aluguel) de aposentado, o que, de certa forma, empaca o dinamismo deste mercado, concentra renda, de um lado, mas de outro, impede a formação de bolhas.

      3. Daniel aqui o efeito é

        Daniel aqui o efeito é contrario quanto mais vende mais caro fica, deveria diminuir o preço , pois aumentou a oferta de imóveis.

    2. Sociedades secretas em ação

      Especula-se que o  mercado imbobiliário é dominado por uma sociedade secreta, cujos membros controlam setores chaves do poder público municipal, junto com entidades para-legais e firmas de construção, amparados por corretores especuladores.

      O déficit habitacional, num pais continental como o Brasil, é mantido artificialmente em prol desta sociedade, o povo nunca teve chance.

      Como é secreta, não é fácil provar sua existência, mas o sangue derramado por ela deixa pistas por todos os lados. 

      Fácil seria trazer uma firma chinesa para construir com padrão e preços chineses, moradias decentes para os que são obrigados a habitar em condições sub-humanas.

      Mas parece que este assunto não encontra eco nos líderes nacionais.

      Bom assunto para a próxima campanha presidencial.

      1. Are Conspiracy Theories The Biggest Threat To Democracy?

         

        Are Conspiracy Theories The Biggest Threat To Democracy?

        What is the common element between Liborgate, the Fed manipulating capital markets, China hoarding gold, and the recent ubiquotous NSA spying revelations? At one point, before they became fact, they were all “conspiracy theories” as were the Freemasons, the Illuminati, McCarthy’s witch hunts, 9/11, and so many more. The same theories, which – don’t laugh – are now part of a Cambridge University study titled Conspiracy and Democracy,  which looks at the prevalence of conspiracy theories and what they tell us about trust in democratic societies, about the differences between cultures and societies, and why conspiracy theories (ostensibly before they become fact) appear at particular moments in history. But, at its core, whether conspiracy theories will, as the BBC summarizes, it, eventually destroy democracy.

        Because, supposedly, it is not the corruption at the top echelons of government, the ultimate usurpation of power by assorted globalist money groups “never letting a crisis go to waste”, that plunder wealth from what is left of the middle class and hands it over, via latent inflation, asset bubbles and capital appreciation to the 1% peak of society’s wealth pyramid (in the US), or kleptofascist, unelected bureaucratic groups seeking the “greater good” despite the complete tear of the social fabric (in Europe) that is a threat to democracy.

        No – you see it is evil conspiracy theories and the theorists that spin them that are the biggest threat to the “democratic” way of life.

        The BBC has more on this amusing, if potentially troubling, avenue:

          

        “The reason we have conspiracy theories is that sometimes governments and organisations do conspire,” says Observer columnist and academic John Naughton. It would be wrong to write off all conspiracy theorists as “swivel-eyed loons,” with “poor personal hygiene and halitosis,” he told a Cambridge University Festival of Ideas debate. They are not all “crazy”. The difficult part, for those of us trying to make sense of a complex world, is working out which parts of the conspiracy theory to keep and which to throw away.

         

        Mr Naughton is one of three lead investigators in a major new Cambridge University project to investigate the impact of conspiracy theories on democracy.

         

        The internet is generally assumed to be the main driving force behind the growth in conspiracy theories but, says Mr Naughton, there has been little research into whether that is really the case. He plans to compare internet theories on 9/11 with pre-internet theories about John F Kennedy’s assassination.

         

        Like the other researchers, he is wary, or perhaps that should be weary, of delving into the darker recesses of the conspiracy world.

         

        “The minute you get into the JFK stuff, and the minute you sniff at the 9/11 stuff, you begin to lose the will to live,” he told the audience in Cambridge.

         

        Like Sir Richard Evans, who heads the five-year Conspiracy and Democracy project, he is at pains to stress that the aim is not to prove or disprove particular theories, simply to study their impact on culture and society.

        Impact on culture and society… and then judge: because if heaven forbid the fabled institution of higher learning that is Cambridge – the progenitor of many a statist thinkers – finds that conspiracy theories are a danger to fine, upstanding, democratic society… then what?

          

        Why are we so fascinated by them? Are they undermining trust in democratic institutions?

        No, but a far better question is do conspiracy “theories”, at least until confirmed, simply provide the beholder with a far more skeptical view of a world than the one spoon fed by a complicit media, whose sole purpose is to perpetuate and multiply – hence enrich – the advertising dollars of the status quo? And is the long overdue questioning of everything that emanates from institutions of power a bad thing, or were people simply too lazy to think for themselves and let the government do it, at least until said “cognitive outsourcing” led to the second great depression of 2008?

          

        David Runciman, professor of politics at Cambridge University, the third principal investigator, is keen to explode the idea that most conspiracies are actually “cock-ups”.

         

        “The line between cock-up, conspiracy and conspiracy theory are much more blurred than the conventional view that you have got to choose between them,” he told the Festival of Ideas.

         

        “There’s a conventional view that you get these conspirators, who are these kind of sinister, malign people who know what they are doing, and the conspiracy theorists, who occasionally stumble upon the truth but who are on the whole paranoid and crazy. “Actually the conspirators are often the paranoid and crazy conspiracy theorists, because in their attempt to cover up the cock-up they get drawn into a web in which their self-justification posits some giant conspiracy trying to expose their conspiracy.

        “And I think that’s consistently true through a lot of political scandals, Watergate included.”

        Such a “complex” and profoundly introspective theory – truly something only a Cambridge professor could come up with.

          

        [Runciman] is also examining whether the push for greater openness and transparency in public life will fuel, rather than kill off, conspiracy theories.

         

        “It may be that one of the things conspiracy theories feed on as well as silence, is a surfeit of information. And when there is a mass of information out there, it becomes easier for people to find their way through to come to the conclusion they want to come to.

         

        “Plus, you don’t have to be an especial cynic to believe that, in the age of open government, governments will be even more careful to keep secret the things they want to keep secret. “The demand for openness always produces, as well as more openness, more secrecy.”

        You mean… like the NSA spying on everyone to be abreast of just what everyone knows?

        Or does that mean that the Fed’s faux transparency affair is nothing but a red herring designed to redirect attention from the Fed’s true intentions somewhere else?

        Unpossible.

        That said, having been accused of a conspiratorial bent on a few occasions, we kinda, sorta see where this is going, and will go so far as to venture that in a few years, the Cambridge study’s conclusions (which certainly will cast all paranoid and crazy conspirators in a culpable light and worth of “social isolation”), will be escalated to enforce that anyone found of harboring “conspiratorial” thoughts will be bound and shackled in whatever WIFI-free dungeon the local host Big Brother government has created precisely for this ulterior subclass of humans.

        But for now – conspire away… and upon exposing the deep lies beneath the surface of “democracy” – since the mainstream media simply refuses to be painted in the same paranoid and crazy brush – remember to promptly depart for the “evil undemocratic empire” that is Russia…

  28. O “gap” opressor!

    David Harvey, celebrado como um dos maiores intérpretes atuais do marxismo, autor de Os Enigmas do Capital (que titia anda devorando) tem a explicação (ou parte dela) para o insucesso do senhor eike…

    Tudo o que o Senhor Nassif disse tem sentido, mas só pode ser contextualizado da seguinte forma:

    Não há oposição entre a visão que o senhor X imaginava para si(idealizada) e os instrumentos de especulação de mercado que ele utilizou, o que poderia sugerir que pretendesse se tornar um magnata das fortunas voláteis…

    Em 2008, o PIB mundial girou em torno de U$ 55 tri, enquanto que o volume de ativos circulantes no mercado desregulamentado (fora de qualquer marco legal) foi de U$ 600 tri.

    Os U$ 545 tri de diferença (gap) é que determinam a hierarquia das decisões a serem tomadas, e o ritmo e direção dos investimentos, e não o contrário, principalmente para quem fez destes ativos voláteis seu principal insumo de capitalização…

    Para se suportar tamanha pressão potencial (como a que move a tensão elétrica que se transforma em corrente), você tem que ter circuitos dimensionados para:

    a) aguentar as variações de tensão;

    b) transmitir a energia de um ponto a outro;

    c) armazenar energia.

    Nosso campeão não soube avaliar e projetar seus sistemas de geração e transmissão de energia, ainda mais porque desconsiderou várias ameaças ambientais (externas e internas) que debilitam circuitos desta magnitude…

     

    Quanto a bolha imobiliária sugerida pelo Taguti, é com lembrar:

    É fato que o capital em expansão a procura de taxas de retorno compostas, infla bolhas, e as imobiliárias estão na raiz dos últimos ciclos de fluxo e refluxo…

    No entanto, a nosa jaboticaba é que o sistema financeiro que estrutura o crédito imobiliário está lastreado em dinheiro público (FGTS, poupança), com a fiança de um banco estatal (CEF), detentor da hegemonia do setor, o que mantém o mercado sob controle, ainda que surtos de oferta e demanda, impulsionados pelo excesso de liquidez e especulação, forcem os preços…

    Mas por mais contraditório que parecça(como sempre é, aliás) é a forte presença do Estado que torno nosso mercado imobiliário civilizado e mais imune as bolhas.

    Abraços…

    1. Acho que a amiguinha fumou

      Acho que a amiguinha fumou maconha estragada e confundiu alhos com bugalhos.

      O fato do sistema financeiro estar lastreado em dinheiro público não tem nada a ver com nada. Isso só significa uma coisa: quando a bolha estourar, é a CEF que vai aguentar o prejuízo.

      A CEF mantém o mercado sob controle???? como? quais os instrumentos? Aumentos na concessão de crédito imobiliário da ordem de 40% denota existir algum controle?

      A forte presença do Estado no mercado imobiliário torna nosso mercado civilizado e imune a bolhas???

      Minha filha, acho que é caso de alienação mental completa.

      O setor é um dos mais desregulamentados.

      Quais são as regras para a venda na planta?

      O governo não sabe sequer qual o volume de vendas na planta…

      1. Ui, que mêda.

        O assustado não deveria significar paranoico:

        O comércio de venda na planta não tem nenhuma relação com crédito imobiliário estatal: só depois do habite-se, com todas as certidões é que entra o dinheiro do estado.

        O risco é só do comprador/investidor…

        O financiamento da CEF para os programas Minha Casa Minha Vida, ou outros empreendimentos obedecem a lógica do mercado: tem dinheiro de sobra, e a construção civil é a que gera mais empregos com baixa instrução…mas as garantias não são dispensadas, ou seja, como em qualquer outra transação, o banco não facilita.

        Mas esta etapa não tem nada a ver com alavancagem ou hipotecas com valor de face alterado e garantias ruins dos mutuários.

        Nosso mercado é totalmente (ou quase) todo regulamentado, não há a figura do refinciamento dos contratos de mútuo sem renovação das garantias (neste caso, alienação em fidúcia, onde o bem é a garantia, e na mora executa-se e restiui-se a posse ao garantidor financeiro – banco).

        No mercado estadunidense e europeu a alavancagem se deu sem qualquer regra ou restrição, e sem garantias reais.

        Outro fator é o comprometimento de renda (no máximo 30% da renda familiar), e o sistema de amortização crescente (SACRE), que impede a formação de saldos devedores e anatocismo…justamente o que empurra o mutuário para re-financiamentos em cascata…

        O aumento de volume de recursos (que você disse ser de 40%, embora não tenha provado, ou dado a fonte) é para refrear a demanda…é claro que a expectativa de aumento da liquide aumente, inicialmente, os preços, mas com o tempo a oferta derruba os preços…

        Mas é claro: você pode estar certo, e de fato, o problema deve ter sido a incapacidade de se expressar bem (e titia é muito burra).

        Então, se for o caso, desconsidere o que titia fala… deve ser mesmo o suco de abóbora…

         

      1. Sorte?

        Alexandre, eu só posso entender sua pergunta como ironia, ou como algo que de tão sofisticado, minha burrice não alcança.

        Sorte? Em prospeção offshore de petróleo?

        Não se trata dos modelos de extração do início do século passado, onde algumas jazidas brotavam do solo(Texas, Arábia Saudita, Nigéria, etc).

        Estamos falando de estudos geológicos de anos, pesquisa, criação específica de teconologias, logística intrincada, etc, etc, etc.

        Se ele, mesmo assim, tivesse dado sorte, a racionalização seria a mesma, só que, obviamente, ele teria “DADO” sorte…mas SE não existe, não é mesmo?

        A questão aqui avaliada, senão me engano, não é o o “todo”, mas o caso “dele”, eike…

        É claro que os players internacionais (ou nacionais), após fatiarem o espólio, poderão utilizar as bases do que ele lançou, aliás, esta é a esperança de investidores, e até do governo…

        Mas o cenário, o roteiro, a história eike, bilhões, etc, isto foi para o ralo, e não há, penso eu, outra racionalização possível neste momento.

  29. Será que a expectativa de

    Será que a expectativa de reversão da política quantitative easing do FED não teve impactos no “ousado” plano de Eike. Acho que a condição de país subdesenvolvido acaba por dificultar os investimentos em infra-estrutura dados os riscos de reversão de cenário internacional que passam por fortes variações do câmbio, bem como da liquidez internacional e condições do balanço de pagamentos.

    1. Galinha morta

      Acertar  a galinha morta do fim dos QE do FED era para principiantes. O pessoal do GATA nunca entrou nesta e coloca as fichas no imprimir até que o mundo acabe.

      Mas, têm trouxa para tudo, o Eike nunca foi “inteligência pura”, dai a especular uma TC destas é um pulo.

  30. A Essência do Poder

    A ESSÊNCIA DO PODER

     

                                                                                                  Natanael Mücke – Economista

     

    Três grandes obras tratam, o tema “poder” de uma forma mais profunda. O livro do Rei Salomão (Eclesiastes), escrito entre 940 a 935 A . C. é a primeira. A segunda é o “Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, e a terceira é “Anatomia do Poder” de John Kenneth Galbraith escrita em 1983.

                Em Eclesiastes, Salomão que esteve durante quarenta anos envolvido com o poder de Israel, mostra  porque os homens querem o poder. Conclui que o desejo de poder não passa de desejo vão. “Vaidade de vaidades, diz o pregador (Eclesiastes); vaidade de vaidades, tudo é vaidade.” Seus pensamentos manifestam que, apesar do trabalho do homem, de seu esforço, sua popularidade ou suas possessões, a morte espera a todos. Esta confissão de pessimismo finalmente leva para a verdade de que não há alegria para o homem sem seu criador. Para ele, satisfação, significado e felicidade não vêm pelos esforços da vida, mas do Senhor da vida.

                No “Príncipe”, Maquiavel está interessado em mostrar o que fazer para conseguir poder e como mantê-lo. O tipo de poder é o poder de chefes de Estado. É um dos primeiros a justificar o bem do Estado, mesmo em prejuízos do indivíduo.

                Em “Analogia do Poder”, Galbraith, que também esteve durante uns quarenta anos envolvido com o tema de poder, participando de muitos governos nos EUA, desde a 2ª Guerra Mundial até o final da década de 1970, apresenta os meios através dos quais o poder é exercido, passando pelas fontes de poder até chegar à dinâmica do poder, suas mudanças e transformações ao longo do tempo.

                O que une as três obras é a nítida exposição da essência do poder. Apesar de haver uma diferença de aproximadamente 3.000 anos entre tais obras, elas são complementares. O que se vê nas obras é algo raro: a quase ausência de julgamento de valores. As noções de bom ou ruim, quase não aparecem. Os autores estão preocupados em descrever o fenômeno.

                Galbraith apresenta três fontes do poder: personalidade, propriedade e organização. É claro que a personalidade e também a propriedade são importantes para a conquista de um povo. No entanto, é sabido que os homens mais célebres da História  – Moisés, Salomão, Confúcio, Aristóteles, Platão, Jesus, Marx, Ghandi tiveram o imprescindível apoio das organizações como: legisladores, templos, escolas, apóstolos, clérigos, mesquitas, partidos políticos e outros.

                A principal virtude destes homens é que tudo fizeram em favor de suas organizações. A preocupação com “os seus” sempre foi maior do que a preocupação consigo. Além disso, não estavam preocupados apenas com uma gestão, ou com o período em que estiveram na liderança, asseguraram-se da continuidade de suas causas.

                Referindo-se à dinâmica moderna do poder, Galbraith diz: “Em verdade, há na sociedade moderna um razoável equilíbrio entre os que exercem o poder e os que a eles se opõem”. Tal oposição ao poder é cada vez mais assimétrica. Os aforismos de: fogo se combate com fogo; força gera força; quem vive pela espada, pela espada morrerá, ainda que muito utilizados, somente são eficazes, quando a luta é entre iguais. A relação entre os que exercem e os que se submetem ao poder é por essência uma relação entre desiguais.

                Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr., mostraram que a resistência não violenta, paralisa e confunde as estruturas de poder contra as quais se dirigiam. Como lutar armadamente com quem prega o amor aos inimigos? É possível lutar armadamente com os que recorrem a resistência passiva, recusando as provocações à resposta violenta?

                 Usando a teoria dos grandes mestres que agora está completa, podemos identificar algumas verdades. Muitas pessoas que estão envolvidas com o poder não detêm o poder. Possuem apenas cargos, não são líderes. Digo isto, olhando para pessoas que estão em governos, igrejas e outras associações. Não estou limitando a um determinado local. Falo de organizações locais, regionais, nacionais e até internacionais. Organizações que não sabem de sua força e que estão sendo alvos apenas da vaidade de seus “líderes”.  Aliás, segundo Galbraith, a palavra líder, na sua acepção comum,  é ambígua. O líder pode ser um perito em identificar para a multidão os próprios objetivos dela. Mas ele também pode ser exímio na arte de conquistar a submissão de outros aos seus propósitos.

     

  31. A gota d´água..

    Abordagem perfeita, eu acrescetaria a gota final  que transbordou o copo.

    O acidente com seu filho “Tor”, alí o mercado viu afalta de capacidade de administrar crises do nosso milionário…

  32. O fim da louca aventura de Eike – ARTIGO INTEGRAL

    Tudo bem, concordo integralmente com seu comentário. Mas só para lembrar não foi o Governo do PT, quem inventou ou melhor descobriu melhor ainda FUNDOU este cidadão chamado Elke.

    O dinheiro que foi colocado nas maos de um LOUCO, EGOCENTRICO, sem nenhum conhecimento em Petroleo, administrador nota ZERO, como fica ???

    Não foi o BNDS ??? isto é,  o B N D S é seu, meu, nosso dinherio que foi colocado na O G X ????

     

    1. Concordo Mario , são as

      Concordo Mario , são as heranças malditas do governo Lula ,Eike Batista e Joaquim Barbosa, agora a pergunta que deveria ser respondida , quanto foi emprestado de dinheiro público para o fanfarão e quanto de dinheiro privado  ele levou para o fundo do poço.

  33. Eike

    Eu não compreendo.

    Eu nunca vi uma única midia informar a verdadeira origem do dinheiro de Eike.

    informa-se que iniciou com o garimpo e depois, da sua trajetória – muito bem escrita por essa matéria.

    Só que não informam que o Sr. Eliezer, seu pai, vendia minério de ferro ao Japão por um preço abaixo ao do aplicado no mercado externo, na época, com facilidades na forma de pagamento por aquele país, e integrava o resultado ao seu patrimonio pessoal. Por que não informam isso??? POR QUE?

    Leirisson Feijo 

  34. Sempre falaram que o melhor

    Sempre falaram que o melhor negócio era uma empresa de petróleo bem administrada eo segundo uma empresa de petréleo mal administrada.

    Se o Eike-OGX foram a falência o que sobra para o resto dos empreendedores.

  35. Thor, filho de Odin, digo, Eike

    Odin significa deus ou chefe. É o chefe supremo do reino de Asgard, onde que habitam os deuses nórdicos. Odin é considerado o deus da sabedoria, da magia, da poesia e da guerra. (…)

    O nome Odin na língua nórdica antiga tem o significado de “furioso”, “louco” e “violento” mas, por outro lado, possui a conotação positiva de “sabedoria”, “sensibilidade” e “alma”. (…)  Odin é pai de muitos filhos, dentre eles está Thor, o Deus do Trovão. (…)

    Segundo a mitologia nórdica, na batalha do fim do mundo denominada Ragnarök, Odin guiará os deuses e homens que irão combater contra as forças do mal. Mas neste combate, o deus Odin será morto pelo lobo Fenrir. http://www.significados.com.br/odin/

  36. REALMENTE É UMA PENA, O SEU

    REALMENTE É UMA PENA, O SEU SUCESSO TRARIA O PROGRESSO, DE FORMA MAIS RÁPIDA E ACELERADO , PARA O RIO E PARA O BRASIL, SERIA BOM PARA TODOS NÓS.

  37. Eike quebrou ou foi quebrado?

    Eu ainda fico com a pulga atrás da orelha em relação ao caso Eike Batista. Sim, teve os deslubramentos dele, a soberba, a vida de “playboy” bacana, que lutou muito para chegar aonde chegou. Ok, isso está no imaginário capitalista desde quando capitalismo é capitalismo.

    Mas não é no mínimo estranho que a mesma mídia que o ovacionava, hoje o “avacalhe”? Vale lembrar que além dos planos de expansão, via petróleo e Pré-Sal, Eike sinalizou inúmeras vezes seu desejo de entrar no mercado televisivo, com a compra do SBT.

    Embora elogiado na mídia impressa, não via o mesmo entusiasmo na mídia eletrônica, em especial na Globo, repleto de “especialistas”. Diuturnamente, a emissora dos Marinho tentou desqualificar o empresário, seja pela questão pessoal, seja pela questão empresarial.

    Apesar da emissora ser sediada no RJ, ela não via nenhum entusiasmo em Batista. Pelo contrário: os grandes nomes, que são “especialistas” do empresariado nacional geralmente são de São Paulo. Basta ver como a Globo enxerga o RJ – lindo, mas atrasado – e São Paulo – carro-chefe do país, imponente, forte.

    Alguma coisa tem a ver com a outra. Não acredito em coincidências! A Globo tentou colocar Batista em exposição negativa para miná-lo da possibilidade de expandir seus negócios para a mídia eletrônica. Eike tinha sim reclamações quanto ao horário dos jogos do campeonato ou dos programas de auditório e por aí vai!

    É claro que a Globo tinha medo do Eike entrar nesse negócio e buscar uma nova roupagem para a mídia brasileira. Talvez pelo fato de o empresário receber recursos do BNDES, a Globo temeu o surgimento de uma emissora híbrida – metade privada, metade com capital estatal. Não sei, estou especulando!

    Mas a forma como a emissora cobriu o acidente de seu filho Thor e do ciclista não foi nada isento ou buscando algum esclarecimento factual. Pelo contrário, a Globo, com sua toga midiática, já deu o veredicto: culpado, até que se prove o contrário.

    Com isso, fico com a pergunta: Eike quebrou ou foi quebrado (por alguém)?

  38. Eike quebrou ou foi quebrado?

    Eu ainda fico com a pulga atrás da orelha em relação ao caso Eike Batista. Sim, teve os deslubramentos dele, a soberba, a vida de “playboy” bacana, que lutou muito para chegar aonde chegou. Ok, isso está no imaginário capitalista desde quando capitalismo é capitalismo.

    Mas não é no mínimo estranho que a mesma mídia que o ovacionava, hoje o “avacalhe”? Vale lembrar que além dos planos de expansão, via petróleo e Pré-Sal, Eike sinalizou inúmeras vezes seu desejo de entrar no mercado televisivo, com a compra do SBT.

    Embora elogiado na mídia impressa, não via o mesmo entusiasmo na mídia eletrônica, em especial na Globo, repleto de “especialistas”. Diuturnamente, a emissora dos Marinho tentou desqualificar o empresário, seja pela questão pessoal, seja pela questão empresarial.

    Apesar da emissora ser sediada no RJ, ela não via nenhum entusiasmo em Batista. Pelo contrário: os grandes nomes, que são “especialistas” do empresariado nacional geralmente são de São Paulo. Basta ver como a Globo enxerga o RJ – lindo, mas atrasado – e São Paulo – carro-chefe do país, imponente, forte.

    Alguma coisa tem a ver com a outra. Não acredito em coincidências! A Globo tentou colocar Batista em exposição negativa para miná-lo da possibilidade de expandir seus negócios para a mídia eletrônica. Eike tinha sim reclamações quanto ao horário dos jogos do campeonato ou dos programas de auditório e por aí vai!

    É claro que a Globo tinha medo do Eike entrar nesse negócio e buscar uma nova roupagem para a mídia brasileira. Talvez pelo fato de o empresário receber recursos do BNDES, a Globo temeu o surgimento de uma emissora híbrida – metade privada, metade com capital estatal. Não sei, estou especulando!

    Mas a forma como a emissora cobriu o acidente de seu filho Thor e do ciclista não foi nada isento ou buscando algum esclarecimento factual. Pelo contrário, a Globo, com sua toga midiática, já deu o veredicto: culpado, até que se prove o contrário.

    Com isso, fico com a pergunta: Eike quebrou ou foi quebrado (por alguém)?

    1. A Globo é o cancer nacional, fim da concentração já!

      Agora sim, o suspeito de sempre mostra as garras.

      Com certeza têm um dedo da Globo na quebra do Eike.

      Isto é mais certo do que dois mais dois é cinco rsrsrsrss……

      Aproveitaram o inferno astral do Empreendedor para por fim a sua brilhante carreira de empresário.

      Mas tem volta e a vingança será maligna.

      Está escrito nas estrelas.

      1. “brilhante carreira de

        “brilhante carreira de empresário”…… só vocâ para dizer uma coisa destas…. Como um brilhante empresário vai de bilionário a um ser fracassado em todos os seus negócios em menos de um ano?

        Reflita!!!!!!!!!!

  39. Picaretagem

    Isto é pura picaretagem. Se o Brasil fosse um país sério este malandro estaria enjaulado!!!E ainda este Nassif vem tratar este golpista como uma vítima!!!!Ficou estranho!!!!

  40. O campo de Tubarão Martelo

    Creio que ás últimas chances  da OGX estão no campo de Tubarão Martelo  onde tem 60%, já que existe um contrato de venda de 40%  para a Petronas, caso obtenha uma produção de 10 mil barris diários, terá um faturamento bruto ao redor de R$ 2 milhões de reais por dia, cerca de R$ 769 milhões por ano, mais do que suficiente para se recuperar, principalmente se for aprovado o pedido de concordata.

    A produção no campo de Tubarão Martelo está prevista pa iniciar  este mês, vamos aguardar.——–com o pedido de concordada aprovado, o faturamento permitirá manter a participação de 40% no Bloco BS-4 qu tem a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) como operadora.

    Lembrando que a Platoforma tipo FPSO que está sendo  instalada no campo de Tubarão Martelo tem capacidade de produção de 100 mil barris por dia e capacidade para estocar 1,3 milhões de barris

  41. O “X ”  da questão.
    As

    O “X ”  da questão.

    As principais empresas de Eike Batista, o mister “X”: MMX, OGX, LLX, o grupo EBX. Quem na realidade é o Mister “X”?

    Mister “X” é uma incógnita formada por políticos corruptos, empresários sonegadores e magistrados venais, que desviaram recursos públicos e mandaram para paraísos fiscais, e que aproveitaram as “empresas” de Mister “X” para internalizar o dinheiro. Antes da criação das empresas do grupo EBX,  foi feita uma tentativa no governo FHC de colocar um “X” na na petroleira estatal, que passaria a ser PETROBRAX, no ramo financeiro além dos olhos grandes no Banco Brasil(assim é que seria o nosso Banco do Brasil), a turma já se apoderara da CaiXa Econômica Federal, destacando o “X” no nome da instituição financeira.

    Após a privataria da Vale do Rio Doce e das TELES, a incógnita “X” foi pensada inicialmente pelo apoderamento das estatais, mas com a ascenção de Lula ao poder, os caminhos através das empresas PetrobraX, CaiXa e Banco Brasil se estreitaram, e Eike Batista – que recebeu do papai para filho, o mapa da mina  –  teve que lançar mão das empresas de papéis. E assim se fez o Mister “X”. O resto é conversa para os bois da Bla-bla-rina dormir.

  42. Correu o risco e perdeu, parte

    Ele fez um jogo pesado, apostou e perdeu. Perdeu em parte, conforme a sensata observação do Roberto São Paulo – se é que esse resquício de sucesso vai pertencer a ele.

    Era evidente a inflação no ego do rapaz, o que deveria se agravar se tivesse tido sucesso, mas isso não foi o impedimento para que tivesse tido sucesso.

    Ao que parece, ele não quebrou por erros, mas porque apostou muito alto e perdeu, porque os campos não produziram aquilo que se esperava. Como vendedor de uma aposta ele fez o que tinha de fazer, fez as loas do negócio para recolher as melhores ofertas.

    Deu azar.

    Fica o pesar de ver um empreendedor nacionalista naufragar e entregar boa parte do que restou ao capital financeiro ou grupos estrangeiros, que não terão nenhum pouco do ímpeto desenvolvimentista de que falastes acima.

  43. Protesto contra o “ver mais” nos comentários

    Nassif,

    Não sei a opinião dos demais colegas, mas eu achei muito ruim este “ver mais” nos comentários.

    Na página inicial, quando está escrito “Ver Mais” nos post’s faz sentido, pois não é todo tópico que nos interessamos a ler ou ver.

    Agora, quando se analisa comentários de um tópico, já parte-se do pressuposto que há o interesse de lê-lo por completo.

    Eu costumo ler todos nos tópicos que me interesso, e a maioria ultrapassa o limite do “ver mais”.

    Isto, além do incômodo, atrapalha na hora de atribuir nota ao comentário.

  44. Barão de Mauá

    Essa história do Eike me lembra uma outra ocorrida no século XIX com um tal de Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá que era um dos maiores magnatas do mundo em sua época e também quebrou ou foi quebrado.

  45. Eike

    Qualquer um – como eu – com o mínimo de discernimento não compraria uma ação sequer de Eike ao saber que, para o mercado, o papel da OGX valia mais do que o da Petrobras. Ele vendia o quê? Vento. Isto é, sonhos e nada mais. Fico besta em pensar como o mercado, que tem lá os seus falcões, deixa-se enganar por miragens como as propostas por Eike. Então alguém pode pensar que a Petrobras abriria mão de áreas cheias de petróleo para aventureiros como Eike? Claro que a Petrobras, quando abre mão de uma área, sabe que ali existe ou não petróleo em grande quantidade. Tubarão Martelo e outras áreas dele podem até servir para petroleiras. Mas muito menores do que a estatatal, jamais igual ou maior.

  46. lamentar

    Uma vez discuti com um amigo sobre a função de Eike na sociedade brasileira.Meu amigo dizia que ele era virtual,que acabaria uma hora.Eu sustentava que era sólida.Hoje vejo que  eu tava errado.Eu imaginava e torcia por este empresário.Torcia pelos empregos,o nome do nosso país e o desenvolvimento.Tudo era um castelo de  cartas e essa empreitada exerceu efeito contrário ao que eu pensava e torcia.è de lamentar.Ver que muitas pessoas se alegram com essa queda,e ate torcem,é triste,pois isso é torcer contra o Brasil.

  47. Campo de Tubarão Martelo e os campos do bloco BS-4

    Planos de Desenvolvimento
    ANP-Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
    Fonte: Superintendência de Desenvolvimento e Produção

    O Plano de Desenvolvimento é o documento preparado pelo concessionário, contendo o programa de trabalho e o respectivo investimento necessários ao desenvolvimento de uma descoberta de petróleo ou gás natural na área de concessão.
    O Plano de Desenvolvimento deve ser preparado de acordo com as instruções contidas na Portaria ANP nº 90,  de 31/05/2000, e conter informações em abrangência e profundidade suficientes para:
    permitir à ANP conhecer e acompanhar os parâmetros do desenvolvimento do campo;
    demonstrar que a exploração do campo se fará em consonância com a legislação em vigor, particularmente com as normas e regulamentações governamentais aplicáveis à industria de petróleo;
    demonstrar que as futuras operações de produção ocorrerão de acordo com as melhores práticas da indústria do petróleo.

    Os Sumários Executivos dos campos cujos Planos de Desenvolvimento foram aprovados pela Diretoria Colegiada estão listados abaixo.

    —–Atlanta–pdf(bloco BS-4)
    —–Tubarão Martelo–pdf
    —-Oliva—-pdf
    anexo 1
    SUMÁRIO EXECUTIVO EXTERNO DO CAMPO DE TUBARÃO MARTELO—Contrato 48610.001367/2008-54
    Plano de Desenvolvimento aprovado na Reunião de Diretoria n° 714 de 13/06/2013,—Resolução de Diretoria n° 579/2013

    O Campo de Tubarão Martelo está situado na porção sul da Bacia de Campos, em lâmina d’água entre 100 e 110 m e distante 94 km da cidade de Arraial do Cabo, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro (Figura 4.1). O campo estende-se pelos blocos exploratórios CM-466 e C-M-499, áreas dos Contratos de Concessão BM-C-39 e BM-C-40, respectivamente.
    Foi solicitada à ANP a anexação dessas duas áreas e a definição de um ring-fence de campo único, sendo mantido o número do Contrato de Concessão BM-C-39, referente ao poço descobridor (Figura 1).

    Figura 1: Figura 1.1 – Mapa de localização dos blocos C-M-466 e C-M-499 (sistema de coordenadas SAD-69).

    A empresa concessionária e operadora é a OGX Petróleo e Gás S.A. e a área requerida para o desenvolvimento do campo (ring-fence) engloba as estruturas mapeadas com hidrocarbonetos e os aquíferos atuantes, totalizando 32,14 km2 (área corrigida de 31,47 km2).
    A descoberta do campo ocorreu com a perfuração do poço 1-OGX-25-RJS, em novembro de 2010, tendo sido constatada a presença de hidrocarbonetos nos reservatórios carbonáticos albo-cenomanianos crono-correlatos à Fm. Imbetiba do Grupo Macaé, situados no intervalo entre 1.834 e 2.032 m.

    O principal mecanismo primário de recuperação do reservatório é o de influxo de água, e a estratégia de explotação do campo considera um projeto de injeção de água periférica com objetivo apenas de complementar a atuação esperada do aquífero.
    Os poços produtores serão horizontais levemente inclinados em relação às camadas. Os poços terão completação a poço aberto, protegidos por tubos sem cimentação com tubos telados e serão segmentados no trecho horizontal através de obturadores externos.

    A concepção de produção para o Campo de Tubarão Martelo prevê a instalação de uma unidade de produção do tipo FPSO e de uma plataforma fixa do tipo WHP. Dos 15 poços previstos para o desenvolvimento da produção (12 produtores e 3 injetores de água), 4 poços produtores terão completação submarina, sendo interligados diretamente ao FPSO e completados com ANMH, e 11 terão completação seca, localizados na WHP. As ANMH estarão equipadas com válvulas de fechamento automático de acionamento hidráulico direto, do tipo Fail Safe para segurança.

    O FPSO terá capacidade de processamento de 25.430 m3/dia (160.000 bpd) de líquido, 15.900 m3/dia (100.000 bpd) de óleo, compressão de 1,5 milhões de m3/dia de gás e capacidade de armazenagem de 217.800 m3 (1.370.000 bbl), ficará ancorado em lâmina d’água de 105 m. O sistema de ancoragem do FPSO será do tipo Single Point Mooring, com linhas de ancoragem convergindo para o mesmo através de um turret externo instalado na proa da embarcação.

    Os investimentos totais no Campo de Tubarão Martelo somam aproximadamente US$ 1.556,09 milhões, a serem realizados no período de 2012 a 2017.

    anexo 2

    SUMÁRIO EXECUTIVO DO CAMPO DE ATLANTA—Contrato de Concessão n° ° 48000.003573/97-91
    Plano de Desenvolvimento aprovado na Reunião de Diretoria n° 696 de 19/12/2012,Resolução de Diretoria n° 1255/2012

    Em reunião realizada em 19 de dezembro de 2012, a Diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP aprovou a revisão do Plano de Desenvolvimento (PD) do Campo de Atlanta.
    O Campo de Atlanta localiza-se na Bacia de Santos, à aproximadamente 185 km da costa a sudeste da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de 1.550 metros, ocupando uma área de, aproximadamente, 115,92 km2. A figura 1 demonstra a sua localização.

    Figura 1 – Mapa de Localização do Campo de Atlanta

    A área em questão foi adquirida pela empresa Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) em 1998, durante a Rodada Zero, sob a nomenclatura de BS-4, tendo sido o seu Contrato de Concessão assinado no mês de agosto desse mesmo ano.
    A atividade exploratória se iniciou ainda em 1998, com a interpretação geológica e geofísica da área. Em dezembro de 1999 foi realizada uma cessão de direitos, de forma que o consórcio passou a ser constituído também pelas empresas Chevron e Shell, sendo esta última a operadora do campo.

    Entre janeiro e maio de 2000 foram levantados 3.350 km2 de linhas sísmicas 3D. No período compreendido entre 2001 e 2006 foram perfurados 8 (oito) poços na concessão, sendo 7 (sete) exploratórios e 1 (um) especial. O poço descobridor do campo foi o 1-SHEL-4-RJS, o qual perfurou uma camada de aproximadamente 100 metros de espessura de arenitos turbidíticos do Eoceno contendo óleo. Devido a um desmoronamento nesse poço, foi perfurado o “sidetrack” 1-SHEL-4A-RJS, o qual confirmou um contato óleo-água a 2.404 metros de profundidade.

    Os poços 3-SHEL-8-RJS e 3-SHEL-20HPA-RJS foram testados em, respectivamente, dezembro de 2001 e novembro de 2006. A atividade exploratória encerrou-se com a declaração de comercialidade da área, realizada em dezembro de 2006 e, desde então, não houve qualquer produção na mesma.

    Em 16/02/2012, por força da Resolução de Diretoria (RD) no 146/2012, a empresa Queiroz Galvão Óleo e Gás S.A. passou a ser operadora do Contrato de Concessão no 48000.003573/97-91, referente aos campos de Atlanta e Oliva.
    O reservatório principal do campo, de idade Eocênica, caracteriza-se por areias com boa permo-porosidade, e foi formado em uma região de diminuição significativa no gradiente do mergulho da superfície deposicional, onde fluxos turbidíticos deixavam de estar confinados nos canyons do talude e se espraiavam para formar feições lobadas, frequentemente recortadas por canais.
    A subdivisão do mesmo ocorreu na forma de três zonas: Zona Superior, Zona Inferior e “Reservatório”, e baseou-se principalmente nos perfis dos poços e nas características granulométricas de cada uma.

    A recuperação primária esperada é resultado de um mecanismo combinado de depleção simples – expansão de fluidos e contração do meio poroso – com influxo de água, não sendo identificada capa de gás primária. Dessa forma não está prevista, inicialmente, injeção de água no reservatório.
    Um Sistema Antecipado de Produção (SPA) com duração de 03 (três) anos está previsto para ser implantado em maio de 2014 e será composto por 02 (dois) poços horizontais a serem perfurados em 2013.

    Já o Sistema Definitivo está previsto para entrar em produção em meados de 2018 e contará com os 02 (dois) poços utilizados no SPA e mais 10 (dez) poços horizontais a serem perfurados entre os anos de 2017 e 2019.
    Assim, o desenvolvimento do campo se dará através de um total de 12 (doze) poços horizontais, perfurados a partir de dois clusters, resultando em uma malha de drenagem com configuração radial.

    Nos poços produtores serão instaladas Árvore de Natal Molhada (ANM), GLL/DL, do tipo horizontal, equipadas para completação com Bombeio Centrífugo Submerso Submarino (BCSS) e mandris para conexão de linhas de fluxo via Módulos de Conexão Vertical (MCV).
    Esses poços serão interligados aos Manifolds via jumpers, que terão comprimentos médios de até 35 metros.

    A unidade de produção a ser utilizada no campo será um FPSO, com instalações de processamento para os poços de desenvolvimento submarino, sendo que as mesmas serão compartilhadas com o Campo de Oliva. O petróleo bruto será escoado para navios aliviadores diretamente da unidade, enquanto que o gás natural será exportado / importado através de um gasoduto destinado às instalações do Campo de Uruguá.

    A medição fiscal da produção do campo será realizado através de skid de medição, composto por 3 (três) medidores (sendo um deles master), o qual ficará localizado após o tratador eletrostático e antes dos tanques de armazenamento.
     

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