Dívida pública cai 1,29% e atinge R$ 2,155 trilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A concentração de vencimentos de títulos prefixados fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair 1,29% em outubro, atingindo um total de R$ 2,155 trilhões, segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. O indicador apresentou uma redução de R$ 28,2 bilhões em relação ao visto em setembro.

Já a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 1,36%, ao passar de R$ 2,079 trilhões para R$ 2,050 trilhões, devido principalmente ao resgate líquido, no valor de R$ 48,42 bilhões, descontado pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 20,24 bilhões.

Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve redução de 0,05% sobre o estoque apurado no mês de setembro, encerrando outubro em R$ 104,53 bilhões (US$ 42,76 bilhões), sendo R$ 94,93 bilhões (US$ 38,83 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 9,60 bilhões (US$ 3,93 bilhões), à dívida contratual. Apesar da volatilidade cambial nos últimos meses, o dólar caiu 0,28% em outubro, mas o motivo principal da queda foi a quitação de cerca de R$ 80 milhões de dívidas federais com credores privados a agências governamentais de outros países.

O principal fator que contribuiu para a queda da dívida pública em outubro foi o elevado volume de vencimentos de títulos. Apenas em outubro, R$ 84,4 bilhões foram resgatados. A maior parte desse total, R$ 81,3 bilhões, correspondeu a títulos prefixados (com juros fixos definidos com antecedência). A concentração de vencimentos de títulos é típica do primeiro mês de cada trimestre por causa do fim do prazo de vigência de títulos prefixados. Dessa forma, a Dívida Pública Federal costuma registrar queda no estoque em janeiro, abril, julho e outubro.

Contudo, a dívida pública registrou outro recorde em outubro. As vendas de dólares no mercado futuro para segurar a cotação da moeda fizeram a dívida interna vinculada ao câmbio atingir o maior nível em 12 anos. A dívida mobiliária interna corrigida por moedas estrangeiras encerrou outubro em R$ 265,37 bilhões, no valor mais alto desde setembro de 2002, quando havia atingido R$ 267,92 bilhões. Em termos percentuais, a fatia subiu de 11,97% para 12,94%. A participação é a maior desde agosto de 2004, quando alcançou 13,15%.

A participação dos títulos da dívida interna corrigidos pela inflação na dívida mobiliária – em títulos – interna cresceu de 36,84% em setembro para 37,88% no mês passado. Por causa da concentração de vencimentos típica do primeiro mês de cada trimestre, a fatia dos títulos prefixados – com taxa de juros definida no momento da emissão – caiu para 41,54%.

A participação dos títulos prefixados tinha batido recorde em setembro, quando registrou 43,30%. A fatia dos títulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), subiu de 11,97% para 12,94%. Esses números também levam em conta as operações de swap – operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro – pelo Banco Central.

O prazo médio da DPF apresentou aumento, passando de 4,50 anos, em setembro, para 4,59 anos, em outubro. O prazo médio da DPMFi ampliou-se, ao passar de 4,37 anos para 4,46 anos. Já o prazo médio da DPFe reduziu de 7,14 anos para 7,07 anos. Apesar da queda em outubro, o próprio Tesouro reconhece que a DPF voltará a subir nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado no fim de janeiro, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.

 

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. A dívida pública é o MAIOR

    A dívida pública é o MAIOR DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO DO PLANETA. É um crime com os cofres públicos, desviando dinheiro da saúde, educação, saneamento, segurança, habitação, infraestrutura, etc. para pagar centenas de bilhões de reais de juros anualmente para os especuladores/rentistas. Onde está o Estadista brasileiro que vai acabar com esta farra, com este caça níquel, com esta injustiça?

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