Ata do Copom ressalta acompanhamento da inflação

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ressaltou que deve seguir “especialmente vigilante” para diminuir os riscos de que patamares elevados de inflação sejam mantidos, como aconteceu durante os últimos 12 meses. A análise está na ata da última reunião do colegiado, divulgada nesta quinta-feira (17). Na semana passada, o comitê seguiu com o plano de ajustar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 9,5% ao ano.

Segundo o documento, “a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência”. Outros fatores que contribuem para essa resistência são os chamados mecanismos formais e informais de indexação (como reajustes de preços com base de índices de inflação) e a percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica da inflação.

“Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo [efeito] seja revertido”, diz o comitê na ata. “Nesse contexto, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso”, acrescentou.

O Copom também avalia que a projeção para a inflação de 2013 diminuiu em relação ao valor considerado na última reunião, mas permanece acima do centro da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2014, a projeção de inflação recuou em relação ao valor considerado na reunião do Copom de agosto, mas ainda acima da meta de 4,5%.

Na ata, o comitê não divulga os valores de suas projeções para a inflação. No último Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente, o BC projeta inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 5,8%, este ano, e em 5,7%, em 2014.

Quanto ao preço da gasolina, o colegiado manteve suas projeções para o reajuste ao consumidor na casa de 5% este ano. Na último quinta-feira (10), o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reforçou que o governo não tinha definido se haveria reajuste no preço da gasolina em 2013. “Não sei nem se terá”, respondeu o ministro, ao ser perguntado se o aumento poderia chegar a 6%, para completar o percentual solicitado pela Petrobras. No início do ano, o governo autorizou aumento de 6,6% da gasolina nas refinarias, para alinhar o preço do combustível ao mercado internacional. O reajuste solicitado pela Petrobras foi 13% para todo o ano.

Na ata, o Copom também manteve a projeção de recuo de aproximadamente 16% na tarifa residencial de eletricidade. A estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas pelo governo, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano. Também foram mantidas as estimativas para o aumento do preço do botijão de gás e para a redução na tarifa de telefonia fixa de, respectivamente, 2,5% e 1%.

Para o conjunto de preços administrados por contratos e monitorados, este ano, a projeção recuou para 1,5%, 0,3 ponto percentual menor que a estimativa de agosto. Para 2014, a projeção segue em 4,5%.

Com informações da Agência Brasil

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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