Balança comercial do agronegócio tem saldo de US$ 6,29 bi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O agronegócio brasileiro apresentou um saldo de comercial de US$ 6,29 bilhões em setembro deste ano, resultado das exportações de US$ 7,24 bilhões ante as importações de US$ 954,93 milhões, segundo dados apurados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A participação dos produtos no agronegócio no total das exportações brasileiras aumentou de 42,3% em setembro de 2014 para 44,8% no mesmo mês deste ano. A balança do mês passado mostra também que, pela primeira vez no ano, os cereais, farinhas e preparações ultrapassaram os embarques de café e do complexo sucroalcooleiro e ficaram entre os principais produtos do ranking brasileiro de exportações.

As exportações de US$ 7,24 bi do agronegócio em setembro deste ano correspondem a uma queda de 12,7% em relação ao mesmo mês de 2014. Essa redução reflete a diminuição das cotações internacionais dos principais produtos agropecuários exportados pelo Brasil. As importações do setor caíram 33,1%, passando de US$ 1,43 bilhões para US$ 954,93 mi, na comparação entre setembro de 2014 e o mês passado.

Em setembro último, os embarques do agronegócio brasileiro foram liderados pelo complexo soja; carnes; produtores florestais; cereais, farinhas e preparações; e complexo sucroalcooleiro. Esses cinco produtores responderam por 74% das vendas externas do setor no mês passado.

O complexo soja teve forte incremento no volume exportado em setembro. As vendas externas de soja em grão aumentaram 38,8%, e as de óleo de soja, 137,6%. Mesmo assim, a queda nos preços do setor impediu o crescimento das exportações em valor. Com isso, os embarques do complexo soja passaram de US$ 1,99 bilhões em setembro de 2014 para US$ 1,97 bi no mês passado, com recuo de 1,2%.

As carnes também tiveram retração, saindo de US$ 1,5 bi em setembro de 2014 para US$ 1,27  bilhão no mês passado. De acordo com a SRI, esse resultado ocorreu devido, principalmente, à redução do preço médio de exportação do setor.

As exportações de carne de frango caíram para US$ 582,9 mi, ou menos 18,6%, com aumento de 0,5% na quantidade embarcada e queda de 19% no preço médio. Já as vendas externas de carne bovina diminuíram para US$ 518,04 milhões (-7,7%), com redução de 7,5% no preço médio exportado e 0,3% na quantidade exportada.  O comércio externo de carne suína e de peru também recuou: -22,9% e -21,12%, respectivamente.

Os produtos florestais ocuparam o terceiro lugar no ranking da balança comercial de setembro. O setor expandiu em 4,8% as exportações, que totalizaram US$ 877,93 milhões. O aumento ocorreu por causa do aumento das vendas externas de papel e celulose, que alcançaram US$ 665,36 milhões (+11,2) no mês passado. Os embarques de madeiras e suas obras foram no sentido contrário, registrando queda de 12,1%, com valor de US$ 209,80 milhões.

Já os cereais, farinhas e preparações tiveram aumento de 17% no valor exportado, que atingiu US$ 633,37 milhões no mês passado. Esse desempenho foi impulsionado pelos embarques de milho, que tiveram elevação de 17,2% devido à elevação de 28,7% da quantidade exportada.

Os embarques da cadeia produtiva do complexo sucroalcooleiro diminuíram de US$ 972,07 milhões em setembro de 2014 para US$ 614,59 milhões (-36,8%) no mês passado. O açúcar foi responsável por 87,3% das exportações, o equivalente a US$ 536,55 mi. As vendas externas de açúcar caíram 39,9%, com redução de 20,2% na quantidade embarcada e de 24,7% no preço médio de exportação.

Entre os blocos comerciais, a Ásia continua sendo a principal região na importação de produtos do agronegócio brasileiro, com compras de US$ 3,19 bi no mês passado. As importações da União Europeia somaram US$ 1,4 bi; Nafta, US$ 605,87 mi, Oriente Médio, US$ 562,91 mi; África, US$ 495,76 mi; e Europa Oriental, US$ 228,68 mi.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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