Diversas propostas do senador Paulo Paim (PT) devem ser colocadas em pauta na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, com foco específico na reversão de medidas tomadas durante a Reforma Trabalhista.
Um dos textos propõe revogar a extinção do contrato de trabalho por meio de acordo entre empregado e empregador, com redução pela metade das verbas do aviso prévio e do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Para Paim, o dispositivo abre caminho para fraudes contra os direitos dos trabalhadores e expõe os empregados a pressões para aceitação de acordos desfavoráveis. A proposta conta com voto favorável da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD).
Outra iniciativa é o PLS 268/2017, que limita a duração do contrato de trabalho de tempo parcial a 25 horas semanais, derrubando assim a regra que permite uma carga horária semanal de 30 horas uma vez que o texto de 2017 aproximou o horário parcial do horário em tempo integral. Tal proposta tem apoio da relatora, senadora Augusta Brito (PT).
A Comissão do Senado também vai discutir projeto que impõe remuneração de natureza salarial, com acréscimo de no mínimo 50%, pelo tempo de intervalo para repouso e alimentação não concedidos pelo empregador.
Desde a Reforma Trabalhista, o empregador é obrigado ao pagamento, acrescido de 50%, somente do período suprimido do intervalo e com natureza indenizatória — situação que Paim considera “estímulo à prática da ilicitude”. O relator, senador Flávio Arns (PSB-PR), é favorável à matéria.
Nos três casos, após a votação na CDH, as propostas seguirão para análise nas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS). Eles terão decisão terminativa na CAS, se não houver recurso para análise e votação pelo Plenário.
Entre outras matérias, a CDH também poderá votar o projeto que trata da oferta da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na realização do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
As informações são da Agência Senado
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