Custos da indústria sobem 5,8% no primeiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os custos da indústria brasileira perderam força durante o primeiro trimestre de 2013. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o aumento apurado no período foi de 5,8% frente ao mesmo período de 2012. O indicador chegou a 8,2% no terceiro trimestre do ano passado, na comparação com o terceiro trimestre de 2011. Já no quarto trimestre de 2012, a alta foi de 6,5% ante ao igual período em 2011.

 

De acordo com a pesquisa Indicador de Custos Industriais, a perda no ritmo de aumento das despesas da indústria foi influenciada principalmente pelas reduções promovidas pelo governo. Por exemplo: o custo com energia foi 1,8% menor no primeiro trimestre do ano frente ao mesmo período de 2012, e com capital de giro recuou 22,5% na mesma comparação.

 

A elevação dos custos com tributos também teve forte desaceleração. O valor dos impostos na indústria cresceu apenas 1% no primeiro trimestre deste ano frente ao primeiro trimestre de 2012, puxada pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Conforme a pesquisa, a desoneração da folha de pagamentos e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis e eletrodomésticos contribuíram para a perda de ritmo de crescimento dos custos tributários observada desde o último trimestre de 2012, quando houve alta de 0,3% no indicador frente a igual período de 2011.

 

Outra variável que perdeu ritmo foi o da mão de obra. Após seis trimestres consecutivos com elevações acima de dois dígitos, o gasto com pessoal subiu 7,7% no primeiro trimestre do ano frente ao primeiro trimestre de 2012.

 

Contudo, o aumento de preços dos insumos e matérias-primas usados na produção industrial foi o que mais contribuiu para a elevação dos custos do setor no primeiro trimestre do ano. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, cresceram 9,9%. No caso de insumos e matérias-primas importados, a elevação dos custos foi de 12,3%.

 

De acordo com o estudo, esse foi o segundo trimestre consecutivo em que os custos do setor cresceram menos que os preços dos produtos industrializados, que tiveram alta de 7,6% no primeiro trimestre de 2013 na comparação com igual período do ano passado. A desaceleração no aumento dos custos combinada a um crescimento maior nos preços dos produtos industrializados permite a recuperação da margem de lucro. “Essa melhora na margem de lucro é fundamental para que as indústrias possam executar seus projetos de investimento”, destaca o documento.

 

Mesmo com a desaceleração do aumento dos custos industriais, a pesquisa da CNI afirma que o ganho de competitividade visto ao longo de 2012 mostra sinais de esgotamento, principalmente, pela perda de intensidade no crescimento da taxa de câmbio. Os preços, em reais, dos produtos industriais importados, que chegaram a crescer 23,7% no segundo trimestre de 2012, aumentaram 11,9% no primeiro trimestre deste ano na comparação em 12 meses.

 

“Além disso, o comportamento recente da taxa de câmbio confirma sua perda de importância na recuperação da competitividade da indústria. Para manter o crescimento da competitividade do setor, a CNI sugere que se intensifiquem ações para redução do chamado Custo Brasil, tanto nos custos de produção da indústria como nos custos sistêmicos da economia brasileira”, diz a entidade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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