Conselho Federal de Economia critica papel “oportunista” da imprensa corporativa e manifesta apoio a Pochmann

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Segundo Conselho, posição da grande mídia diante da nomeação de Pochmann ao IBGE "é lastimável"

Crédito: Elza Fiuza/ Agência Brasil

O Conselho Federal de Economia (Cofecon) publicou, nesta sexta-feira (29), uma nota em apoio a nomeação do economista Marcio Pochmann à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O colegiado criticou a condução do caso pela grande mídia, que “na tentativa covarde de desqualificar o profissional indicado, de constranger o presidente da República e jogá-lo contra um segmento da opinião pública, se insinuou que os riscos pela nomeação do Prof. Pochmann eram de tal gravidade, que poderiam colocar à frente da nossa instituição maior de estatísticas alguém capaz de manipular dados da realidade brasileira e produzir resultados falsos“.

Ao longo do texto, o Conselho ressaltou que Pochmann “tem uma longa e honrada carreira acadêmica e profissional, é reconhecido internacionalmente (…) e um pesquisador que se caracteriza pelo seu rigor técnico e científico“.

Ainda, segundo a nota, “é lastimável que certos setores se prestem ao papel de porta-vozes de interesses mesquinhos e oportunistas, e pretendam exercer a função de pseudoarautos da moralidade e da ética“.

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Leia a nota na íntegra:

Manifesto de apoio ao economista Marcio Pochmann

Nos últimos dias diversos veículos da chamada imprensa corporativa publicaram reportagens com restrições à nomeação do Prof. Marcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Seus autores mencionaram críticas de “fontes” do próprio Ministério do Planejamento. As mesmas fontes jornalísticas se omitiram em apontar e denunciar a deficiente gestão do Instituto nos últimos quatro anos, quando deliberadamente houve o seu desmonte, comprometendo a qualidade do Censo de 2022, concluído satisfatoriamente devido à resistência de seu íntegro e competente quadro funcional.

Argumentou-se, inclusive, que o referido cargo seria de natureza estritamente técnica, e não política, desconhecendo-se princípios básicos da Administração como, por exemplo, que, quanto mais elevado o nível da função, mais híbrido – técnico e político – é o seu conteúdo. O mais grave é que, na tentativa covarde de desqualificar o profissional indicado, de constranger o presidente da República e jogá-lo contra um segmento da opinião pública, se insinuou que os riscos pela nomeação do Prof. Pochmann eram de tal gravidade, que poderiam colocar à frente da nossa instituição maior de estatísticas alguém capaz de manipular dados da realidade brasileira e produzir resultados falsos.

Só quem desconhece a história do IBGE, ou que duvida da capacidade e confiabilidade de seus técnicos, poderia imaginar que esses dedicados servidores se prestariam a coonestar tamanho absurdo, ou calar diante de qualquer tentativa fraudulenta de adulterar indicadores econômicos e sociais para bajular os dirigentes de plantão e produzir o que pudesse servir às suas ambições eleitoreiras.

O Prof. Pochmann tem uma longa e honrada carreira acadêmica e profissional, é reconhecido internacionalmente, escreveu dezenas de obras, individuais e coletivas, e é um pesquisador que se caracteriza pelo seu rigor técnico e científico.

É lastimável que certos setores se prestem ao papel de porta-vozes de interesses mesquinhos e oportunistas, e pretendam exercer a função de pseudoarautos da moralidade e da ética, substituindo a missão dos dirigentes eleitos para conduzir os destinos do País.

Este Conselho, que representa institucionalmente os economistas brasileiros, hipoteca toda solidariedade a Marcio Pochmann, reforçando que a sua indicação à presidência do IBGE valoriza a profissão de economista e representa um poderoso passo no fortalecimento e reconhecimento da importância do trabalho da Instituição e na garantia de um salto de qualidade em nossas estatísticas oficiais.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

2 Comentários

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  1. Evidente tentativa de desqualificar o professor da UNICAMP!
    São ridículas as argumentações e pior ainda a manifestação de ex economista e banqueiro.

  2. Essa é para esfregar na cara de leitoas, gasparzinhas, buchas, latas velhas e toda essa corja de escroques mobilizados pela mídia porca para esse ataque imundo. Os tempos são outros, canalhas!

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