O petróleo brasileiro e a agência de planejamento energético dos EUA

Por Roberto São Paulo/SP-2010

Da Agência Brasil

Relatório de agência americana destaca produção de petróleo no Brasil

Nielmar de Oliveira, Repórter da Agência Brasil

07:08-10/06/2010, Edição: Graça Adjuto

Rio de Janeiro – Pela primeira vez, o Brasil apareceu em posição de destaque como país produtor de petróleo no relatório da US. Energy Information Administration (EIA) – a agência americana de planejamento energético. Ao lado do Cazaquistão e da Rússia, o país aparece como uma das principais promessas de crescimento da produção de petróleo até 2035.

A projeção foi apresentada nessa quarta-feira (9) pelo diretor-geral da EIA, Richard Newell, no último dia da 33ª edição do IAEE’s Rio 2010 International Conference – o mais importante evento mundial de economia e política de energia -, realizada no Hotel Intercontinental.

Ao lado do Cazaquistão e da Rússia, o Brasil aparece liderando o crescimento da produção no grupo que não integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com cerca de 6 milhões de barris por dia (bpd) em 2035 – um incremento diário de 4 milhões de barris de petróleo sobre a produção atual. Esse volume aproxima-se, por exemplo, do adicional proveniente da Arábia Saudita (5 milhões de barris por dia), cuja produção passará de cerca de 10 milhões para cerca de 15 milhões de barris por dia no mesmo período.

Além de projetar o aumento da produção de petróleo, Newell destacou fontes renováveis brasileiras de energia, como o etanol e o biodiesel, como responsáveis por levar o país a um patamar de destaque no cenário energético mundial.

A internacional Conferência Rio 2010 reuniu, desde segunda-feira (7), mais de 500 especialistas de 49 países nos segmentos de economia e política de energia para debater o tema Futuro da Energia: Desafios Globais, Soluções Diversas. Foram 12 mesas temáticas e 68 sessões paralelas, com a apresentação de 325 pesquisas.

Para o pesquisador do Grupo de Economia de Energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Helder Queiroz, o evento ocorreu em um momento em que o setor de energia está em evidência, com casos que repercutem em todo o mundo, como o vazamento no Golfo do México.

Segundo os organizadores, a conferência teve como objetivo avançar na aplicação da economia na área de energia e no conhecimento das propostas mundiais.

O evento contou com o apoio de órgãos como o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP) e da Associação Brasileira de Estudos em Energia (AB3E) – parceiros do IAEE’s no país.

Luis Nassif

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