Cenário eleitoral deve seguir como referência para a bolsa em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Depois de um agosto com muitas surpresas e volatilidade no pregão, tudo indica que a corrida eleitoral deve continuar a dar o tom das negociações no mercado ao longo do mês de setembro.

“Que a eleição se faria mais presente no cotidiano do mercado já era esperado, porém, a reviravolta no cenário eleitoral a partir da segunda quinzena do mês de agosto, com um candidato da oposição podendo de fato assumir o próximo mandato presidencial, surpreendeu a todos e mexeu de forma contundente com algumas ações”, explica a equipe de análise da corretora Concórdia, em relatório, citando a entrada de Marina Silva (PSB) na disputa após o falecimento de Eduardo Campos em um acidente de avião. “O mês de Setembro continuará embalado pelas pesquisas eleitorais e pelas possíveis medidas que os presidenciáveis deverão adotar em caso de vitória”.

Segundo a Ativa Corretora, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) movimentou-se majoritariamente lastreado nas especulações eleitorais, com o mercado precificando uma vitória de Marina no segundo turno, como indicaram as pesquisas recentes, sustentando a maior alta de agosto dos últimos onze anos. “No âmbito econômico, avistamos um arrefecimento da inflação, com destaque para a retração dos preços dos alimentos. No entanto, continuamos com perspectivas desanimadoras de crescimento anual neste ano, tendo o PIB do segundo trimestre com retração, corroborando assim, uma recessão técnica da economia brasileira”.

O noticiário do mercado internacional também é outro ponto de acompanhamento, uma vez que o acirramento apresentado pelos conflitos geopolíticos através de seguidas quebras de tréguas entre os países euro-asiáticos colaboraram para a aversão ao risco global. “Do lado negativo, ainda teremos a continuidade das tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia; e o temor de ataques terroristas por parte do movimento, autodenominado, Estado Islâmico. Além disso, a desaceleração das economias asiáticas poderá continuar pressionando as commodities”, diz a Concórdia.

Quanto aos Estados Unidos, a Ativa Corretora diz que “o crescimento pujante e acima do esperado da economia norte-americana, combinado com sinais de fortalecimento do mercado de trabalho e dos indicadores inflacionários atribuíram um viés ligeiramente mais duro (hawkish) no que tange à retomada do aperto monetário”.

Custo de oportunidade deve aumentar

Diante da volatilidade esperada pelos analistas, algumas corretoras efetuaram mudanças em seu portfólio de investimentos para o mês. Um exemplo pode ser visto na própria carteira da Ativa Corretora, que manteve suas opções mais focadas no perfil Dividendos, ao mesmo tempo em que o percentual do portfólio Ibovespa foi reduzido por conta do maior atrelamento ao cenário político.

“Entendemos que o maior apetite pelo risco e consequente fluxo de capitais para as diversas bolsas – incluindo os emergentes – será mitigado ao passo que o custo de oportunidade de se investir em renda variável seja elevado substancialmente acompanhando os juros”, diz a corretora Concórdia. Veja as principais recomendações de investimentos para o mês, mas antes de tomar alguma decisão, consulte seu banco ou corretor de valores.

Ativa – ItauUnibanco PN (ITUB4), Petrobras PN (PETR4), Vale PNA (VALE5), Pão de Açúcar PN (PCAR4), Telefonica Brasil PN (VIVT4), Estácio ON (ESTC3), Equatorial ON (EQTL3), BRF SA ON (BRFS3), BM&FBovespa ON (BVMF3) e Multiplan ON (MULT3).

Concórdia – Odontoprev ON (ODPV3), Banco do Brasil ON (BBAS3), Copasa ON (CSMG3), CPFL Energia (CPFE3), Telefonica Brasil PN (VIVT4), Bradesco PN (BBDC4), Cosan ON (CSAN3), Duratex ON (DTEX3), Minerva ON (BEEF3), Embraer ON (EMBR3), Pão de Açúcar PN (PCAR4), BRF ON (BRFS3), ItauUnibanco PN (ITUB4), Ultrapar ON (UGPA3) e Petrobras PN (PETR4)

Coinvalores – Arteris ON (ARTR3), Bematec ON (BEMA3), BM&FBovespa ON (BVMF3), Bradesco PN (BBDC4), Cosan ON (CSAN3), CPFL Energia (CPFE3), CSU Cardsystem ON (CARD3), ItauUnibanco PN (ITUB4), Kroton ON (KROT3), Minerva ON (BEEF3), Petrobras PN (PETR4). Ser Educacional ON (SEER3) e Vale PNA (VALE5).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Referencia para OS PAULISTAS

    Referencia para OS PAULISTAS manipularem a bolsa, voce quer dizer.  A verdade eh que em pais nenhum do mundo esse sobe e desce da bolsa acontece por causa de uma eleicao:  banqueiros em geral se dao mais valor. Os de outros paises.

  2. é a voragem dos

    é a voragem dos especuladores

    – na minha opinião fraudadora de qualquer ideia de estabilização economica.

    é degradante torcer por subidas e descidas da bolsa por motivos eleitorais.

    ontem de manhã estava em alta,

    no meio dia, caindo. 

    há pesquisas na praça que vazam como vazam os sigilosos inquéritos do mpf? 

  3. PIBinho.

    PIB do Japão – anualizado – cai 7%.

    Deve ser por isso que o IBOVESPA está em queda de 1,8% às 15h 48.

    Ou será que o “tracking” eleitoral está apontando a queda de um candidata que foi inflada?

    Será que há uma certa falta de sustentabilidade eleitoral à candidata?

    Esse tal mercado financeiro não para amadores.

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