Faturamento industrial sobe 3,6% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A indústria brasileira ampliou seu faturamento em 3,6% durante o mês de março na comparação com fevereiro, segundo dados com ajuste sazonal divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mesmo período, o emprego avançou 0,2% e os salários foram 0,8% maiores.
 
O único indicador que perdeu força foi o de utilização da capacidade instalada, que recuou 0,3 ponto percentual em relação a fevereiro e ficou em 82,2% na série com ajuste sazonal. Entretanto, a utilização da capacidade instalada cresceu 0,2 ponto percentual no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2012.
 
De acordo com a pesquisa, a utilização da capacidade instalada aumentou em 10 setores em março na comparação com o mesmo mês de 2012. Na mesma base de comparação, o faturamento real caiu em 12 dos 21 setores pesquisados.
 
A indústria de metal apresentou desempenho inferior à média. Nesse setor, todos os indicadores foram negativos em março em relação ao mesmo mês de 2012. O faturamento caiu 4%, as horas trabalhadas na produção recuaram 5% e o emprego no setor teve queda de 2,6%. A massa real de salários teve queda de 4,4% e a utilização da capacidade instalada caiu 0,3 ponto percentual.
 
Segundo a pesquisa Indicadores Industriais da entidade, o desempenho favorável apresentado no período de análise “confirma a trajetória de recuperação gradual da indústria brasileira iniciada em meados do segundo semestre do ano passado”.
 
Porém, o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, afirma que esse movimento de recuperação ainda é incipiente devido a elevada pressão de custos, que acaba por comprometer a competitividade dos produtos brasileiros no mercado doméstico e no exterior. “O déficit comercial só aumenta, sobretudo, com a Argentina, importante mercado para os produtos brasileiros”, disse Fonseca, em nota. “Além disso, o aumento dos juros para conter a inflação é mais um obstáculo para a recuperação do setor.”
 
Fonseca afirmou que, mesmo com as ações do governo para redução dos custos industriais, como a desoneração da folha de pagamento e a diminuição da tarifa de energia elétrica, é possível fazer mais. “Além de reduzir a carga tributária, é preciso reduzir a burocracia para o pagamento de impostos”, sugeriu. “Também é preciso melhorar a logística de transportes, principalmente, a infraestrutura dos portos, para reduzir os custos das exportações.”
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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