A crise mundial e a migração

Trabalhadoras a caminho de deixar o país participam de uma aula de ‘gerenciamento de stress’ patrocinado pelo governo. (Foto: Je

Crise financeira não diminuiu o ritmo da imigração mundial em 2009

(faltou link)

Migrantes de países em desenvolvimento enviaram US$ 326 bi para casa
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Filipinas inova: imigrantes são promovidos pelo Estado.

Jason de Parle Do New York Times, em Manila

O mundo pode estar passando pelo pior momento econômico dos últimos 70 anos, mas a migração internacional, uma força cada vez maior, dá poucos sinais de recuo.

Globalmente, o número de migrantes não diminui, e no ano passado eles enviaram mais dinheiro para casa do que o previsto. Muitos migrantes perderam seus empregos, mas poucos decidiram voltar para casa, mesmo se alguém pagasse.

Em alguns lugares, a demanda por mão de obra estrangeira cresceu.

Do poder legislativo do Arizona até a Calábria, críticos alertam que fronteiras porosas prejudicam os trabalhadores locais, ameaçam culturas nativas e aumentam a criminalidade. Porém, nem mesmo uma crise de grande magnitude reduziu o fluxo migratório como esperado, revelando, em vez disso, as forças persistentes que mantêm os migrantes se aventurando no exterior.

Talvez nenhum lugar exemplifique melhor a sedução da migração quanto as Filipinas, um país de quase 100 milhões de habitantes, onde um quarto da força de trabalho atua no exterior. Apesar da cambaleante economia mundial, no ano passado o país bateu recordes no número de trabalhados enviados para o exterior e nas quantias remetidas por eles.

“Nós mal sentimos a crise financeira mundial”, disse Marianito D. Roque, ministro do Trabalho, que vem promovendo as virtudes dos trabalhadores filipinos em várias partes do mundo, de Alberta a Abu Dhabi.

Em cada canto da capital do país, com muitos “jeepneys” (micro-ônibus) alguém parece estar chegando ou partindo para um trabalho no exterior. No Centro de Treinamento Magsaysay, ao lado da baía de Manila, pessoas com diploma universitário esfregam replicas de navios, na esperança de conseguir empregos que paguem quatro vezes mais o salário local. Um parque do outro lado da rua funciona como um bazar de marinheiros, um lembrete de que as Filipinas fornecem pelo menos um quinto de todos os marujos do mundo.

Em seminários do governo, várias empregadas com destino a outro país aprendem a cumprimentar seus futuros patrões em árabe, italiano e cantonês. Algumas delas choram vendo um filme sobre uma babá que consegue um trabalho no exterior, mas perde o amor de seus filhos.

Médicos vão para o exterior para trabalharem como enfermeiros. Professoras vão trabalhar como… 

Luis Nassif

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