2015 derrubou indicadores do setor imobiliário

Jornal GGN – A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgaram os resultados do setor imobiliário no ano de 2015. Apenas no último trimestre do ano, foi registrado um recuo de 29,6% no número de lançamentos de unidades, na comparação com o mesmo período de 2014. No acumulado de 2015, os lançamentos totalizaram 59.778 mil unidades, volume 19,3% inferior ao de 2014.

O volume de vendas também caiu. No último trimestre do ano, houve uma retração de 19,8% na comparação com o mesmo período de 2014. No acumulado, foram vendidas 108.906 mil unidades, uma queda de 15,1% em relação a 2014.

Dezenove incorporadoras participaram do levantamento. De acordo com elas, foram entregues 31.286 unidades no último trimestre de 2015, um número 39,2% inferior ao mesmo período do ano anterior. No comparativo anual, as entregas totalizaram 126.804 mil unidades, número 25,3% inferior ao observado ao longo de 2014.

O cenário econômico continua a afetar a confiança dos compradores e empreendedores. “Os lançamentos estão mais restritos por todo o cenário, vemos diminuição nas vendas, mas num patamar mais alto do que a quantidade lançada. Por isso, há uma resiliência na demanda”, disse Renato Ventura, vice-presidente executivo da ABRAINC. Em 2015, o mercado vendeu 82% a mais do que lançou.

Ao final de dezembro de 2015, o mercado disponibilizou para compra 109.398 unidades e vendeu o equivalente a 20,8% da oferta do período. Com isso, estima-se que a oferta final atual se esgotaria em cerca de 14,4 meses.

Para Eduardo Zylbertajn, economista da Fipe, 2015 se caracterizou por uma forte retração nos lançamentos,  “mas chama muito a atenção o fato de as vendas terem sido quase o dobro do que a oferta de novas unidades”.

As desistências de compras, conhecidas com distratos, acumularam 12,9 mil unidades no último trimestre de 2015, uma alta de 20,2% na comparação com 2014. Se considerados os distratos em proporção às vendas por safra de lançamento, as unidades vendidas no primeiro trimestre de 2014 apresentam a taxa de distratos mais elevada da série histórica (16,8%).

Redação

5 Comentários

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  1. Finalmente uma boa notícia!

    Dêem uma olhada nessa foto. Vejam que horror de prédio em construção e do entorno que o cerca. Mais um mastodonte horroroso, numa cidade horrorosa de se viver…

    Cada vez que o setor imobiliário entre em crise eu comemoro.

    Com o perdão dos empregados no setor, que merecem trabalhar e viver bem como todo mundo, mas assim não será possível.

  2. RETRAÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO

    Essa queda nas vendas de imóveis não pode ser atribuída exclusivamente à condição econômica vivida pelo país. Os empresários da construção civil subiram tanto o valor de venda das unidades habitacionais numa ganância desenfreada que descasou a capacidade de compra com o valor dos imóveis. Hoje é necessária uma renda acima de 20 mil reais para se comprar um imóvel pequeno no subúrbio. A realidade do mercado de classe média hoje é de imóveis que exigem renda acima de 40 mil reais. 

    1. Ver comentario abaixo tambem,

      Ver comentario abaixo tambem, do SergioR.  Tem alguma coisa errada com os precos, com o “mercado imobiliario”.  E digo o mesmo sabendo que (fulano da familia) despediu 100 pessoas e fechou sua propria firma.

      Talvez exatamente por saber disso, alias:

      Tem MUITA coisa errada com os precos de imoveis brasileiros, e nao eh de hoje.  Fulano da Silva (da familia) conversou longamente com minha irma uns 6 anos atraz, ela queria comprar um imovel assim assim, minusculo, fundo de barril,, em BH;  A conversa durou varios meses.  :Varios meses mais tarde ele envia um email pra ela numa quarta feira dizendo que o imovel X -a um terco acima do preco especificado por ela- estava pronto.  Mas so ate na sexta feira.  Dois dias depois.

      Minha irma cortou relacoes com Fulano da Silva.  (Pouco tempo depois ela morreu.)

      Tou com zero pena do mercado imobiliario brasileiro.

  3. O tombo não chegou aqui em Brasília…

    O preço dos imóveis não caiu aqui em Brasília – pelo contrário, o apartamento ao lado do meu foi vendido em 2012 por 550 mil, a dona do imóvel faleceu e agora os filhos querem 750 mil no imóvel, baseados em avaliação de corretor…

    Acho que ainda precisa de mais uns dois anos de tombo nesse mercado imobiliário para os donos de construtoras e incorporadoras caírem na real (sem trocadilho) e baixarem os preços de imóveis.

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