Custo da cesta básica aumenta em 14 capitais no mês de fevereiro, segundo Dieese

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador apresentaram os maiores reajustes no período, segundo dados divulgados pelo Dieese

Foto de Anna Shvets via pexels.com

O custo da cesta básica brasileira aumentou em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) durante o mês de fevereiro.

O preço médio da cesta só não subiu nas cidades de Florianópolis (-2,12%), Goiânia (-0,41%) e Brasília (-0,08%). As maiores elevações foram observadas no Rio de Janeiro (5,18%), São Paulo (1,89%) e Salvador (1,86%).

Na comparação anual, 12 capitais apresentaram alta no preço, com variações que oscilaram entre 0,32% (em Belém) e 11,64% (no Rio de Janeiro). Nesse período, as quedas mais importantes foram registradas no Recife (-7,79%) e em Natal (-7,48%).

Os produtos que mais influenciaram o preço da cesta foram arroz, feijão, banana, manteiga e pão francês: enquanto o feijão aumentou em todas as capitais pesquisas, o preço da banana subiu em 16 capitais, oscilando de 2,62% [em Belém] e 19,83% [em Belo Horizonte] na comparação com janeiro.

O Rio de Janeiro registrou a cesta básica mais cara do país em fevereiro, com a média dos itens básicos totalizando R$ 832,80, seguida por São Paulo (R$ 808,38), Porto Alegre (R$ 796,81) e Florianópolis (R$ 783,36).

Nas capitais do Norte e do Nordeste do país, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 534,40), no Recife (R$ 559,68) e em João Pessoa (R$ 564,50).

Salário necessário para a compra

A partir do valor da cesta básica no Rio de Janeiro, o Dieese afirma que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família (com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência) deveria ser de R$ 6.996,36 em fevereiro, ou 4,95 vezes o valor do salário mínimo atual de R$ 1.412,00.

Em fevereiro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.547,58 ou 5,03 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.302,00.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 107 horas e 38 minutos, maior do que o de janeiro, de 106 horas e 30 minutos. Em fevereiro de 2023, a jornada média ficou em 114 horas e 38 minutos.

Na comparação do custo da cesta e o salário mínimo líquido, (após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social), o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 52,90% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos em fevereiro, abaixo do registrado em janeiro, quando foi necessário 52,33% da renda líquida. Em fevereiro de 2023, o percentual ficou em 56,33%.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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